domingo, 28 de setembro de 2008

Série Presidentes do Brasil

HERMES RODRIGUES DA FONSECA:
Nasceu no dia 12 de maio de 1855, na cidade de São Gabriel, Estado do Rio Grande do Sul. Filho de Hermes Ernesto da Fonseca e Dª Rita Rodrigues Barbosa da Fonseca. Hermes da Fonseca passou a infância na pequena cidade de São Gabriel, onde o pai servia no 1º Corpo de Artilharia a Cavalo. Ali, o seu passatempo era ir assistir aos exercícios diários em frente aos quartéis. Por volta dos 07 anos, cavalgava num pônei pelos arredores da cidade. Tinha por hábito, escapar de casa para longos passeios e ao mesmo tempo para ficar longe da sisudez do pai. Em 1865, sua mãe, Rita da Fonseca, partiu para o Rio de Janeiro, onde já se encontravam a sogra e mais alguns membros da família Fonseca. Hermes da Fonseca se ressentiu da perda da liberdade ao ir pra um lugar totalmente desconhecido pra ele, com apenas 11 anos de idade. Pouco tempo depois, já aluno da Escola Militar, retornou o velho hábito de fazer longas cavalgadas, fazendo explorações dos arredores, como a gruta do Pão de Açúcar, a praia Vermelha e Copacabana. Em 1867, ano seguinte ao da transferência da família para o Rio de Janeiro, Hermes foi estudar no colégio Saint Louis, com o professor de francês, padre Jules Janrad, sendo a primeira escola que freqüentou. Neste mesmo ano, depois de brigar com três meninos e de rasgar a batina de um padre, foi expulso do colégio por indisciplina, passando a estudar em outra instituição, o Imperial Colégio D. Pedro II, e também freqüentando as aulas no Liceu de Artes e Ofícios. Em setembro de 1871, já concluído o bacharelado em Ciências e Letras, Hermes da Fonseca alistou-se no 1º Batalhão de Artilharia a Pé, com 16 anos de idade. Em 19 de outubro, matriculou-se na Escola Militar da Praia Vermelha, depois de muitos pedidos da mãe ao pai de Hermes, que não queria os filhos seguindo a carreira militar. Quando a família veio pro Rio de Janeiro, Hermes passou a conviver com a prima e parceira de infância, Orsina Francione da Fonseca, que acabou em casamento, em 1877, tendo ela, na ocasião, 18 anos, e tiveram cinco filhos. O jovem Hermes da Fonseca assumiu seu primeiro posto em 1886, como segundo-tenente, do 3º Batalhão de Artilharia, sendo transferido para o 2º Regimento no ano seguinte. Foi agente do Conselho Econômico e depois ajudante-de-ordens do seu pai, o comandante das Armas da Província do Pará. Com a eleição de Floriano Peixoto para a Presidência da República, Hermes da Fonseca foi destituído do comando do 2º Regimento de Artilharia de Campanha e teve que ir para a Bahia, onde assumiu a direção do Arsenal de Guerra. Em 1893, foi transferido para o comando da Guarnição de Niterói, onde foi promovido a coronel, vindo em 1905 a general-de-divisão. Quando estava no posto de marechal, Hermes da Fonseca assumiu o Ministério da Guerra, no governo de Afonso Pena, em 1906. Sem nunca ter mostrado maiores ambições, renunciou a seus cargos para se candidatar à sucessão do Presidente da República. Como Hermes da Fonseca tivesse a simpatia da oposição, recebeu o apoio total dos que tinham o interesse em acabar com a hegemonia da política café-com-leite, pelos quais se revezavam os paulistas e mineiros. O candidato marechal Hermes da Fonseca foi eleito Presidente da República em 1910. O resultado das urnas foi: 403.867 votos para Hermes da Fonseca e seu vice (pela primeira vez um vice da própria chapa era eleito) Wenceslau Braz, com 406.012 votos. Esse resultado foi muito contestado na época, pois se dizia ter havido uma fraude de grandes proporções. Hermes da Fonseca, maçom da Loja Maçônica Amor ao Trabalho, foi homenageado pela eleição de 1910. Um fato interessante de sua campanha foi que ele usou uma vassoura como símbolo, dizendo que iria “varrer a roubalheira dos civilistas”, referindo-se aos rurais que dominavam o cenário político. Tendo perdido sua esposa em 30 de novembro de 1912, por falecimento, Hermes casou-se novamente aos 57 anos de idade, com a Dª Nair de Teffé. Os constantes conflitos políticos abalaram a economia do País. A crise do café, tendo como concorrente a borracha produzida na Ásia a preços mais competitivos levaram o presidente a buscar empréstimos que comprometeram ainda mais a saúde financeira do País. Nos Estados do interior, os movimentos contrários ao governo começavam a despontar, e em breve também nas cidades grandes. Crescia a luta pela redução da jornada de trabalho e a criação do salário-mínimo, palavras de ordem, tiradas do II Congresso Operário que havia levantado à mobilização de 59 associações de trabalhadores de todos os lugares do País. Neste tempo foi feita uma passeata contra a carestia, com 10 mil pessoas, em 1913, no Largo do São Francisco, no Rio de Janeiro. Assim que passou a faixa presidencial ao mineiro Wenceslau Braz e saiu do Palácio do Catete, Hermes foi encontrar com a família em Petrópolis, onde anunciou que estava feliz por ter cumprido com seu dever. Com o assassinato do seu grande amigo, o gaúcho Pinheiro Machado, resolveu retirar-se definitivamente da vida política, rejeitando convites para ser senador pelo Rio Grande do Sul. Assim, em 1915, embarcou para a Europa onde permaneceu por cinco anos. Regressando em 1920, o ex-presidente voltou refeito das mágoas acumuladas durante sua gestão e recebeu, ainda no porto, as boas-vindas em nome do Exército. Três dias depois, entrevistado por repórter do “Correio da Manhã”, Hermes manifestava seu estado de espírito. Contudo, o retorno não o manteve longe de problemas. Foi acusado de fazer parte da conspiração conhecida como “Movimento de 22”, contra o governo de Epitácio Pessoa, e ficou preso no Forte de Copacabana, só recebendo a liberdade 14 meses depois. Em julho de 1922, durante sua prisão, Hermes sofreu seu primeiro ataque cardíaco. Com a saúde e o ânimo abalados ao sair da prisão, passou seus últimos meses em companhia da esposa em Petrópolis, na casa dos pais dela. Em 09 de setembro de 1923, às oito e meia da manhã, sentiu uma forte dor no peito de mais um ataque cardíaco, que desta vez foi fulminante. A família do marechal Hermes Rodrigues da Fonseca recusou quaisquer honra militar e, em cerimônia simples, o enterrava como um civil. Foi parte de seu discurso: “É de impressionar a extraordinária significação desta imponente Assembléia, já pela distinção dos ilustres estadistas que a compõem [...] E o mais cativante é para mim a vossa benevolência pela honrosa e desvanecedora companhia de tão notável patrício no pleito presidencial, a ferir-se em 1º de março próximo vindouro [...] A minha condição de soldado não emprestará uma feição militarista ao meu governo. De origem genuinamente civil, amparada pelos chefes situacionistas da quase unanimidade dos Estados e pelos seus opositores, a minha candidatura não irrompeu do seio das classes armadas, cuja ação, aliás, não pode ser indiferente aos interesses políticos e sociais da nossa Pátria. [...]”

Hermes da Fonseca


Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Prédio do Museu será Restaurado

Finalmente o prédio do Museu (localizado na Praça S. Salvador)em Campos dos Goytacazes, será restaurado.Veja abaixo um Texto retirado do Jornal Monitor Campista que fala mais sobre esse assunto:
Obra histórica
Restauração do museu começa dia 29

As obras de restauração e reforma do prédio do Museu de Campos começam na próxima segunda-feira (29). A informação é da secretária municipal de Planejamento, Silvana Castro.
Nesta primeira etapa, que tem previsão de conclusão em três meses, serão realizados destelhamento, descupinização, madeiramento e a restauração das fachadas do prédio, situado na Praça São Salvador, 40.
— Durante este período de obras naquele solar, iremos manter uma equipe composta por um fiscal do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), representante do Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam) e técnicos das secretarias de Planejamento e de Obras — disse Silvana Castro.
Ela destacou que o Solar Visconde de Araruama integra um complexo histórico importante de Campos e que ele foi tombado pelo patrimônio histórico nacional a partir de solicitações de representantes da comunidade campista, numa mobilização em defesa da preservação do prédio. “É realmente uma grande vitória conseguirmos dar este passo importante na recuperação do prédio”, declarou a secretária.
As obras, que serão executadas pela Conenge Engenharia, empresa vencedora da licitação, vão gerar 30 empregos nesta primeira fase. Na próxima segunda-feira, terá início o destelhamento do prédio. A segunda etapa das obras está prevista para 2009, com a restauração interna de toda a estrutura do prédio. As obras estão orçadas em R$ 807.071,66.
O Instituto Historiar trás em primeira mão, algumas fotos do prédio do Museu, vejam abaixo como está deteriorádo o interior desse prédio histórico:

Fachada do Prédio do Museu


Teto do Museu

Postagem: Leandro Cordeiro, Hélvio Cordeiro e Enockes Cavalar (membros do Instituto Historiar).

