segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ARTHUR DA SILVA BERNARDES:

Nasceu no dia 08 de agosto de 1875, na cidade de Viçosa, Minas Gerais. Filho de Antônio da Silva Bernardes e Maria Aniceta Bernardes. Viveu modestamente como uma criança comum de uma pequena cidade do interior mineiro, como era Viçosa, começando a trabalhar muito cedo, em virtude das dificuldades financeiras da família. Até 12 anos, Bernardes estudou em Viçosa. No final de 1887, foi matriculado no tradicional Colégio da Senhora Mãe dos Homens da Serra do Caraça, a rigorosa instituição de ensino dos missionários lazaristas em Minas Gerais. Permaneceu no internato por apenas dois anos, pois a família não podia pagar. Em 1894, um decreto do presidente de Minas Gerais, Afonso Pena, passou a permitir o acesso ao externato do Colégio Mineiro por meio de concurso. Bernardes, disposto a retornar aos estudos, abandonou o emprego em Viçosa e mudou-se para Ouro Preto, onde começou a freqüentar um curso particular com o objetivo de obter os diplomas secundários e estudar para os exames preparatórios de admissão ao curso superior. Antes de terminar esses exames, matriculou-se como aluno ouvinte na Faculdade Livre de Direito. Essa estratégia permitiu que ele, vencidos os exames preparatórios, solicitasse a realização das provas finais do 1º ano de Direito em segunda época, sendo aprovado em 1897. Em 1899, transferiu-se para a Faculdade de Direito de São Paulo, onde concluiu seu curso em 1900, voltando para Viçosa já como advogado. Durante o ano de 1897, morando e estudando em Ouro Preto, alistou-se no Batalhão Patriótico Bias Fortes e compôs a diretoria do jornal “Academia”. No período entre 1899 e 1900, quando estudou em São Paulo, conseguiu emprego como revisor no jornal “Correio Paulistano”, órgão oficial do Partido Republicano. Seu domínio do idioma, do qual era sempre zeloso, valeu-lhe um lugar como professor de Latim e Português no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo, ao qual chegou como concursado. Depois de concluir o curso de Direito, montou escritório em Viçosa, em 1900. O advogado Arthur Bernardes tinha 28 anos em 15 de julho de 1903, quando se casou com Clélia Vaz de Melo, filha do líder político Carlos Vaz de Melo. Tiveram oito filhos: Clélia, Arthur, Maria da Conceição, Dhalia, Rita, Sylvia, Geraldo e Maria de Pompéia. Ingressou na política em 1903, assumindo o comando político municipal e a direção do jornal “Cidade de Viçosa”, por conta da morte do sogro. Até chegar ao Palácio do Catete, Arthur Bernardes passou pela Presidência da Câmara de Viçosa, em 1906; foi deputado federal eleito em 1909; secretário de Finanças de Delfim Moreira na Presidência de Minas, de 1914 a 1918. Ao terminar seu mandato no governo mineiro, em 1922, saiu para assumir a Presidência da República. Tendo galgado tais postos com tanta rapidez, que ficou faltando o Senado, onde teve seu lugar assegurado como ex-presidente, seguindo a praxe da época. Entre as melhorias que implementou em Viçosa, no período em que foi secretário de Finanças, podem ser citadas: luz elétrica, rede de esgotos, calçamento de ruas, escolas e estrada de ferro. Já na Presidência do Estado, construiu a Escola Superior de Agricultura de Viçosa e fundou a Colônia Agrícola Vaz de Melo, em homenagem ao seu sogro. A Presidência da República, como diziam seus aliados, era um caminho natural da carreira política de Bernardes. De fato, já na eleição de abril de 1919, que escolheria o substituto de Rodrigues Alves, seu nome foi cogitado, mas o plano não progrediu. O nome de consenso foi o de Epitácio Pessoa. Mas no pleito seguinte, o “rodízio” do sistema café-com-leite indicava que era a vez de Minas ter um nome na cabeça de chapa, e Arthur Bernardes foi o indicado como candidato à Presidência. Dessa vez, porém, o Rio Grande do Sul se opôs e formou a “Reação Republicana”, contando com o apoio de militares, de Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia. Arthur Bernardes foi eleito com 466.877 votos, correspondente a 56% dos votos válidos. A posse de Bernardes não trouxe a pacificação dos ânimos. A figura do nacionalista defensor da soberania brasileira em relação ao petróleo e à Amazônia mistura-se com a do presidente que passou seus quatro anos de mandato governando sob estado de sítio. Bernardes passou por muitas crises em seu governo. A primeira veio do Rio Grande do Sul em 1923, com um conflito armado, que só acabou quando foi negociada uma solução. Em 1924, a revolta ocorreu na cidade de São Paulo, com conseqüências muito mais sérias. Militares, com o apoio da população, depuseram o presidente paulista Carlos de Campos e tomaram o poder estadual. A resposta do governo foi bruta. Forças legalistas bombardearam a cidade durante quase um mês inteiro, usando até aviões, provocando morte e destruição. Os rebeldes de São Paulo se juntaram aos gaúchos e começaram os preparativos da Coluna Prestes, e uma dor de cabeça que acompanharia Arthur Bernardes pelo resto de seu governo. No Legislativo, Bernardes reviu a Constituição e, desde sua posse, tentou aprovar uma lei de imprensa que lhe daria meios legais para controlar os veículos de comunicação e “defender-se” dos chamados crimes de injúria e calúnia. Na área social, estabeleceu a lei de férias anuais de 15 dias para comerciários, operários e bancários, e reorganizou em sistemas as caixas de aposentadoria e pensão. Símbolo das revoltas de seu governo, foi a criação da casa de detenção de Clevelândia (em plena Amazônia) apontada como “o mais tétrico dos campos de concentração da época”, e sua conivência com as prisões e os espancamentos da polícia do Rio de Janeiro, chefiada pelo general Fontoura. Com a firmeza do seu nacionalismo, deu grandes vitórias às áreas da siderurgia, como o aumento da produção de minério de ferro da Vale do Rio Doce. O mandato presidencial de Arthur Bernardes acabou. Seguindo as antigas tradições que a República havia mantido, seu lugar no Senado estava assegurado, e ele tomou posse como senador em 1927. No dia em que desembarcou no Rio de Janeiro para assumir o mandato, o ex-presidente foi agredido por uma multidão que lhe atirava todo tipo de objetos. Um grupo de estudantes o recebeu com o coro: “Presidente Clevelândia”. Era a manifestação popular contra a brutalidade do governo recém-concluído. Mas recomeçava aí sua luta em defesa dos interesses nacionais na tribuna do Legislativo, que acabou por resgatar a admiração pelo político e o levou a conseguir o apoio de antigos desafetos, como Assis Chateaubriand, e até uma convivência política com Carlos Lacerda, cujo pai havia sido preso por Bernardes. Não chegou a concluir seu mandato por causa de sua participação como chefe das forças mineiras na “Revolução de 32”. Bernardes foi preso em Minas e confinado na ilha do Rijo e, depois, no Forte do Vigia, no Leme, Rio de Janeiro, antes de partir para o exílio. Seu embarque para Portugal foi cercado pela violência. Tentativas de agressão fizeram a família subir correndo no navio. No cais, parentes e amigos que se despediam viram-se no meio de um tiroteio. De lá, continuou a se corresponder com seus correligionários. E, quando Getúlio Vargas decidiu finalmente convocar a Assembléia Constituinte em 1934, ele retornou ao Brasil a tempo de ser eleito deputado federal e participar da discussão da nova Carta Magna. Quando do golpe que instituiu o Estado Novo, Bernardes perdeu seu mandato e ficou afastado da política até a queda de Vargas, ocasião em que foi mais uma vez eleito deputado federal para uma nova Constituinte, dessa vez a de 1946, retornou à Câmara em 1950, como suplente, e em 1954 também, mandato que honrou até a véspera de sua morte. Ao final da carreira, após ter passado por todos os postos do governo, Arthur Bernardes não tinha bens materiais senão os compatíveis com economias feitas ao longo de uma vida. Analisando essa situação, Paulo Amora escreveu: “Teve nas mãos a fortuna. De consciência tranqüila e mãos limpas, morreu pobre”. Arthur da Silva Bernardes faleceu no dia 23 de março de 1955, aos 79 anos, em sua residência no Rio de Janeiro. No dia anterior, havia comparecido normalmente à Câmara, onde presidiu a reunião da comissão especial sobre o petróleo. Mais tarde, queixando-se de dores em uma das pernas, perdendo o equilíbrio. Era o primeiro infarto. Logo que recobrou a consciência, Bernardes pediu à família que um padre fosse chamado. Após comungar com o frei Cassiano de Vila Rosa, seu confessor e amigo, o ex-presidente deitou a cabeça no travesseiro e dormiu. Um segundo infarto provocou uma morte serena, exatamente às 13h45. Foi o seu discurso: “[...] O Brasil toma sempre na devida conta e é muito sensível a essas provas de simpatia e amizade que as outras nações freqüentemente lhe testemunham e às quais, por seu lado, agradece com sincera efusão e desvanecimento. Procuramos honrar lealmente esse conceito, trabalhando com afinco em favor da paz, que é a melhor garantia do progresso em todos os povos. Podeis assegurar aos vossos augustos soberanos e governos que entre as minhas preocupações de chefe de Estado nenhuma será mais constante do que esta. Os vínculos de solidariedade internacional, que cada vez nos prendem mais e, através de todas as vicissitudes, vão felizmente estabelecendo para a humanidade a segurança de um futuro melhor [...]”.

