segunda-feira, 30 de agosto de 2010

UMA TRISTE INFORMAÇÃO

É lamentável a notícia, mas acabamos de ficar órfãos de mais um Jornal de tradição, qualidade, seriedade, história e, principalmente credibilidade. Circula hoje, pela última vez, o Jornal do Brasil. Segundo informações, o jornal já vinha passando por grandes dificuldades, se aguentando somente pelo seu nome e prestígio. Achamos que é a sina dos grandes informativos isentos, que não conseguem competir com o sistema atual de “fazer jornalismo”. Com isso a História do Brasil, através do que se pode chamar imprensa isenta e informativa, fica um pouco (ou diríamos muito) mais pobre do bem servir e trabalhar em prol da preservação do hábito da boa leitura e da utilidade pública, independente do “valor” da informação. Nem bem conseguimos engolir o fechamento do Jornal Monitor Campista, detentor de grande parte da história de Campos dos Goytacazes, desde o período em que ainda era uma Vila e, agora perdemos mais um Jornal de grande longevidade, que também serviria tal e qual o Monitor Campista, para ser usado em escolas públicas, como livros de História do Brasil. Com certeza, esta notícia vai deixar os amantes da boa leitura, do bom jornalismo, da seriedade e da isenção no informar, um pouco mais triste no dia de hoje.























Texto: Hélvio Gomes Cordeiro
Fotos: Acervo do Jornal do Brasil.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

RELEMBRANDO O MONITOR CAMPISTA

PUBLICADO EM MEMÓRIAS:

17/08/1957 -
Aprendiz de Motorista - O motorista de ônibus que faz a linha Parque Guarús, ontem, cerca de meio dia, resolveu dar aulas a um aluno e futuro colega no próprio ônibus, cheio de passageiros. Mas acontece que o aluno era meio atrasado, não sabia nada, por isso mesmo o mestre o pôs no seu banco e ficou atrás dando-lhe instruções. Sucediam-se as barbeiragens com grande nervosismo dos passageiros do ônibus. Mas o motorista, tal como se estivesse praticando a coisa mais natural do mundo, limitava-se a sorrir. Divertindo-se com a aflição de todos aqueles passageiros. Em vão ergueram-se protestos. O homem não lhe deu ouvidos. Convém salientarmos ainda que o ônibus, já com um lado danificado, chocou-se contra um poste na Avenida 15 de Novembro, pondo-o abaixo. O ônibus estava lotado, levava cerca de 30 ou mais passageiros, foi muita sorte que não houve queda de fios de alta-tensão. Não dando o braço a torcer, deu marcha-ré e continuou a aula. O mestre ainda disse ao aluno: “agora você consegue”, continuou a andar chocando-se contra o muro do Sanatório Ferreira Machado. Causando novamente pânico nos passageiros, o professor pede ao aluno para dar marcha-ré novamente e prosseguir as barbeiragens, vindo até a Praça São Salvador em pleno exercício do magistério. Alívio foi na hora que os passageiros desembarcaram do ônibus, ou seja, dessa bomba ambulante. Embora estejamos publicando esse artigo não esperamos qualquer providência.


16/04/1907 - Dr. Teixeira de Mello - Faleceu no dia 10, às 20:30hs, na Capital Federal, o ilustre campista Dr. José Alexandre Teixeira de Mello, ex-diretor da Biblioteca Nacional e membro da Academia Brasileira de Letras. Era um grande investigador histórico e de reconhecida competência nesses assuntos. O ilustre campista, cuja morte enluta as letras pátrias, nasceu a 28 de agosto de 1859. Depois de formado, veio residir nesta Cidade, onde clinicou durante longos anos e constituiu família, casando-se com a Exmª Srª D. Izabel Marques Braga, filha do falecido Saturnino Braga, importante fazendeiro neste município. Era o Sr. Teixeira, sócio efetivo de várias associações literárias e científicas nacionais e internacionais. O seu primeiro trabalho feito na Biblioteca foi uma codificação dos manuscritos referentes ao secular litígio com a França, sobre os limites da Guiana. Ocupava a cadeira 37ª das 40 cadeiras da Academia Brasileira de Letras. Paz para a boa e grande alma do autor das “Sombras e Sonhos” e de “Miosotis”. A sua respeitável família os nossos sentimentos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

CIEP 057 NILO PEÇANHA INAUGURA LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Mostrando visão, cuidado com a educação e com o desenvolvimento de seus alunos e, com o pensamento no futuro, o CIEP Nilo Peçanha da Lapa mostra o que pode fazer quando se tem uma equipe super competente, que comanda a escola com as mãos firmes das Diretoras Ana Paula Rosa da Silva Gomes, Adilma Gomes Vicente e Rita de Cássia Pacheco Rangel. Foi inaugurado na escola o Laboratório de Ciências, em parceria com a UENF, no último dia 10 de agosto. A solenidade contou com a apresentação da incansável Adaisa Paes Viana (Coordenadora Pedagógica), da Profª Elenir Amâncio (representando a UENF), Profº Leonardo Rocha Barros e a Profª Mirian Cristiane de Andrade. O Laboratório funciona com 10 estagiários da UENF e com 04 alunos do CIEP 057 Nilo Peçanha. Prestigiando esta brilhante iniciativa estiveram representantes de outras instituições educacionais, da Fundação Municipal Zumbi dos Palmares, da sociedade em geral e, do Instituto Historiar.












































Texto: Hélvio Gomes Cordeiro
Fotos: Ciep Nilo Peçanha
Postagem: Leandro Lima Cordeiro.

sábado, 14 de agosto de 2010

RELAÇÃO DE PAÍSES E O NÚMERO DE ACESSOS AO BLOG DO HISTORIAR

Portugal – 176; Estados Unidos da América – 60; Espanha – 12; Alemanha – 12; Suíça – 31; França – 40; Reino Unido – 25; Angola – 16; Rússia – 7; Argentina – 18; Canadá – 16; Irlanda – 11; Senegal – 5; Japão – 10; México – 4; Itália – 13; Moçambique – 5; Suécia – 3; Hungria – 3; Uruguai – 5; Bélgica – 10; Koréa do Sul – 2; Austrália – 2; Índia – 2; Croácia – 2; Áustria – 3; Israel – 3; Costa do Marfim – 5; Costa Rica – 1; Kenya – 2; Nicarágua – 1; Porto Rico – 2; Cabo Verde – 2; Ghana – 3; Holanda – 2; El Salvador – 4; Emirados Árabes – 6; Panamá – 1; Paraguai – 1; Venezuela – 3; Perú – 1; Luxemburgo – 1; Filipinas – 1; Turquia – 5; Colômbia – 1; Grécia – 1; República Dominicana – 2; Tanzânia – 2.
Segundo dados do Google Analitic, o período corresponde de janeiro a agosto e perfaz um total de 543 acessos de 48 países.



Texto: Hélvio Gomes Cordeiro.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SEXTA COM CHORINHO














Projeto Choro & Cia. prossegue hoje no Centro de Compras da Pelinca

Depois da apresentação na Praça São Salvador, o Conjunto Regional Carinhoso volta a encantar os fãs do Chorinho, nesta sexta, a partir das 19h30, desta vez no Centro de Compras da Avenida Pelinca, uma das mais movimentadas de Campos. O show faz parte do Projeto Choro & Cia. que antes era desenvolvido no foyer do Teatro Municipal Trianon e agora ganhou caráter itinerante. No repertório do Carinhoso estão chorões consagrados: de Chiquinha Gonzaga e Joaquim Calado a Pixinguinha e Jacob do Bandolim. Vale lembrar que o Choro & Cia, sob a coordenação do músico Renato Arpoador, prossegue até o final do ano e conta ainda com a participação de convidados especiais, destacando o trabalho de profissionais da cidade. No Intervalo Poético Antonio Roberto Fernandes, a homenagem ao poeta fidelense será feita por Jeane Viterbo. No último, o poeta participante foi José Viana.