Fotos: Leandro Cordeiro (Instituto Historiar) e Wellington Cordeiro (Colaborador).

Fonte: Jornal Monitor Campista.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Aniversário do Cefet

Aprendizes Artífices
A 23 de setembro de 1909, há 49 anos, Nilo Peçanha, então Presidente da República, com sua clarividência quanto aos altos destinos do País, criava pelo decreto nº. 7566, dessa data, as Escolas de Aprendizes Artífices, hoje, por sucessivas mudanças de nome e grau de ensino, se encontra transformada nas Escolas Técnicas e Industrial do Brasil, nas quais vem preparando artífices e técnicos para as crescentes necessidades da indústria nacional. Por essa razão a Escola Técnica de Campos, como tradicionalmente vem fazendo, comemora hoje o seu aniversário da seguinte maneira: às 9 horas da manhã missa em intenção a alma de Nilo Peçanha na Igreja Catedral; 10:00 horas, desfile de alunos da Escola Técnica; 10:30, homenagem à Nilo Peçanha na Praça S. Benedito; 18:30 cessão de Cinema; 21:00 horas encerramento.
(Texto acima extraído da coluna Memória)

Fazendo história na educação
1909 - Criadas as Escolas de Aprendizes Artífices.Vinculadas ao Ministério da Agricultura Vinculadas ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio a Escola foi criada para a formação do trabalho. Destinada aos filhos dos trabalhadores. 1942 - Em decorrência do investimento na indústria, no Brasil, a Escola de Aprendizes Artífices transforma-se em Escola Industrial Técnica e passa a oferecer o então curso ginasial com o objetivo de ensinar um ofício.
1959 - As escolas Industriais Técnicas ganham o patamar de Escolas Técnicas Federais. A ETFC Passa a ser responsável pela formação de técnicos industriais de nível médio para atender ao parque industrial brasileiro, em fase de desenvolvimento.
1993 - Nasce a primeira Unidade Descentralizada de Ensino. A UNED Macaé que este ano completou 15 anos.
1999 - A ETFC é transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica, CEFET. A partir daí são oferecidos cursos em diferentes níveis de formação profissional. Com maior autonomia o CEFET atua junto à sociedade e define, em seu projeto político, a disposição de concorrer, mas incisivamente para o desenvolvimento local e regional.
2008 - O Ministério da Educação cria os primeiros 35 IFETS do país. Com isso o CEFET se transforma em IFET e começa a passar por diversos processos de transformação. Com a elevação, a instituição ganha mais autonomia para a criação de novos cursos. Atualmente a estrutura do Instituto Federal Fluminense abriga mais de 11 mil servidores e um total de 11 mil alunos matriculados em diversos cursos do ensino básico ao mestrado.

Escola de Aprendizes Artífices (hoje FDC)

Postagem: Leandro e Hélvio Cordeiro.
Fonte: Jornal Monitor Campista.
Imagem: Acervo do Instituto Historiar.

domingo, 21 de setembro de 2008

Série Presidentes do Brasil

NILO PROCÓPIO PEÇANHA:
Nasceu no dia 02 de outubro de 1867, na Fazenda do Desterro, no limite com o Espírito Santo, município de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, filho de Sebastião de Sousa Peçanha e Joaquina Anália de Sá Freire Peçanha. Nilo Peçanha ou o “Menino da Padaria”, como era conhecido (devido ao seu pai ter um comércio de padaria), viveu seu início de vida num sítio em Morro do Coco, onde cresceu ouvindo histórias da negra Delfina, que falava do sofrimento dos escravos. Quando chegou à idade escolar a família se mudou para Campos, onde Nilo foi matriculado no Liceu de Humanidades de Campos, situado na Rua do Sacramento nº 18, (onde acabara se ser fundado), demonstrando com sua facilidade em aprender que sua mãe já o havia iniciado nas letras, pois já tinha um grande domínio sobre o alfabeto. A padaria de seu Sebastião era um ponto de encontro de políticos da região e onde o pequeno Nilo gostava de ficar para ajudar o pai e para acompanhar as discussões partidárias. No balcão da padaria, redigiu o primeiro e único exemplar do jornal “A República”. No editorial minúsculo do pequeno jornalista, lia-se: “Escravidão é martírio, império é velharia. Dentro de poucos anos ambos serão arrasados”. Seu Sebastião sempre incentivava o jovem Nilo, a ponto de tirar um pedaço do balcão, na reforma da padaria e mandar fazer uma mesa que seria usada durante muito tempo pelo jovem Nilo. Após um ano de estudo, Nilo foi para o Colégio Alberto Brandão, no Rio de Janeiro, a capital do Império, onde concluiu o curso de Humanidades. Depois disso, preparou-se para cursar a Faculdade de Direito. Primeiro estudou em São Paulo e depois em Recife. Antes de seguir para a Faculdade de Recife, Nilo distribuiu panfletos de conteúdo veemente contra a escravidão e o regime monarquista, no qual dizia: “A República e a abolição são irmãs Gêmeas. Precisamos desde já, organizar o nosso povo. Fora a covardia, o temor, a moleza”. Enfim, chegou à Faculdade do Recife já com vinte anos de idade. Numa viagem de trem de Campos para o Rio de Janeiro, o jovem Nilo conheceu e de apaixonou perdidamente por uma jovem de nome Anita Castro Belisário de Sousa, com a qual se casou no dia 06 de dezembro de 1895, na Rua São Clemente, e o ato religioso deu-se na Igreja São João Batista. Anita foi de grande valor para Nilo, tanto em sua vida pessoal, quanto política. Do seu casamento tiveram três filho: Nilo, Zulma e Mário (que morreram cedo). Em 1888, formado, voltou para Campos para dedicar-se à advocacia. No mesmo ano, foi um dos fundadores do Clube Republicano de Campos, do qual foi presidente, bem como do Partido Republicano. Após a instauração do regime republicano em 15 de novembro de 1889, Nilo intensificou sua atividade político-partidária e foi eleito deputado, participando da Assembléia Constituinte responsável pela primeira Constituição republicana de 1891. Foi eleito em sucessivos pleitos e em 1903 foi eleito para deputado federal, quando assumiu uma cadeira no Senado. Em 1903, renunciou à sua vaga na Câmara Alta para assumir a Presidência do Estado do Rio de Janeiro, que exerceu até 1906. Neste ano, foi eleito Vice-Presidente de Afonso Pena. Em 1909, devido à morte de Afonso Pena, Nilo Peçanha tornou-se Presidente da República. Nilo estava com 42 anos ao assumir a Presidência da República, e não era visto com bons olhos por ser o primeiro presidente civil que não pertenceu aos setores regionais dominantes (São Paulo e Minas Gerais). Em seu governo recriou o Ministério da Agricultura, órgão que aglutinou os grupos regionais dissidentes. Introduziu importantes alterações no funcionamento do estado, o que representou uma obra de grande alcance. Criou Lei permitindo, pela primeira vez, o trabalho feminino nas repartições públicas. Criou o Imposto Territorial, criou o Ensino Técnico-profissional (com as Escolas de Aprendizes de Artífices), o Serviço de Inspeção Agrícola, a Diretoria da Indústria Animal, a Diretoria de Meteorologia e o Serviço de Proteção ao Índio. Além disso, foram reorganizados o Jardim Botânico, o Museu Nacional e a Junta Comercial. Ajudou no desenvolvimento da Estrada de ferro Leopoldina, que adquiriu os troncos ferroviários: de Cantagalo, de Campos dos Goytacazes e um que partia de São Francisco Xavier, na cidade do Rio de Janeiro, que seguia pela Baixada e pela Serra da Estrela até o Vale do Paraíba, ampliando também os trilhos até ao Cais do Porto do Rio de Janeiro, e no interior do Estado, ampliando a concessão para passar em Niterói e Cabo Frio. No dia 15 de novembro de 1910, passou o cargo ao vencedor das eleições, o marechal Hermes da Fonseca. Encerrado o mandato de presidente, Nilo Peçanha viajou com a mulher para a Europa e lá permaneceu até 1912. No ano seguinte, publicou seu primeiro livro, “Impressões da Europa”. Assim que voltou da viagem foi eleito senador, onde permaneceu até 1914. Neste ano (do início da Primeira Guerra Mundial), conseguiu eleger-se Presidente do Rio de Janeiro pela segunda vez, cargo que ocupou até 1917. Assumiu, no dia 07 de maio, o Ministério das Relações Exteriores durante o governo de Wenceslau Braz. Em 15 de novembro de 1918, Nilo Peçanha deixou a chancelaria, com o fim do governo de Wenceslau Braz, sendo substituído por Domício da Gama, que havia comandado a participação brasileira nas negociações do Tratado de Versalhes. No mesmo ano, retornou ao Senado, no qual permaneceu até 1920, quando empreendeu nova viagem à Europa, de lá só retornando em 1921 para disputar sua última eleição. Fazia algum tempo o senador e ex-presidente não se sentia bem. No dia 19 de março de 1924, como piorasse, foi internado para um tratamento mais adequado na Casa de Saúde São Sebastião, no Rio de Janeiro. No dia seguinte, os médicos Miguel Couto, Maurício Gudin, Henrique Duque, Carvalho Azevedo e Justino Menezes, após exames, decidiram submetê-lo a uma cirurgia, que foi iniciada pelo Dr. Gudin no dia 22, mas não pôde completá-la, pois o paciente se achava muito fraco. Apesar de todas as tentativas de tratamento, Nilo Peçanha não resistiu. Eram quatro horas da tarde, segundo o jornal “Correio da Manhã”, quando faleceu o ex-presidente Nilo Procópio Peçanha. Foi parte do seu discurso de posse na Presidência da República: “(...) Ninguém melhor do que eu compreendia a delicadeza da situação. A veneração que sempre tributei àquele a quem, de súbito tenho de suceder, o reconhecimento dos seus altos serviços do País, e o que me faltava de experiência para as responsabilidades do Governo, aumentavam o peso que me caía sobre os ombros, e que eu só poderia suportar com a colaboração dos mais capazes, o bom senso e as simpatias da Nação. O meu primeiro pensamento é dar ao País a segurança da instabilidade em que ele repousava, e foi assim que empreguei os maiores esforços para que se conservassem comigo todos os ministros escolhidos pelo meu honrado antecessor. Só de dois logrei essa cooperação que eu tanto encarecia e tão útil me virá a ser; aos demais dei todas as provas de consideração que mereciam e que estava em minhas mãos tributar-lhes. Estou certo de que esse procedimento deu à Nação confiança nos meus intuitos, e folgo aqui consignar que de todos os órgãos da opinião, recebi manifestações de aprovação pelo modo por que supri a falta daquela colaboração que solicitei, indo pedir a outros as luzes de que carecia para desempenho da minha missão. O meu fim foi cercar-me de ministros, cuja capacidade especial para cada ramo da administração mostrasse ao País que a minha preocupação principal era consagrar o resto do quatriênio ao estudo das questões da administração, e que eu punha os interesses dessa ordem acima de outras quaisquer aspirações que no momento pudessem apaixonar o espírito público (...)”.