ARTHUR BERNARDES


Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

sábado, 25 de outubro de 2008

REFORMA DO PRÉDIO DO MUSEU

Construído no século XVIII para ser a residência do Sr. José Carneiro da Silva, o primeiro Visconde de Araruama, o prédio de estilo neoclássico foi adquirido pela Municipalidade em 1870. Sediou a Prefeitura e a Câmara Municipal de Campos e foi tombado pelo INEPAC em 1986. Seu segundo prédio chegou a ser adaptado para ser sede do Corpo de Bombeiros, mas nele foi instalado a Biblioteca Municipal, que atualmente funciona no Palácio da Cultura, e em seu primeiro prédio foi instalado o Museu de Campos. Havendo a necessidade de reforma, o Museu foi fechado e, por muito tempo se cobrava uma mobilização para sua restauração. Acompanhando as obras, que iniciaram em 30/09, estamos dando conta do que já foi feito até agora. Com certeza, o Instituto Historiar vai estar como observador desta reforma até ver o Museu reaberto ao público.
Reforma do Museu



Texto: Hélvio Cordeiro (membro do Instituto Historiar)
Fotos: Juarez Fernandes e Antonio Leudo (colaboradores).
Postagem: Leandro Cordeiro (membro do Instituto Historiar.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Greve Bancária passado e presente


Monitor Campista (Coluna Memória) 21 de outubro de 1958.

No passado:
Greve Bancária
– Os estabelecimentos bancários, através de seus representantes entraram na justiça do trabalho com um pedido de dissídio coletivo, tendo em vista a reivindicação dos bancários pleiteando aumento salarial. Os bancários de Campos, assim como os de outros Estados, estarão reunidos hoje, em grande assembléia sob a presidência do Sr. José Costa, a fim de deliberarem sobre a atitude que a classe adotará, face ao novo rumo do encaminhamento do problema. Se não for obtido acordo em bases razoáveis, acredita-se que os bancários estariam em greve. O representante da entidade local seguirá amanhã para o Rio a fim de tomar parte na assembléia geral dos bancários.

No Presente:

Greve Bancária: A notícia acima, olhada desatentamente, poderia representar a situação atual em Campos dos Goytacazes, onde os bancários entraram novamente em greve.
Depois de voltarem ao serviço bancário, retornaram com a greve e só voltarão ao serviço normal quando a Federação Nacional dos Banqueiros (Fenaban) fizer um acordo salarial.
Alguns bancos teriam obrigado seus funcionários a retornarem ao serviço, por ameaça de demissões. Mas, voltam agora à greve, que já dura alguns dias, em aproximadamente 25 agências.

Bancos em greve


Fonte: Jornal Monitor Campista
Texto: Leandro Cordeiro e Hélvio Cordeiro (membros do Instituto Historiar).
Foto: Antonio Leudo (colaborador).

domingo, 19 de outubro de 2008

Série Presidentes do Brasil

EPITÁCIO LINDOLFO DA SILVA PESSOA:
Nasceu no dia 23 de maio de 1865, na casa dos Barros, Fazenda Marcos de Castro, em Umbuzeiro, Paraíba. Filho de José da Silva Pessoa e Henriqueta Barbosa de Lucena. Aos oito anos de idade, Epitácio Pessoa ficou órfão de pai e mãe e, junto com seu irmão, foi enviado para Pernambuco, onde ficaram sob a responsabilidade do tio, desembargador Henrique Pereira de Lucena. Em 1874, conseguiu uma bolsa de internato no Ginásio Pernambucano, e ali, foi um aluno brilhante nos cursos secundaristas. A tal ponto que, quando o governo da Província acabou com as bolsas no colégio por medida de economia, a de Epitácio Pessoa foi mantida, a pedido do diretor, monsenhor Eduardo Pereira. Nos últimos anos do ginásio, ele foi morar com a tia Marocas, que tinha sido casada em primeiras núpcias com um irmão de seu pai. Em 1882, matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, dominada então pelo prestígio do poeta Tobias Barreto. A fim de pagar as despesas da faculdade, matrícula, livros, dava aulas particulares. Continuava morando com sua tia Marocas. Manteve sempre notas máximas e foi aprovado com distinção e louvor em todas as matérias, do primeiro ao último ano. Durante as férias da faculdade, Epitácio Pessoa ia para o interior e ficava, normalmente, na casa de sua irmã Miranda. Em 1883, terminado o segundo ano de Direito, foi passar as férias com o padrinho no Ingá, interior da Paraíba. Este foi seu primeiro passo na vida profissional. Foi convidado pelo juiz de direito para ser acusador de diversas questões criminais. As acusações foram brilhantes. Vinha gente de toda parte para ver e ouvir o promotor, um jovem franzino de apenas 18 anos. No quarto ano do curso, o catedrático de Direito Constitucional, Tarquínio de Souza, que, em trinta anos de magistério, ainda não tinha dado nota máxima a nenhum aluno, concedeu a Epitácio o inacreditável 10, com uma observação escrita na prova: “Não é prova de estudante, é prova de mestre!”. Epitácio Pessoa formou-se em 1886, dedicando-se à carreira jurídica por mais de cinqüenta anos. Não tinha propriamente vocação literária. Epitácio tinha 29 anos quando se casou com Francisca Justiniana das Chagas, em junho de 1894 e em 1895, Francisca faleceu ao dar à luz um menino natimorto. Epitácio já estava viúvo a longo tempo quando amigos apresentaram Maria da Conceição Manso Sayão. Ficaram noivos em setembro de 1898 e se casaram em novembro do mesmo ano e tiveram três filhas: Laura, Angelina e Helena. Assim que se formou, em 1886, Epitácio Pessoa iniciou carreira como promotor, na Comarca de Cabo, em Pernambuco, depois passou a promotor interino em Bom Jardim, também em Pernambuco, e foi elevado a promotor efetivo em 1887. Foi para o Rio de Janeiro em 1889, mas teve que retornar à sua terra natal, por ter sido convidado para assumir a Secretaria de Governo da Paraíba. Em 1890 foi eleito deputado à Constituinte pela Paraíba e, em 1891, nomeado por decreto, passou a professor catedrático da Faculdade de Direito de Recife. Em 1898, foi nomeado ministro da Justiça e Negócios Interiores no governo de Campos Salles até 1901. Em 1902, Epitácio Pessoa foi nomeado Procurador Geral da República e, por seus trabalhos publicados a pedido do Barão do Rio Branco, foi proclamado membro titular da Corte Permanente de Justiça Internacional de Haia. Em 1912, aos 47 anos, aposentou-se do STF com vencimentos integrais, por motivo de invalidez (cálculo na vesícula). No mesmo ano foi eleito senador pela Paraíba, mas logo depois, partiu para a Europa, ficando por lá até 1914. Em 1919, Epitácio Pessoa liderou a delegação brasileira à Conferência de Paz de Versalhes, que redesenhou o mapa da Europa e de suas colônias depois da Primeira Guerra Mundial. A Convenção de 1919, naquela época, quatro pessoas escolhiam o candidato a futuro presidente da República: aquele que terminava o mandato e os presidentes de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, e o indicado foi Epitácio Pessoa, para concorrer contra Rui Barbosa. Epitácio venceu as eleições diretas com 286.373 votos, e o Vice-Presidente eleito foi Delfim Moreira, que deixava a Presidência como substituto do presidente Rodrigues Alves. Primeiro nordestino a dirigir o país pelo voto direto, Epitácio Pessoa teve uma posse muito concorrida no dia 28 de julho de 1919. A administração de Epitácio Pessoa não foi muito diferente da ação de governantes anteriores. Desde o início do mandato, Epitácio procurou assegurar o apoio dos três Estados que o haviam indicado para o cargo. Tanto assim que seis dos sete ministros nomeados eram paulistas, mineiros e gaúchos. A primeira novidade de sua administração foi indicar civis para os ministérios da Guerra e da Marinha. Apesar de grande indignação nos quartéis, assumiram: Pandiá Calógeras para o Ministério da Guerra e Raul Soares para o da Marinha. Epitácio Pessoa iniciou seu governo com o país em boa situação financeira. A Primeira Guerra Mundial tivera efeitos nocivos, mas também positivos, obrigando o Brasil a substituir importações e aumentar a atividade industrial. Antes de completar três meses de governo, teve início um grande movimento grevista em São Paulo. O presidente não teve dúvidas: mandou fechar um dos principais jornais da classe operária, “A Plebe”, e expulsou do país seus redatores: Gigi Damiani, Silvano Antonelli e Alessandro Zanelli. Para tentar recuperar a economia na região nordestina, lançou em dezembro o Programa de Combate à Seca no Nordeste, buscando ajuda financeira nos Estados Unidos. Foi a maior obra do governo Epitácio Pessoa. O governo contratou serviços de barragens, portos, estradas de ferro e de rodagem, comprando grande quantidade de material de toda espécie. Construiu mais de 200 açudes na região, 220 poços, 500 quilômetros de vias férreas locais. Em 1920, foi fundada a primeira universidade do país: a atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), formada pelas faculdades de Medicina, Direito e pela Escola Politécnica. Revogado o decreto do Governo Provisório que havia expulsado do país a família imperial, o presidente determinou a transferência para o Brasil dos restos mortais do imperador D. Pedro II e da imperatriz Tereza Cristina, que aqui chegaram em 1921, sendo trasladado para a Catedral de Petrópolis, local de seu jazigo definitivo. Organizado pelo escritor Graça Aranha, inaugurava-se no Teatro Municipal de São Paulo, um novo período nas artes brasileiras, a Semana de Arte Moderna. No interior do país, surgia uma nova dor de cabeça para o presidente, o cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva) juntou seu bando aos 65 homens de Sinhô Pereira no Ceará, provocando desde aí um ciclo de combates que só se encerraria dezesseis anos mais tarde. No período, tornou-se conhecido como o “Rei do Cangaço” (e só foi morto em 1938). Em 1922, o presidente mandou fechar o Clube Militar e prender o ex-presidente Hermes da Fonseca. Em setembro de 1922, foi oficializada a letra para o Hino Nacional do Brasil, de autoria de Osório Duque Estrada. No dia 07 de setembro, no Rio de Janeiro, o Centenário da Independência foi comemorado com a Exposição Internacional onde se deu a primeira transmissão de rádio no país. Em outubro, criou-se no Rio de Janeiro o Museu Histórico Nacional, instalado em salas do edifício do Arsenal de Guerra, na Ponta do Calabouço. Eleito Arthur Bernardes para a Presidência da República, em 15 de novembro, dia da posse, Epitácio Pessoa chegou ao Palácio do Catete bem cedo e chamou todos os funcionários e agradeceu a cada um deles, do mais alto escalão até ao porteiro. Após o término da cerimônia, seguiu para o Hotel Glória, na zona sul da cidade, onde ficou hospedado. Depois da presidência, Epitácio Pessoa continuou participando da vida pública onde voltou ao Senado e ao mesmo tempo, exercia o cargo de juiz da Corte Permanente de Justiça Internacional de Haia. A doença de Parkinson fez Epitácio se recolher. Lutava contra a dor do endurecimento muscular progressivo, mal encontrando posição de repouso. Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa morreu aos 76 anos, no dia 13 de fevereiro de 1942, em seu sítio de Nova Betânia. Representando a Presidência da República, compareceu ao enterro o ministro do Exterior de Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha. Foi seu discurso: “A ausência de partidos com programas definidos, devido em grande parte à falta de verdade eleitoral, observada desde o alistamento até as votações, fez com que a vida pública no Brasil perdesse o estímulo do entusiasmo, a inspiração das novas idéias que são a força motriz da opinião. O exercício do poder, ao abrigo das vicissitudes do julgamento eleitoral, foi diminuindo a sensibilidade dos homens públicos às impressões de certas correntes de opinião às vezes sutis pela delicadeza de sua origem, tornando-os, em vez disto, muito expostos à influência de certos instrumentos de violência intelectual [...]”.

