terça-feira, 30 de junho de 2009

MOSTRA ESTUDANTIL DE ARTE E CULTURA


O Ciep Nilo Peçanha (no bairro da Lapa) com o objetivo de promover a integração entre as Unidades Escolares e encerrar as atividades do 1º Semestre, está convidando as escolas para que tragam uma apresentação artístico-cultural, (exposição, números de danças, Teatro, Poesia e Música), desenvolvida pelos alunos, para serem apresentadas no dia 03/07/09 no horário de 09:00 às 13:00 horas no Ciep Nilo Peçanha. Vale à pena participar desse evento.


Texto: Direção do Ciep (colaboradores)
Postagem: Leandro Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

sexta-feira, 26 de junho de 2009

ATHAYDE DIAS

Quando foi o vencedor no programa “A Grande Chance”, comandado pelo apresentador Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi, do Rio de Janeiro, no ano de 1971, foi que passaram a dizer que Athayde Dias começava a acontecer de verdade, no cenário da música brasileira. Não há como contestar essa afirmativa! Mas, para nós campistas, que conhecíamos o talento do “Bom Crioulo”, como era conhecido em nosso meio artístico, já vinha de muito tempo o seu sucesso, isso inegavelmente era do conhecimento de todos. Precisamente desde quando ele dizia que, além de bom baterista, tinha uma maneira, uma ginga, ‘um quê’ diferente no jeito de cantar.
Dizia ele sempre aos amigos: - De samba, posso dizer que conheço tudo. Como poucos!
Na realidade, Athayde Dias (nascido em 04 de julho de 1924 e falecido em 08 de fevereiro de 1989; filho de Maria das Dores e Manoel Dias) sempre foi um grande admirador das inventivas de um Noel Rosa, um Wilson Batista, além das gingas de Jorge Veiga (conhecido como o Caricaturista do Samba) e Moreira da Silva, o “Kid Morengueira” (o Rei do Samba-de-Breque).
Juntando tudo isso aos seus dons naturais de percussionista, ainda mais a uma maneira malemolente de cantar, e com uma voz encorpada, Athayde Dias foi, aos poucos, deixando o fundo do palco (como baterista, participou das Orquestras Pan-americana e de Cícero Ferreira) e garantindo um maior espaço, se destacando no palco, em frente ao microfone. Junto com Jair Brito, (outro sambista que fez fama por aqui, nos anos 50), chegou a compor um dueto que deu o que falar. Tanto que, nos badalados programas de Bueno Braga, Newton Fonseca, Ernon Vianna, Andral Tavares e Pereira Junior (“Um Castelo no Espaço”), partiam ora para o desafio puro e simples, ora faziam um jogo de frases capaz de arrancar gargalhadas do ouvinte pelas situações cômicas ali vividas. Porém, foi com a música “Escureceu” (composição de Talismã e Edmundo Andrade) que conheceu o sucesso definitivamente, pela maneira desconcertante e hilária de cantar. Ainda mais porque o samba se prestava a todo o tipo de improvisação e coreografias, onde o “Bom Crioulo” fazia as pessoas que o assistia chegarem às lágrimas, de tanto riso.
Com a explosão de “Escureceu”, Athayde Dias não só fez a delícia dos auditórios da Rádio Cultura local, na década de 50, como ganhou a principal premiação do programa “A Grande Chance”, na TV Tupi. E, logo depois, por volta de 1973, partiu para gravar um disco só de sambas, além de se exibir na TV (programas de Flávio Cavalcanti e no de Bibi Ferreira) e excursionar pelo Brasil e pela Europa, fazendo grande sucesso em Portugal.
Escolhido pela Prefeitura Municipal de Campos, em concurso promovido nos anos 60, como o ‘Cidadão Samba de Campos’, Athayde Dias prestou também sua inestimável colaboração a várias instituições carnavalescas de nossa cidade.
A que mais deixou a sua marca foi, inegavelmente a “Amigos da Farra”, Escola de Samba campeã de vários carnavais na década de 60, e que tinha em Athayde a sua maior expressão.
Até perto de morrer, aos 65 anos de idade, Athayde Dias (que era casado com Hilda Gomes, conhecida como dona Zizi, com quem teve um único filho: Altair Gomes Dias, também já falecido) ainda gostava de se exibir em um show, ou então, exclusivamente para os amigos. Vez por outra, mostrava por aí todo o seu trejeito singular de interpretar. Como no festejado show que apresentou com imenso sucesso no Teatro de Bolso, com o inusitado nome de “Athayde and the Jaboticaba’s”, ao lado de passistas e ritmistas das Escolas de Samba que o consagraram, com toda a justiça, como o eterno Cidadão Samba de Campos.



Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar)

Foto: Wellington Cordeiro (colaborador).

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Livro Carukango - O Príncipe dos Escravos


Aguardem!
O livro Carukango o Príncipe dos Escravos, do autor: Hélvio Gomes Cordeiro, será lançado na 50ª Exposição Agropecuária do Norte Fluminense.