Nilo Peçanha


Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

SÍMBOLOS NACIONAIS

Em comemoração, no dia de hoje (18/setembro/2008) aos Símbolos Nacionais, estamos publicando alguns detalhes explicativos sobre esses símbolos, como um lembrete para aqueles que ainda não conhecem referências tão importantes da nossa brasilidade.
A Lei nº 5700, de 1º de setembro de 1971, rege e dispõe sobre a forma e apresentação dos símbolos nacionais: a bandeira nacional, o hino nacional, as armas nacionais e o selo nacional. Na Bandeira Nacional, o verde e o amarelo são considerados as cores nacionais. É proibido usar ou executar os símbolos nacionais fora do modo prescrito pela lei; da mesma forma, é considerado crime apresentá-los ou tratá-los com desrespeito. A bandeira em mau estado deve ser entregue a uma unidade militar, para ser incinerada no Dia da Bandeira. É proibido mudar-lhe as cores, proporções, dístico, acrescentar-lhe inscrições, usá-la como roupa, ornamento ou revestimento, ou em rótulos ou embalagens de produtos. Entre os artigos e anexos da Lei nº 5700, destaca-se que é obrigatório, em todas as escolas do país, o ensino do desenho e do significado da bandeira, além do canto e interpretação do hino nacional; sem conhecê-lo, ninguém pode ser admitido no serviço público. A Bandeira Nacional foi projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, assemelhando-se à bandeira do Império, feita pelo francês Debret, com a esfera azul-celeste no lugar da coroa imperial. Nela, representa-se o céu do Rio de Janeiro, com o Cruzeiro do Sul do ponto de vista de um observador na vertical numa esfera exterior à da bandeira. Retangular, com um losango amarelo em campo verde tem no centro a esfera com uma faixa branca oblíqua da esquerda pra direita, com a legenda “Ordem e Progresso” em maiúsculas verdes. Dentro do círculo azul, estão 23 estrelas brancas de grandeza diferente. Deve ser hasteada com solenidade, de sol a sol; seu uso à noite é permitido, desde que exista iluminação adequada. Em dias de festas ou luto nacional, é obrigatoriamente hasteada em repartições públicas, escolas e sindicatos. O Selo Nacional constitui-se de um círculo representando uma esfera celeste idêntica à da bandeira, tendo em sua volta as palavras “República Federativa do Brasil”, é usado pra autenticar os atos do governo. As Armas Nacionais possuem um escudo redondo, pousado sobre uma estrela de cinco pontas com bordas de ouro e vermelho, em sua base, por sobre o cabo da espada, encontra-se a legenda com “República Federativa do Brasil” e a data de 15 de novembro de 1889. O uso das armas nacionais é obrigatório no palácio da Presidência da República, na residência do presidente. O Hino Nacional, a melodia foi composta por Francisco Manuel da Silva em 1831, com letra de Ovídio Saraiva de Carvalho, e substituída em 1909 pelo poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Oficializado em 06/09/1922, às vésperas do centenário da Independência.





Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar)
Fonte de Referência: Almanaque Abril de 1991, às páginas. 51 a 62.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cédula Eleitoral

Estamos em um ano eleitoral, onde a urna eletrônica, facilita e dá agilidade ao pleito eleitoral. Veja abaixo um modelo de cédula eleitoral, utilizada há 50 anos (em 1958).
MONITOR CAMPISTA, 23 de outubro de 1958
Aprovado na Comissão modelo de cédula única – cada partido uma cor, cada candidato um número – informal.

Reunida na Biblioteca da Câmara, com a presença dos ministros Cirilo Junior e Edgard Costa, a Comissão Interpartidária de Deputados aprovou a lei que introduz a Cédula Oficial nas votações proporcionais. Prevaleceu o sistema italiano, pelo qual a cada partido corresponderá uma cor e a cada candidato um número – segundo a ordem alfabética – a ser assinalada dentro de um retângulo. Esse foi o primeiro passo no sentido de uma reforma mais profunda do Código Eleitoral a ser projetada.

Cédula Eleitoral


Postado por: Leandro Lima Cordeiro (membro do Instituto Historiar)

Reprodução da foto: Leandro Cordeiro

Revisão ortogáfica: Hélvio Cordeiro


O Instituto Historiar é formado por Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavallar.