EPITÁCIO PESSOA

Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio
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domingo, 12 de outubro de 2008

Série Presidentes do Brasil


DELFIM MOREIRA DA COSTA RIBEIRO:
Nascido em 07 de novembro de 1868, na Fazenda da Pedra, município de Cristina, Minas Gerais, filho de Antônio Moreira da Costa e Dª Maria Cândida Ribeiro. Quando Antônio Moreira adquiriu a Fazenda da Pedra Redonda, mudou-se com a família para Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, mais tarde, passando o nome da propriedade para Fazenda Moreira. Iniciou o curso primário no Colégio Santa Rita, dirigido pelo padre Francisco Fraissat, passando depois para o Colégio Mendonça, em Pouso Alegre. Fez os preparatórios no seminário de Mariana. Aborrecido com a rigidez da disciplina do regime de internato, abandonou os estudos pelo período de um ano. Quando decidiu concluir o curso, foi para São Paulo e matriculou-se no Colégio Joaquim Carlos, que se localizava na Ladeira Porto Geral. Terminado o curso preparatório, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo em 1886. Em 1888, com seus colegas Pinto de Moura e Estevão Lobo, fundou os jornais “Vinte e Um de Abril” e “A República Mineira”, nos quais publicou vários artigos. Cooperou na reorganização do Clube Republicano Acadêmico. Em 04 de dezembro de 1890, com recém-completados 22 anos de idade, conquistou o grau de bacharel pela Faculdade de Direito de São Paulo. Um ano após a formatura, em 11 de abril de 1891, casou-se com sua prima Francisca Ribeiro de Abreu, que era natural de Pedra Branca (hoje Pedralva), sul de Minas Gerais, e tiveram seis filhos: Antônio, Delfim, Maria da Glória, Francisco, Edgard e Maria Aparecida. Depois de formado, Delfim Moreira foi nomeado promotor público em Santa Rita do Sapucaí, cidade que amou com devoção. Ocupou esse cargo pelo prazo de um ano, passando, em seguida, o de juiz municipal na mesma cidade. Após um ano na função, foi nomeado promotor público, dessa vez em Pouso Alegre, onde também permaneceu por um ano. Iniciou carreira política como vereador, tornando-se logo presidente da Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí. Na segunda legislatura republicana em Minas Gerais, sendo Bias Fortes presidente do Estado, foi indicado como candidato e eleito deputado estadual (1894-1902). Reeleito para a legislatura seguinte foi convidado a ocupar o cargo de secretário do Interior pelo recém-empossado presidente do Estado, Francisco Antônio Sales. Deixou a função em 1906, quando foi eleito senador federal com a precoce idade de 38 anos. Não se achando com idade e responsabilidade suficiente pra assumir esse cargo, retornou a Santa Rita do Sapucaí, ficando na Fazenda do Turvo, pertencente a parentes, por algum tempo. Em 1908, dois anos depois de eleito para o Senado, foi finalmente ocupar a cadeira que lhe cabia no Congresso no Rio de Janeiro. Em 1910, foi novamente convidado a ocupar o cargo de secretário do Interior; dessa vez, durante o mandato de Júlio Bueno Brandão como presidente do Estado. Chegou ao posto máximo da política estadual em 1914, eleito presidente de Minas Gerais. Durante sua gestão, quem estava na Presidência da República do Brasil era o seu primo Wenceslau Braz. Delfim Moreira dedicou especial atenção à educação e à agricultura, construindo escolas e cuidando da profilaxia de moléstias do meio rural. Dotou o Estado de Minas de pontes e estradas em todos os recantos. No tocante à economia, reduziu consideravelmente o débito flutuante do Estado, que passou de Cr$ 30.094.593,81 para Cr$ 13.000.000,00 ao término de seu mandato. Antes de deixar a Presidência de Minas, concorreu à Vice-Presidência da República e foi eleito. A chapa vencedora para o quadriênio 1918-1922 representou a consolidação da política café-com-leite, com um paulista e um mineiro nos cargos máximos da política nacional: Rodrigues Alves foi eleito pela segunda vez à Presidência, tendo Delfim Moreira como vice, recebendo 382.491 votos. Rodrigues Alves, eleito para um segundo mandato presidencial em março de 1918, permaneceu em sua cidade natal, Guaratinguetá, onde começou a organizar o governo. Em virtude de ter contraído a gripe espanhola e como sua saúde não apresentasse melhoras, enviou em 14 de novembro, na véspera da posse, um comunicado ao Congresso Nacional, notificando que passava o cargo a seu vice, Delfim Moreira – que assim se tornou presidente substituto e sucessor de seu primo e colega de faculdade Wenceslau Braz. Empossado no cargo de presidente em 15 de novembro de 1918, passou a viver uma situação insólita. O presidente eleito e reconhecido instalou-se em sua residência particular do Rio de Janeiro, na Rua Senador Vergueiro, nas vizinhanças da sede oficial da Presidência, o Palácio do Catete. Para lá ia diariamente o presidente em exercício Delfim Moreira para conferenciar e despachar com Rodrigues Alves, procurando sempre cumprir suas determinações. Aos trinta minutos da madrugada de 16 de janeiro de 1919, o presidente Rodrigues Alves faleceu. Durante o período presidencial, que durou oito meses – apenas o tempo para convocar novas eleições, de acordo com a Constituição -, Delfim Moreira governou com o Ministério já escolhido por Rodrigues Alves. A única exceção foi o banqueiro João Ribeiro de Oliveira, a quem nomeou ministro da Fazenda porque o titular indicado pelo falecido presidente, pediu demissão. O curto mandato, conhecido como “regência republicana”, fez com que Delfim Moreira tivesse que agir com moderação e tato, contando para isso com a cooperação de seu conterrâneo Afrânio de Melo Franco, ministro da Viação e Obras Públicas, a quem delegou a maioria das funções da Presidência. De fato, a participação do ministro no governo era de tal ordem que o mandato de Delfim Moreira foi chamado de “o Consulado Melo Franco”. Com a colaboração desse ministro o presidente marcou sua passagem pelo governo principalmente pelas obras na capital federal – de certo modo, dava continuidade aos grandes trabalhos promovidos por Rodrigues Alves em seu primeiro mandato. Era prefeito do Rio de Janeiro o engenheiro Paulo de Frontim, que abriu várias avenidas, aumentou o abastecimento de água e construiu estradas. Quanto às finanças, abaladas pela recém-terminada Primeira Guerra Mundial, foi decisiva a atuação do financista João Ribeiro, que, apesar da agitação política reinante, as deixou saneadas. A doença de Delfim Moreira, cujos sintomas já se haviam manifestado desde os tempos de Presidência de Minas, agravava-se. As eleições de 1919, que levaram Epitácio Pessoa à Presidência, reconduziram Delfim Moreira à Vice-Presidência da república, mas este já não tinha disposição nem saúde para permanecer na política. Após passar o cargo para o presidente eleito no Rio de Janeiro, em julho do mesmo ano, “recolheu-se ao seio da família em Santa Rita do Sapucaí”. Em 1º de julho de 1920, de madrugada, faleceu Delfim Moreira da Costa Ribeiro, cercado por seus familiares em Santa Rita do Sapucaí, ainda sem ter completado 52 anos. Seu corpo foi velado no fórum da cidade, de onde saiu para ser sepultado no jazigo da família Moreira. O enterro de Delfim Moreira foi providenciado pelo governo do Estado, foram fechadas todas as escolas e repartições públicas e quase toda população da cidade acompanhou o enterro até o cemitério, onde foram prestadas várias homenagens ao ilustre falecido. Mais tarde, ergueu-se em frente à sua moradia um busto de bronze feito pelo escultor Antônio de Matos, em cuja base se lê uma das suas mais sugestivas frases: “Fazei todo o bem possível sobre a Terra para que as gerações futuras vos abençoem a memória”. Quando assumiu a Presidência, declarou: “Prometo manter e cumprir com perfeita lealdade a Constituição Federal, promover o bem geral da República, observar as suas leis, sustentar-lhe a integridade e a independência”.