RELAÇÃO DOS PREFEITOS DE CAMPOS

(Segundo pesquisa feita no Livro “Cyclo Aureo” – História do Primeiro Centenário da Cidade de Campos – 1835 a 1935 – Autor: Horacio de Sousa e, complementada com o “Almanaque de Campos”, Edição de 2009. Autor: Herbson Freitas)

01 – Dr. Manoel Rodrigues Peixoto, advogado – (Exerceu por pouco tempo o cargo) 1904 a 1905
02 – Dr. Manoel Camilo Ferreira Landim, advogado – (concluiu o mandato do seu antecessor) 1905 a 1907
03 – Coronel João Antônio Tavares – 1907 a 1908
04 – Julio Feydith – 1908 a 1910
05 – Dr. José Nunes Siqueira, médico – 1910 a 1911
06 – Dr. João Maria da Costa, advogado – 1911 a 1914
07 – Dr. Luiz Caetano Guimarães Sobral, médico – 1914 a 1918
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De 1918 até 1920, assumiram temporariamente a prefeitura, os Presidentes da Câmara: Coronel João Pache de Faria, Dr. Luiz Antônio Ferreira Tinoco e Dr. Cesar Nascentes Tinoco
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08 – Dr. Luiz Caetano Guimarães Sobral, médico – 1920 a 1924
09 – José Bruno de Azevedo, contabilista – 1924 a 1928
10 – Dr. Benedito Gonçalves Pereira Nunes, médico – 1928 a 1930
11 – Dr. Luiz Caetano Guimarães Sobral, médico – 1930 (não terminou seu mandato por ter sido afastado pela Revolução)
12 – Capitão Asdrúbal Gweyr de Azevedo – 1930 (tendo ficado até o final do ano de 1930)
13 – Dr. Oswaldo Luiz Cardoso de Melo, médico – 1931 a 1932
14 – Dr. Sílvio Bastos Tavares, médico – 1932 a 1933
15 – Dr. Francisco da Costa Nunes, engenheiro – 1933 a 1936
16 – Dr. Sílvio Bastos Tavares, médico – 1936 a 1937
17 – Dr. Francisco da Costa Nunes, engenheiro – 1937 a 1939
18 – Dr. Salo Brand, engenheiro – 1939 a 1940
19 – Dr. Mário Mota, engenheiro – 1940 a 1942
20 – Dr. Salo Brand, engenheiro – 1942 a 1945
21 – Dr. Manuel Ferreira Paes, médico – 1945 (não concluindo seu mandato)
22 – Franklin H. Bittencourt, funcionário público – 1945 (concluiu o mandato do antecessor até o final do ano)
23 – Felipe Senes, funcionário público – 1945 a 1946
24 – Dr. Manuel Ferreira Paes, médico – 1946
25 – Tenente-coronel José do Patrocínio Ferreira – 1946
26 – Achilles Sales Ferreira, funcionário público – 1946 a 1947
27 – Dr. Salo Brand, engenheiro – 1947
28 – Dr. Amaro José de Almeida, advogado – 1947
29 – Dr. Manuel Ferreira Paes, médico – 1947 a 1951
30 – Dr. José Alves de Azevedo, advogado – 1951 a 1955
31 – Dr. João Barcelos Martins, médico – 1955 a 1959
32 – Dr. José Alves de Azevedo, advogado – 1959 a 1962
33 – Dr. Edgardo Nunes Machado, médico – 1962
34 – Dr. João Barcelos Martins, médico – 1963 a 1964
35 – Dr. Rockefeller Felisberto de Lima, advogado – 1964 a 1966
36 – Dr. Carlos Ferreira Peçanha, advogado – 1966
37 – José Carlos Vieira Barbosa, industrial – 1967 a 1970
38 – Dr. Rockefeller Felisberto de Lima, advogado – 1971 a 1972
39 – José Carlos Vieira Barbosa, industrial – 1973 a 1976
40 – Dr. Raul David Linhares Corrêa, engenheiro – 1977 a 1983
41 – Dr. Wilson Paes, médico – 1982 a 1983
42 – José Carlos Vieira Barbosa, industrial – 1983 a 1989
43 – Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira, radialista – 1989 a 1993
44 – Sérgio Mendes, jornalista – 1993 a 1997
45 – Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira, radialista – 1997 a 1998
46 – Dr. Arnaldo França Vianna, médico – 1998 a 2000
47 – Dr. Arnaldo França Vianna, médico – 2001 a 2004
48 – Dr. Carlos Alberto Campista, advogado – 2005
59 – Dr. Alexandre Marcos Mocaiber, médico – 2005 a 2006
50 – Dr. Alexandre Marcos Mocaiber, médico – 2006 a 2008
51 – Roberto Sales Henriques Silveira – 2008
52 – Rosângela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira, radialista – 2009 a 2012.


Texto e Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (Membro do Instituto Historiar).