domingo, 14 de setembro de 2008

Série Presidentes do Brasil

AFONSO AUGUSTO MOREIRA PENA:
Nasceu em 30 de novembro de 1847 em Santa Bárbara do Mato Dentro, em Minas Gerais. Filho de Domingos José Teixeira Penha (depois Pena) e Dª Ana Moreira dos Santos Pena. Começou seus estudos em casa com sua mãe e, em seguida, entrou no curso primário no Colégio do Caraça com 10 anos de idade, já demonstrando grande facilidade para aprender. Depois, fez brilhantemente o curso de Humanidades, pois pretendia seguir a carreira jurídica, sempre encarando os estudos com profunda seriedade, onde cursava Francês, Inglês, Geografia, História, Matemática, Retórica e Filosofia, sob os cuidados do Padre Chavelin. Ao finalizar os estudos no Caraça, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1866. Foi colega de classe de Rodrigues Alves, Joaquim Nabuco, José Maria da Silva Paranhos Jr., Castro Alves e Rui Barbosa, tornando-se bacharel em 1870 e doutor em 1871. Neste período, participou de jornais, sendo um deles a “Imprensa Acadêmica”, do qual foi redator-chefe. Afonso Pena casou-se em 23 de janeiro de 1875 com Maria Guilhermina de Oliveira Pena, em Barbacena (MG) e tiveram doze filhos, seis mulheres e seis homens: Maria da Conceição, Albertina, Maria Guilhermina, Afonso Jr., Álvaro, Salvador, Alexandre, Manuel, Otávio, Regina, Dora e Olga. Logo após a defesa de sua tese de doutorado, em 1871, Afonso Pena recebeu convite para lecionar na própria Faculdade de Direito de São Paulo. Era o que tinha planejado inicialmente, mas recusou a oportunidade e voltou para Minas Gerais, seguindo a carreira de advogado. Em 1874, já no Partido Liberal, ingressou como deputado na Assembléia Provincial. Iniciava sua vida política no Segundo Império. Exerceu a função de deputado em Minas Gerais durante três anos, até eleger-se deputado para atuar na Corte em 1878. Em janeiro de 1882, assumiu o Ministério da Guerra no Gabinete Martinho Campos e, no ano seguinte, a pasta da Agricultura. Em maio de 1885, passou a ministro do Interior e Justiça, em cuja posição, assinou a Lei dos Sexagenários, que garantia a liberdade a negros maiores de 60 anos. Em 1888, fez parte da comissão que organizou o Código Civil Brasileiro, fato que o levou a ser deputado na Assembléia Constituinte de Minas Gerais. A seguir, eleito Senador por Minas Gerais, renunciando ao cargo por discordar dos atos de autoritarismo praticado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, seguindo com seu mandato de deputado. Em 30 de maio de 1892, foi eleito para o cargo de presidente de Minas Gerais, assumindo essa função em Ouro Preto (na época, a capital mineira). Em Minas, como no resto do Brasil, havia muitos analfabetos, no que Afonso Pena não só combateu esse gravíssimo problema como criou a Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais. Criou também a Academia de Comércio e melhorou o sistema de transporte, regularizando as finanças e estimulando a produção agrícola, tendo também construído uma nova capital para a Província, em 1893 – Belo Horizonte (que seria inaugurada oficialmente em 12 de dezembro de 1897). Após grande insistência de Prudente de Moraes, Afonso Pena aceitou a presidência do Banco da República. Em 1899, elegeu-se senador por Minas Gerais, exercendo essa função durante três anos, até que, em 1902, como presidente do Senado, tornou-se Vice-Presidente da República, durante 1902-1906, sendo que, em 1905 lançou sua candidatura à Presidente da República e, ao mostrar sua plataforma de governo no Rio de Janeiro, já era saudado como o futuro presidente. Para seu Vice-Presidente viria a ser escolhido o nome do fluminense Nilo Peçanha. Os concorrentes de Afonso Pena nessas eleições foram: Bernardino de Campos e Campos Salles (que era ex-presidente da República), porém, depois de complexas negociações, surgiu apenas o nome de Afonso Pena como único candidato, tendo conseguido nesse pleito a quantia de 288.285 votos. Com 59 anos, maduro e experiente, o presidente eleito fez algo que ninguém havia feito: uma viagem por todo o Brasil, para conhecer mais sobre o país e orientar a sua atuação. Deve-se observar que o mandato de Afonso Pena foi o que mais priorizou o desenvolvimento nacional no início da República, tendo também feito a renovação política nacional. Economicamente, o Brasil estava atravessando um bom momento. Entretanto, a corrupção na política e a miséria geral das classes trabalhadoras eram consideradas um grande problema para o governo, ao mesmo tempo que o café começava a sentir os efeitos das crises de preços, no plano externo e interno, com grande dificuldade para conseguir financiamento. Em seu plano de governo, Afonso Pena queria implantar o programa ferroviário de Miguel Calmon que previa a ligação entre os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, além de incentivo à imigração em massa de japoneses e italianos, que era liderada pelo ministro Davi Campista, tendo também cuidado da economia, através da organização da Caixa de Conversão e a reorganização da Carteira Cambial do Banco do Brasil para tentar com isso a valorização do café. Nesta época foram atendidas algumas reivindicações dos trabalhadores, como a jornada de trabalho de oito horas a partir de maio de 1907. Mandou Rui Barbosa chefiando a delegação representante do Brasil na cidade holandesa de Haia para participar (pela primeira vez) da Segunda Conferência Internacional da Paz, na qual foi criada a Carta Internacional de Arbitragem, que era apresentada como instrumento de resolução de conflitos internacionais. A partir de 1907, com a regularização do fornecimento de energia elétrica no Rio de Janeiro, começaram a aparecer os primeiros cinemas, atraindo uma multidão para assistir estes espetáculos. Antes de encerrar o ano de 1907, foram inaugurados 997 quilômetros de linhas telegráficas que ligavam a Amazônia ao Rio de Janeiro. O ano de 1908 começou com grande polêmica pela criação da Lei do Serviço Militar Obrigatório, medida execrada por antimilitaristas como Edmundo Bittencourt, Brício Filho e Rui Barbosa. Afonso Pena abraçou a realização de uma Exposição Nacional para comemorar o Primeiro Centenário da Abertura dos Portos do Brasil. Ainda em 1908, Afonso Pena conseguiu um empréstimo de 15 milhões de libras do governo da Inglaterra para socorrer os preços do café de São Paulo, ficando estabelecido que a União fosse a fiadora do negócio. A crise política que marcou o final da gestão de Afonso Pena iniciou-se com a morte de João Pinheiro, presidente do estado de Minas Gerais, que era o principal mediador político entre a oposição e o governo. Hermes da Fonseca, que era responsável pela pasta da Guerra, renunciou para dedicar-se à campanha de seu nome para a presidência, vindo a se opor ao governo do qual vinha fazendo parte. Afirma-se que o episódio da demissão de Hermes da Fonseca foi o ápice da crise que marcou a debilitação da saúde de Afonso Pena. Na tentativa de resolver o caos instaurado, o presidente pediu ajuda ao ministro da Justiça, Tavares de Lima, em busca de um novo nome para fazer seu sucessor. A crise complicou-se tanto que o presidente caiu em depressão. Afonso Augusto Moreira Pena morreu de pneumonia aos 61 anos de idade, no dia 14 de junho de 1909, no Palácio do Catete, sem concluir o mandato presidencial. Alguns disseram na época que seu fim se devera ao trauma da perda do filho e assistente Álvaro Pena. Decerto, as tensões da corrida pela sucessão presidencial e dos movimentos das oposições não deixaram de contribuir para o problema de saúde e da morte do presidente. Assistido pela esposa e pelos filhos, tornou-se o primeiro presidente do Brasil a morrer em mandato, na residência oficial da Presidência da República, sendo colocado no cargo de sucessor, o seu Vice-Presidente, Nilo Peçanha. Uma parte de importante discurso de Afonso Pena: (...) “Em épocas tão perturbadas como a atual, muito fácil é a desorientação dos espíritos, mesmo retos e ilustrados, pela incompleta apreciação dos problemas políticos, e é por isso que me julgo no dever de dirigir-me ao povo, expondo, com lealdade e franqueza, o meu modo de encarar a situação, tendo-a estudado com espírito calmo e desprevenido e pondo em contribuição o conhecimento que tenho dos homens e das coisas” (...)

Afonso Pena

Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Comércio no Rio Paraíba

O Rio Paraíba do Sul volta a ser navegável, só que os barcos dos nossos dias não são mais utilizados como meio de transpote de pessoas e alimentos. Podemos observar na fotografia antiga, pranchas e vapores em um trecho do Rio Paraíba, utilizado no transporte de mercadorias e passageiros.
Atualmente os pescadores estão garantindo seu sustento em forma de mídia alternativa em campanha política. Veja abaixo algumas fotografias:
Navegação e comércio no Paraíba, no passado

Navegação e propaganda política no Paraíba, no presente

Postagem: Instituto Historiar (Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar).

Fotografias: Acervo do Instituto Historiar, Joares Fernandes (colaborador), Leandro Cordeiro (membro do Historiar).