O Choro & Cia. tem apoio da Fundação Teatro Municipal Trianon e é realizado pelo Clube do Choro & Cia. O evento é aberto ao público.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

JULIO FEYDIT

Nasceu em Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, no dia 26 de julho de 1845, no Cortume da Coroa, que se situava em frente ao Cemitério do Caju (Cortume é um local onde se processa o couro cru, tendo por finalidade deixá-lo utilizável para a indústria). Era filho de José Feydit, cidadão de nacionalidade francesa e de D. Josepha Pinheiro Feydit, esta nascida em Campos dos Goytacazes. Uniu-se pelo casamento à Srtª Thereza Koch Feydit, também campista, fgilha de David Koch, imigrante alemão procedente da Cidade de Baden-Baden. Dessa união nasceram nada menos de onze filhos, dos quais a última sobrevivente foi Julieta Feydit Peixoto Siqueira, com 96 anos de idade. Julio Feydit era industrial e consta que de sociedade com seu sogro dirigiu e, mais tarde empreendeu por conta própria o funcionamento regular de um Cortume, o qual ficava nas proximidades do Canal, local conhecido como Covas D’Areia, trecho que ficou famoso em virtude das movimentadas “batalhas de confetis” que eram ali realizadas numa fase da vida campista em que a população se dedicava com grande disposição ao Carnaval, anterior a Segunda Guerra Mundial, período em que a Festa de Momo em Campos ganhou renome. Nas horas de folga, Julio Feydit se entregava com alma ao trabalho de pesquisar dados sobre sua terra, leituras de antigos jornais, atas da Câmara Municipal, de grandes Sociedades, etc., dados esses que cuidadosamente reunidos resultaram no livro que tem por título “Subsídios para a História dos Campos dos Goytacazes”. Tal livro que tem servido de fonte para gerações de pesquisadores, foi lançado em 03 de janeiro de 1900, trazendo em sua Introdução o seguinte texto: “A obra que apresentamos não tem a pretensão de ser um escrínio literário. É a uma pena mais autorizada que a nossa, a quem pertence o direito de escrever os fatos que devem constituir a história de Campos. Até que apareça um campista que, recolhendo os subsídios que coordenamos no presente livro, faça desses toscos materiais o monumento da História de Campos, seja-nos lícito esperar que os nossos conterrâneos, aceitem com benevolência o presente livro, como o repositório conquistado às traças pelo humilde trabalhador que procurou aplainar as primeiras dificuldades ao futuro historiador. A pena burilada do vindouro escritor suprirá os erros, as omissões e as lacunas, que sem dúvida não faltarão na presente obra. Julgamos dever guardar a ortografia dos documentos que copiamos dos arquivos, assim como as datas, os livros e os cartórios de onde extraímos, para que em caso de dúvida possa ser verificada a autenticidade deles. Este trabalho representa o fruto de oito anos de escavações nas coleções de jornais antigos e nos cartórios. Devemos confessar com a maior gratidão que sempre achamos a melhor boa vontade nos redatores do Jornal Monitor Campista, nos tabeliães do 1º e 2º Cartórios, Administrações da Santa Casa e da Igreja Matriz (hoje Catedral Diocesana de Campos), Carcereiro da Cadeia de Campos, Secretaria da Câmara Municipal, pondo à nossa disposição todos os livros confiados à sua guarda e dos quais extraímos os documentos históricos que apresentamos aos leitores. Publicamos este livro, que servirá de incentivo aos nossos conterrâneos para outras obras de maior vulto, não tivemos em vista outro fim a não ser juntar as pedras que se achavam dispersas para o futuro construtor arquitetar novo monumento em cuja fachada se leia: - HISTÓRIA DE CAMPOS – estilo gracioso, elegante, opulento e sublime, que falta à nossa apoucada inteligência.” Tendo se tornado coisa rara essa obra, após ser atualizada e ilustrada, foi, pela sua querida neta, reeditada para a alegria, especialmente nossa, que falamos da História de Campos, através de nossa colaboração nesta divulgação através de pesquisas. Nesta reedição, diz a sua responsável, Srª Hylze Peixoto Diniz Junqueira, com emoção e carinho: “Com o lançamento dos ‘Subsídios para a História dos Campos dos Goytacazes’, de Julio Feydit, obra por mim ilustrada e com a ortografia atualizada, procuro retribuir o carinho que o meu avô tinha para com todos os netos. A ternura e a maneira especial com que me sentava no seu joelho no banco de pedra em frente à sua casa para dar-me as balas preferidas, animaram-me a reeditar este livro, por muitos sempre procurado.” A nova edição dos ‘Subsídios para a História dos Campos dos Goytacazes’, foi comemorativa dos Festejos do Santíssimo Salvador de 1979. Julio Feydit em suas atividades de homem público a que se elevou, exerceu com vivo interesse, as funções de Delegado de Polícia, Vereador pela Câmara Municipal de Campos (na época em que os vereadores eram conhecidos como camaristas). Depois disso, com justiça foi levado ao posto de Prefeito da Cidade de Campos dos Goytacazes, no período de 1908 a 1910. Faleceu em sua residência na Cidade de Campos, situada na Av. Visconde do Rio Branco (antiga Beira-Valão), esquina de Av. Oswaldo Cardoso de Melo (antigo Passeio Municipal e, depois, Av. 28 de Março), no dia 18 de maio de 1922. Não ficou esquecido da memória dos campistas, visto que, com satisfação, é bom saber que o seu nome passou a denominar uma rua em Campos como “Travessa Julio Feydit”. Consta de sua certidão de batismo da Paróquia de SS. Salvador os seguintes dados: “Certifico que revendo os livros de assentamento de batizados desta Paróquia, encontrei no livro 13 à folha 183vº o assentamento do teor seguinte: Aos vinte e quatro dias do mês de dezembro do ano de mil oitocentos e quarenta e cinco nesta Matriz de S. Salvador, batizei e impus os Santos Óleos ao inocente Julio, que nasceu a vinte e seis de julho do corrente ano, filho legítimo de José Feydit, filho natural de França, e de Josepha Pinheiro de Jesus, natural e Batizada na Freguesia de Santo Antonio dos Guarulhos, neto paterno de José Feydit e de Ester Coxen, naturais da França, e materno de Vicente Pinheiro da Silva e de Maria Joana de Jesus, naturais e batizados na Freguesia de Santo Antonio de Guarulhos; foram padrinhos seus avós maternos: Vicente Pinheiro da Silva e Maria Joana de Jesus. Quem assina como responsável é o Cônego Hygino Alvares Delgado Pimenta”. E, em sua Certidão de Óbito, do Cartório Wagner Quintanilha, diz o seguinte: “Gilberto Wagner Quintanilha, Oficial do Registro Civil do 1º Subdistrito da Cidade de Campos, Estado do Rio de Janeiro, por nomeação na forma da lei. Certifico que à fls. 112 do livro nº 47 de Registro de Óbitos consta sob o nº 432 o de Julio Feydit, ocorrido aos dezoito de maio de 1922, às 20:00 horas, à Rua Visconde do Rio Branco nº 180, nesta Cidade, do sexo masculino, de cor branca, com setenta e sete anos de idade, estado civil viúvo, profissão industrial, natural deste Município, residente em local do óbito, filho de José Feydit Filho, causas mortis, esclerose cardio renal – septicemia estreptocócica, tendo sido o atestado firmado pelo Dr. João Garcia Junior, foi declarante Irineu Soter da Rosa Vianna. Vai ser sepultado no Cemitério Público desta Cidade. Observações: Viúvo de Thereza Koch Feydit, deixa oito filhos maiores de nomes: Josepha Feydit, Amadeu Feydit, Julieta Feydit Peixoto de Siqueira, Anna Koch Feydit Vianna, Idalio Feydit, Eugenio Feydit, Wandick Feydit e Edilia Feydit. Ignoea o declarante se deixa testamento. Campos, 24 de agosto de 1977. Ass. Tabelião Gilberto Wagner Quintanilha”.

Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

EM BUSCA DO QUILOMBO PERDIDO (PARTE II)

Uma expedição, contando com representantes do Instituto Historiar (Hélvio Gomes Cordeiro e Leandro Lima Cordeiro), da Fundação Municipal Zumbi dos Palmares (Luiz Maurício Nunes Monteiro), do Jeep Club de Campos (Augusto César Peixoto Gomes – Presidente e Álvaro Cortes Neto – Secretário), o mateiro Nelson Sabino Machado e, contando com todo apoio e carinho na recepção da equipe os proprietários da Fazenda Quilombo do Carukango, Carlos José Maciel Pinto e sua esposa Cristiani de Souza Gomes Pinto e filhos. O pessoal do Jeep Club (Augusto César e Álvaro Cortes), com seus possantes veículos e enorme perícia, facilitou todo o trabalho de resgate histórico, transportando a equipe até uma altitude aproximada de 508 metros morro acima, até o limite da mata, de onde o pessoal partiu mata adentro, comandados pelo mateiro Nelson, (com grande experiência e conhecimento do local), caminhando por trilhas de difícil acesso, até encontrar um platô, aproximadamente uns 800 metros acima do nível do mar, onde foram encontrados vestígios que podem ter sido o Quilombo onde viveu o personagem Carukango. Ainda resta no local um fogão de lenha de construção muito interessante e resquícios de uma construção antiga, que merecem um estudo mais detalhado de pessoas com conhecimento e capacidade para afirmar tal fato. A presença do proprietário da fazenda, Sr. Carlos José e, o apoio do pessoal do Jeep Club, proporcionou o êxito total da Expedição. Ausências sentidas do Professor Carlos Freitas (representante da Uenf e Diretor do Arquivo Público Municipal), de Jorge Luiz dos Santos (Presidente da Fundação Zumbi dos Palmares), da Historiadora e Professora de História Renata Azevedo Lima e, de Enockes Cavallar (integrante do Instituto Historiar) que não puderam estar presentes por motivos particulares. Temos que ressaltar a recepção feita pela Srª Cristiani de Souza Gomes Pinto, pela maneira atenciosa e carinhosa com que nos recebeu. Um fato a se lamentar foi o encontro de rastros e restos da presença de caçadores que, se aproveitando do difícil acesso e da abundância de animais e plantas, vem causando grandes danos à fauna, a flora e, porque não dizer à História, por destruir vestígios da presença dos moradores antigos da região, que seriam tanto os índios quanto os quilombolas de Carukango.



























