quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO

Nós do Instituto Historiar gostaríamos de desejar a todos os amigos, leitores e colaboradores do nosso Blog assim como a todas as escolas em que estivemos realizando as nossas palestras um Feliz Natal e Próspero Ano Novo, cheio de paz, saúde, harmonia e realizações. Que Jesus esteja sempre em seus corações.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos. A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
Zumbi dos Palmares
O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares - Alagoas) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas. Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos. Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares. Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi. Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares." Zumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra. É também um dos nomes mais importantes da Capoeira.

Postagem: Leandro Lima Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Reflexões...

Embora todos saibam que passará por ela, a morte é um assunto que não agrada muito. Mesmo assim, como faz parte da vida, o ser humano acaba aceitando, restando apenas a saudade como uma forma de lembrança. Mas no caso "Monitor Campista" não. Mesmo que se passem mais dois séculos, ainda haverá pessoas chorando a sua perda, que é irreparável para a memória de Campos.
Num mundo cada vez mais globalizado e capitalista, em que novas tecnologias aportam a cada instante é até discutível a questão da sobrevivência dos veículos impressos - questão, inclusive, levantada há pelo menos uma década. É fato real também que empresas privadas passem por dificuldades financeiras e encerrem suas atividades.
Mas é triste aceitar que isso esteja acontecendo com o nosso Monitor - veículo que embora esteja situado numa cidade de interior, tem uma importância para o Brasil todo, afinal, como todos sabem, é o terceiro mais antigo do país (fundado em 4 de janeiro 1834) ainda em circulação (quer dizer era). Em suas amareladas páginas, estão registrados fatos que se fossem publicados em livros, certamente, seriam necessários muitos volumes. Não é à toa que o arquivo do jornal foi utilizado durante anos por pesquisadores, estudantes e até equipes de programas de TV (a exemplo do Linha Direta) como fonte de pesquisa.
Ter feito parte dessa história é motivo de orgulho para qualquer profissional e para mim não é diferente, aliás, comecei minha carreira ali. E hoje, mesmo diante dessa tristeza sem fim estou (confesso) surpresa ao ver a reação dos campistas (embora em pequeno número) manifestando sua indignação. Para quem esteve naquela redação até os últimos dias é bom sinal; sinal de que nossos esforços para documentar a história não foram em vão... E torço muito para que o Monitor continue sendo lembrado pelas próximas gerações como um patrimônio de imenso valor para Campos.


Texto e foto: Alicinéia Gama (Jornalista e colaboradora do Blog)
Postagem: Leandro Cordeiro
O Instituto Historiar é formado por Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.

sábado, 14 de novembro de 2009

JORNAL MONITOR CAMPISTA

Acabei de descobrir que não há tempo para eu transcrever o texto AGONIA ANUNCIADA, como se fora uma carta de protesto, de pesar, de muita tristeza mesmo, pelo fechamento do jornal Monitor Campista, porque a sessão de Cartas dos Leitores é publicada, quer dizer, era publicada às quartas-feiras. Hoje é sexta, sexta-feira 13, talvez o último dia de trabalho neste e deste Jornal!
Continuo digitando, ignorando a não possibilidade da publicação:

AGONIA ANUNCIADA

Campos de luto pela morte anunciada pelo próprio agonizante. Parece confuso o que disse, talvez eu esteja atônita com a notícia que li. É uma convocação para uma reunião em Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária. A sessão Extraordinária será para "examinar, discutir e deliberar sobre proposta da Diretoria para suspender a edição e publicação do jornal "Monitor Campista". E agora? O Monitor está em agonia. Que remédio ministrar? Vamos deixá-lo morrer? Vamos tapar os ouvidos pra não ouvir os seus gemidos? Não. Definitivamente, não. O Monitor Campista é a vida presente e passada de Campos dos Goytacazes. Não sairá da história, se ele é a própria História com seus arquivos repletos do dia-a-dia de Campos.
Por que, silenciosamente, ficou tão adoecido? Precisa sacrificá-lo, como se fora um animal que não mais presta serviços? Prática monstruosa... Sabemos que ela acontece... Mas ele presta serviços, como sempre fez tão bem.
Que estranha agonia...
Heloisa Crespo
2009/11/12

sábado, 7 de novembro de 2009

lançamento do livro "Carukango - O Príncipe dos Escravos" na IV Bienal Internacional do Livro, em Maceió

