Num mundo cada vez mais globalizado e capitalista, em que novas tecnologias aportam a cada instante é até discutível a questão da sobrevivência dos veículos impressos - questão, inclusive, levantada há pelo menos uma década. É fato real também que empresas privadas passem por dificuldades financeiras e encerrem suas atividades.
Mas é triste aceitar que isso esteja acontecendo com o nosso Monitor - veículo que embora esteja situado numa cidade de interior, tem uma importância para o Brasil todo, afinal, como todos sabem, é o terceiro mais antigo do país (fundado em 4 de janeiro 1834) ainda em circulação (quer dizer era). Em suas amareladas páginas, estão registrados fatos que se fossem publicados em livros, certamente, seriam necessários muitos volumes. Não é à toa que o arquivo do jornal foi utilizado durante anos por pesquisadores, estudantes e até equipes de programas de TV (a exemplo do Linha Direta) como fonte de pesquisa.
Ter feito parte dessa história é motivo de orgulho para qualquer profissional e para mim não é diferente, aliás, comecei minha carreira ali. E hoje, mesmo diante dessa tristeza sem fim estou (confesso) surpresa ao ver a reação dos campistas (embora em pequeno número) manifestando sua indignação. Para quem esteve naquela redação até os últimos dias é bom sinal; sinal de que nossos esforços para documentar a história não foram em vão... E torço muito para que o Monitor continue sendo lembrado pelas próximas gerações como um patrimônio de imenso valor para Campos.
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Texto e foto: Alicinéia Gama (Jornalista e colaboradora do Blog)
Postagem: Leandro Cordeiro
O Instituto Historiar é formado por Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.
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