Texto: Hélvio Gomes Cordeiro

Fotos: Leandro Lima Cordeiro.

sábado, 7 de agosto de 2010

BARÃO DA LAGOA DOURADA

José Martins Pinheiro (Barão da Lagoa Dourada), natural do Estado do Rio de Janeiro. Seus pais: José Martins Pinheiro e Maria José do Sacramento. Quando pensou em formar as estruturas de um lar, foi escolher para sua esposa, a senhorinha Maria Gregória Miranda, filha do Sargento-Mór Gregório Francisco de Miranda e D. Mariana Francisca de Assunção. D. Mariana era irmã do Barão de Abadia e viúva; havia se casado em primeiras núpcias com o cidadão Antonio Sarmento de Figueiredo. O Barão da Lagoa Dourada foi um dos homens mais progressistas de sua época. As suas decisões e pareceres, como Juiz de Paz e vereador, eram sempre acatadas e bem recebidas por parte dos interessados. Como líder que era, estava sempre à frente dos grandes movimentos ocorridos em Campos dos Goytacazes. Por isso mesmo, no dizer clássico dos escritores, o seu nome está esculpido nas páginas de nossa História. Martins Pinheiro foi grande proprietário. Consta, por exemplo; que pela Resolução nº 290 de 16 de agosto de 1834, da Assembléia Geral Legislativa, aqui instalada sob os auspícios do Visconde de Asseca, foi facultada a venda do seu ‘morgado’ (bens vinculados e inalienáveis) em Campos dos Goytacazes. Tais propriedades fora instituída pelo General Salvador Correa de Sá e Benevides, isto em 26 de maio de 1667, sendo que o mesmo media cerca de cinco léguas de terras em lugares diferentes e nele fez instalar nada menos de 50 currais, onde foram colocadas cerca de 8 mil cabeças de gado de boa raça com a finalidade de ampliar sempre o seu criador. As propriedades, que pertenceram aos Assecas e que, finalmente, foram liberadas para venda, foi, sucessivamente, passando a seus herdeiros, os quais, pelo uso que fizeram das terras e pela maneira com que trataram as pessoas incumbidas do seu cultivo, não deixaram recordações agradáveis. Para se ter uma idéia da má fama da dinastia dos Assecas, basta lembrar que a sua ação nefasta deu motivo à bravura de Benta Pereira e seus filhos, igualmente heróis. Em 1848, um século depois dos feitos de nossa heroína campista, José Martins Pinheiro, associando-se a Gregório Francisco de Miranda (Barão de Abadia) e os genros da finada Benta Pereira, Dr. Joaquim Manhães Barreto e Domingos Pereira Pinto, comprou as citadas propriedades. Tal aquisição, entretanto, custou aborrecimentos em forma de protestos dos herdeiros dos Sete Capitães (que ficaram conhecidos como os Heréos). Não obstante os aborrecimentos que teve com os descendentes dos exploradores pioneiros dos nossos campos, Martins Pinheiro tornou-se um dos mais ricos fazendeiros do município de Campos dos Goytacazes. Em 1847, quando o Imperador D. Pedro II veio pela primeira vez em visita a Campos, a Câmara que representava totalmente o Governo Municipal, em solenidade especial realizada à entrada da cidade, justamente nas imediações da Usina do Queimado, lhe fez, simbolicamente a entrega da “Chave da Cidade” (uma chave de ouro) que permanece depositada nos cofres da Prefeitura (pelo menos, permaneceu durante muitos anos). Tal chave, valiosa pelo seu conteúdo e pelo seu alto significado, foi oferecida por José Martins Pinheiro. Desejando possuir residência em que, como o Barão de Carapebus, o Barão de Araruama, ou José de Saldanha da Gama, pudesse hospedar figuras ilustres das classes governamentais do país, o Barão da Lagoa Dourada resolveu construir um palacete nesta cidade. E deu início à obra sob a responsabilidade dos melhores profissionais. Em 1864, achando-se quase terminado o seu belo palácio (que mais tarde virou o nosso Liceu de Humanidades de Campos), foi feito uma espécie de teste com a iluminação, ato que causou grande admiração por parte dos assistentes convidados pelo ilustre homem público. Lógico que não estamos falando de energia elétrica, pois a mesma ainda era desconhecida no Brasil e só foi inaugurada em 24 de junho de 1883. O palacete de Martins Pinheiro ia ser iluminado sob a forma mais sofisticada daquela época, a gás. Esse gás era produzido por um aparelho com óleo ou corpo gasoso e podia fornecer nada menos de 200 luminárias. Foi nesta época que foi aceso pela primeira vez o maravilhoso e rico lustre, que iluminava, de maneira explêndida, todo o palacete. Este lustre, mais tarde, foi levado para Petrópolis, com o fim de ornar o Palácio Imperial, quando esta cidade foi elevada à Capital do Estado. O Barão da Lagoa Dourada era uma pessoa dinâmica incomum. Voltado para o civismo nacional, por ocasião da Guerra do Paraguai se entregou a uma grande campanha. Como resultado, conseguiu, em virtude do seu prestígio pessoal, não somente muitos voluntários para a grande luta, como fez, na ocasião, vultoso donativo. Em conseqüência desse seu gesto extraordinário, a 09 de janeiro de 1867, foi homenageado por parte do Império com o honroso título de “Barão da Lagoa Dourada”. Na inauguração de seu palacete, teve apresentação de bandas de música e discursos de exaltação do Dr. Francisco Portela e do Padre Colares. Em 28 de janeiro de 1875, fez sociedade com João Luiz Pino e com Eduardo Guimarães, montando um contrato com a Câmara Municipal para a construção de uma Empresa Ferroviária, movida por tração animal, com o fim de transportar passageiros e cargas, num período de 25 anos, com a obrigação de entregar à Santa Casa de Misericórdia, todos os anos, a quantia de 2 contos de réis que deveriam ser convertidos em Apólices Provinciais, em favor do seu patrimônio. Por intermédio de um anúncio no jornal Monitor Campista, em 13 de janeiro de 1875, alegava Martins Pinheiro, contar com 74 anos de idade e não estar em condições de dar assistência às suas fazendas e que por esta razão resolvera vender todos os seus bens de raiz, mais escravos e, inclusive, casas e terrenos espalhados pela cidade. No rol desses bens estava uma fazenda à margem do Rio Muriaé, medindo 918 braças de testada e meia légua de fundos e mais 243 braças de testada por 1.000 de fundos. Vendia, por outro lado: um sítio em frente à fazenda com 500 braças de testada e 3 léguas de fundos, e unidas a este, mais 230 braças de testada por 2.250 de fundo; a Fazenda dos Coqueiros ou da Boa Vista em Santo Amaro com meia légua de testada e 1.640 de fundos, ambas movidas por máquinas a vapor; outra em São Fidélis, no Morro do Gambá, que fazia fundos com a Serrinha Peito de Moça; outra fazenda no Imbiriry, com excelentes matas, na Serra do Rio Preto, freguesia de São Benedito, e no mesmo local, as fazendas de Santo Antonio e a Santa Ana, todas elas, com grande número de escravos. Constou do seu testamento, o seu palácio (prédio do Liceu) para Crisanto Leite Pereira de Sá e a sua mulher, D. Mariana, Miranda Sá, sua sobrinha, em usufruto e se por acaso a Cidade de Campos dos Goytacazes fosse a Capital da Província, seria convertido o prédio em próprio nacional, para ser o Palácio da Presidência. José Martins Pinheiro (Barão da Lagoa Dourada) teve um fim trágico: suicidou-se, atirando-se da ponte sobre o Rio Paraíba (hoje Ponte Barcelos Martins), no dia 29 de julho de 1876. Assim descreveu o fato o historiador Alberto Lamego: “Tirou o chapéu, onde colocou dois cartões de visita, depois o sobretudo e do meio da ponte, precipitou-se ao rio. O Comendador José Cardoso Moreira que morava perto, procurou socorrê-lo por uma canoa que se achava nas proximidades, mas sem resultado. Depois de retirado do rio pelos canoeiros, o corpo de Martins Pinheiro foi recolhido à casa de Luiz Antonio Tavares, onde compareceram o Dr. Lourenço Batista (Barão de Miracema) e outros médicos, que não conseguiram reanimá-lo. Entre as cartas que deixou se achava a dirigida ao seu amigo Alferes Antonio Lopes Rangel, cujo texto é o seguinte: “Meu prezado amigo e compadre. Não me é possível continuar no flagelo em que vivo, por isso, me decidi acabar com a vida, lançando-me da ponte ao rio, idéia que há muito me martiriza a imaginação. Pretendo amanhã, ao romper do dia, executá-la, não tendo feito hoje, como queria e mesmo escrevi, porque não concluí o que tinha que fazer a tempo. Pela minha credulidade e compadecimento para com outros, há pouco mais de um ano, me onerei de compromissos além dos que já tinha, que reconheço não ser possível cumpri-los pontualmente. Sem esperanças de melhoramento pela rebeldia com que os escravos se negam ao serviço e por isso, a necessidade que há de liquidar a minha casa, e desfazer o quanto antes de semelhante flagelo de escravos, para o que será melhor não existindo eu, do que a continuar assim, meus credores serão prejudicados, pois que os rendimentos das fazendas pouco excedem às despesas do seu custeio, pouco restando para amortização de juros e capital. Por tudo isso, estou firme em acabar assim, embora por esse meio reprovado, mas que melhor efeito produzirá. Deixo sobre a mesa, no lugar em que escrevo, um maço de cartas com direção a V. Mcê., para assim que tiver notícia do meu infeliz e desgraçado acabamento, abrir e mandar logo levar ao Sr. Crysanto, para que ele venha tomar conta da casa e enviar a outra ao Sr. Gracie, para o Rio de Janeiro, pelo vapor “Macahé”, outra é mesmo para V. Mcê., que eu lhe havia escrito do Rio e me fará o favor de executar o que nela peço. Deixo incluso 25$000 (vinte e cinco mil réis) para me fazer o obséquio de entregar 5$000 (cinco mil réis) a cada um dos seguintes: João dos Ramos, Justina, Maria da Assunção, Isidro e Claudiana, que é o donativo de um mês que vence no dia 31 do corrente, determinado por minha mulher, porque eu lhes paguei até o fim de junho próximo passado. Enfim, meu amigo, vou acabar desgraçadamente, e, bem sinto não poder realizar os meus desejos em seu favor, e mesmo agora temo que o legado que lhe deixo em testamento, se não realize; aceite, porém, em todo caso, o meu reconhecimento dos bons serviços e amizade que me tem prestado. A Deus, peço perdão do que vou praticar e que tenha misericórdia da minha alma, aos meus amigos, dirijo um saudoso abraço. Seu amigo e compadre, José Martins Pinheiro, Barão da Lagoa Dourada - em 28 de julho de 1876.” Após a sua assinatura, ainda dizia o Barão: “É quase meia-noite! Estou cansado e em horrível estado a minha imaginação, como bem compreenderá. Vou me deitar, não para dormir e sim para acomodar o corpo e melhor esperar o momento fatal. Este estado é crudelíssimo, paciência. Deus compadecerá da minha alma”. O inventariante do espólio do Barão foi o cidadão Jerônimo Joaquim de Faria, e o advogado o Dr. José Antonio de Carvalho, assistido pelo Juiz Municipal, Dr. Francisco Nunes Seabra Perestrelo. Como testamenteiros, Crisanto Leite Pereira de Sá, Pedro Gracie, Jerônimo Joaquim de Faria e mais o seu afilhado Bacharel Crisanto Leite de Miranda Sá. Em 09 de março de 1883, os bens deixados por José Martins Pinheiro, o Barão da Lagoa Dourada foram vendidos em hasta pública, os quais foram avaliados muito abaixo do preço. O seu palacete, com o célebre gasômetro e casas anexas, avaliados por 25 contos de réis; dez terrenos situados à Rua Conselheiro Tomás Coelho, por 500 mil réis, outros dez terrenos com 250 de fundos, entre as ruas Barão e Baronesa, por 600 mil réis; o sítio de São Jorge à margem do Rio Muriaé, com 500 braças de testada e três léguas de fundo com casas de moradia e de trabalhadores, por 12 contos e 200 mil réis; a Fazenda de Santo Antonio com 750 braças de testada, pela importância de 18 contos de réis, e todos os demais imóveis, nas mesmas condições.