domingo, 7 de setembro de 2008

Série Presidentes do Brasil

FRANCISCO DE PAULA RODRIGUES ALVES: Nasceu em 07 de julho de 1848 na Fazenda de Pinheiro Velho, em Guaratinguetá, Estado de São Paulo. Filho de Domingos Rodrigues Alves e Dª Isabel Perpétua e Silva. Filho de ricos proprietários de terra, Rodrigues Alves teve uma meninice calma e despreocupada, vivendo até os 11 anos dividindo as brincadeiras com os irmãos mais velhos, que consistia em soltar pipa e caçar passarinhos no quintal de sua casa ou na fazenda do avô materno. Logo após completar os 11 anos, foi pro Rio de Janeiro para estudar com o professor Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro, estudava também matemática com Saturnino Soares de Meireles, francês com João Francisco Halbout e Batista Caetano de Almeida Nogueira, grego e alemão com o barão de Tautphoeus, (professor do próprio imperador), e história com o romancista Joaquim Manuel de Macedo. Os pais de Rodrigues Alves viam como obrigação moral que ele estudasse no Colégio Pedro II, que era considerado como uma referência em educação. O título de bacharel em Letras era conseguido após sete anos de estudos e se dividia em duas partes: nos quatro primeiros anos, os alunos cursavam português, francês, inglês, latim, religião, moral, aritmética, álgebra, geometria, trigonometria, geografia, história geral e do Brasil, ciências naturais, desenho, música, dança e ginástica. Os três últimos anos eram dedicados aos estudos mais avançados de latim, grego, alemão, geografia, história, italiano, filosofia, ética e retórica. O jovem Rodrigues Alves tirou nota máxima em quase todas as disciplinas. Em 1865, com 17 anos, o bacharel em Letras seguiu para São Paulo para conseguir seu diploma de bacharel em Direito. Durante o curso de Direito, Rodrigues Alves manteve-se em destaque como um dos mais ativos estudantes. O jovem bacharel enamorou-se de sua prima-irmã Ana Guilhermina de Oliveira Borges, filha de José Martiniano de Oliveira Borges e de Guilhermina Cândida de Oliveira Borges, e no dia 11 de setembro de 1875 se casavam em casa da mãe da noiva, em Guaratinguetá, e dessa união, nasceram oito filhos: Ana, Francisco de Paula, Oscar, José de Paula, Maria, Celina, Zaíra e Isabel. O bacharel Rodrigues Alves optou pela carreira no Ministério Público e, em 1878 elegeu-se para a Assembléia Provincial pelo Partido Conservador. Passado um longo período de recolhimento e preparação de suas bases eleitorais, entrou para a Câmara dos Deputados em 1885, com 37 anos de idade. Foi sua primeira incursão, como político, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, foi eleito presidente da Província de São Paulo e assumindo o cargo, permaneceu nele de 1887 a 1888, sempre integrando o Partido Conservador. Tornou-se membro do Conselho de Estado em 1888 e assistiu à Proclamação da República, iniciando seus trabalhos como constituinte, de 1890 a 1891. No governo de Floriano Peixoto, foi convidado a assumir o Ministério da Fazenda, mesmo convite feito, no governo de Prudente de Moraes, em razão da confiança que inspirava a todos. Entre um governo e outro, Rodrigues Alves entrou para o Senado Federal e, em 1900, voltou para a cadeira de presidente do Estado de São Paulo, cargo que exerceu até 1902. Sendo indicado por Campos Salles, como seu futuro sucessor, por ser considerado por este como o único candidato com qualidades para dar continuidade ao reerguimento econômico do país, Rodrigues Alves foi eleito, sendo usado pela primeira vez o processo de votação que seria por um bom tempo a nova forma de se eleger o presidente no país: a “política dos governadores” ou “dos Estados”, como preferia o presidente (os representantes de todos os Estados do Brasil reuniam-se e votavam nos candidatos apresentados). Disputavam o pleito, assim como Rodrigues Alves, Quintino Bocaiúva e Ubaldino Amaral. O resultado, em 1º de março de 1902 mostrava Rodrigues Alves eleito com 592.039 votos. Quando desembarcou no Rio de Janeiro, um mês antes de tomar posse, tinha 54 anos e foi recebido pelo jornal “O Malho”, com o seguinte comentário: “Na estação do Campo de Santana, com suas calças cor de pinhão, com seu chapeuzinho-coco, [...] parecia simplesmente o presidente da Câmara Municipal de Guaratinguetá. O presidente eleito mostrou-se grande administrador, cercando-se de bons auxiliares, fez a cidade do Rio de Janeiro dar um grande salto de progresso, sendo até hoje lembrado pelo saneamento de toda cidade. A capital da República passou a encher os olhos do mundo, como uma cidade em desenvolvimento turístico, comercial e financeiro, parecendo na época, uma das mais modernas cidades européias. Esta explosão de desenvolvimento trouxe também um tremendo descontentamento para grande parte da população pobre, que tinha seu comércio de subsistência nas ruelas, onde havia várias casas pobres e diversos cortiços, que foram expulsos por obra de uma simples assinatura e por ações repressivas de policiais, chegando a demolir várias casas com golpes de marreta. O centro da cidade e seus bairros adjacentes passariam a ser ocupados pela elite, com suas boutiques modernas e seus cafés elegantes, empurrando aqueles mais pobres, para a periferia da cidade. Por outro lado, esta remodelação teve uma grande importância social, que foi a ação do médico, sanitarista e cientista brasileiro Osvaldo Cruz, com sua luta contra a febre amarela, que matava muita gente naquela época. A erradicação da epidemia foi bem-sucedida graças às descobertas científicas de Osvaldo Cruz e aos métodos americanos utilizados em Cuba e nas Filipinas e que, imposto pela presidência, era implantado no Brasil. Em 1906, Osvaldo Cruz já havia riscado do mapa essa doença da cidade do Rio de Janeiro e em quase todo o Brasil, com a campanha de vacinação obrigatória de 1904. No início, essa vacinação gerou uma grande revolta na população que ficou conhecida como “A Revolta da Vacina”. Vários manifestantes saiam de madrugada pelas ruas, quebrando lampiões a gás, ateando fogo em bondes e cortando fios telefônicos. Por causa deste tumulto, o presidente foi aconselhado a deixar o palácio e refugiar-se em um navio da esquadra, no que essa atitude foi repelida com a seguinte frase: “Aqui é meu lugar, e daqui só sairei morto. A cidade seria dominada pelos revoltosos e a única solução que me restaria seria a renúncia vergonhosa”. No segundo ano de mandato de Rodrigues Alves, ficou resolvida a questão diplomática com a Bolívia, tendo à frente, (com grande destaque para o barão do Rio Branco), foi incorporado o Acre ao Brasil, fazendo parte dessa negociação o compromisso da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, estratégica para o escoamento da produção dos dois países. Foi também resolvida a questão de limites da fronteira com o Equador e com a Guiana Francesa. Quando partiu para São Paulo, no fim de seu governo, Rodrigues Alves teve o prazer de ver seu carro seguido por grande número de pessoas, de sua casa na Rua Senador Vergueiro, até a Praça da República. Rodrigues Alves realizou uma demorada viagem à Europa ao deixar o Palácio do Catete em 1906, mas não abandonou a política. Em 1909 apoiou seu amigo Rui Barbosa para disputar a presidência com o marechal Hermes da Fonseca. Em 1912, conseguiu eleger-se pela terceira vez presidente do Estado de São Paulo, e, em março de 1918, reelegeu-se presidente do Brasil. Dessa vez, porém, não chegou a tomar posse, pois caiu enfermo contagiado pela gripe espanhola, assumindo o cargo seu vice-presidente Delfim Moreira. Francisco de Paula Rodrigues Alves saneou o Rio de Janeiro e erradicou a febre amarela, mas, ironicamente, foi uma epidemia de gripe que o matou na madrugada do dia 16 de janeiro de 1919. No dia seguinte, às cinco horas da manhã, seu corpo chegou a Guaratinguetá, onde foi sepultado. Foi seu discurso no ato de posse na presidência da República: “Assumo hoje o cargo de presidente da República, para o qual tive a honra de ser eleito em 1º de março do corrente ano, e cumpro o dever de afirmar ainda uma vez à Nação o propósito de empenhar toda a minha atividade para corresponder àquela prova elevadíssima de confiança política. [...] prometo aos meus cidadãos manter no governo o mais largo espírito de tolerância, sem ódios, sem preferências injustas ou odiosas exclusões”. [...]

Rodrigues Alves


Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

Parceria

Parceria

Relembrando

ACONTECEU NO MÊS DE JANEIRO
No dia 01 de janeiro do ano de 1831, surgia o primeiro jornal impresso com o nome de “O Correio Constitucional”.

No dia 03 de janeiro do ano de 1876, nascia o poeta, jornalista e teatrólogo Silvio Fontoura.

No dia 04 de janeiro do ano de 1834, foi fundado o jornal “O Campista”, que vem a ser uma das raízes da criação do jornal “Monitor Campista”.

No dia 07 de janeiro do ano de 1916, nascia Maria da Conceição Rocha e Silva, poeta e jornalista que ficou conhecida com o nome de Nina Arueira.

No dia 08 de janeiro do ano de 1978, foi fundado o jornal “Folha da Manhã”.

No dia 13 de janeiro do ano de 1884, foi fundado o clube carnavalesco Tenentes de Plutão.

No dia 14 de janeiro de 1875, foi inaugurada a ligação ferroviária de Campos dos Goytacazes com Macaé.

No dia 14 de janeiro de 1929, foi inaugurada a linha telefônica de Campos dos Goytacazes com Rio de Janeiro, Niterói e São Paulo.

No dia 15 de janeiro do ano de 1933, foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar de Campos (STIAC).

No dia 19 de janeiro de 1919, mais uma grande enchente do Rio Paraíba do Sul causando mortes, foi encontrado um jacaré-de-papo-amarelo na Rua Barão de Cotegipe (hoje Theotônio Ferreira de Araújo).


No dia 22 de janeiro do ano de 1936, foi fundado o Sindicato dos Bancários de Campos.

No dia 23 de janeiro do ano de 1910, foi ministrada a primeira aula da Escola de Aprendizes Artífices (depois CEFET e atualmente IFF), que funcionava no prédio onde hoje está estabelecida a Faculdade de Direito de Campos dos Goytacazes, criada pelo Governo Nilo Peçanha.