Delfim Moreira


Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

ANÚNCIO

Nasceu ontem, no Centro da Cidade de Campos dos Goytacazes, um menino a quem foi dado o nome de José Carlos do Patrocínio. Damos os parabéns a Dª Justina Maria do Espírito Santo, (Justina Quitandeira) pelo motivo de felicidade.


***

Este tipo de anúncio poderia estar em qualquer jornal da época, se não fosse o fato de o texto estar numa grafia diferente da antiga, e o seu conteúdo não tão bem explicado, por ser o menino Patrocínio (segundo informações de pesquisadores credenciados), filho de um padre e uma quitandeira negra, o que foi escondido naqueles tempos idos.
JOSÉ CARLOS DO PATROCÍNIO: Foi um grande vulto, conhecido por sua luta contra a escravidão e chamado “Tigre da Abolição”. Era farmacêutico, acadêmico, jornalista, orador e romancista. Nasceu em Campos dos Goytacazes em 09 de outubro de 1853, filho do padre João Carlos Monteiro e da quitandeira da Praça das Verduras, Justina Maria do Espírito Santo. Escreveu: “Mota Coqueiro ou a pena de morte”, “Os Retirantes” e “Pedro Espanhol”. Foi membro da Academia Brasileira de Letras e um dos mais árduos defensores da abolição da escravatura no Brasil. Nasceu e, por um bom tempo, viveu em um casarão em frente à Igreja da Matriz (hoje Catedral Diocesana), antiga residência do padre e depois Vigário João Carlos, prédio que foi demolido para abrigar o IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool). Foi casado com a Srª Maria Henriqueta Sena, e morreu em 30 de janeiro de 1905. Seus restos mortais, junto com o de sua esposa, encontram-se no “Panteão dos Heróis Campistas”, na Praça da Bandeira, anexo à Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima.




Certidão de Nascimento de Patrocínio



José do Patrocínio
Momentos de Patrocínio

Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro e Enockes Cavalar (membros do Instituto Historiar.
Postagem: Leandro Cordeiro (Intituto Historiar).
Fotos: Acervo do Instituto Historiar.