sexta-feira, 19 de junho de 2009

SEBASTIÃO CORDEIRO DA MOTTA

Nasceu na Fazendinha, na localidade de Poço Gordo, distrito de Campos dos Goytacazes, no dia 19 de março de 1916. Filho de Gervásio Rangel da Motta Vasconcellos e de Antônia Cordeiro. A infância e a adolescência ele viveu na Fazenda do Veiga, onde assistiu o segundo e o terceiro casamento de seu pai, que havia ficado viúvo duas vezes: um com Maria do Carmo Barba e, o outro com Cassinha. Neto de Francisco Ribeiro da Motta, poderoso industrial na região, dono da Usina Poço Gordo, aos 14 anos de idade, veio morar em Campos dos Goytacazes, sendo hóspede da pensão de dona Maria Campista, no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, no Centro da Cidade, próximo ao Cine Teatro Trianon. Estudou na Escola de Aprendizes e Artífices, mais tarde Escola Técnica Federal de Campos e, depois, Centro Federal de Ensino Tecnológico (hoje IFF). Em 1933 mudou-se para o Rio de Janeiro e estudou no Colégio Pedro II. De volta a Campos, conseguiu o primeiro emprego na Cidade, como Chefe de Disciplina no Colégio Bittencourt. Foi lá que conheceu Ruth, com quem se casou em 23 de julho de 1944 e, com quem teve quatro filhos: Júlio César, Marco Aurélio, Carlos Fernando e Paulo Virgílio. Por volta de 1952 que começou a compor, mesmo sendo músico apenas intuitivo, incentivado pelos amigos, em especial por: professor João Batista Tavares da Hora, Armando Vasconcelos, Tarcísio Miranda, Cardoso de Melo, Éwerton Paes da Cunha e Norberto Azevedo, a quem mostrava suas músicas, e entregou algumas para a cantora Juscila Silva, que fazia parte do grupo musical da Rádio Cultura de Campos. Em 1954, surgia a primeira gravação em discos com o selo Continental, gravadora que tinha como diretor artístico o compositor João de Barro (o Braguinha). Além de arranjo de Radamés Gnatalli, fizeram parte do acompanhamento dessa gravação, músicos de prestígio como: Chiquinho do Acordeão, o flautista João de Deus e um pianista talentoso que estava em início de carreira, conhecido, na época como Antônio Carlos Jobim, (hoje o famoso Tom Jobim). Em seguida vieram as gravações de “Castigo do Céu” e “Fechei a Porta”, o maior sucesso de sua carreira, com mais de 80 gravações, feita em parceria com Ferreira dos Santos, ambas na inconfundível voz de Jamelão. Outras gravações de sucesso nacional foram: “Cobra Venenosa”, “Nova Capital” (que fez sucesso com as irmãs Linda e Dircinha Batista), o samba “Dora” e outros. Entre os seus parceiros estão nomes de alguns Campistas como Leni Tavares e Anide Alvim. Sebastião Motta tinha grande amizade com intelectuais, boêmios, empresários e políticos. Fez também marchinhas para campanha política de alguns candidatos, como o ex-governador Teotônio Ferreira de Araújo. A música “Fechei a Porta”, que fez muito sucesso na voz de Beth Carvalho: “Eu não quero mais amar/Pra não sofrer ingratidão/Depois do que eu passei/Fechei a porta do meu coração/Eu dei a ela todo carinho/E no entanto acabei sozinho”.

Sebastião Motta


Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro.
Foto: Acervo do Instituto Historiar
Postagem: Leandro Cordeiro.
O Instituto Historiar é formado por Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

WILSON BATISTA DE OLIVEIRA

Nasceu no dia 13 de julho de 1913, e no fim da década de 20 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Filho de João Baptista de Oliveira e de Isaurinha Alves de Oliveira. O interesse pela música começou em Campos, onde fez parte do Grupo ‘Corbeille de Flores’ e cursou o Instituto de Artes e Ofícios. Com apenas 15 anos de idade passou a freqüentar os cabarés da Lapa e o Bar Esquina do Pecado, na Praça Tiradentes, ponto de encontro de compositores da antiga capital da República. Um dos mais importantes compositores campista, seu primeiro samba foi “Na Estrada da Vida”, que Aracy Cortes, então a intérprete mais famosa do Brasil, cantou em 1929, no Teatro Recreio e que só foi gravada em 1933, na voz de Luís Barbosa. A primeira gravação aconteceu em novembro de 1932, quando o cantor Patrício Teixeira lançou o samba “Por favor vai embora”, feito em parceria com Benedito Lacerda. O primeiro sucesso foi “Desacato”, desta vez em parceria com Paulo Vieira e Murilo Caldas, música gravada pela dupla Francisco Alves (o Chico Viola) e Castro Barbosa, além da participação de Murilo Caldas. Na vida de boêmio, na Praça Tiradentes, aprendeu a dar valor à malandragem, jeito de vida que exaltou na composição “Lenço no Pescoço”, terceira gravação registrada por Sílvio Caldas. Essa música custou-lhe uma crítica e o início de uma polêmica musical com o também compositor Noel Rosa. Médico, classe média, Noel achou a mensagem um absurdo e respondeu com “Rapaz Folgado”. O episódio deixou como lucro duas pérolas do repertório de Noel Rosa, “Feitiço da Vila” e “Palpite Infeliz”, e a má vontade da crítica com a obra de Wilson Batista, que durante anos foi desprezada. Antes de Noel morrer, em 1937, os dois compositores tornaram-se amigos. Somente na década de 50 as músicas da polêmica foram reunidas em disco, cantadas por Roberto Paiva e Francisco Egídio. Outra gravação aconteceu durante um show da cantora Aracy de Almeida com o compositor-cantor Ismael Silva, na década de 60, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Wilson Batista é autor de grandes sucessos como “Louco”, “Emília”, “Pedreiro Valdemar”, “Balzaquiana”, “Mundo de Zinco”, “Chico Viola”, “Samba Rubro-Negro” e outros, feitos em parcerias com Ataufo Alves, Mariano Pinto, Haroldo Lobo, Jorge de Castro, Geraldo Pereira, Roberto Martins e Nássara. Os intérpretes também são do primeiro time: Aracy de Almeida, Ciro Monteiro, Jorge Veiga, Moreira da Silva, João Nogueira e Paulinho da Viola, para citar apenas alguns. Quando morreu, no dia 07 de julho de 1968, estava consagrado. Mas ao sepultamento no Cemitério do Catumbi, na Zona Norte do Rio de Janeiro, compareceram poucos amigos como: Donga, Jota Efegê, Nássara e Roberto Martins. Fazia tempo que havia trocado a apologia da malandragem pelo elogio do trabalho, como bem demonstra a letra de “Bonde São Januário”, composição de 1940 em parceria com Ataufo Alves. A letra da música “Lenço no Pescoço”, que foi o motivo da polêmica musical com Noel Rosa era assim: “Meu chapéu de lado/Tamanco arrastando/Lenço no pescoço/Navalha no bolso/Eu passo gingando/Provoco e desafio/Eu tenho orgulho de ser tão vadio./Sei que eles falam desse meu proceder/Eu vejo quem trabalha andar no miserê/Eu sou vadio/Porque tive inclinação/Eu me lembro era criança/Tirava samba-canção”. Já em uma canção que compôs em 1940, com o título de “Bonde São Januário”, não fazia mais apologia à malandragem, e dizia em sua letra o seguinte: “Quem trabalha é que tem razão/Eu digo e não tenho medo de errar/O bonde São Januário/Leva mais um operário/Sou eu que vou trabalhar/Antigamente eu não tinha juízo/Mas resolvi garantir meu futuro/Sou feliz, vivo muito bem/A boemia não dá camisa a ninguém”.