Foi de grande repercussão o lançamento do livro "Carukango - O Príncipe dos Escravos" na IV Bienal Internacional do Livro, em Maceió - AL. Representando a Fundação Zumbi dos Palmares, Jorge Luis dos Santos (Presidente), Patrícia Cordeiro (Vice-Presidente) e Carla Viana. Do Instituto Historiar, estiveram presentes o Pesquisador e Palestrante Leandro Lima Cordeiro e o autor do livro, Hélvio Gomes Cordeiro. As duas instituições campistas participaram também do "II Colóquio Etnicidades Internacional - Brasil x Áfricas: Artes, Culturas & Literaturas". Sendo realizado no Centro de Convenções Ruth Cardoso (Maceió - AL), tendo a direção de Arísia Barros (Coordenadora do Projeto Raízes de Áfricas). A mesa do Colóquio foi formada por: Camilo Afonso (Historiador angolano, Adido Cultural da Embaixada de Angola e Diretor Geral do Centro Cultural Casa de Angola, na Bahia), Daniel Antonio Pereira (Embaixador da República de Cabo Verde, Historiador, Presidente de Honra do Projeto Raízes de Áfricas, é autor de cinco livros sobre a história de Cabo Verde), Leonor Franco de Araujo (Mestra em História Social das Relações Políticas, Coordenadora Geral de Diversidade da Secretaria Continuada de Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação), Simone Gomes Caputo (Doutora em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Pós-Doutorada na Universidade de Lisboa e Coimbra em Literaturas Africanas de Línguas Portuguesas, em especial Literatura Caboverdiana e Poesia Portuguesa Contemporânea), Luiz Sávio de Almeida (Doutor em História da UFPE - Recife, Mestrado em Educação na Michigan State University), Sónia André (Musicista moçambicana que defende "A Riqueza da Timbila na Cultura de Moçambique - Patrimônio Imaterial da Humanidade", Vagner Gomes Bijagó (natural de Guiné Bissau, tem mestrado em Sociologia, graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Alagoas), Douglas Apratto (Doutor em História e Escritor), Marcílio Bareco Correa de Mello (Advogado, Delegado de Polícia Civil de Alagoas), José Amaral Neto (Jornalista, ativista do movimento negro, autor de "As Convenções Internacionais e as Práticas Sociais Racistas como Apartheid dos Direitos Humanos no Brasil". Foi a Mediadora do Colóquio a Secretária Continuada de Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, Srª Leonor Franco de Araujo. Também ocupou lugar na mesa principal os representantes campistas da Fundação Zumbi dos Palmares, Jorge Luis dos Santos, Patrícia Cordeiro e Carla Viana e, pelo Instituto Historiar, Leandro Lima Cordeiro e o autor do livro "Carukango - O Príncipe dos Escravos", Hélvio Gomes Cordeiro. Após o evento, houve uma seção de autógrafos de aproximadamente duzentos exemplares no local do Colóquio.
Confira abaixo algumas imagens do evento.

Texto: Hélvio Gomes Cordeiro
Fotos: Leandro Lima Cordeiro, Carla Viana e Adalberto Farias.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A HISTÓRIA VIVA DA MORADA DOS MORTOS

Hélvio Gomes Cordeiro autor de "Carukango - O príncipe dos escravos", lançará na próxima segunda-feira (02/11/09) o livro "A HISTÓRIA VIVA DA MORADA DOS MORTOS - Fatos e curiosidades sobre o Cemitério do Caju ", em parceria com a Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (CODEMCA).
O livro não só traz a história do Cemitério do Caju, como também de outros, pertencentes a Campos e administrados pela CODEMCA. Os interessados poderão adquiri-lo gratuitamente em todos os Cemitérios Municipais de Campos dos Goytacazes no feriado de Finados (dia 02/11).
Vale a pena conferir!