No dia 24 de janeiro do ano de 1919, nascia o poeta e, um dos fundadores da Academia Pedralva Letras e Artes, Pedro Manhães.

No dia 24 de janeiro do ano de 1919, foi fundado o Clube de Regatas Rio Branco.

No dia 24 de janeiro do ano de 1921, foi criada a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia de Campos.

No dia 24 de janeiro do ano de 1926, nascia o poeta e jornalista Amaro Prata Tavares.

No dia 25 de janeiro do ano de 1949, foi instalado o primeiro semáforo da Cidade de Campos dos Goytacazes, na esquina das Ruas Alberto Torres com Barão de Miracema (antiga São Bento), sob protestos de muitos motoristas.

No dia 26 de janeiro do ano de 1909, nascia o primeiro jogador de futebol campista a disputar uma Copa do Mundo, de nome Polycarpo Ribeiro, mais conhecido pelo apelido de “Poli”.

No dia 28 de janeiro do ano de 1893, nascia o atleta do remo campista, Olímpio Pinheiro.

No dia 29 de janeiro do ano de 1951, foi inaugurado o Sanatório para Tuberculosos, hoje conhecido como Hospital Ferreira Machado.

ACONTECEU NO MÊS DE FEVEREIRO

No dia 16 de Fevereiro do ano de 1830 era fundada a Loja Maçônica “Firme União”, hoje “Fraternidade Campista”, a primeira em Campos e quinta no Brasil.

No dia 17 de Fevereiro do ano de 1810 nasce o industrial Francisco Ferreira Saturnino Braga.

No dia 19 de Fevereiro do ano de 1872 começa a navegação no Canal Campos / Macaé.

No dia 20 de Fevereiro do ano de 1947 era fundada a Academia Pedralva - Letras e Artes.

No dia 21 de Fevereiro do ano de 1901 era realizada a Sessão Inaugural da Comarca Municipal de Campos, quando o Dr. Pereira Nunes sugere para o brasão do município, em homenagem ao heroísmo de Benta Pereira e Mariana Barreto, a inscrição “Ipsae matronae hic pro jure pugnant”. (Até as mulheres aqui pelo direito lutam).

No dia 24 de Fevereiro do ano de 1949 era inaugurado o Lar Cristão.

No dia 26 de Fevereiro do ano de 1840 nascia o pintor Antonio Araújo de Souza Lobo.

No dia 27 de Fevereiro do ano de 1916 era inaugurado, em terreno da Prefeitura, vizinho ao cemitério do Caju, o triturador de lixo montado pela “The Patent Lighthing Crusher Co.”No dia 29 de Fevereiro do ano de 1888 nasce o músico e maestro Jucas Chagas.

ACONTECEU NO MÊS DE MARÇO

No dia 01 de Março do ano de 1956 entra no ar a Emissora Continental de Campos.

No dia 02 de Março do ano de 1925 era dada à primeira aula no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.

No dia 05 de Março do ano de 1880 nasce o político e compositor Thieres Cardoso.

No dia 07 de Março do ano de 1940 devido à explosão de um fogareiro a álcool, falece a professora da Escola de Aprendizes e Artífices (hoje CEFET ou IFF), Maria Isabel Castro Pereira.- No mesmo dia acima citado foi dada a primeira aula da Faculdade de Direito de Campos no ano de 1960.

No dia 09 de Março do ano de 1950 é assassinado a facadas, à porta do Café Belas Artes, ao meio-dia, o vereador Marcílio Martins.

No dia 11 de Março do ano de 1877 fundada a Igreja Presbiteriana pelo Reverendo Blackford.

- No mesmo dia acima citado, foi inaugurado o Forum pelo Juiz Álvaro Ferreira Pinto no ano de 1935.

- No mesmo dia acima citado foi entregue à Santa Casa o novo prédio construído pelo industrial José Carlos Pereira Pinto no ano de 1944.

No dia 12 de Março do ano de 1885 foi inaugurada a fábrica de tecidos.

No dia 18 de Março do ano de 1935 morre, de tifo, aos 19 anos, a poeta feminista Nina Aroeira que se casaria em junho. É sepultada com seu vestido de noiva.

No dia 23 de Março do ano de 1879 sai o primeiro número de “A Matraca” A Sra. Rita Armond, ao ler insinuações desairosas à sua pessoa, feriu o redator a chicotadas.

-No mesmo dia acima citado, foi fundada a Primeira Igreja Batista no ano de 1891.

No dia 24 de Março do ano de 1847 primeira visita do Imperador D. Pedro II a Campos dos Goytacazes.

No dia 25 de Março do ano de 1889 nasce o teatrólogo e jornalista Gastão Machado.

No dia 26 de Março do ano de 1911 chegada do primeiro automóvel, adquirido por Atilano Crisóstomo.

No dia 28 de Março do ano de 1835 elevada à categoria de Cidade a Vila de São Salvador.

- No mesmo dia acima citado, fundado o jornal “A Cidade” no ano de 1934.

- No mesmo dia acima citado inaugurado o Conservatório de Música de Campos no ano de 1935.

- No mesmo dia acima citado, foi inaugurada a Catedral de São Salvador no ano de 1935.

-No mesmo dia acima citado, foi inaugurada a Rodoviária Roberto Silveira no ano de 1962.

ACONTECEU NO MÊS DE ABRIL

No dia 03 de abril do ano de 1950 foi inaugurada à Rua Barão de Cotegipe, a agência do Bradesco.

No dia 04 de abril de 1944 nasceu a nadadora Diana Quitete Azevedo Cruz.

No dia 05 de abril de 1873 foi inaugurada a “Ponte de Pau” atual Barcelos Martins.

No dia 05 de abril de 1895 nasceu a professora Maria Benedita das Dores Gouveia.

No dia 06 de abril de 1950, por causa de intensa chuva, desaba uma ponte ferroviária na região de Tanguá, provocando grave acidente com o trem noturno Rio/Campos, levando à morte muitos passageiros, inclusive campistas.

No dia 07 de abril de 1846, nasceu o almirante e criador da Escola Naval, Luiz Felipe Saldanha da Gama.

No dia 08 de abril de 1951 foi fundado o Grupo Espírita Allan Kardec.

No dia 09 de abril de 1696, foi criado o imposto sobre fabricação de aguardente, para se construir a Cadeia da Vila. O dinheiro arrecadado, porém, foi utilizado em outros fins.

No dia 09 de abril de 1896 nasce o historiador e geólogo Alberto Ribeiro Lamego.

No dia 13 de abril de 1886 nasce o poeta Flamínio Caldas.

No dia 13 de abril de 1965 foi fundada a ARTA – Associação Regional de Teatro Amador.

No dia 14 de abril de 1947 foi inaugurado o Monumento ao Expedicionário, na Praça São Salvador, obra do escultor campista Modestino Kanto.

No dia 15 de abril de 1870 nasce o escritor e jornalista Múcio da Paixão.

No dia 15 de abril de 1968 a peça “A Moratória”, de Jorge Andrade, montada pelo Grêmio Casimiro Cunha, inaugurava o palco do Teatro de Bolso.

No dia 18 de abril de 1960 nasce o ex-governador e ex-prefeito Anthony Garotinho Matheus de Oliveira.

No dia 21 de abril de 1903 foi inaugurada a Biblioteca Municipal.

No dia 23 de abril de 1898 nasce o médico, deputado e prefeito Barcelos Martins.

No dia 23 de abril de 1952 foi inaugurada a Ponte General Dutra.

No dia 27 de abril de 1973 foi fundado o Teatro Escola de Cultura Dramática.

No dia 28 de abril de 1940 um objeto não identificado corta o espaço, às 21:30hs, provocando intensa luminosidade e uma explosão ao longe.

ACONTECEU NO MÊS DE MAIO

No dia 01 de maio de 1884 foi fundado, por Carlos de Lacerda, o Jornal “Vinte e Cinco de Março”.

No dia 02 de maio de 1891 nasce o poeta Heitor Silva.No dia 03 de maio de 1914 foi fundado o Americano Futebol Clube.

No dia 05 de maio de 1844 foi enforcado, na Praça de Santa Efigênia, o negro alforriado Ildefonso, por ter assassinado a escrava Isabel.

No dia 05 de maio de 1917 foi registrado um tremor de terra, com a duração de 10 segundos.

No dia 13 de maio de 1900 foi realizada a primeira corrida de bicicletas pelas ruas da cidade.

No dia 18 de maio de 1928 nasce o professor e poeta Walter Siqueira.

No dia 19 de maio de 1870 foi fundada a Sociedade Musical Lira de Apolo.

No dia 20 de maio de 1961 foi fundada a Faculdade de Filosofia de Campos.