Wilson Batista

Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Foto: Acervo do Instituto Historiar.
Postagem: Leandro Cordeiro.
O Instituto Historiar é formado por: Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

AIC comemora 80 anos com eleições e show de Lene Moraes

Sábado, 20 de junho, será um dia duplamente importante para a Associação de Imprensa Campista (AIC). Além de realizar eleições para a diretoria, a instituição comemora seus 80 anos.
A votação acontece das 8h às 18h, na sede da AIC, no Centro. Concorre uma única chapa, encabeçada pelo jornalista Orávio de Campos Soares, que é o atual presidente da entidade. Na composição há ainda Vitor Menezes (vice), Paulo Thomaz (Diretor Administrativo/Financeiro), Wellington Cordeiro (Diretor de Cultura), Alexandro Florentino (Diretor de Formação), Alicinéia Gama (Diretora de Comunicação) e Wilson Renato Heidenfelder (Diretor de Relacionamento Estudantil).
Na Suplência estão Herbson Freitas, Fernando da Silveira, Antônio Fernando Nunes, César Ferreira e Patrícia Bueno. A apuração dos votos e a proclamação da chapa vencedora acontecerão logo após a eleição, às 19h.
A parte festiva contará com uma edição especial do projeto Noite do Vinil e um show acústico com a sambista Lene Moraes e convidados. A noite terá ainda o lançamento da assinatura visual dos 80 anos e venda de camisas alusivas à data. Durante a festa, serão comercializados cerveja e aperitivos. A renda será revertida para as obras de manutenção do prédio.
Mais informações podem ser acessadas no blog da AIC:
http://www.associacaodeimprensa.blogspot.com ou por telefone:
(22) 2722-7372 (horário de 13h às 17h).
Postagem: Leandro Cordeiro (membro do Instistuto Historiar).
RELEASE AIC - 15.06.2009.

domingo, 14 de junho de 2009

Vale conferir...


Circulando há 66 anos, o Almanaque de Campos vem a cada ano se atualizando, e nesta edição traz uma novidade, que é o mapa central da cidade ampliado.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

PALESTRAS DO INSTITUTO HISTORIAR

Mais uma palestra realizada pelo Instituto Historiar no dia 13 de maio, desta feita na E.M. Ensino Supletivo “Pequeno Jornaleiro”. Esteve palestrando sobre o tema “A Trajetória da História da Criação da Cidade de Campos dos Goytacazes”, o representante do Historiar, Hélvio Gomes Cordeiro. Agradecemos a atenção e colaboração dos professores: Cleide, Aparecida Santos, Diná, Maria das Graças, Renata, Claudia, Lígia, Leila e o Animador Cultural Guilherme (a quem fazemos um agradecimento especial pelo apoio na passagem das imagens). De parabéns as Diretoras Marluce e Alzenir, e em especial a Professora Maria Aparecida Viana e ao Coordenador Pedagógico Roberto pela iniciativa. Não deixando de agradecer o interesse e o carinho dos alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos), e demais funcionários do Educandário, pela colaboração e atenção. Confira abaixo algumas fotos do evento.


Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar)

Fotos: Maria Aparecida Viana.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