domingo, 5 de outubro de 2008

Série Presidentes do Brasil

WENCESLAU BRAZ PEREIRA GOMES:
Nasceu no dia 26 de fevereiro de 1868, na cidade de São Caetano da Vargem Grande, em Minas Gerais, filho do coronel Francisco Braz Pereira Gomes e Dona Isabel Pereira dos Santos. Por viver em ambiente no qual a política era conversa diária, ele já se interessava pelos assuntos públicos aos 12 anos de idade. Iniciou os estudos com dois grandes mestres da época, Evaristo Rebel e Ezequiel Correia de Melo. As primeiras letras, aprendeu em casa com os pais. Para dar prosseguimento aos estudos, foi para São Paulo em 1884, acompanhando por dois anos os cursos preparatórios para a faculdade no Colégio Moretzon. Em 1886, matriculou-se na Academia de Direito, instalada no prédio do antigo Convento de São Francisco. Quatro anos depois, com 22 anos de idade, Wenceslau Braz formava-se bacharel, juntamente com seu primo Delfim Moreira. Quando ainda estudante, no tempo da Monarquia, Wenceslau Braz montou o Partido Republicano e Abolicionista em São Caetano da Vargem Grande. Conseguiu com alguns fazendeiros da região a libertação de escravos e fundou cursos de alfabetização com alguns amigos. Antes de se formar, Wenceslau já chamava a atenção de políticos, que o indicaram para concorrer a uma vaga como deputado estadual. Ele recusou a oferta, já que ainda não tinha a idade mínima exigida por lei. No dia 12 de setembro de 1892, casou-se com Maria Carneiro Pereira Gomes e com ela teve sete filhos: José, Odete, Francisco Wenceslau, João, Mário, Maria Isabel e Maria de Lourdes. Assim que se bacharelou em Direito, Wenceslau Braz regressou a Minas Gerais, iniciando carreira de advogado na cidade de Monte Santo e, logo depois, tornando-se vereador. Chegou à presidência do legislativo municipal. Assumiu a Promotoria Pública de Jacuí e cumpriu também mandato de deputado estadual pelo Partido Republicano Mineiro de 1892 a 1898. Deixando a Assembléia, assumiu a pasta do Interior, Justiça e Segurança Pública na administração de Francisco Silviano de Almeida Brandão, desempenhando essa função até 1902. No ano seguinte, tomou posse como deputado federal, permanecendo na Câmara até 1908. Nos dois anos seguintes ficou na Presidência de Minas Gerais e, logo depois, chegou à Vice-Presidência da República no mandato do marechal Hermes da Fonseca (1910-1914). Em 1912 foi um dos fundadores e presidente da Companhia Industrial Sul-Mineira. No ano seguinte, quando tiveram início as conversas sucessórias, o nome de Wenceslau Braz foi logo colocado como um forte candidato mineiro pra disputar a Presidência da República. O resultado da eleição já era esperado: com 532.107 votos estava Wenceslau Braz eleito para dirigir os destinos do País. Não foi fácil para conseguir organizar o seu Ministério. Primeiro, porque não queria fazer um governo pessoal. Depois, pretendia fazer valer as propostas da sua plataforma de campanha, na qual o presidente deveria se colocar acima dos partidos, e considerava que seu papel era o de conciliador e não dar privilégios a qualquer partido individualmente. Precisou de todo seu poder de conciliador para montar um ministério disposto a enfrentar tempos complicados. A primeira Guerra Mundial tinha curso na Europa e o País vivia em estado de sítio às vésperas de sua posse, a economia extremamente problemática, sofria com a inflação. Diante da situação precária das finanças, o presidente solicitou à Câmara e ao Senado que o seu salário fosse reduzido em 50%, e os congressistas concordaram que reduzissem apenas em 20%. Ato seguinte, determinou que fossem restringidos os gastos, sendo aprovadas somente as despesas muito necessárias, e proibiu o uso dos automóveis para fins pessoais. Devido à guerra, estava difícil importar manufaturados. Lentamente, à medida que o conflito mostrou que não encerraria tão cedo, a situação no Brasil começou a ser revertida. Iniciava-se um grande incentivo para substituir as importações, e teve também o aumento do consumo interno de gêneros alimentícios e matérias-primas, com isso, incentivando para que o Brasil produzisse muito mais e, com esse crescimento, começando os produtores a alcançar o nível de exportação como café, borracha e açúcar, e com isso passando a aliviar as dificuldades econômicas do País. Porém, dentro do Brasil também se enfrentava uma “guerra” em território restrito. Era a “Guerra do Contestado”, disputa por uma área limítrofe entre o Paraná e Santa Catarina, iniciada desde 1912. Foi como uma nova “Canudos sulista”, envolvendo populações pobres sob a liderança de um fanático religioso, o “monge” José Maria (Miguel Lucena de Boaventura), que durou cinco anos, envolvendo uma população em torno de 20 mil pessoas. Coube a Wenceslau Braz controlar o conflito, mediante investida do Exército que deixou 3 mil mortos. No dia 20 de outubro de 1916, representantes dos dois Estados assinaram no Palácio do Catete um convênio que acabou com a disputa. O mandato de Wenceslau Braz sofreu com a oposição e a resistência dos correligionários do ex-presidente Hermes da Fonseca e de seu aliado, o senador Pinheiro Machado, que eram contra as mudanças colocadas em prática pelo governo. O presidente buscou a conciliação inicialmente, mas acabou optando por manter-se neutro. Os resultados eleitorais acabavam invariavelmente no Supremo Tribunal Federal (STF). Assunto importante que entrou em pauta durante seu mandato foi a revisão da Constituição. Wenceslau Braz, que inicialmente era contrário à modificação do texto, foi convencido pelo cotidiano da administração de que alguns ajustes eram necessários. Entre os pontos cogitados para análise estavam: eleição indireta do presidente da República; autorização federal para empréstimos externos aos Estados; discriminação de rendas; nova definição dos casos para intervenção nos Estados; unificação do processo civil, comercial e criminal; abolição de remuneração nas prorrogações das sessões legislativas; difusão do ensino primário nos Estados sob a responsabilidade da União. Porém, o grupo anti-revisionista era forte e, conseguiu adiar a formação da Constituinte. A Constituição não saiu, mas o Código Civil sim. O País começava a encarar uma “guerra” muito pior que as outras. Era a “gripe espanhola”, que se instalou no Brasil depois da chegada de um navio com imigrantes vindos da Espanha (daí o nome dado à gripe), que assolava o País matando, só no Rio de Janeiro, 17 mil pessoas em dois meses. Escolas, comércio, repartições públicas ficaram fechados. Era o último ano de mandato de Wenceslau Braz. Tendo deixado o cargo aos 50 anos, Wenceslau declarou: “Depois de ter sido presidente da República, a nada mais deve aspirar um homem na vida pública”. Retornou a Itajubá e viveu até os 96 anos, dedicados a negócios privados, (foi presidente da Companhia Industrial Força e Luz de Itajubá, da Fábrica de Tecidos Codorna). Ainda foi membro da comissão executiva do Partido Republicano Mineiro no biênio 1929-1930 e membro da comissão diretora do Partido Social Nacionalista em 1932. Wenceslau Braz Pereira Gomes faleceu, no dia 15 de maio de 1966, na cidade de Itajubá. Entre as quase 20 mil pessoas presentes ao seu funeral, estiveram: o vice-presidente José Maria Alkimin (representando o presidente Castello Branco), governador de Minas Gerais, Israel Pinheiro, José Magalhães Pinto e outras autoridades. O presidente Castello Branco decretou luto oficial por três dias. Parte do seu discurso de posse: “Ao patriotismo dos homens de responsabilidade do Brasil se impõe, sem ilusões, uma grande obra de construção política e econômica e restauração financeira. Está bem claro que esta dupla obra exige uma mesma base: intransigência moral, administrativa, absoluto respeito às leis, imparcial aplicação dessas, paz, ordem em todas as modalidades: ordem moral, jurídica e material. [...] Chegamos a um desses períodos excepcionais, sem par na nossa história, que exigem resoluções externas, urgentes e eficazes. Não creio que possa haver um brasileiro digno desse nome, um habitante do Brasil que se interesse pela nossa Pátria, que recuse seu apoio e concurso para uma obra de salvação pública. [...] Cumprirei meu dever. Confio em todos que cumpram o seu.”

WENCESLAU BRAZ

Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Enfim começaram as obras no prédio do Museu

Na terça-feira (30/09) teve o início das obras de reforma e descupinização do teto e restauração da fachado do Museu de Campos, localizado na Praça S. Salvador. O Instituto Historiar, fica satisfeito, com o início das obras e torce para vê-lo reinaugurado e funcionando como deve. Estaremos acompanhando o desenrolar das obras.
Prédio do Museu de Campos dos Goytacazes
Teto do Museu
Início das obras
Limpeza do prédio do Museu (início das obras)


Postagem: Leandro Cordeiro e Hélvio Cordeiro e Enockes Cavalar (membros do Instituto Historiar)
Fotos: Antônio Leudo (Colaborador), Wellington Cordeiro (colaborador), Leandro Cordeiro (Instituto Historiar).

Parceria

Parceria

Relembrando

ACONTECEU NO MÊS DE JANEIRO
No dia 01 de janeiro do ano de 1831, surgia o primeiro jornal impresso com o nome de “O Correio Constitucional”.

No dia 03 de janeiro do ano de 1876, nascia o poeta, jornalista e teatrólogo Silvio Fontoura.

No dia 04 de janeiro do ano de 1834, foi fundado o jornal “O Campista”, que vem a ser uma das raízes da criação do jornal “Monitor Campista”.

No dia 07 de janeiro do ano de 1916, nascia Maria da Conceição Rocha e Silva, poeta e jornalista que ficou conhecida com o nome de Nina Arueira.

No dia 08 de janeiro do ano de 1978, foi fundado o jornal “Folha da Manhã”.

No dia 13 de janeiro do ano de 1884, foi fundado o clube carnavalesco Tenentes de Plutão.

No dia 14 de janeiro de 1875, foi inaugurada a ligação ferroviária de Campos dos Goytacazes com Macaé.

No dia 14 de janeiro de 1929, foi inaugurada a linha telefônica de Campos dos Goytacazes com Rio de Janeiro, Niterói e São Paulo.

No dia 15 de janeiro do ano de 1933, foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar de Campos (STIAC).

No dia 19 de janeiro de 1919, mais uma grande enchente do Rio Paraíba do Sul causando mortes, foi encontrado um jacaré-de-papo-amarelo na Rua Barão de Cotegipe (hoje Theotônio Ferreira de Araújo).


No dia 22 de janeiro do ano de 1936, foi fundado o Sindicato dos Bancários de Campos.

No dia 23 de janeiro do ano de 1910, foi ministrada a primeira aula da Escola de Aprendizes Artífices (depois CEFET e atualmente IFF), que funcionava no prédio onde hoje está estabelecida a Faculdade de Direito de Campos dos Goytacazes, criada pelo Governo Nilo Peçanha.

No dia 24 de janeiro do ano de 1919, nascia o poeta e, um dos fundadores da Academia Pedralva Letras e Artes, Pedro Manhães.

No dia 24 de janeiro do ano de 1919, foi fundado o Clube de Regatas Rio Branco.

No dia 24 de janeiro do ano de 1921, foi criada a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia de Campos.

No dia 24 de janeiro do ano de 1926, nascia o poeta e jornalista Amaro Prata Tavares.