Texto e postagem: Leandro Lima Cordeiro

Arte da capa do livro: Enockes Cavalar.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O autor Hélvio Gomes Cordeiro participou de uma tarde de autógrafos do seu livro Carukango - O príncipe dos escravos, na "Biblioteca José do Patrocínio"- na Fundação Municipal Zumbi dos Palmares, dentro da programação da exposição "Tigre da Abolição" em comemoração aos 156 anos de nascimento de José do Patrocínio, onde encontram-se expostos: livros, publicações, fotos, e muito mais sobre a vida do grande abolicionista campista.
Confira algumas imagens do evento.



Texto e fotos: Leandro Lima Cordeiro.

Bondinho do Pão de Açúcar completa 97 anos

No dia 27 de outubro do ano 1912 era inaugurado o bondinho do pão de açúcar, havendo neste dia 500 pessoas que queriam andar no bondinho, sendo cobrado para o mesmo um valor de 2.500 réis.
O bondinho do Pão de Açúcar é o terceiro em antiguidade e foi idealizado pelo engenheiro Augusto Ferreira Ramos.
Funciona ao longo de duas rotas, uma ligando a base do morro da Babilônia ao morro da Urca e outra ligando o morro da Urca ao pico do Pão de Açúcar.
A primeira linha (estação inicial - morro da Urca) possui extensão de 600 metros e a velocidade máxima durante a viagem é de 6 metros por segundo (21,6 km/h). A segunda linha (morro da Urca - Pão de Açúcar) possui extensão de 850 metros e a velocidade máxima durante a viagem é de 10 metros por segundo (36 km/h).
A capacidade atual é de 65 passageiros por viagem. Como o trajeto de cada linha é realizado em aproximadamente 3 minutos, a capacidade do teleférico é de 1170 passageiros por hora.
Há dois anos o Morro do Pão de Açúcar, uma das estações do bondinho, foi eleito uma das Sete Maravilhas do Rio. Já transportou cerca de 37 milhões de pessoas, mantendo uma média atual 2.500 por dia.

Texto: Leandro Lima Cordeiro

Fotos: Internet.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Aniversário da Lira Guarany

Completa hoje 116 anos a Corporação Musical Lira Guarany.
No dia 22 de Outubro de 1909 o Jornal Monitor Campista publicava a seguinte programação:

"C.M. Lyra Guarany – A distinta Corporação Musical Lira Guarany, comemora hoje, dia 22 de outubro, o seu XVI aniversário de fundação pela forma seguinte:
A banda tocará alvorada; ás 4 horas da tarde e será inaugurado o seu novo custoso uniforme; retreta no coreto ao lado do edifício social e á noite passeata; inauguração de seu edifício e sessão de posse da nova diretoria.
Amanhã, a Lira Guarany irá receber na Estação do Saco a sua colega Nova Aurora de Macaé, que vem tomar parte nos festejos; á tarde, até ás 10 horas da noite, festa no Teatro "Paris em Campos" e á noite grande baile nos salões da sociedade.
No dia 24, domingo, haverá missa na Matriz de S. Salvador e procissão á tarde".

Postagem: Leandro Lima Cordeiro.
Fonte: Jornal Monitor Campista
O Instituto Historiar é formado por: Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

C.R. Saldanha da Gama

O tradicional Clube de Regatas Saldanha da Gama, em Campos dos Goytacazes, fundado em 21 de outubro de 1906, completa hoje 103 anos.
O clube foi inaugurado com a presença do prefeito Dr. Manoel Camilo Ferreira Landim, autoridades e grande massa popular, havendo ainda a apresentação da Banda Musical Lira de Apolo. Em sua sede funcionou a primeira piscina para os associados, localizando-se na Beira-Rio.
Em 15 de setembro de 1937 foi declarado de utilidade pública pela lei nº. 257.
Em seu cinquentenário o governador Miguel Couto Filho requereu ao presidente do clube Antonio José de Miranda em processo nº. 2944/56, que os prédios 20 e 23 das ruas Barão de Cotegipe e Santos Dumont fossem desapropriados com o objetivo de expandir o clube que atualmente possui uma área de 101.000 m².


“Filho do Paraíba, o Saldanha da Gama se planta junto de sua corrente e se mantém em vigília acesa, nos esportes, na confraternização dos campistas, no progresso de nossa gente” (trecho retirado do livro Campos depois do centenário – Vol.3 – Waldir Carvalho).