De Solar do Colégio a Arquivo Público

Solar do Colégio
Traçar-lhe o perfil arquitetônico é reviver os períodos coloniais. É rememorar intensamente a existência dos religiosos que o erigiram, mestrando artífices indígenas, quando ainda em toda a redondeza os insubmissos goitacás começavam a tartamudear a língua portuguesa.
Ciclo Jesuíta
É denominado “Solar do Colégio” porque o estabelecimento era sede de uma grande fazenda que pertencia ao Colégio Jesuíta (Colégio de Santo Inácio) da Cidade do Rio de Janeiro. A passagem dos Jesuítas para a antiga Capitania de São Tomé (mais tarde Capitania da Paraíba do Sul) e seu êxito na tarefa de pacificação dos índios, torna essa região, até então esquecida, famosa entre os habitantes do Rio de Janeiro. E como era uma região rica em campinas nativas, propícias à criação de gado, nasce a cobiça pela terra goytacá.
A Capitania voltou ao domínio da Coroa Portuguesa em 1619. Como estava abandonada, 7 (sete) colonos requerem, em 1627, as terras situadas entre os rios Macaé e o Cabo de São Tomé. Esses colonos ficaram conhecidos como os “Sete Capitães”, sendo a maioria deles senhores de engenho na cidade do Rio de Janeiro e arredores. E haviam prestado serviços de guerra à Coroa Portuguesa nas lutas contra os franceses e seus aliados indígenas em fins do século XVI. Os jesuítas tornaram-se oficialmente proprietários de terras na Capitania, em 1648 quando as terras foram redivididas pelo Governador da Cidade do Rio de Janeiro, General Salvador Corrêa de Sá e Benevides.
A área total destinada aos Jesuítas nesta época, a Fazenda Nossa Senhora da Conceição e Santo Inácio, possuía cerca de 26km2 de extensão. Situava-se na área compreendida entre o Rio Paraíba e a Lagoa Feia indo até o mar, na Barra do Furado, o melhor porto natural da região. A construção da sede se deu entre 1650 e 1690, de acordo com registros em livros da Ordem. O Solar do Colégio foi construído em local privilegiado, constitui o centro geográfico de uma planície e apresenta uma elevação em relação aos arredores, protegido dos brejos na época das chuvas.
A fachada principal está voltada para leste propiciando boa ventilação natural e recebe os raios solares matinais, é composta por: solar, torre e capela, formando um só corpo linear. Todo o conjunto apresenta telhado em duas águas, apresentando o beiral tipo “beira-seveira”. Sob a administração dos Jesuítas, pelos vastos capinzais, nasciam manadas numerosas. Foram também os padres os mais importantes na limpeza e abertura de canais, rios e valas saneadoras. A 07 de outubro de 1730 o Colégio foi cenário de pomposas festividades, chegara do Rio o ouvidor-geral, Dr. Manoel da Costa Mimoso, dentre as festividades, as mais notáveis foram as grandiosas Cavalhadas, corridas num protocolo estritamente rigoroso, nenhuma as igualou até hoje, na planície de afamados cavaleiros.
Quando os Jesuítas foram expulsos de Portugal e suas colônias em 1759, a Fazenda contava com 1.435 escravos, 9.000 cabeças de gado vacum e 1.000 cavalar. Sua extensão territorial havia sido consideravelmente aumentada devido a aquisições e doações.
Ciclo dos Fidalgos
Em 1781, a Fazenda de Nossa Senhora da Conceição e Santo Inácio foi vendida pelo fisco (em leilão) a Joaquim Vicente dos Reis e seus sócios João Francisco Vianna e Manuel José de Carvalho, pela quantia de 187 contos 953 mil réis. Por falecimento de seus sócios, Joaquim Vicente dos Reis tornou-se único proprietário da Fazenda. Ele era coronel da Milícia, Cavaleiro da Ordem de Santiago da Espada e Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo. O Colégio era a maior fazenda da Baixada. Homem de grande visão, soube desenvolver consideravelmente a sua propriedade, era caritativo, ampliou e completou a antiga Fazenda Jesuíta, entre benemerências outras, edifica na fazenda um hospital para a pobreza de Campos, ali mantendo cirurgiões e enfermeiros à sua custa. Faleceu em 09 de abril de 1813. Por volta do ano de 1819, o viajante Auguste Saint Hillaire (autor de “Viagem pelo distrito dos diamantes e do litoral do Brasil”) fez curiosa descrição, onde relata o tamanho da propriedade (9 léguas quadradas) estendendo-se até o Rio Macaé. Sobre a habitação, cita que era dividida pela igreja em duas partes, uma destinada à família e a outra com engenho de açúcar e habitação para escravos com 360 passos de comprimento por 250 de largura. Cita ainda uma olaria e um edifício inteiramente isolado onde tratavam dos doentes. O coronel Sebastião Gomes Barroso, genro e herdeiro de Joaquim Vicente dos Reis era o proprietário da Fazenda do Colégio por ocasião da visita de Saint Hilaire.
Por seu falecimento, a propriedade coube a seu filho, Tenente-Coronel Francisco de Paula Barroso, que era Cavaleiro da Ordem de Cristo e Oficial da Ordem da Rosa, agraciado com o título por D. Pedro II, que em 14 de julho de 1875, visitou a fazenda, seguido da Imperatriz, do Conde D’Eu e de comitiva. Entra no Colégio, passando sob uma rua de trezentos metros de palmeiras e de arcarias embandeiradas. Nesse dia, o velho órgão musicou ainda sob as mãos do Professor Filipe Claudel. Das janelas do Solar, o Imperador não se cansava de enaltecer o panorama. Com a administração do Coronel Francisco de Paula Barroso, a propriedade adquiriu características de avançada usina de açúcar. Manteve o hospital com médicos, prestando assistência ao pessoal da Fazenda e das vizinhanças. Com sua morte, em 1892, por haver muitos herdeiros, tem início o processo de desagregação econômico-financeira da Fazenda do Colégio. O último ocupante do Solar foi João Baptista Vianna Barroso, neto do coronel Francisco de Paula Barroso. Nasceu no Solar no dia 04 de setembro de 1880, permanecendo entre suas paredes até quando veio a falecer nos idos de 1970. No frontão da igreja, há duas datas, 1803 e 1934, são relativas às reformas porque passou. Em 1926 uma tempestade destruiu o coro e o órgão. Em seu interior estão sepultados membros da família Barroso e a heroína campista Benta Pereira, contam tradições que é sob o altar do Espírito Santo.
PASSADO E PRESENTE
PRESERVANDO A NOSSA HISTÓRIA