BARÃO DA LAGOA DOURADA

BARONESA DA LAGOA DOURADA


Texto: Hélvio Gomes Cordeiro

Pesquisa: Leandro Lima Cordeiro

Foto: Acervo do Instituto Historiar.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Festa do Santíssimo Salvador

Tudo começou há muitos e muitos anos (por volta de 1649) com uma humilde capelinha de palha (hoje Igreja São Francisco), que mais tarde foi reconstruída por um general de nome Salvador Correa. Por volta de 1745, foi feita uma segunda capela naquela que hoje chamamos Praça São Salvador. A Catedral Diocesana de Campos foi erguida com a mesma estrutura da antiga Igreja da Matriz, sendo ampliadas somente as suas torres, para dar o tom de Catedral e a parte de sua cúpula. Consta nos arquivos da Igreja Matriz que ela foi criada em 04 de dezembro de 1922. Foi quando passou à condição de Catedral, sendo que, em 1965, recebeu por decisão do papa Paulo VI, o título de Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador, o próprio Jesus Cristo.
Como surgiu o nome São Salvador
Até hoje há quem pense que São Salvador seja um dos santos da igreja católica, e não, o próprio Jesus Cristo. Essa história está ligada à questão da colonização. Remonta às capitanias. Naquela época, era costume que se erguesse uma capela ou igreja, onde o santo representasse o nome do principal governante. Como aqui foi o General Salvador Correia de Sá e Benevides, e como não existia um santo com esse nome, foi escolhido o próprio Cristo. Daí o nome São Salvador ou Santíssimo Salvador.
Desta forma, o patrono da religião na Cidade de Campos do Goytacazes ficou sendo o próprio Cristo, que, para muitos campistas, passou a fazer parte do calendário como se fosse mais um santo.
A Festa
A tradicional festa de São Salvador comemora hoje (06/08/10) a sua 358ª edição.
No início a festa começava às 4 horas da manhã na Igreja da Matriz (posteriormente se tornaria Catedral) com uma missa religiosa chamada Te Deum. No mesmo dia eram realizados batizados e outras cerimônias religiosas programadas para o dia do padroeiro da cidade.
A cidade era enfeitada com coretos e arcos todos iluminados com luz elétrica, por possantes lâmpadas de arco voltaico.
Na parte religiosa realizavam-se missa campal na Praça da República, e a procissão que saia às 15 horas seguindo por várias ruas do centro da cidade com o andor do padroeiro.
Na parte esportiva haviam as tradicionais regatas.
As Bandas musicais: Lira de Apolo, Guarany, Operários Campistas, etc. ficavam responsáveis em fazer apresentações musicais para a população.
Atualmente a programação ainda preserva a tradição, com a corrida ciclística, a regata, apresentação de bandas musicais, a procissão do Santíssimo Salvador, etc.
A prova ciclística foi criada por Gerardo Maria Ferraiouli (Patesko), tendo sido organizada a primeira prova ciclística em 06 de agosto de 1945, até 1976, a prova tinha como percurso: de frente ao Banco do Brasil e tinha como chegada, defronte a antiga sede da Prefeitura de Campos (onde atualmente está sendo restaurado para abrigar o Museu de Campos).
Em 1977 a prova passou a realizar-se na Avenida Alberto Torres, onde até hoje é realizada. Patesko faleceu em setembro de 2007, pouco antes de completar 92 anos de idade e, foi homenageado pela Ciclovia (que corta a Av. 28 de Março). A história de Patesko se confunde com as regatas no Rio Paraíba do Sul, nos torneios de futebol, tênis de mesa e, claro, de ciclismo.
Não poderíamos deixar de lembrar também de doces tradicionais, como chuvisco, goiabada, etc., do canteiro Diocesano e da feira de artesanato que há tantos anos vem fazendo parte da Festa do SS. Salvador.
O Instituto Historiar, na pessoa de seus representantes Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar, gostaria de parabenizar aos 358 anos de tradição da festa do Santíssimo Salvador.