No dia 25 de janeiro do ano de 1949, foi instalado o primeiro semáforo da Cidade de Campos dos Goytacazes, na esquina das Ruas Alberto Torres com Barão de Miracema (antiga São Bento), sob protestos de muitos motoristas.

No dia 26 de janeiro do ano de 1909, nascia o primeiro jogador de futebol campista a disputar uma Copa do Mundo, de nome Polycarpo Ribeiro, mais conhecido pelo apelido de “Poli”.

No dia 28 de janeiro do ano de 1893, nascia o atleta do remo campista, Olímpio Pinheiro.

No dia 29 de janeiro do ano de 1951, foi inaugurado o Sanatório para Tuberculosos, hoje conhecido como Hospital Ferreira Machado.

ACONTECEU NO MÊS DE FEVEREIRO

No dia 16 de Fevereiro do ano de 1830 era fundada a Loja Maçônica “Firme União”, hoje “Fraternidade Campista”, a primeira em Campos e quinta no Brasil.

No dia 17 de Fevereiro do ano de 1810 nasce o industrial Francisco Ferreira Saturnino Braga.

No dia 19 de Fevereiro do ano de 1872 começa a navegação no Canal Campos / Macaé.

No dia 20 de Fevereiro do ano de 1947 era fundada a Academia Pedralva - Letras e Artes.

No dia 21 de Fevereiro do ano de 1901 era realizada a Sessão Inaugural da Comarca Municipal de Campos, quando o Dr. Pereira Nunes sugere para o brasão do município, em homenagem ao heroísmo de Benta Pereira e Mariana Barreto, a inscrição “Ipsae matronae hic pro jure pugnant”. (Até as mulheres aqui pelo direito lutam).

No dia 24 de Fevereiro do ano de 1949 era inaugurado o Lar Cristão.

No dia 26 de Fevereiro do ano de 1840 nascia o pintor Antonio Araújo de Souza Lobo.

No dia 27 de Fevereiro do ano de 1916 era inaugurado, em terreno da Prefeitura, vizinho ao cemitério do Caju, o triturador de lixo montado pela “The Patent Lighthing Crusher Co.”No dia 29 de Fevereiro do ano de 1888 nasce o músico e maestro Jucas Chagas.

ACONTECEU NO MÊS DE MARÇO

No dia 01 de Março do ano de 1956 entra no ar a Emissora Continental de Campos.

No dia 02 de Março do ano de 1925 era dada à primeira aula no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.

No dia 05 de Março do ano de 1880 nasce o político e compositor Thieres Cardoso.

No dia 07 de Março do ano de 1940 devido à explosão de um fogareiro a álcool, falece a professora da Escola de Aprendizes e Artífices (hoje CEFET ou IFF), Maria Isabel Castro Pereira.- No mesmo dia acima citado foi dada a primeira aula da Faculdade de Direito de Campos no ano de 1960.

No dia 09 de Março do ano de 1950 é assassinado a facadas, à porta do Café Belas Artes, ao meio-dia, o vereador Marcílio Martins.

No dia 11 de Março do ano de 1877 fundada a Igreja Presbiteriana pelo Reverendo Blackford.

- No mesmo dia acima citado, foi inaugurado o Forum pelo Juiz Álvaro Ferreira Pinto no ano de 1935.

- No mesmo dia acima citado foi entregue à Santa Casa o novo prédio construído pelo industrial José Carlos Pereira Pinto no ano de 1944.

No dia 12 de Março do ano de 1885 foi inaugurada a fábrica de tecidos.

No dia 18 de Março do ano de 1935 morre, de tifo, aos 19 anos, a poeta feminista Nina Aroeira que se casaria em junho. É sepultada com seu vestido de noiva.

No dia 23 de Março do ano de 1879 sai o primeiro número de “A Matraca” A Sra. Rita Armond, ao ler insinuações desairosas à sua pessoa, feriu o redator a chicotadas.

-No mesmo dia acima citado, foi fundada a Primeira Igreja Batista no ano de 1891.

No dia 24 de Março do ano de 1847 primeira visita do Imperador D. Pedro II a Campos dos Goytacazes.

No dia 25 de Março do ano de 1889 nasce o teatrólogo e jornalista Gastão Machado.

No dia 26 de Março do ano de 1911 chegada do primeiro automóvel, adquirido por Atilano Crisóstomo.

No dia 28 de Março do ano de 1835 elevada à categoria de Cidade a Vila de São Salvador.

- No mesmo dia acima citado, fundado o jornal “A Cidade” no ano de 1934.

- No mesmo dia acima citado inaugurado o Conservatório de Música de Campos no ano de 1935.

- No mesmo dia acima citado, foi inaugurada a Catedral de São Salvador no ano de 1935.

-No mesmo dia acima citado, foi inaugurada a Rodoviária Roberto Silveira no ano de 1962.

ACONTECEU NO MÊS DE ABRIL

No dia 03 de abril do ano de 1950 foi inaugurada à Rua Barão de Cotegipe, a agência do Bradesco.

No dia 04 de abril de 1944 nasceu a nadadora Diana Quitete Azevedo Cruz.

No dia 05 de abril de 1873 foi inaugurada a “Ponte de Pau” atual Barcelos Martins.

No dia 05 de abril de 1895 nasceu a professora Maria Benedita das Dores Gouveia.

No dia 06 de abril de 1950, por causa de intensa chuva, desaba uma ponte ferroviária na região de Tanguá, provocando grave acidente com o trem noturno Rio/Campos, levando à morte muitos passageiros, inclusive campistas.

No dia 07 de abril de 1846, nasceu o almirante e criador da Escola Naval, Luiz Felipe Saldanha da Gama.

No dia 08 de abril de 1951 foi fundado o Grupo Espírita Allan Kardec.

No dia 09 de abril de 1696, foi criado o imposto sobre fabricação de aguardente, para se construir a Cadeia da Vila. O dinheiro arrecadado, porém, foi utilizado em outros fins.

No dia 09 de abril de 1896 nasce o historiador e geólogo Alberto Ribeiro Lamego.

No dia 13 de abril de 1886 nasce o poeta Flamínio Caldas.

No dia 13 de abril de 1965 foi fundada a ARTA – Associação Regional de Teatro Amador.

No dia 14 de abril de 1947 foi inaugurado o Monumento ao Expedicionário, na Praça São Salvador, obra do escultor campista Modestino Kanto.

No dia 15 de abril de 1870 nasce o escritor e jornalista Múcio da Paixão.

No dia 15 de abril de 1968 a peça “A Moratória”, de Jorge Andrade, montada pelo Grêmio Casimiro Cunha, inaugurava o palco do Teatro de Bolso.

No dia 18 de abril de 1960 nasce o ex-governador e ex-prefeito Anthony Garotinho Matheus de Oliveira.

No dia 21 de abril de 1903 foi inaugurada a Biblioteca Municipal.

No dia 23 de abril de 1898 nasce o médico, deputado e prefeito Barcelos Martins.

No dia 23 de abril de 1952 foi inaugurada a Ponte General Dutra.

No dia 27 de abril de 1973 foi fundado o Teatro Escola de Cultura Dramática.

No dia 28 de abril de 1940 um objeto não identificado corta o espaço, às 21:30hs, provocando intensa luminosidade e uma explosão ao longe.

ACONTECEU NO MÊS DE MAIO

No dia 01 de maio de 1884 foi fundado, por Carlos de Lacerda, o Jornal “Vinte e Cinco de Março”.

No dia 02 de maio de 1891 nasce o poeta Heitor Silva.No dia 03 de maio de 1914 foi fundado o Americano Futebol Clube.

No dia 05 de maio de 1844 foi enforcado, na Praça de Santa Efigênia, o negro alforriado Ildefonso, por ter assassinado a escrava Isabel.

No dia 05 de maio de 1917 foi registrado um tremor de terra, com a duração de 10 segundos.

No dia 13 de maio de 1900 foi realizada a primeira corrida de bicicletas pelas ruas da cidade.

No dia 18 de maio de 1928 nasce o professor e poeta Walter Siqueira.

No dia 19 de maio de 1870 foi fundada a Sociedade Musical Lira de Apolo.

No dia 20 de maio de 1961 foi fundada a Faculdade de Filosofia de Campos.

No dia 21 de maio de 1748, Benta Pereira, então com 73 anos de idade, e os filhos Manoel e Mariana Barreto, liderando cerca de 500 voluntários, impedem a posse da Vila pelo Visconde de Asseca, Martim Correia de Sá. Os revoltosos, a cavalo, invadem a casa do Capitão-Mor Nunes Teixeira e a Câmara Municipal. Há muitos mortos e feridos. Os vereadores são presos.