ARQUIVO PÚBLICO DE
CAMPOS DOS GOYTACAZES /RJ
O Arquivo Público Municipal de Campos dos Goytacazes foi criado pela Lei nº 7060 de 18 de maio de 2001 e inaugurado em 28 de março de 2002, a partir de projeto elaborado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF, com a supervisão do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro – APERJ e o apoio da FENORTE.
Está subordinado à Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, órgão da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Tem por objetivo prestar serviços ao poder público e à comunidade. Busca evitar a destruição indiscriminada ou o acúmulo desordenado e impreciso dos documentos do município, fornecendo subsídios para o processo político decisório, provas de direitos e informações aos cidadãos.
Favorece, portanto, a transparência administrativa da documentação. Constitui ainda lugar de memória da região, guardando documentos de comprovado valor histórico, cuja preservação e garantia de acesso é fundamental para a construção da história em nosso país. Nesses anos de funcionamento o Arquivo tem empreendido ações visando o recolhimento do acervo produzido pela Administração Pública Municipal e, também documentos privados de interesse público, tendo sob sua custodia cerca de 700 metros lineares de documentos em diversos suportes: documentos textuais avulsos e encadernados; fotografias; microfilmes e CD-rom, uma coleção de jornais publicados em Campos, (incluindo títulos raros de jornais não mais publicados). Este acervo compreende o período desde 1834, está disponível ao pesquisador em microfilmes e em originais.
O Arquivo Público assinou convênios com importantes instituições, para tratamento técnico e, guarda de maneira adequada de acervos de relevância para a história regional e o acesso de pesquisadores. Com a Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, para transferência, tratamento e guarda de importante documentação produzida e acumulada por aquela casa legislativa, documentos que remontam ao século XVIII; o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro – APERJ, cooperação técnica, para promover o aperfeiçoamento dos funcionários e suporte técnico no tratamento de documentação; Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, para transferência, tratamento técnico e a guarda da documentação – processos – produzida pelo Fórum de Campos e seus cartórios, do início do Século XVIII a 1980. No intuito de aproximar a população de seu passado histórico-cultural o Arquivo Público Municipal promove diariamente visitas de escolas públicas e privadas, pesquisadores e demais interessados. Para tanto, funcionários foram treinados para guiar as visitas e contar um pouco da historia do prédio e da importância de uma instituição arquivística para a cidade. A partir do dia 18 de maio de 2009, o Arquivo conta com uma exposição permanente de fotos e objetos que pertenceram ao prédio onde hoje abriga a instituição, o Solar do Colégio, de modo a tornar o passeio mais interessante e prazeroso. O Arquivo Público Municipal está localizado na Estrada Sérgio Vianna Barroso, nº 3.060, que liga Goitacazes a Tócos. Para fazer uma visita à instituição basta agendar no telefone (22) 2733-9999.

Solar do Colégio Capela do Solar
Arquivo Público Municipal

Vista aérea do Arquivo Público

Visita de Alunos



Pesquisa: Carla Pereira Tavares Mello (aluna do Curso de História da Fafic e estagiária do Arquivo Público Municipal)
Fotos: Carla Pereira Tavares Mello
Fontes: site:
www.arquivodecampos.org.br e o livro: “A Planície do Solar e da Senzala”
do autor: Alberto Lamego Filho, Livraria Católica, RJ.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Canal Macaé-Campos
Em 1844, foi autorizado a construção do Canal Campos-Macaé, a fim de facilitar o escoamento da produção agrícola de Campos e regiões próximas bem como fazer viagens mais confortáveis e seguras. Construção essa, idealizada por John Henry Freese. As obras deste canal foram iniciadas de modo a ligar o Rio Paraíba ao Rio Macaé, passando pela região das restingas e utilizando-se de parte do leito das lagoas que se encontravam no traçado, como as de Jurubatiba, Carapebus, Paulista e Feia. Na época, não havendo máquinas sofisticadas, os trabalhos eram feitos quase inteiramente à mão, por escravos. Essa obra (considerada faraônica para época) só foi inaugurada definitivamente quase vinte e oito anos depois, em 1872, quando o vapor “Visconde” no dia 19 de fevereiro rebocando uma prancha com 11 passageiros saiu de Campos e levou quase dois dias completo para chegar à Macaé. O Canal Macaé-Campos tem cerca de 100 km de extensão, e é o segundo maior canal do mundo construído por mão-de-obra escrava.


Nós do Instituto Historiar, que defendemos o Patrimônio Histórico de Campos, estamos de acordo com a maneira de pensar do jovem fotógrafo e jornalista Wellington Cordeiro, quando diz da necessidade de revitalização do Canal Campos-Macaé. Exemplo digno de ser seguido está em Quissamã, que revitalizou, (mesmo com os recursos dos Royalties do Petróleo que recebe, que não é lá essas coisas) a passagem naquela cidade, no qual hoje se pode fazer passeio eco-cultural-turístico, pelo período de uma hora e meia de lancha pelo canal. Já pensou se seguirem pelo caminho que já foi tomado com a Praça São Salvador, a Praça do Canhão, o Momento da Assinatura da Lei Áurea (que agora vive sob ameaça do canhão), o Obelisco (cadê a parte da história do Obelisco que informava sobre a modernização da Cidade, nos quatro lados, proporcionado pelo imposto do açúcar), e por aí vai. Se para livrar a Cidade dos “problemas históricos” a solução for essa, então, o único jeito será eliminar de vez a História de Campos dos Goytacazes, porque, “essa parte de nossa história está pedindo socorro há muito tempo”.
Techo do Canal em Campos
Trecho do Canal em Quissamã

Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

domingo, 7 de junho de 2009

Série Presidentes do Brasil

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Nasceu em 27 de outubro de 1945, no então distrito de Caetés, município de Garanhuns, interior do Estado de Pernambuco. Filho de Aristides Inácio da Silva e de Eurídice Ferreira de Melo. Quando tinha apenas duas semanas de vida, seu pai decidiu tentar a vida como estivador em Santos, levando consigo Valdomira Ferreira de Góis, uma prima de Eurídice, com quem formaria uma segunda família. Em dezembro de 1952, quando Lula tinha apenas sete anos de idade, Eurídice decidiu migrar para o litoral do Estado de São Paulo com seus filhos para se reencontrar com o marido. Após treze dias de viagem num transporte conhecido como "
pau-de-arara", chegaram na cidade de Guarujá e descobriram a existência da segunda família de Aristides. A convivência forçada causou atrito e, quatro anos depois, Eurídice levou os filhos para morar consigo num cômodo atrás de um bar localizado na Vila Carioca, bairro da cidade de São Paulo. Após a separação, Lula quase não se reencontrou mais com seu pai, que morreu em 1978. Durante o período em que as duas famílias de seu pai conviveram, Lula foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias. A fim de contribuir na renda familiar, começou a trabalhar aos doze anos, em uma tinturaria. Durante o mesmo período também trabalhou como engraxate e office-boy. Aos quatorze anos começou a trabalhar nos Armazéns Gerais Columbia, onde teve a carteira de trabalho assinada pela primeira vez. Transferiu-se depois para a Fábrica de Parafusos Marte. Pouco depois, conseguiu uma vaga no curso técnico de torneiro mecânico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Formou-se três anos mais tarde e, em 1963, empregou-se na Metalúrgica Aliança, onde acidentou-se numa prensa hidráulica, o que lhe fez perder o dedo mínimo da mão esquerda. Alguns anos depois, mudou-se para São Bernardo do Campo, onde, em 1968, filiou-se ao Sindicato dos Metalúrgicos. Em 1969 foi eleito para a diretoria do sindicato dos metalúrgicos da cidade. Casou-se em 1969, com Maria de Lourdes da Silva, que morreu neste mesmo ano, ao dar à luz ao filho, que também morreu no parto. Em 1974, casou-se com Marisa Letícia da Silva e tiveram três filhos: Fábio Luís, Sandro Luís e Luís Cláudio (tendo ainda uma filha fora do seu casamento de nome Lurian e um filho do primeiro casamento de sua atual esposa, de nome Marcos Cláudio). Em 1975 foi eleito presidente do mesmo sindicato. Reeleito em 1978, foi uma das lideranças sindicais que restauraram a prática de greves públicas de larga escala, que haviam cessado de ocorrer desde o endurecimento repressivo da ditadura militar na década anterior. Durante o movimento grevista, a idéia de fundar um partido representante dos trabalhadores amadureceu-se, e, em 1980, Lula se juntou a sindicalistas, intelectuais, católicos militantes da Teologia da Libertação e artistas para formar o Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1981, no curso de uma greve no ABC paulista, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo sofreu intervensão, e Lula foi detido por vinte dias nas instalações do DOPS paulista. Alterou judicialmente seu nome de Luiz Inácio da Silva para Luiz Inácio Lula da Silva, visando a usar o nome em pleitos eleitorais; a legislação vigente proibia o uso de apelidos pelos candidatos. Em 1982, Lula participou das eleições para o governo de São Paulo e perdeu. Em 1984, participou, ao lado de Ulysses Guimarães, da campanha ‘Diretas Já’, que clamava pela volta de eleições presidenciais diretas no país. A campanha ‘Diretas Já’ não teve sucesso e as eleições presidenciais de 1984 foram feitas por um Colégio Eleitoral de forma indireta. Com a morte de Tancredo Neves, antes da sua posse como presidente, assume a presidência o vice José Sarney. Lula e o PT decidem firmar uma posição independente, mas logo se encontram no campo da oposição ao novo governo. Em 1986, foi eleito Deputado Federal por São Paulo com a maior votação histórica para a Câmara Federal até aquele momento, tendo participado da elaboração da Constituição Federal de 1988. Em 1989, realizou-se a primeira eleição direta para Presidente desde o golpe militar de 1964. Lula se candidatou a Presidente mas perdeu. Fernando Collor de Mello, candidato do PRN, que recebeu apoio de considerável parte da população que se sentia intimidada ante a perspectiva do ex-sindicalista, radical e alinhado às teses de esquerda chegar à Presidência, é eleito Presidente. Em 1992 Lula apoiou o movimento pelo ‘impeachment’ do Presidente Fernando Collor que se via envolvido em várias denúncias de corrupção. O Presidente Fernando Collor foi afastado temporariamente e no final de 1992 renunciou ao cargo. Lula e o PT permaneceram na oposição e se tornaram críticos do plano econômico implementado no final do governo assumido por Itamar Franco, o ‘Plano Real’. Em 1994, Luiz Inácio Lula da Silva voltou a candidatar-se à Presidência e foi novamente derrotado, dessa vez pelo candidato do PSDB, Fernando Henrique Cardoso. Em 1998, Lula saiu pela terceira vez derrotado como candidato à Presidência da República, que se reelegeu no primeiro turno da campanha presidencial. A desvalorização do Real em janeiro de 1999, logo após a eleição de 1998, as crises internacionais, deficiências administrativas como as que permitiram o Apagão de 2001, e principalmente o pequeno crescimento econômico no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso fortaleceram a posição eleitoral de Lula nos quatro anos seguintes. Em 27 de outubro de 2002, Lula foi eleito Presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado por Fernando Henrique Cardoso, o ex-Ministro da Saúde e então Senador pelo Estado de São Paulo José Serra do PSDB. Em 29 de outubro de 2006, Lula é reeleito no segundo turno, vencendo o ex-governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin do PSDB, com mais de 60% dos votos válidos. Após esta eleição, Lula divulgou sua intenção de fazer um governo de coalizão, ampliando assim sua fraca base aliada. Na área econômica a gestão do Governo Lula é caracterizada pela estabilidade econômica, e uma balança comercial superavitária. O endividamento interno cresceu de 731 bilhões de Reais (em 2002) para um trilhão e cem bilhões de Reais em dezembro de 2006, diminuindo, todavia a proporção da dívida sobre Produto Interno Bruto. A dívida externa teve uma