Texto: Leandro Lima Cordeiro (membro do Instituto Historiar)
Fontes: Jornal Monitor Campista e site: http://www.ciclismocampos.com.br/patesko.htm
Fotos: Acervo do Instituto Historiar e Internet.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

MANUEL RODRIGUES PEIXOTO

Manuel Rodrigues Peixoto, nasceu em Campos dos Goytacazes, no dia 1º de agosto de 1843. Era filho do Tenente-Coronel Germano Rodrigues Peixoto e D. Maria Josefa da Silva Peixoto. Fez os seus estudos primários, iniciados em Campos em 1855 e concluídos no Rio de Janeiro para onde se mudou com a família em 1857. No Rio matriculou-se no célebre Colégio Marinho, no qual concluiu o seu curso de humanidades. Em 1860 foi para São Paulo, em cuja Faculdade de Direito estudou e diplomou-se com o título de bacharel em ciências jurídicas e sociais em 1864. Vindo residir em Campos dos Goytacazes, aqui abriu sua banca de advogado em 1865, tendo por companheiro de escritório o Dr. Tomás Coelho, o mesmo que mais tarde seria o seu adversário político. Um dos primeiros usineiros de Campos, o primeiro Prefeito de Campos, homem de letras dos mais apreciados. Antes de se tornar o industrial, antes de servir à política de sua terra, Rodrigues Peixoto se fez literato. Decorridos meio século de sua fase dedicada à produção literária, em 1924, através de sua obra “Movimento Literário de Campos”, a seu respeito assim se expressa outro valor, Múcio da Paixão: “O Dr. Manuel Rodrigues Peixoto deve ser incluído entre os nossos mais apreciados líricos. As suas poesias trescalam um fino aroma de flores delicadas; refletindo a emotividade do poeta, esses versos trazem um lirismo casto, suave e penetrante; canta o amor, a mulher, as flores, as brisas, os pássaros, numa tríplice efusão de sons, de perfumes e de colorido. Relidos hoje no romance do gabinete esses versos da mocidade, ainda despertam as mesmas emoções; podem não ser modernos porque foram compostos num período em que a nossa poesia estava completamente absorvida pela revolução romântica de 1830 – mas são sinceros porque são espontâneos, são humanos”. Versos de Rodrigues Peixoto intitulados “Fantasia”:
“Que pejos que tinha! Tentavam-lhe as ondas
As plantas tão alvas humildes beijar;
A tímida virgem fugia, corando,
Medrosa dos lábios impuros do mar.

Às vezes, a água fingia render-se,
Veloz avançando pra linfa azulada,
Se os seixos, acaso, roçavam-lhe a cútis,
Volvia, de pronto, sorrindo eleiada.

Sentado na relva quedei-me a fitá-la,
Mirando donaires que tinha indecisa;
Inveja eu nutria das conchas da praia,
Faziam-me zelos os beijos da brisa!...”
Dedicado na expressão, Rodrigues Peixoto foi poeta de grande inspiração. Mais alguns versos descritivos dão mostra do seu talento. Isso foi nos primeiros tempos. Passada a fase sonhadora da mocidade, deixou-se levar pela realidade. Era adiantado e dinâmico agricultor. Resolveu dedicar-se ao estudo das questões econômicas e agrícolas. Mais do que isso, cogitou sobre a indústria, a política e os assuntos sociais em geral. Com base nas suas observações, e sob o pseudônimo de “Eguesto” publicou vários trabalhos: “A Lavoura em Campos e a Baixa do Açúcar”, em 1874; “A Crise do Açúcar e a Transformação do Trabalho”, em 1885; “Colonização”, em 1886; “Discursos Parlamentares”, em 1888; “Questões Sociais”, em 1903; “Programa de Administração”, em 1904. Rodrigues Peixoto era notável conferencista. Da tribuna, entre outros assuntos, teve oportunidade de abordar os seguintes: “O Alcoolismo e seus Efeitos Sociais”, “O Álcool e suas Aplicações Industriais”, “A Tuberculose”, “O Crédito Agrícola”, “Campos”, “A Indústria Açucareira e o Porto de São João da Barra”, “A Crise do Café”, etc. Como homem de imprensa, colaborou com o “Monitor Campista”, o “Diário do Rio de Janeiro”, com a “Luta”, com o “Futuro”, órgão do Partido Liberal. Em 1866 fez uma viagem pela Europa, visitando Portugal, França, Espanha, Itália, Inglaterra, Suíça, Turquia e Principados do Danubio. De volta ao Brasil em 1868, casou-se com D. Maria Isabel de Miranda Manhães, filha do Dr. Joaquim Manhães Barreto e Srª Antonia Gregório de Miranda Manhães e neta dos Barões de Abadia. De 1868 a 1881, esteve entregue à agricultura e à indústria. Em 1874, de sociedade com o Dr. Francisco Portela construiu a Estrada de Ferro Carangola. Em 1881 fundou o Engenho Central do Cupim, estabelecimento que foi modelo e escola para quantos desejaram exercer modernamente a indústria do açúcar. Seduzido pela política, colocou-se à frente dos liberais, já que suas tendências eram democráticas; Neste ano de 1881 foi eleito deputado geral, enfrentando como adversário o Dr. Tomás Coelho. No Parlamento, onde se conservou até o ano de 1884, proferiu memoráveis discursos. Não obstante ser fazendeiro e se servisse do elemento servil, votou o projeto Dantas que propunha a Abolição. Em 1887, o Dr. Rodrigues Peixoto, foi eleito deputado pela oposição. No ano seguinte foi aos países do Prata. De volta ao Brasil ocupou na Câmara lugar destacado, fazendo oposição ao gabinete João Alfredo. Sabe-se que a sua atuação foi objetiva, discutindo os assuntos importantes da época e interpelando constantemente o Governo. Passou nada menos de 15 anos no regime republicano, que fora o sonho de sua mocidade, observando os fatos que se desenrolavam no País. Em 1904, Nilo Peçanha, então Presidente do Estado do Rio de Janeiro (hoje Governador do Estado), o convidou para exercer o cargo de Prefeito do Município de Campos dos Goytacazes. Manuel Rodrigues Peixoto exerceu a função inaugural do regime prefeitural da terra goitacá. Como Prefeito de Campos, o Dr. Rodrigues Peixoto prestou excelentes serviços à comunidade e a prova se pode constatar na Mensagem enviada ao Conselho de Vereadores. Deixando a Prefeitura, foi eleito deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro. A seguir, no Ministério da Agricultura foi um dos seus diretores. Em 1912, atendendo ao pedido do ministro Pedro de Toledo visitou os Estados do Rio, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, realizando estudos junto aos núcleos coloniais mantidos pelo governo federal. Seus relatórios, que constituem trabalhos de alto valor pela rara competência quando elaborados, foram publicados pelo Ministério da Agricultura. E para dizer algo mais sobre o Dr. Manuel Rodrigues Peixoto, vejamos o que disse Múcio da Paixão: “Não foi somente na esfera da atividade industrial, parlamentar e administrativa que se exercitou o febril espírito do Dr. Rodrigues Peixoto; já à magistratura prestou ele muitos e desinteressados serviços. Foi suplente de Juiz Municipal do termo de Campos, tendo estado em exercício desde 1869 até 1873, havendo nesse tempo iniciado a Reforma Judiciária; serviu como promotor interino na Comarca de Campos; foi substituto do Juiz de Órfãos e de Direito de Campos. O Dr. Manuel Rodrigues Peixoto faleceu no dia 29 de setembro de 1919.



Texto: Hélvio Gomes Cordeiro.

Parceria

Parceria

Relembrando

ACONTECEU NO MÊS DE JANEIRO
No dia 01 de janeiro do ano de 1831, surgia o primeiro jornal impresso com o nome de “O Correio Constitucional”.

No dia 03 de janeiro do ano de 1876, nascia o poeta, jornalista e teatrólogo Silvio Fontoura.

No dia 04 de janeiro do ano de 1834, foi fundado o jornal “O Campista”, que vem a ser uma das raízes da criação do jornal “Monitor Campista”.

No dia 07 de janeiro do ano de 1916, nascia Maria da Conceição Rocha e Silva, poeta e jornalista que ficou conhecida com o nome de Nina Arueira.

No dia 08 de janeiro do ano de 1978, foi fundado o jornal “Folha da Manhã”.

No dia 13 de janeiro do ano de 1884, foi fundado o clube carnavalesco Tenentes de Plutão.

No dia 14 de janeiro de 1875, foi inaugurada a ligação ferroviária de Campos dos Goytacazes com Macaé.

No dia 14 de janeiro de 1929, foi inaugurada a linha telefônica de Campos dos Goytacazes com Rio de Janeiro, Niterói e São Paulo.

No dia 15 de janeiro do ano de 1933, foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar de Campos (STIAC).

No dia 19 de janeiro de 1919, mais uma grande enchente do Rio Paraíba do Sul causando mortes, foi encontrado um jacaré-de-papo-amarelo na Rua Barão de Cotegipe (hoje Theotônio Ferreira de Araújo).


No dia 22 de janeiro do ano de 1936, foi fundado o Sindicato dos Bancários de Campos.

No dia 23 de janeiro do ano de 1910, foi ministrada a primeira aula da Escola de Aprendizes Artífices (depois CEFET e atualmente IFF), que funcionava no prédio onde hoje está estabelecida a Faculdade de Direito de Campos dos Goytacazes, criada pelo Governo Nilo Peçanha.