Quem foi Saldanha da Gama
Segundo o Almanaque de Campos: “Luís Filipe Saldanha da Gama Nasceu em Campos dos Goytacazes, no dia 07 de abril de 1846. Bacharel em Letras, concluiu o curso da Academia da Marinha, onde ingressou aos 17 anos de idade, sempre alcançando postos superiores, até o de contra-almirante. Representou o Brasil na Exposição da Filadélfia, em 1867; na de Viena, em 1873; em Buenos Aires, em 1882, (na época era uma honraria). Recebeu condecorações da Campanha Oriental, da Guerra do Paraguai; da Rendição de Uruguaiana e do Mérito Militar. Sua morte ocorreu no dia 24 de junho de 1895, em Campo de Osório. Foi morto por um golpe de lança, aplicado por Salvador Tambeiro, um oriental comandado pelo caudilho João Francisco”.

O Instituto Historiar, incentivador das pesquisas históricas da região, presta justa homenagem à direção e a todos os associados do C.R. Saldanha da Gama pelos 103 anos de conquistas.


Pesquisa e texto: Leandro Lima Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Foto: Acervo do Instituto Historiar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

INAUGURAÇÃO DO HIPÓDROMO "LINEU DE PAULA MACHADO"

Completa hoje 52 anos de inauguração do Hipódromo "Lineu de Paula Machado".
Veja abaixo uma matéria publicada no Jornal Monitor Campista no dia de sua inauguração.

Monitor Campista, 20 de outubro de 1957.

“Após uma batalha de longos anos, os campistas e especialmente os fãs do turfismo, vêem realizado hoje uma velha aspiração, o funcionamento de um hipódromo em nossa cidade”.
Isso acontece depois de uma batalha que sucedeu á existência de 10 outros prados.
À frente dessa arrojada iniciativa está o espírito empreendedor de Arthur Cardoso Filho, coadjuvado pelos senhores: Rubens Venâncio; João Sobral; Rui Ribeiro Gomes; Hervé Salgado Rodrigues e muitos outros que batalham para efetivação dessa obra."

Início das Atividades
"A reunião de hoje no Hipódromo “Lineu de Paula Machado” não é ainda a inauguração desse prado, só do prédio. A inauguração do prado acontecerá quando estiver completamente pronto, lá no “Beco” a pista para as corridas. O Hipódromo “Lineu de Paula Machado” é considerado o 3º maior do país, com certeza uma obra grandiosa e um marco expressivo da iniciativa particular de Campos dos Goytacazes”.

sábado, 17 de outubro de 2009

INAUGURAÇÃO DA PONTE DA LAPA

Completa hoje (17 de outubro) quarenta e cinco anos de inauguração da ponte da Lapa.
Confira abaixo um texto publicado no jornal Monitor Campista no dia posterior ao da inauguração da ponte Saturnino de Brito.
Monitor Campista 18 de Outubro de 1964
"Constitui acontecimento de cunho popular a inauguração, ontem, da ponte da Lapa. Um grande público esteve presente ao ato, que contou com a presença do Ministro da Viação e Obras Publicas, Deputado Juarez Távora, do engenheiro Miranda Carvalho, do Prefeito Rockfeller Felisberto de Lima, do Prefeito de São João da Barra Sr. Alberto Dauare, deputados, vereadores, e presidentes de entidades de classes.
Aquele bairro viveu assim horas de intensa vibração, vendo realizar-se um sonho acalentado durante anos e que constitui, na verdade o renascimento de um recanto da cidade que se estava sendo liquidado por falta de amparo do poder publico. Ao idealizador da obra, quando apenas Presidente da Associação Comercial, Sr. Alair Ferreira, hoje Deputado Federal, coube fazer o primeiro discurso de inauguração, seguido do Prefeito Felisberto de Lima.
Deverá dar-se á ponte da Lapa o nome de “Saturnino de Brito”, importante engenheiro sanitarista, nascido em Campos dos Goytacazes e que desenvolveu projetos sanitários em todo o País e até no estrangeiro.
Outro nome cogitado para a ponte, foi o de “Azevedo Cruz”, ilustre poeta campista autor de um lindo poema que homenageia Campos, intitulado “Amante a Verba”."