No dia 23 de maio de 1937 foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Construção Civil.

No dia 25 de maio de 1891 nasce o poeta Max de Vasconcelos.

No dia 25 de maio de 1921 foi inaugurado, pelo Prefeito Dr. Luiz Sobral e o Capitão Francisco de Paula Carneiro, o Cine Teatro Trianon, que apresentou, nesta noite, a opereta “A Duquesa de Bal Tabarin”, de Franz Lehar, com Esperanza Iris e sua Cia.

No dia 26 de maio de 1892 foi fundada a Sociedade Musical Operários Campistas.

No dia 28 de maio de 1943 foi inaugurada a estrada de automóveis Campos-Niterói.

No dia 29 de maio de 1677 foi fundada a Vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes.

No dia 30 de maio de 1963 foi fundado o Clube dos Diretores Lojistas, hoje Câmara de Dirigentes Lojistas.

ACONTECEU NO MÊS DE JUNHO

Dia 10 do ano de 1906, foi fundado o Clube de Natação e Regatas Campista.

- Dia 11 do ano de 1914, foi fundado o Colégio Bittencourt.

- Dia 13 do ano de 1844, foi inaugurada a loja e livraria “Ao Livro Verde”.

- Dia 17 do ano de 1913, o funcionário da limpeza pública, Joaquim Bento, morre eletrocutado pelo rompimento de um fio da rede elétrica, causado pela queda da folha de uma das palmeiras imperiais da Praça São Salvador.

- Dia 18 do ano de 1874, o pastor Cândido Mesquita faz sua primeira pregação numa residência, à Rua do Sacramento. Manifestantes contrários apedrejaram as vidraças.

- Dia 20 do ano de 1832, nasce o conselheiro José Fernandes da Costa Pereira Júnior.

- Dia 21 do ano de 1939, foi fundada a Academia Campista de Letras.

- Dia 24 do ano de 1883, foi inaugurada, por D. Pedro II, a iluminação elétrica. Campos dos Goytacazes é a primeira cidade da América do Sul a receber este benefício.

- Dia 26 do ano de 1910, foi instalada a Caixa Filial do Banco do Brasil.

- Dia 26 do ano de 1975, começa a ser demolido, no período da madrugada, o Cine Teatro Trianon.

- Dia 29 do ano de 1958, foi inaugurada a primeira linha de ônibus elétricos, conhecidos como Tróley-bus.

ACONTECEU NO MÊS DE JULHO

- Dia 01 do ano de 1962, foi fundado o Instituto Campista de Literatura.

- Dia 03 do ano de 1913, nasce o compositor Wilson Batista de Oliveira.

- Dia 05 do ano de 1830, a Câmara Municipal aprova a fabricação de duas lanças para matar os porcos e cães soltos pelas ruas da Cidade.

- Dia 05 do ano de 1873, foi inaugurada a estação da Estrada de Ferro Campos/São Sebastião, onde atualmente funciona a Faculdade de Direito de Campos.

- Dia 07 do ano de 1873, foi inaugurada a barca de banhos, que ficava nas águas do Rio Paraíba do Sul.

- Dia 10 do ano de 1941, foi fundado o Aero Clube de Campos.

- Dia 11 do ano de 1958, entra no ar a Rádio Jornal Fluminense.

- Dia 13 do ano de 1833, toma posse o primeiro Juiz de Direito de nossa Região, o Dr. Deocleciano Amaral.

- Dia 22 do ano de 1870, nasce o grande poeta, cujo poema “Amantia Verba” mais tarde se transforma no Hino de Campos dos Goytacazes, João Antonio de Azevedo Cruz.

- Dia 23 do ano de 1928, aconteceu um assalto, durante a noite, do Banco Comercial e Hipotecário, quando os ladrões abriram um rombo no cofre e retiraram 244 contos de réis.

- Dia 26 do ano de 1845, nasceu o historiador Júlio Feydit.

- Dia 27 do ano de 1923, nasceu o historiador e teatrólogo Waldir Pinto de Carvalho.

- Dia 27 do ano de 1942, às 07 horas da manhã, cai neve sobre a Cidade de Campos dos Goytacazes, por poucos minutos.

- Dia 29 do ano de 1876, suicida-se, lançando-se da “Ponte de Pau”, atual Ponte Barcelos Martins, José Martins Pinheiro, o Barão da Lagoa Dourada, tendo o cuidado de antes, tirar o chapéu e o sobretudo.

- Dia 29 do ano de 1882, foi inaugurado o Farol de São Thomé, trabalho executado pela mesma firma, que mais tarde (07 anos depois), viria a construir a Torre Eiffel, em Paris.

- Dia 31 do ano de 1998, foi inaugurado pelo Prefeito Arnaldo Vianna o novo Teatro Trianon, que apresentou, nesta noite, o espetáculo de dança “Rota”, de Deborah Colker.

ACONTECEU NO MÊS DE AGOSTO

Dia 01 do ano de 1843, nasceu o poeta e primeiro Prefeito de Campos, Manuel Rodrigues Peixoto.

- Dia 02 do ano de 1882, foi fundada a Sociedade Musical Lira Conspiradora.

- Dia 02 do ano de 1916, nasceu em Santo Eduardo o Governador Celso Peçanha.-

Dia 05 do ano de 1914, nasceu o escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, José Cândido de Carvalho.

- Dia 06 do ano de 1945, foi criada por Gerardo Maria Ferraiuoli (Patesko), a Grande Prova Ciclística de São Salvador.

- Dia 06 do ano de 1957, foi fundado o Lions Clube de Campos.

- Dia 10 do ano de 1852, foi fundada a Sociedade Portuguesa de Beneficência.

- Dia 12 do ano de 1906, falece acometido pela peste bubônica, o dentista Teófisto Abreu. Várias pessoas que o haviam visitado vêm a falecer dias depois, inclusive os médicos que o assistiram: Dr. Lacerda Sobrinho, Dr. Silva Tavares e Dr. Luiz Cardoso de Melo.

- Dia 14 do ano de 1922, foi fundado o Automóvel Clube Fluminense.

- Dia 15 do ano de 1937, um comício do Partido Integralista Brasileiro, na Praça São Salvador, é dissolvido a bala, pela polícia. Dez pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Entre os mortos, a Srª Alcídia, esposa do então vereador Jorge Pereira Pinto e mãe de Carlos Alberto, Jorge Renato, Antonio Carlos e Maria Lúcia.

- Dia 18 do ano de 1950, o pianista Artur Moreira Lima, com 09 anos de idade, faz um recital de piano no Cine-Teatro Trianon, em benefício da “Obra do Berço”.

- Dia 20 do ano de 1912, foi fundado o time de futebol Goytacaz Futebol Clube.

- Dia 26 do ano de 1894, foi fundada a Associação dos Comerciários, hoje Sindicato dos Comerciários.

- Dia 28 do ano de 1833, nasceu o poeta, médico, diretor da Biblioteca Nacional e membro da Academia Brasileira de Letras, José Alexandre Teixeira de Melo.

- Dia 29 do ano de 1940, foi fundada por Monsenhor Severino a APIC (Associação de Proteção à Infância de Campos).

- Dia 30 do ano de 1956, foram captadas as primeiras imagens da Rede Tupy de Televisão (TV Tupi).

ACONTECEU NO MÊS DE SETEMBRO

- Dia 04 do ano de 1902, nasceu o professor e advogado Nelson Pereira Rebel.- Dia 05 do ano de 1959, foi inaugurada a Agência da BANERJ (Banco do Estado do Rio de Janeiro).

- Dia 05 do ano de 1947, foi fundado o Hospital Abrigo Dr. João Viana.

- Dia 06 do ano de 1874, foi inaugurado o Theatro Empyreo Dramático, local das conferências abolicionistas e, por isso, interditado pela polícia sob pretexto de ser um prédio inseguro.

- Dia 07 do ano de 1845, foi inaugurado o Teatro São Salvador, com a peça “O Novo Século”.

- Dia o7 do ano de 1916, foi fundado o Jornal A Notícia.

- Dia 16 do ano de 1954, o Hino de Campos, de Azevedo Cruz e Newton Perissé Duarte, é cantado pela primeira vez em público, no Clube de Regatas Saldanha da Gama, pelo Orfeão Santa Cecília.

- Dia 19 do ano de 1875, começou a funcionar a primeira seção de bondes movidos por tração animal.

- Dia 20 do ano de 1873, morreu, enquanto dormia, estrangulada por suas escravas Letícia, Cecília, Virgínia e Cherubina, a fazendeira Ana Joaquina Carneiro Pimenta.

- Dia 20 do ano de 1934, foi fundado o Sindicato das Indústrias do Açúcar e Álcool do Norte Fluminense.