No dia 24 de janeiro do ano de 1919, nascia o poeta e, um dos fundadores da Academia Pedralva Letras e Artes, Pedro Manhães.

No dia 24 de janeiro do ano de 1919, foi fundado o Clube de Regatas Rio Branco.

No dia 24 de janeiro do ano de 1921, foi criada a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia de Campos.

No dia 24 de janeiro do ano de 1926, nascia o poeta e jornalista Amaro Prata Tavares.

No dia 25 de janeiro do ano de 1949, foi instalado o primeiro semáforo da Cidade de Campos dos Goytacazes, na esquina das Ruas Alberto Torres com Barão de Miracema (antiga São Bento), sob protestos de muitos motoristas.

No dia 26 de janeiro do ano de 1909, nascia o primeiro jogador de futebol campista a disputar uma Copa do Mundo, de nome Polycarpo Ribeiro, mais conhecido pelo apelido de “Poli”.

No dia 28 de janeiro do ano de 1893, nascia o atleta do remo campista, Olímpio Pinheiro.

No dia 29 de janeiro do ano de 1951, foi inaugurado o Sanatório para Tuberculosos, hoje conhecido como Hospital Ferreira Machado.

ACONTECEU NO MÊS DE FEVEREIRO

No dia 16 de Fevereiro do ano de 1830 era fundada a Loja Maçônica “Firme União”, hoje “Fraternidade Campista”, a primeira em Campos e quinta no Brasil.

No dia 17 de Fevereiro do ano de 1810 nasce o industrial Francisco Ferreira Saturnino Braga.

No dia 19 de Fevereiro do ano de 1872 começa a navegação no Canal Campos / Macaé.

No dia 20 de Fevereiro do ano de 1947 era fundada a Academia Pedralva - Letras e Artes.

No dia 21 de Fevereiro do ano de 1901 era realizada a Sessão Inaugural da Comarca Municipal de Campos, quando o Dr. Pereira Nunes sugere para o brasão do município, em homenagem ao heroísmo de Benta Pereira e Mariana Barreto, a inscrição “Ipsae matronae hic pro jure pugnant”. (Até as mulheres aqui pelo direito lutam).

No dia 24 de Fevereiro do ano de 1949 era inaugurado o Lar Cristão.

No dia 26 de Fevereiro do ano de 1840 nascia o pintor Antonio Araújo de Souza Lobo.

No dia 27 de Fevereiro do ano de 1916 era inaugurado, em terreno da Prefeitura, vizinho ao cemitério do Caju, o triturador de lixo montado pela “The Patent Lighthing Crusher Co.”No dia 29 de Fevereiro do ano de 1888 nasce o músico e maestro Jucas Chagas.

ACONTECEU NO MÊS DE MARÇO

No dia 01 de Março do ano de 1956 entra no ar a Emissora Continental de Campos.

No dia 02 de Março do ano de 1925 era dada à primeira aula no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.

No dia 05 de Março do ano de 1880 nasce o político e compositor Thieres Cardoso.

No dia 07 de Março do ano de 1940 devido à explosão de um fogareiro a álcool, falece a professora da Escola de Aprendizes e Artífices (hoje CEFET ou IFF), Maria Isabel Castro Pereira.- No mesmo dia acima citado foi dada a primeira aula da Faculdade de Direito de Campos no ano de 1960.

No dia 09 de Março do ano de 1950 é assassinado a facadas, à porta do Café Belas Artes, ao meio-dia, o vereador Marcílio Martins.

No dia 11 de Março do ano de 1877 fundada a Igreja Presbiteriana pelo Reverendo Blackford.

- No mesmo dia acima citado, foi inaugurado o Forum pelo Juiz Álvaro Ferreira Pinto no ano de 1935.

- No mesmo dia acima citado foi entregue à Santa Casa o novo prédio construído pelo industrial José Carlos Pereira Pinto no ano de 1944.

No dia 12 de Março do ano de 1885 foi inaugurada a fábrica de tecidos.

No dia 18 de Março do ano de 1935 morre, de tifo, aos 19 anos, a poeta feminista Nina Aroeira que se casaria em junho. É sepultada com seu vestido de noiva.

No dia 23 de Março do ano de 1879 sai o primeiro número de “A Matraca” A Sra. Rita Armond, ao ler insinuações desairosas à sua pessoa, feriu o redator a chicotadas.

-No mesmo dia acima citado, foi fundada a Primeira Igreja Batista no ano de 1891.

No dia 24 de Março do ano de 1847 primeira visita do Imperador D. Pedro II a Campos dos Goytacazes.

No dia 25 de Março do ano de 1889 nasce o teatrólogo e jornalista Gastão Machado.

No dia 26 de Março do ano de 1911 chegada do primeiro automóvel, adquirido por Atilano Crisóstomo.

No dia 28 de Março do ano de 1835 elevada à categoria de Cidade a Vila de São Salvador.

- No mesmo dia acima citado, fundado o jornal “A Cidade” no ano de 1934.

- No mesmo dia acima citado inaugurado o Conservatório de Música de Campos no ano de 1935.

- No mesmo dia acima citado, foi inaugurada a Catedral de São Salvador no ano de 1935.

-No mesmo dia acima citado, foi inaugurada a Rodoviária Roberto Silveira no ano de 1962.

ACONTECEU NO MÊS DE ABRIL

No dia 03 de abril do ano de 1950 foi inaugurada à Rua Barão de Cotegipe, a agência do Bradesco.

No dia 04 de abril de 1944 nasceu a nadadora Diana Quitete Azevedo Cruz.

No dia 05 de abril de 1873 foi inaugurada a “Ponte de Pau” atual Barcelos Martins.

No dia 05 de abril de 1895 nasceu a professora Maria Benedita das Dores Gouveia.

No dia 06 de abril de 1950, por causa de intensa chuva, desaba uma ponte ferroviária na região de Tanguá, provocando grave acidente com o trem noturno Rio/Campos, levando à morte muitos passageiros, inclusive campistas.

No dia 07 de abril de 1846, nasceu o almirante e criador da Escola Naval, Luiz Felipe Saldanha da Gama.

No dia 08 de abril de 1951 foi fundado o Grupo Espírita Allan Kardec.

No dia 09 de abril de 1696, foi criado o imposto sobre fabricação de aguardente, para se construir a Cadeia da Vila. O dinheiro arrecadado, porém, foi utilizado em outros fins.

No dia 09 de abril de 1896 nasce o historiador e geólogo Alberto Ribeiro Lamego.

No dia 13 de abril de 1886 nasce o poeta Flamínio Caldas.

No dia 13 de abril de 1965 foi fundada a ARTA – Associação Regional de Teatro Amador.

No dia 14 de abril de 1947 foi inaugurado o Monumento ao Expedicionário, na Praça São Salvador, obra do escultor campista Modestino Kanto.

No dia 15 de abril de 1870 nasce o escritor e jornalista Múcio da Paixão.

No dia 15 de abril de 1968 a peça “A Moratória”, de Jorge Andrade, montada pelo Grêmio Casimiro Cunha, inaugurava o palco do Teatro de Bolso.

No dia 18 de abril de 1960 nasce o ex-governador e ex-prefeito Anthony Garotinho Matheus de Oliveira.

No dia 21 de abril de 1903 foi inaugurada a Biblioteca Municipal.

No dia 23 de abril de 1898 nasce o médico, deputado e prefeito Barcelos Martins.

No dia 23 de abril de 1952 foi inaugurada a Ponte General Dutra.

No dia 27 de abril de 1973 foi fundado o Teatro Escola de Cultura Dramática.

No dia 28 de abril de 1940 um objeto não identificado corta o espaço, às 21:30hs, provocando intensa luminosidade e uma explosão ao longe.

ACONTECEU NO MÊS DE MAIO

No dia 01 de maio de 1884 foi fundado, por Carlos de Lacerda, o Jornal “Vinte e Cinco de Março”.

No dia 02 de maio de 1891 nasce o poeta Heitor Silva.No dia 03 de maio de 1914 foi fundado o Americano Futebol Clube.

No dia 05 de maio de 1844 foi enforcado, na Praça de Santa Efigênia, o negro alforriado Ildefonso, por ter assassinado a escrava Isabel.

No dia 05 de maio de 1917 foi registrado um tremor de terra, com a duração de 10 segundos.

No dia 13 de maio de 1900 foi realizada a primeira corrida de bicicletas pelas ruas da cidade.

No dia 18 de maio de 1928 nasce o professor e poeta Walter Siqueira.

No dia 19 de maio de 1870 foi fundada a Sociedade Musical Lira de Apolo.

No dia 20 de maio de 1961 foi fundada a Faculdade de Filosofia de Campos.