Vista aérea da ponte Saturnino de Brito




Fonte: Jornal Monitor Campista

Fotos: Monitor Campista (reprodução de imagem)

Postagem: Leandro Lima Cordeiro.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Como Surgiu o Dia do Professor

No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro.
No dia 15 de outubro de
1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil
baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em
1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor
.
Começou em
São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro
, com apenas dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor
Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a idéia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase " Professor é profissão. Educador é missão". Com a participação dos professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko
, a idéia estava lançada.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal nº. 52.682, de
14 de outubro de 1963.
O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Postagem: Leandro Lima Cordeiro

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Palestra no Ciep João Borges Barreto

O Instituto Historiar realizará hoje (07/10/09) no Ciep João Borges Barreto (Ciep de Ururaí), ás 19:30 horas, uma palestra sobre a história da cidade de Campos dos Goytacazes - Da colonização aos dias atuais, tendo como palestrantes Hélvio Cordeiro, Enockes Cavalar e Leandro Cordeiro.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Noite de autógrafos do livro Carukango no Rio de Janeiro

Realizou-se no Centro Cultural Candido Mendes - Rio de Janeiro no dia 05/10 noite de autógrafos do livro "Carukango - O príncipe dos escravos" do autor Hélvio Gomes Cordeiro.
O livro conta com a parceria da Fundação Zumbi dos Palmares e do Instituto Historiar.
Hélvio palestrou sobre a sua obra, logo após realizou-se o show da cantora Lene Moraes, havendo ainda coquitel para os presentes.
Confira abaixo fotos do evento.








Texto e fotos: Leandro Lima Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

terça-feira, 29 de setembro de 2009

REGINA

A personagem dessa estória curiosa é Regina. Moradora de rua a mais de dez anos que encontrei costurando sua própria roupa embaixo do viaduto. Sentei ao seu lado para um bate-papo informal, as pessoas que passavam me lançavam olhares curiosos, alguns reprovadores, mas não pensei em levantar. Interessei-me por aquele ser cheio de vida, pela expressão envelhecida, porém, nem um pouco sofrida. Mulher vivida, 47 anos de idade e muitas lições a ensinar. Mãe de dois filhos que estão pelo mundo, ela fazia questão de frisar a todo o momento o seu maior desejo, encontrar os filhos que há 20 anos não vê. Senti naquele momento toda a sua emoção e percebi os olhos marejados das lágrimas que tentava esconder. Experiente, a senhora de fortes traços já passou por tudo na vida. Quando ainda morava no Rio de Janeiro, realizou seis abortos, dos quais, hoje se arrepende. Regina encontrou forças na Igreja Universal, onde se libertou de culpas e passou a enxergar a vida de outra forma.O papo já estava intimo e agradável, eu observava bem a sua face que já não possuía a mesma tristeza. Relaxada e mais confiável, me contou que já foi modelo e que só não continuou com a carreira por ter engravidado de sua filha. Obrigada a voltar para Campos dos Goytacazes, se viu rejeitada pela família e foi para as ruas. Momentos que prefere não lembrar fizeram parte de sua trajetória.A conversa estava fluindo, repentinamente Regina pergunta pelo meu interesse em sua vida, já que a grande maioria das pessoas, que por ali passa não olha, sequer senta para saber o que ela pensa e o que faz. O medo estava presente em sua voz e a minha, sumiu. Eu estava tão entretida que fui pega de surpresa, mas expliquei que se tratava de um trabalho universitário. Ela se convenceu, mas nem tanto, porém continuou a narrar os fatos de sua vida.Respirei e continuei a ouvi-la, sem fazer muitas perguntas para deixar a conversa mais agradável, no entanto, a fala é interrompida e a sacola ao seu lado é remexida. Para minha surpresa, um livro de Jorge Amado surge. Um sorriso se abre e a mulher de rua afirma que quando não tem o que fazer, senta para ler os livros que são doados pelas pessoas que ela conhece de suas andanças.O seu discurso parecia de pessoa letrada, porém, os estudos foram até a 4° série, pois é, uma moradora de rua que lê Jorge Amado, já leu Machado de Assis e Fernando Pessoa. Para algumas pessoas, será difícil acreditar, eu sei, mas é verdade.Regina leva uma vida normal, trabalha para alguns feirantes do mercado municipal e ganha um troco, como ela mesma diz. Ela faz faxina nas bancas, toma banho por lá mesmo, porém, quando está muito frio, prefere um banho quente. Para isso é necessário pagar uma diária que não passa de R$ 8, 00 em um dos hotéis que fica ali pela redondeza. No verão, a diversão é no Parque Alberto Sampaio que vira um clube para os moradores de rua nessa época do ano. Motivo pelo qual estava de dieta. Interessei-me pela sua alimentação e acabei perguntando pela mesma. Ela soltou uma gostosa gargalhada e me disse que sua refeição preferida é miojo. A satisfação só em lembrar-se do prato estava estampada no seu rosto.Na hora da despedida, ela segurou a minha mão e desejou-me felicidades e que Deus estivesse sempre comigo. Fui para casa com a sensação de dever cumprido, afinal, a minha missão era fazer um trabalho que iria me garantir nota. Lições que vão além das salas de aula me foram proporcionadas hoje por uma simples mulher que passa o dia na rua e dorme em uma caixa de papelão. Ensinamentos que me despiram de qualquer vestígio de preconceito que ainda pudesse existir em mim.