- Dia 20 do ano de 1945, descarrilou o trem noturno que fazia a linha Campos/Rio de Janeiro, vitimando muitos passageiros.

- Dia 22 do ano de 1945, foi instalada em um prédio à Rua 13 de Maio, a sede do Jockey Clube de Campos.

- Dia 24 do ano de 1831, foi fundada a Caixa Econômica da Cidade de Campos, liquidada depois por má administração política.

- Dia 25 do ano de 1926, foi inaugurado o Cinema Capitólio, com o filme “A Viúva Alegre.

ACONTECEU NO MÊS DE OUTUBRO

- Dia 02 do ano de 1867, nasceu na Freguesia de Nossa Senhora da Penha de Morro do Coco, o Governador e Presidente da República Nilo Procópio Peçanha.

- Dia 03 do ano de 1942, foi fundada em Campos dos Goytacazes a agência da Legião Brasileira de Assistência.

- Dia 06 do ano de 1954, foi inaugurado o Cine Goitacá, com o filme “Os Brutos Também Amam”.

- Dia 07 do ano de 1972, foi inaugurado o Teatro Múcio da Paixão, do SESC, com a peça “O Santo Inquérito”, de Dias Gomes.

- Dia 08 do ano de 1928, nasceu o campeão mundial de futebol Waldir Pereira (mais conhecido como Didi, o inventor da “Folha Seca”).

- Dia 09 do ano de 1853, nasceu o jornalista e abolicionista José Carlos do Patrocínio, mais conhecido como “Tigre da Abolição”.- Dia 10 do ano de 1946, foi fundada a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

- Dia 12 do ano de 1911, foi inaugurado o Colégio Batista Fluminense.

- Dia 13 do ano de 1701, a Câmara Municipal faz afixar no Pelourinho, um edital proibindo a venda de carne de gado por mais de 12 vinténs a arroba, sob pena de multa de 06 mil réis e 20 dias de cadeia.

- Dia 14 do ano de 1968, foi dada a primeira aula na Faculdade de Medicina de Campos, que passou a funcionar no antigo prédio da Policlínica Infantil (onde funcionou o Cemitério do Quimbira).

- Dia 17 do ano de 1964, foi inaugurada a Ponte Saturnino de Brito, conhecida também como a Ponte da Lapa.

- Dia 19 do ano de 1952, foi inaugurado o Aeroporto Bartholomeu Lyzandro.

- Dia 20 do ano de 1957, foi inaugurado o Hipódromo Linneo de Paula Machado, que fica no Bairro do Jockey Clube de Campos.

- Dia 21 do ano de 1906, foi fundado o Clube de Regatas Saldanha da Gama, onde funcionou a primeira piscina para os associados e ficava na Beira-Rio, entre as ruas Santos Dumont e Barão de Cotegipe (hoje Governador Teothônio Ferreira de Araújo).

- Dia 22 do ano de 1893, foi fundada a Sociedade Musical Lira Guarani.

- Dia 26 do ano de 1855, as vítimas da epidemia de Cólera passaram a ser sepultadas no Cemitério Público (hoje Cemitério do Caju), pois os cemitérios das igrejas e o do Quimbira (hoje Faculdade de Medicina) já não comportavam mais sepultamentos. Até o fim do ano morreram 1.349 pessoas na cidade, 444 em Guarus e 42 escravos na Fazenda do Colégio.

- Dia 26 do ano de 1912, foi fundado o Campos Atlético Associação.

- Dia 26 do ano de 1945, foi instituída a “Semana Inglesa”, suspendendo o trabalho aos sábados, a partir do meio-dia.

- Dia 27 do ano de 1935, foi fundada a Escola Jesus Cristo.

ACONTECEU NO MÊS DE NOVEMBRO

- Dia 04 do ano de 1923, nasceu o poeta Almir Soares.

- Dia 11 do ano de 1934, foi inaugurada a Rádio Cultura de Campos.

- Dia 13 do ano de 1991, foi lançada pelo Prefeito Anthony Garotinho Matheus, a pedra fundamental para a construção do novo Teatro Trianon.

- Dia 14 do ano de 1939, a Cidade de Campos dos Goytacazes recebeu a visita dos escritores Gilberto Freire e de José Lins do Rego.

- Dia 16 do ano de 1964, foi o último dia de funcionamento dos Bondes em Campos dos Goytacazes. O bonde elétrico de nº 14, trafegou pela última vez em seu itinerário na linha Caju – Centro.

- Dia 20 do ano de 1839, o fazendeiro Antonio Figueiredo publicou no Jornal Monitor Campista, um anúncio de fuga de escravo com o nome de José, que tinha as iniciais “AF” marcadas nas nádegas. Essas letras eram as iniciais do nome de seu proprietário.

- Dia 20 do ano de 1891, veio a Campos dos Goytacazes para fazer apresentações, o grande maestro Carlos Gomes.

- Dia 22 do ano de 1880, foi fundado o Liceu de Humanidades de Campos.

- Dia 22 do ano de 1941, foi fundado pelo maestro Newton Perissé Duarte o Orfeão de Santa Cecília.

- Dia 23 do ano de 1878, foi inaugurada a Usina Barcelos, fato que contou com a presença ilustre do Imperador D. Pedro II.

- Dia 24 do ano de 1891, nasceu o atleta do remo, grande destaque em nossa região, de nome Juvenal Chagas.

- Dia 24 do ano de 1963, foi inaugurado o Hospital dos Plantadores de Cana, que nos presta grandes serviços até hoje.

- Dia 30 do ano de 1912, nasceu o grande jornalista e brilhante administrador do Jornal Monitor Campista, Oswaldo Lima.

- Dia 30 do ano de 1955, foi fundado o Tênis Clube de Campos, na antiga Rua São Bento, e que ficou conhecido pela sociedade com o “Clube da Raquete”.



ACONTECEU NO MÊS DE DEZEMBRO



- Dia 02 do ano de 1869, foi inaugurada a Linha Telegráfica de Campos ao Rio de Janeiro.



- Dia 05 do ano de 1926, foram introduzidos os pardais em Campos dos Goytacazes, através de 4 casais destes pássaros, soltos nos jardins da Sociedade Portuguesa de Beneficência (hoje Beneficência Portuguesa).



- Dia 06 do ano de 1864, Nasceu o deputado federal, prefeito de Campos dos Goytacazes e de Niterói, o Sr. Benedito Gonçalves Pereira Nunes.



- Dia 08 do ano de 1633, foi construído em Campo Limpo o primeiro curral para a criação de gado, para ali trazidos pelos Sete Capitães, sob a guarda do índio Valério Corsuga. Em torno deste curral se iniciara o povoamento da planície goitacá.



- Dia 09 do ano de 1954, foi lançado o jornal “Correio de Campos” com circulação às segundas-feiras.



- Dia 10 do ano de 1760, morreu aos 85 anos de idade, a Srª Benta Pereira de Sousa, tendo o seu corpo sido enterrado no Solar do Colégio.



- Dia 15 do ano de 1919, a Cidade de Campos dos Goytacazes ainda enfrentava, desde o dia 15 de outubro, o surto da gripe espanhola, que já havia vitimado em torno de 419 pessoas na cidade e em Guarus.



- Dia 17 do ano de 1937, presença marcante de Carmem Miranda, sua irmã Aurora Miranda e os cantores Sílvio Caldas e Almirante se apresentaram no Teatro Trianon, completamente lotado.



- Dia 18 do ano de 1956, foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica.



- Dia 19 do ano de 1839, o vereador Andrade pede à Câmara a compra de camelos do Egito para o transporte de cargas, por serem animais de muita força e resistência.



- Dia 20 do ano de 1879, nasceu o médico, orador e grande poeta Álvaro de Barros.



- Dia 22 do ano de 1903, nasceu a pianista, compositora e primeira maestrina da América do Sul, a Srª Joanídia Sodré.



- Dia 24 do ano de 1935, foi fundado o Sindicato dos Rodoviários de Campos dos Goytacazes.



- Dia 24 do ano de 1943, morreu de febre tifo, contando 33 anos de idade, o Dr. Philippe Uébe.

Dica de livros

  • Revista da Academia Campista de Letras / Edição Junho/2008
  • Revista Almanaque de Campos / Edição 2009
  • Qual é a tua obra - Mario Sergio Cortella
  • Pequenas histórias verídicas sobre Campos dos Goytacazes
  • O menino e o palacete - Tieres Martins
  • Carukango - O príncipe dos escravos/autor: Hélvio Gomes Cordeiro/2009
  • A História Viva da Morada dos Mortos/autor: Hélvio Gomes Cordeiro/2009