No dia 21 de maio de 1748, Benta Pereira, então com 73 anos de idade, e os filhos Manoel e Mariana Barreto, liderando cerca de 500 voluntários, impedem a posse da Vila pelo Visconde de Asseca, Martim Correia de Sá. Os revoltosos, a cavalo, invadem a casa do Capitão-Mor Nunes Teixeira e a Câmara Municipal. Há muitos mortos e feridos. Os vereadores são presos.

No dia 23 de maio de 1937 foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Construção Civil.

No dia 25 de maio de 1891 nasce o poeta Max de Vasconcelos.

No dia 25 de maio de 1921 foi inaugurado, pelo Prefeito Dr. Luiz Sobral e o Capitão Francisco de Paula Carneiro, o Cine Teatro Trianon, que apresentou, nesta noite, a opereta “A Duquesa de Bal Tabarin”, de Franz Lehar, com Esperanza Iris e sua Cia.

No dia 26 de maio de 1892 foi fundada a Sociedade Musical Operários Campistas.

No dia 28 de maio de 1943 foi inaugurada a estrada de automóveis Campos-Niterói.

No dia 29 de maio de 1677 foi fundada a Vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes.

No dia 30 de maio de 1963 foi fundado o Clube dos Diretores Lojistas, hoje Câmara de Dirigentes Lojistas.

ACONTECEU NO MÊS DE JUNHO

Dia 10 do ano de 1906, foi fundado o Clube de Natação e Regatas Campista.

- Dia 11 do ano de 1914, foi fundado o Colégio Bittencourt.

- Dia 13 do ano de 1844, foi inaugurada a loja e livraria “Ao Livro Verde”.

- Dia 17 do ano de 1913, o funcionário da limpeza pública, Joaquim Bento, morre eletrocutado pelo rompimento de um fio da rede elétrica, causado pela queda da folha de uma das palmeiras imperiais da Praça São Salvador.

- Dia 18 do ano de 1874, o pastor Cândido Mesquita faz sua primeira pregação numa residência, à Rua do Sacramento. Manifestantes contrários apedrejaram as vidraças.

- Dia 20 do ano de 1832, nasce o conselheiro José Fernandes da Costa Pereira Júnior.

- Dia 21 do ano de 1939, foi fundada a Academia Campista de Letras.

- Dia 24 do ano de 1883, foi inaugurada, por D. Pedro II, a iluminação elétrica. Campos dos Goytacazes é a primeira cidade da América do Sul a receber este benefício.

- Dia 26 do ano de 1910, foi instalada a Caixa Filial do Banco do Brasil.

- Dia 26 do ano de 1975, começa a ser demolido, no período da madrugada, o Cine Teatro Trianon.

- Dia 29 do ano de 1958, foi inaugurada a primeira linha de ônibus elétricos, conhecidos como Tróley-bus.

ACONTECEU NO MÊS DE JULHO

- Dia 01 do ano de 1962, foi fundado o Instituto Campista de Literatura.

- Dia 03 do ano de 1913, nasce o compositor Wilson Batista de Oliveira.

- Dia 05 do ano de 1830, a Câmara Municipal aprova a fabricação de duas lanças para matar os porcos e cães soltos pelas ruas da Cidade.

- Dia 05 do ano de 1873, foi inaugurada a estação da Estrada de Ferro Campos/São Sebastião, onde atualmente funciona a Faculdade de Direito de Campos.

- Dia 07 do ano de 1873, foi inaugurada a barca de banhos, que ficava nas águas do Rio Paraíba do Sul.

- Dia 10 do ano de 1941, foi fundado o Aero Clube de Campos.

- Dia 11 do ano de 1958, entra no ar a Rádio Jornal Fluminense.

- Dia 13 do ano de 1833, toma posse o primeiro Juiz de Direito de nossa Região, o Dr. Deocleciano Amaral.

- Dia 22 do ano de 1870, nasce o grande poeta, cujo poema “Amantia Verba” mais tarde se transforma no Hino de Campos dos Goytacazes, João Antonio de Azevedo Cruz.

- Dia 23 do ano de 1928, aconteceu um assalto, durante a noite, do Banco Comercial e Hipotecário, quando os ladrões abriram um rombo no cofre e retiraram 244 contos de réis.

- Dia 26 do ano de 1845, nasceu o historiador Júlio Feydit.

- Dia 27 do ano de 1923, nasceu o historiador e teatrólogo Waldir Pinto de Carvalho.

- Dia 27 do ano de 1942, às 07 horas da manhã, cai neve sobre a Cidade de Campos dos Goytacazes, por poucos minutos.

- Dia 29 do ano de 1876, suicida-se, lançando-se da “Ponte de Pau”, atual Ponte Barcelos Martins, José Martins Pinheiro, o Barão da Lagoa Dourada, tendo o cuidado de antes, tirar o chapéu e o sobretudo.

- Dia 29 do ano de 1882, foi inaugurado o Farol de São Thomé, trabalho executado pela mesma firma, que mais tarde (07 anos depois), viria a construir a Torre Eiffel, em Paris.

- Dia 31 do ano de 1998, foi inaugurado pelo Prefeito Arnaldo Vianna o novo Teatro Trianon, que apresentou, nesta noite, o espetáculo de dança “Rota”, de Deborah Colker.

ACONTECEU NO MÊS DE AGOSTO

Dia 01 do ano de 1843, nasceu o poeta e primeiro Prefeito de Campos, Manuel Rodrigues Peixoto.

- Dia 02 do ano de 1882, foi fundada a Sociedade Musical Lira Conspiradora.

- Dia 02 do ano de 1916, nasceu em Santo Eduardo o Governador Celso Peçanha.-

Dia 05 do ano de 1914, nasceu o escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, José Cândido de Carvalho.

- Dia 06 do ano de 1945, foi criada por Gerardo Maria Ferraiuoli (Patesko), a Grande Prova Ciclística de São Salvador.

- Dia 06 do ano de 1957, foi fundado o Lions Clube de Campos.

- Dia 10 do ano de 1852, foi fundada a Sociedade Portuguesa de Beneficência.

- Dia 12 do ano de 1906, falece acometido pela peste bubônica, o dentista Teófisto Abreu. Várias pessoas que o haviam visitado vêm a falecer dias depois, inclusive os médicos que o assistiram: Dr. Lacerda Sobrinho, Dr. Silva Tavares e Dr. Luiz Cardoso de Melo.

- Dia 14 do ano de 1922, foi fundado o Automóvel Clube Fluminense.

- Dia 15 do ano de 1937, um comício do Partido Integralista Brasileiro, na Praça São Salvador, é dissolvido a bala, pela polícia. Dez pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Entre os mortos, a Srª Alcídia, esposa do então vereador Jorge Pereira Pinto e mãe de Carlos Alberto, Jorge Renato, Antonio Carlos e Maria Lúcia.

- Dia 18 do ano de 1950, o pianista Artur Moreira Lima, com 09 anos de idade, faz um recital de piano no Cine-Teatro Trianon, em benefício da “Obra do Berço”.

- Dia 20 do ano de 1912, foi fundado o time de futebol Goytacaz Futebol Clube.

- Dia 26 do ano de 1894, foi fundada a Associação dos Comerciários, hoje Sindicato dos Comerciários.

- Dia 28 do ano de 1833, nasceu o poeta, médico, diretor da Biblioteca Nacional e membro da Academia Brasileira de Letras, José Alexandre Teixeira de Melo.

- Dia 29 do ano de 1940, foi fundada por Monsenhor Severino a APIC (Associação de Proteção à Infância de Campos).

- Dia 30 do ano de 1956, foram captadas as primeiras imagens da Rede Tupy de Televisão (TV Tupi).

ACONTECEU NO MÊS DE SETEMBRO

- Dia 04 do ano de 1902, nasceu o professor e advogado Nelson Pereira Rebel.- Dia 05 do ano de 1959, foi inaugurada a Agência da BANERJ (Banco do Estado do Rio de Janeiro).

- Dia 05 do ano de 1947, foi fundado o Hospital Abrigo Dr. João Viana.

- Dia 06 do ano de 1874, foi inaugurado o Theatro Empyreo Dramático, local das conferências abolicionistas e, por isso, interditado pela polícia sob pretexto de ser um prédio inseguro.

- Dia 07 do ano de 1845, foi inaugurado o Teatro São Salvador, com a peça “O Novo Século”.

- Dia o7 do ano de 1916, foi fundado o Jornal A Notícia.

- Dia 16 do ano de 1954, o Hino de Campos, de Azevedo Cruz e Newton Perissé Duarte, é cantado pela primeira vez em público, no Clube de Regatas Saldanha da Gama, pelo Orfeão Santa Cecília.

- Dia 19 do ano de 1875, começou a funcionar a primeira seção de bondes movidos por tração animal.

- Dia 20 do ano de 1873, morreu, enquanto dormia, estrangulada por suas escravas Letícia, Cecília, Virgínia e Cherubina, a fazendeira Ana Joaquina Carneiro Pimenta.