Texto: Fabíola Melo Blaiso (colaboradora) Blog - http://fabimblaiso.blogspot.com/.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Estatuto da Escola de Aprendizes Artífices

“Através do Decreto Nº. 7.566, de 23 de setembro do ano de 1909, da pasta da Agricultura e do Presidente Sr. Nilo Peçanha – Cria-se nas Capitais do Estado da República, as Escolas de Aprendizes Artífices, para o ensino profissional primário e gratuito: O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil considerando que o aumento constante da população das cidades exige que se facilite ás classes proletárias os meios de vencer as dificuldades sempre crescentes da luta pela existência; que para isso se torna necessário não só habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com o indispensável preparo técnico e intelectual, como fazê-los hábitos de trabalho profícuo, que os afastará da ociosidade ignorante, escola e vicio e do crime; que é um dos primeiros deveres do governo da República, formar cidadãos úteis á Nação.
Decreta:
Art. 1º. Em cada uma das Capitais dos Estados da República o governo federal manterá, por intermédio do Ministério da Agricultura Indústria e Comércio, uma Escola de Aprendizes Artífices, destinado ao ensino profissional primário gratuito. Estas escolas serão instaladas em edifícios pertencentes á União.
Art. 2º. Nas Escolas de Aprendizes Artífices, se procurará formar operários e contramestres, ministrando-se ensino prático e os conhecimentos técnicos necessários aos menores que pretenderem aprender um ofício. Haverá 5 oficinas.
Art. 3º. A Escola de Artífices terá Diretor, Inspetor e Mestres.
Os mestres de oficinas serão contratados por tempo não excedente a 4 anos.
Art. 4º. Haverá anualmente uma exposição dos artefatos produzidos nas oficinas da escola para o julgamento do grau de adiantamento dos alunos e distribuição dos prêmios aos mesmos.
Art. 5º. Todo artefato produzido na escola, poderá ser vendida, sendo a renda revertida ás despesas da mesma instituição de ensino.”
(Nilo Procópio Peçanha).


Escola de Aprendizes Artífices

Fonte: Jornal Monitor Campista

Postagem: Leandro L. Cordeiro

Foto: Acervo do Instituto Historiar.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

DIA DA ÁRVORE

No hemisfério sul, o dia 21 de setembro marca a chegada da primavera, estação onde a natureza parece recuperar toda a vida que estava adormecida pelos dias frios de inverno. No Brasil, carregamos fortes laços com a cultura indígena que deu origem a este país; um deles é o amor e respeito pelas árvores como representantes maiores da imensa riqueza natural que possuímos. Por isso, no Brasil, há 30 anos, formalizou-se o dia 21 de setembro como o Dia da Árvore - o dia que marca um novo ciclo para o meio ambiente.



Árvore na região do Imbé

Postagem: Leandro Cordeiro.

Fotos: Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.