No dia 21 de maio de 1748, Benta Pereira, então com 73 anos de idade, e os filhos Manoel e Mariana Barreto, liderando cerca de 500 voluntários, impedem a posse da Vila pelo Visconde de Asseca, Martim Correia de Sá. Os revoltosos, a cavalo, invadem a casa do Capitão-Mor Nunes Teixeira e a Câmara Municipal. Há muitos mortos e feridos. Os vereadores são presos.

No dia 23 de maio de 1937 foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Construção Civil.

No dia 25 de maio de 1891 nasce o poeta Max de Vasconcelos.

No dia 25 de maio de 1921 foi inaugurado, pelo Prefeito Dr. Luiz Sobral e o Capitão Francisco de Paula Carneiro, o Cine Teatro Trianon, que apresentou, nesta noite, a opereta “A Duquesa de Bal Tabarin”, de Franz Lehar, com Esperanza Iris e sua Cia.

No dia 26 de maio de 1892 foi fundada a Sociedade Musical Operários Campistas.

No dia 28 de maio de 1943 foi inaugurada a estrada de automóveis Campos-Niterói.

No dia 29 de maio de 1677 foi fundada a Vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes.

No dia 30 de maio de 1963 foi fundado o Clube dos Diretores Lojistas, hoje Câmara de Dirigentes Lojistas.

ACONTECEU NO MÊS DE JUNHO

Dia 10 do ano de 1906, foi fundado o Clube de Natação e Regatas Campista.

- Dia 11 do ano de 1914, foi fundado o Colégio Bittencourt.

- Dia 13 do ano de 1844, foi inaugurada a loja e livraria “Ao Livro Verde”.

- Dia 17 do ano de 1913, o funcionário da limpeza pública, Joaquim Bento, morre eletrocutado pelo rompimento de um fio da rede elétrica, causado pela queda da folha de uma das palmeiras imperiais da Praça São Salvador.

- Dia 18 do ano de 1874, o pastor Cândido Mesquita faz sua primeira pregação numa residência, à Rua do Sacramento. Manifestantes contrários apedrejaram as vidraças.

- Dia 20 do ano de 1832, nasce o conselheiro José Fernandes da Costa Pereira Júnior.

- Dia 21 do ano de 1939, foi fundada a Academia Campista de Letras.

- Dia 24 do ano de 1883, foi inaugurada, por D. Pedro II, a iluminação elétrica. Campos dos Goytacazes é a primeira cidade da América do Sul a receber este benefício.

- Dia 26 do ano de 1910, foi instalada a Caixa Filial do Banco do Brasil.

- Dia 26 do ano de 1975, começa a ser demolido, no período da madrugada, o Cine Teatro Trianon.

- Dia 29 do ano de 1958, foi inaugurada a primeira linha de ônibus elétricos, conhecidos como Tróley-bus.

ACONTECEU NO MÊS DE JULHO

- Dia 01 do ano de 1962, foi fundado o Instituto Campista de Literatura.

- Dia 03 do ano de 1913, nasce o compositor Wilson Batista de Oliveira.

- Dia 05 do ano de 1830, a Câmara Municipal aprova a fabricação de duas lanças para matar os porcos e cães soltos pelas ruas da Cidade.

- Dia 05 do ano de 1873, foi inaugurada a estação da Estrada de Ferro Campos/São Sebastião, onde atualmente funciona a Faculdade de Direito de Campos.

- Dia 07 do ano de 1873, foi inaugurada a barca de banhos, que ficava nas águas do Rio Paraíba do Sul.

- Dia 10 do ano de 1941, foi fundado o Aero Clube de Campos.

- Dia 11 do ano de 1958, entra no ar a Rádio Jornal Fluminense.

- Dia 13 do ano de 1833, toma posse o primeiro Juiz de Direito de nossa Região, o Dr. Deocleciano Amaral.

- Dia 22 do ano de 1870, nasce o grande poeta, cujo poema “Amantia Verba” mais tarde se transforma no Hino de Campos dos Goytacazes, João Antonio de Azevedo Cruz.

- Dia 23 do ano de 1928, aconteceu um assalto, durante a noite, do Banco Comercial e Hipotecário, quando os ladrões abriram um rombo no cofre e retiraram 244 contos de réis.

- Dia 26 do ano de 1845, nasceu o historiador Júlio Feydit.

- Dia 27 do ano de 1923, nasceu o historiador e teatrólogo Waldir Pinto de Carvalho.

- Dia 27 do ano de 1942, às 07 horas da manhã, cai neve sobre a Cidade de Campos dos Goytacazes, por poucos minutos.

- Dia 29 do ano de 1876, suicida-se, lançando-se da “Ponte de Pau”, atual Ponte Barcelos Martins, José Martins Pinheiro, o Barão da Lagoa Dourada, tendo o cuidado de antes, tirar o chapéu e o sobretudo.

- Dia 29 do ano de 1882, foi inaugurado o Farol de São Thomé, trabalho executado pela mesma firma, que mais tarde (07 anos depois), viria a construir a Torre Eiffel, em Paris.

- Dia 31 do ano de 1998, foi inaugurado pelo Prefeito Arnaldo Vianna o novo Teatro Trianon, que apresentou, nesta noite, o espetáculo de dança “Rota”, de Deborah Colker.

ACONTECEU NO MÊS DE AGOSTO

Dia 01 do ano de 1843, nasceu o poeta e primeiro Prefeito de Campos, Manuel Rodrigues Peixoto.

- Dia 02 do ano de 1882, foi fundada a Sociedade Musical Lira Conspiradora.

- Dia 02 do ano de 1916, nasceu em Santo Eduardo o Governador Celso Peçanha.-

Dia 05 do ano de 1914, nasceu o escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, José Cândido de Carvalho.

- Dia 06 do ano de 1945, foi criada por Gerardo Maria Ferraiuoli (Patesko), a Grande Prova Ciclística de São Salvador.

- Dia 06 do ano de 1957, foi fundado o Lions Clube de Campos.

- Dia 10 do ano de 1852, foi fundada a Sociedade Portuguesa de Beneficência.

- Dia 12 do ano de 1906, falece acometido pela peste bubônica, o dentista Teófisto Abreu. Várias pessoas que o haviam visitado vêm a falecer dias depois, inclusive os médicos que o assistiram: Dr. Lacerda Sobrinho, Dr. Silva Tavares e Dr. Luiz Cardoso de Melo.

- Dia 14 do ano de 1922, foi fundado o Automóvel Clube Fluminense.

- Dia 15 do ano de 1937, um comício do Partido Integralista Brasileiro, na Praça São Salvador, é dissolvido a bala, pela polícia. Dez pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Entre os mortos, a Srª Alcídia, esposa do então vereador Jorge Pereira Pinto e mãe de Carlos Alberto, Jorge Renato, Antonio Carlos e Maria Lúcia.

- Dia 18 do ano de 1950, o pianista Artur Moreira Lima, com 09 anos de idade, faz um recital de piano no Cine-Teatro Trianon, em benefício da “Obra do Berço”.

- Dia 20 do ano de 1912, foi fundado o time de futebol Goytacaz Futebol Clube.

- Dia 26 do ano de 1894, foi fundada a Associação dos Comerciários, hoje Sindicato dos Comerciários.

- Dia 28 do ano de 1833, nasceu o poeta, médico, diretor da Biblioteca Nacional e membro da Academia Brasileira de Letras, José Alexandre Teixeira de Melo.

- Dia 29 do ano de 1940, foi fundada por Monsenhor Severino a APIC (Associação de Proteção à Infância de Campos).

- Dia 30 do ano de 1956, foram captadas as primeiras imagens da Rede Tupy de Televisão (TV Tupi).

ACONTECEU NO MÊS DE SETEMBRO

- Dia 04 do ano de 1902, nasceu o professor e advogado Nelson Pereira Rebel.- Dia 05 do ano de 1959, foi inaugurada a Agência da BANERJ (Banco do Estado do Rio de Janeiro).

- Dia 05 do ano de 1947, foi fundado o Hospital Abrigo Dr. João Viana.

- Dia 06 do ano de 1874, foi inaugurado o Theatro Empyreo Dramático, local das conferências abolicionistas e, por isso, interditado pela polícia sob pretexto de ser um prédio inseguro.

- Dia 07 do ano de 1845, foi inaugurado o Teatro São Salvador, com a peça “O Novo Século”.

- Dia o7 do ano de 1916, foi fundado o Jornal A Notícia.

- Dia 16 do ano de 1954, o Hino de Campos, de Azevedo Cruz e Newton Perissé Duarte, é cantado pela primeira vez em público, no Clube de Regatas Saldanha da Gama, pelo Orfeão Santa Cecília.

- Dia 19 do ano de 1875, começou a funcionar a primeira seção de bondes movidos por tração animal.

- Dia 20 do ano de 1873, morreu, enquanto dormia, estrangulada por suas escravas Letícia, Cecília, Virgínia e Cherubina, a fazendeira Ana Joaquina Carneiro Pimenta.