- Dia 20 do ano de 1934, foi fundado o Sindicato das Indústrias do Açúcar e Álcool do Norte Fluminense.

- Dia 20 do ano de 1945, descarrilou o trem noturno que fazia a linha Campos/Rio de Janeiro, vitimando muitos passageiros.

- Dia 22 do ano de 1945, foi instalada em um prédio à Rua 13 de Maio, a sede do Jockey Clube de Campos.

- Dia 24 do ano de 1831, foi fundada a Caixa Econômica da Cidade de Campos, liquidada depois por má administração política.

- Dia 25 do ano de 1926, foi inaugurado o Cinema Capitólio, com o filme “A Viúva Alegre.

ACONTECEU NO MÊS DE OUTUBRO

- Dia 02 do ano de 1867, nasceu na Freguesia de Nossa Senhora da Penha de Morro do Coco, o Governador e Presidente da República Nilo Procópio Peçanha.

- Dia 03 do ano de 1942, foi fundada em Campos dos Goytacazes a agência da Legião Brasileira de Assistência.

- Dia 06 do ano de 1954, foi inaugurado o Cine Goitacá, com o filme “Os Brutos Também Amam”.

- Dia 07 do ano de 1972, foi inaugurado o Teatro Múcio da Paixão, do SESC, com a peça “O Santo Inquérito”, de Dias Gomes.

- Dia 08 do ano de 1928, nasceu o campeão mundial de futebol Waldir Pereira (mais conhecido como Didi, o inventor da “Folha Seca”).

- Dia 09 do ano de 1853, nasceu o jornalista e abolicionista José Carlos do Patrocínio, mais conhecido como “Tigre da Abolição”.- Dia 10 do ano de 1946, foi fundada a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

- Dia 12 do ano de 1911, foi inaugurado o Colégio Batista Fluminense.

- Dia 13 do ano de 1701, a Câmara Municipal faz afixar no Pelourinho, um edital proibindo a venda de carne de gado por mais de 12 vinténs a arroba, sob pena de multa de 06 mil réis e 20 dias de cadeia.

- Dia 14 do ano de 1968, foi dada a primeira aula na Faculdade de Medicina de Campos, que passou a funcionar no antigo prédio da Policlínica Infantil (onde funcionou o Cemitério do Quimbira).

- Dia 17 do ano de 1964, foi inaugurada a Ponte Saturnino de Brito, conhecida também como a Ponte da Lapa.

- Dia 19 do ano de 1952, foi inaugurado o Aeroporto Bartholomeu Lyzandro.

- Dia 20 do ano de 1957, foi inaugurado o Hipódromo Linneo de Paula Machado, que fica no Bairro do Jockey Clube de Campos.

- Dia 21 do ano de 1906, foi fundado o Clube de Regatas Saldanha da Gama, onde funcionou a primeira piscina para os associados e ficava na Beira-Rio, entre as ruas Santos Dumont e Barão de Cotegipe (hoje Governador Teothônio Ferreira de Araújo).

- Dia 22 do ano de 1893, foi fundada a Sociedade Musical Lira Guarani.

- Dia 26 do ano de 1855, as vítimas da epidemia de Cólera passaram a ser sepultadas no Cemitério Público (hoje Cemitério do Caju), pois os cemitérios das igrejas e o do Quimbira (hoje Faculdade de Medicina) já não comportavam mais sepultamentos. Até o fim do ano morreram 1.349 pessoas na cidade, 444 em Guarus e 42 escravos na Fazenda do Colégio.

- Dia 26 do ano de 1912, foi fundado o Campos Atlético Associação.

- Dia 26 do ano de 1945, foi instituída a “Semana Inglesa”, suspendendo o trabalho aos sábados, a partir do meio-dia.

- Dia 27 do ano de 1935, foi fundada a Escola Jesus Cristo.

ACONTECEU NO MÊS DE NOVEMBRO

- Dia 04 do ano de 1923, nasceu o poeta Almir Soares.

- Dia 11 do ano de 1934, foi inaugurada a Rádio Cultura de Campos.

- Dia 13 do ano de 1991, foi lançada pelo Prefeito Anthony Garotinho Matheus, a pedra fundamental para a construção do novo Teatro Trianon.

- Dia 14 do ano de 1939, a Cidade de Campos dos Goytacazes recebeu a visita dos escritores Gilberto Freire e de José Lins do Rego.

- Dia 16 do ano de 1964, foi o último dia de funcionamento dos Bondes em Campos dos Goytacazes. O bonde elétrico de nº 14, trafegou pela última vez em seu itinerário na linha Caju – Centro.

- Dia 20 do ano de 1839, o fazendeiro Antonio Figueiredo publicou no Jornal Monitor Campista, um anúncio de fuga de escravo com o nome de José, que tinha as iniciais “AF” marcadas nas nádegas. Essas letras eram as iniciais do nome de seu proprietário.

- Dia 20 do ano de 1891, veio a Campos dos Goytacazes para fazer apresentações, o grande maestro Carlos Gomes.

- Dia 22 do ano de 1880, foi fundado o Liceu de Humanidades de Campos.

- Dia 22 do ano de 1941, foi fundado pelo maestro Newton Perissé Duarte o Orfeão de Santa Cecília.

- Dia 23 do ano de 1878, foi inaugurada a Usina Barcelos, fato que contou com a presença ilustre do Imperador D. Pedro II.

- Dia 24 do ano de 1891, nasceu o atleta do remo, grande destaque em nossa região, de nome Juvenal Chagas.

- Dia 24 do ano de 1963, foi inaugurado o Hospital dos Plantadores de Cana, que nos presta grandes serviços até hoje.

- Dia 30 do ano de 1912, nasceu o grande jornalista e brilhante administrador do Jornal Monitor Campista, Oswaldo Lima.

- Dia 30 do ano de 1955, foi fundado o Tênis Clube de Campos, na antiga Rua São Bento, e que ficou conhecido pela sociedade com o “Clube da Raquete”.



ACONTECEU NO MÊS DE DEZEMBRO



- Dia 02 do ano de 1869, foi inaugurada a Linha Telegráfica de Campos ao Rio de Janeiro.



- Dia 05 do ano de 1926, foram introduzidos os pardais em Campos dos Goytacazes, através de 4 casais destes pássaros, soltos nos jardins da Sociedade Portuguesa de Beneficência (hoje Beneficência Portuguesa).



- Dia 06 do ano de 1864, Nasceu o deputado federal, prefeito de Campos dos Goytacazes e de Niterói, o Sr. Benedito Gonçalves Pereira Nunes.



- Dia 08 do ano de 1633, foi construído em Campo Limpo o primeiro curral para a criação de gado, para ali trazidos pelos Sete Capitães, sob a guarda do índio Valério Corsuga. Em torno deste curral se iniciara o povoamento da planície goitacá.



- Dia 09 do ano de 1954, foi lançado o jornal “Correio de Campos” com circulação às segundas-feiras.



- Dia 10 do ano de 1760, morreu aos 85 anos de idade, a Srª Benta Pereira de Sousa, tendo o seu corpo sido enterrado no Solar do Colégio.



- Dia 15 do ano de 1919, a Cidade de Campos dos Goytacazes ainda enfrentava, desde o dia 15 de outubro, o surto da gripe espanhola, que já havia vitimado em torno de 419 pessoas na cidade e em Guarus.



- Dia 17 do ano de 1937, presença marcante de Carmem Miranda, sua irmã Aurora Miranda e os cantores Sílvio Caldas e Almirante se apresentaram no Teatro Trianon, completamente lotado.



- Dia 18 do ano de 1956, foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica.



- Dia 19 do ano de 1839, o vereador Andrade pede à Câmara a compra de camelos do Egito para o transporte de cargas, por serem animais de muita força e resistência.



- Dia 20 do ano de 1879, nasceu o médico, orador e grande poeta Álvaro de Barros.



- Dia 22 do ano de 1903, nasceu a pianista, compositora e primeira maestrina da América do Sul, a Srª Joanídia Sodré.



- Dia 24 do ano de 1935, foi fundado o Sindicato dos Rodoviários de Campos dos Goytacazes.



- Dia 24 do ano de 1943, morreu de febre tifo, contando 33 anos de idade, o Dr. Philippe Uébe.

Dica de livros

  • Revista da Academia Campista de Letras / Edição Junho/2008
  • Revista Almanaque de Campos / Edição 2009
  • Qual é a tua obra - Mario Sergio Cortella
  • Pequenas histórias verídicas sobre Campos dos Goytacazes
  • O menino e o palacete - Tieres Martins
  • Carukango - O príncipe dos escravos/autor: Hélvio Gomes Cordeiro/2009
  • A História Viva da Morada dos Mortos/autor: Hélvio Gomes Cordeiro/2009