- Dia 20 do ano de 1934, foi fundado o Sindicato das Indústrias do Açúcar e Álcool do Norte Fluminense.

- Dia 20 do ano de 1945, descarrilou o trem noturno que fazia a linha Campos/Rio de Janeiro, vitimando muitos passageiros.

- Dia 22 do ano de 1945, foi instalada em um prédio à Rua 13 de Maio, a sede do Jockey Clube de Campos.

- Dia 24 do ano de 1831, foi fundada a Caixa Econômica da Cidade de Campos, liquidada depois por má administração política.

- Dia 25 do ano de 1926, foi inaugurado o Cinema Capitólio, com o filme “A Viúva Alegre.

ACONTECEU NO MÊS DE OUTUBRO

- Dia 02 do ano de 1867, nasceu na Freguesia de Nossa Senhora da Penha de Morro do Coco, o Governador e Presidente da República Nilo Procópio Peçanha.

- Dia 03 do ano de 1942, foi fundada em Campos dos Goytacazes a agência da Legião Brasileira de Assistência.

- Dia 06 do ano de 1954, foi inaugurado o Cine Goitacá, com o filme “Os Brutos Também Amam”.

- Dia 07 do ano de 1972, foi inaugurado o Teatro Múcio da Paixão, do SESC, com a peça “O Santo Inquérito”, de Dias Gomes.

- Dia 08 do ano de 1928, nasceu o campeão mundial de futebol Waldir Pereira (mais conhecido como Didi, o inventor da “Folha Seca”).

- Dia 09 do ano de 1853, nasceu o jornalista e abolicionista José Carlos do Patrocínio, mais conhecido como “Tigre da Abolição”.- Dia 10 do ano de 1946, foi fundada a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

- Dia 12 do ano de 1911, foi inaugurado o Colégio Batista Fluminense.

- Dia 13 do ano de 1701, a Câmara Municipal faz afixar no Pelourinho, um edital proibindo a venda de carne de gado por mais de 12 vinténs a arroba, sob pena de multa de 06 mil réis e 20 dias de cadeia.

- Dia 14 do ano de 1968, foi dada a primeira aula na Faculdade de Medicina de Campos, que passou a funcionar no antigo prédio da Policlínica Infantil (onde funcionou o Cemitério do Quimbira).

- Dia 17 do ano de 1964, foi inaugurada a Ponte Saturnino de Brito, conhecida também como a Ponte da Lapa.

- Dia 19 do ano de 1952, foi inaugurado o Aeroporto Bartholomeu Lyzandro.

- Dia 20 do ano de 1957, foi inaugurado o Hipódromo Linneo de Paula Machado, que fica no Bairro do Jockey Clube de Campos.

- Dia 21 do ano de 1906, foi fundado o Clube de Regatas Saldanha da Gama, onde funcionou a primeira piscina para os associados e ficava na Beira-Rio, entre as ruas Santos Dumont e Barão de Cotegipe (hoje Governador Teothônio Ferreira de Araújo).

- Dia 22 do ano de 1893, foi fundada a Sociedade Musical Lira Guarani.

- Dia 26 do ano de 1855, as vítimas da epidemia de Cólera passaram a ser sepultadas no Cemitério Público (hoje Cemitério do Caju), pois os cemitérios das igrejas e o do Quimbira (hoje Faculdade de Medicina) já não comportavam mais sepultamentos. Até o fim do ano morreram 1.349 pessoas na cidade, 444 em Guarus e 42 escravos na Fazenda do Colégio.

- Dia 26 do ano de 1912, foi fundado o Campos Atlético Associação.

- Dia 26 do ano de 1945, foi instituída a “Semana Inglesa”, suspendendo o trabalho aos sábados, a partir do meio-dia.

- Dia 27 do ano de 1935, foi fundada a Escola Jesus Cristo.

ACONTECEU NO MÊS DE NOVEMBRO

- Dia 04 do ano de 1923, nasceu o poeta Almir Soares.

- Dia 11 do ano de 1934, foi inaugurada a Rádio Cultura de Campos.

- Dia 13 do ano de 1991, foi lançada pelo Prefeito Anthony Garotinho Matheus, a pedra fundamental para a construção do novo Teatro Trianon.

- Dia 14 do ano de 1939, a Cidade de Campos dos Goytacazes recebeu a visita dos escritores Gilberto Freire e de José Lins do Rego.

- Dia 16 do ano de 1964, foi o último dia de funcionamento dos Bondes em Campos dos Goytacazes. O bonde elétrico de nº 14, trafegou pela última vez em seu itinerário na linha Caju – Centro.

- Dia 20 do ano de 1839, o fazendeiro Antonio Figueiredo publicou no Jornal Monitor Campista, um anúncio de fuga de escravo com o nome de José, que tinha as iniciais “AF” marcadas nas nádegas. Essas letras eram as iniciais do nome de seu proprietário.

- Dia 20 do ano de 1891, veio a Campos dos Goytacazes para fazer apresentações, o grande maestro Carlos Gomes.

- Dia 22 do ano de 1880, foi fundado o Liceu de Humanidades de Campos.

- Dia 22 do ano de 1941, foi fundado pelo maestro Newton Perissé Duarte o Orfeão de Santa Cecília.

- Dia 23 do ano de 1878, foi inaugurada a Usina Barcelos, fato que contou com a presença ilustre do Imperador D. Pedro II.

- Dia 24 do ano de 1891, nasceu o atleta do remo, grande destaque em nossa região, de nome Juvenal Chagas.

- Dia 24 do ano de 1963, foi inaugurado o Hospital dos Plantadores de Cana, que nos presta grandes serviços até hoje.

- Dia 30 do ano de 1912, nasceu o grande jornalista e brilhante administrador do Jornal Monitor Campista, Oswaldo Lima.

- Dia 30 do ano de 1955, foi fundado o Tênis Clube de Campos, na antiga Rua São Bento, e que ficou conhecido pela sociedade com o “Clube da Raquete”.



ACONTECEU NO MÊS DE DEZEMBRO



- Dia 02 do ano de 1869, foi inaugurada a Linha Telegráfica de Campos ao Rio de Janeiro.



- Dia 05 do ano de 1926, foram introduzidos os pardais em Campos dos Goytacazes, através de 4 casais destes pássaros, soltos nos jardins da Sociedade Portuguesa de Beneficência (hoje Beneficência Portuguesa).



- Dia 06 do ano de 1864, Nasceu o deputado federal, prefeito de Campos dos Goytacazes e de Niterói, o Sr. Benedito Gonçalves Pereira Nunes.



- Dia 08 do ano de 1633, foi construído em Campo Limpo o primeiro curral para a criação de gado, para ali trazidos pelos Sete Capitães, sob a guarda do índio Valério Corsuga. Em torno deste curral se iniciara o povoamento da planície goitacá.



- Dia 09 do ano de 1954, foi lançado o jornal “Correio de Campos” com circulação às segundas-feiras.



- Dia 10 do ano de 1760, morreu aos 85 anos de idade, a Srª Benta Pereira de Sousa, tendo o seu corpo sido enterrado no Solar do Colégio.



- Dia 15 do ano de 1919, a Cidade de Campos dos Goytacazes ainda enfrentava, desde o dia 15 de outubro, o surto da gripe espanhola, que já havia vitimado em torno de 419 pessoas na cidade e em Guarus.



- Dia 17 do ano de 1937, presença marcante de Carmem Miranda, sua irmã Aurora Miranda e os cantores Sílvio Caldas e Almirante se apresentaram no Teatro Trianon, completamente lotado.



- Dia 18 do ano de 1956, foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica.



- Dia 19 do ano de 1839, o vereador Andrade pede à Câmara a compra de camelos do Egito para o transporte de cargas, por serem animais de muita força e resistência.



- Dia 20 do ano de 1879, nasceu o médico, orador e grande poeta Álvaro de Barros.



- Dia 22 do ano de 1903, nasceu a pianista, compositora e primeira maestrina da América do Sul, a Srª Joanídia Sodré.



- Dia 24 do ano de 1935, foi fundado o Sindicato dos Rodoviários de Campos dos Goytacazes.



- Dia 24 do ano de 1943, morreu de febre tifo, contando 33 anos de idade, o Dr. Philippe Uébe.

Dica de livros

  • Revista da Academia Campista de Letras / Edição Junho/2008
  • Revista Almanaque de Campos / Edição 2009
  • Qual é a tua obra - Mario Sergio Cortella
  • Pequenas histórias verídicas sobre Campos dos Goytacazes
  • O menino e o palacete - Tieres Martins
  • Carukango - O príncipe dos escravos/autor: Hélvio Gomes Cordeiro/2009
  • A História Viva da Morada dos Mortos/autor: Hélvio Gomes Cordeiro/2009