queda de 168 bilhões de Reais. Durante o governo Lula houve incremento na geração de empregos. Segundo o IBGE, de 2003 a 2006 a taxa de desemprego caiu e o número de pessoas contratadas com carteira assinada cresceu mais de 985 mil, enquanto o total de empregos sem carteira assinada diminuiu 3,1%. Já o total de pessoas ocupadas cresceu 8,6% no período de 2003 a 2006. Na área de políticas fiscal e monetária, o governo de Lula caracterizou-se por realizar uma política econômica conservadora. O Banco Central goza de autonomia prática, embora não garantida por lei, para buscar ativamente a meta de inflação determinada pelo governo. A política fiscal garante a obtenção de superávits primários ainda maiores que os observados no governo anterior (4,5% do PIB contra 4,25% no fim do governo FHC). No entanto, críticos apontam que esse superávit é alcançado por meio do corte de investimentos, ao mesmo tempo em que aumento de gastos em instrumentos de transferência de renda como o Bolsa-Família, salário-mínimo e o aumento no déficit da Previdência. Em seu primeiro ano de governo, Lula empenhou-se em realizar uma reforma da Previdência, por via de emenda constitucional, caracterizada pela imposição de uma contribuição sobre os rendimentos de aposentados do setor público e maior regulação do sistema previdenciário nacional. A questão econômica tornou-se conseqüentemente a pauta maior do governo. A minimalização dos riscos e o controle das metas de inflação de longo prazo impuseram ao Brasil uma limitação no crescimento econômico, o qual porém realizou-se a taxas maiores do que foram alcançados durante o governo anterior, com um crescimento média anual do PIB de 3,35%, contra 2,12% médios do segundo mandato de FHC. Pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada no dia 17 de dezembro de 2006, mostra que Lula era apontado espontaneamente por 35% dos entrevistados como o melhor Presidente que o Brasil já teve. Lula havia lançado, no dia da reeleição, a meta de crescimento do PIB a 5% ao ano para seu segundo mandato. Não obstante, no dia 22 de janeiro, foi lançado o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um conjunto de medidas que visa a aceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira, com previsão de investimentos de mais de 500 bilhões de Reais para os quatro anos do segundo mandato do Presidente, além de uma série de mudanças administrativas e legislativas. O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que estabelece o objetivo de nivelar a educação brasileira com a dos países desenvolvidos até 2021 e prevê medidas até 2010. Em 2008, quando o aquecimento da demanda e da atividade econômica nacional já geravam preocupações para o cumprimento das metas de inflação e obrigavam o Banco Central a apertar a política monetária por meio do aumento da taxa básica de juros, a crise financeira mundial originada nos Estados Unidos atingiu o Brasil no último trimestre. Mas, como o primeiro semestre ainda havia apresentado um desempenho econômico forte, o PIB nacional terminou o ano com uma taxa de expansão de 5,1%. Ainda na política externa, o governo Lula atua para integrar o continente Sul Americano, expandir e fortalecer o Mercosul, obtendo alguns avanços, como o aumento de mais de 100% nas exportações para a América do Sul, fortalecendo o comércio regional. Foi parte de seu discurso: “ Exmºs Srs. Chefes de Estado e de Governo; senhoras e senhores; [...] ‘Mudança’, esta é a palavra chave, esta foi a grande mensagem da sociedade brasileira nas eleições de outubro. A esperança finalmente venceu o medo e a sociedade brasileira decidiu que estava na hora de trilhar novos caminhos. Diante do esgotamento de um modelo que, em vez de gerar crescimento, produziu estagnação, desemprego e fome, diante do fracasso de uma cultura do individualismo, do egoismo, da indiferença perante o próximo, da desintegração das famílias e das comunidades. [...] Foi para isso que o povo me elegeu Presidente da República, para começar a promover a mudança necessária. Vamos mudar, sim. Mudar com coragem e cuidado, humildade e ousadia, mudar tendo consciência de que a mudança é um processo gradativo e continuado, não um simples ato de vontade, não um arroubo voluntarista. [...] O povo brasileiro, tanto em sua história mais antiga, quanto na mais recente, tem dado provas incontestáveis de sua grandeza e generosidade, provas de sua capacidade de mobilizar a energia nacional em grandes momentos cívicos. [...] Os homens, as mulheres, os mais velhos, os mais jovens, estão irmanados num mesmo propósito de contribuir para que o País cumpra o seu destino histórico de prosperidade e justiça. [...] O combate à corrupção e a defesa da ética no trato da coisa pública serão objetivos centrais e permanentes do meu Governo. [...] Esta Nação que se criou sob o céu tropical tem que dizer a que veio; internamente, fazendo justiça à luta pela sobrevivência em que seus filhos se achan engajados; externamente, afirmando a sua presença soberana e criativa no mundo. [...] E, para isso, basta acreditar em nós mesmos, em nossa força, em nossa capacidade de criar e em nossa disposição para fazer. [...] Agradeço a Deus por chegar aonde cheguei. Sou agora o servidor público número um do meu País. Peço a Deus sabedoria para governar, discernimento para julgar, serenidade para administrar, coragem para decididr e um coração do tamanho do Brasil para me sentir unido a cada cidadão e cidadã deste País no dia a dia dos próximos quatro anos. Viva o povo brasileiro!”.
Com o Presidente Lula, estamos encerrando a Série Presidentes do Brasil.
Vote na nossa enquete, e escolha quem você gostaria de ver postado no Blog (Governadores do Estado do Rio de Janeiro ou Prefeitos de Campos dos Goytacazes).


Lula

Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

PALESTRAS DO INSTITUTO HISTORIAR

No dia 19 de maio, o Instituto Historiar realizou mais um trabalho de palestras sobre a “Trajetória da Criação da Cidade de Campos dos Goytacazes”. Desta feita, o trabalho foi realizado na Escola R.R. Monteiro, no Parque Jóquei Clube, por solicitação da Coordenadora Rosângela Fernandes. Os representantes do Instituto Historiar, Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Ruan Lima, contaram com o apoio das Professoras Mariana, Catia, Cristina, Quely e da Diretora Rosemary Monteiro. De parabéns a Direção da Escola, as turmas do 2º ano, 6º ano, 7º ano e 8º ano, e todos que contribuíram para que as palestras se realizassem com sucesso.
Veja abaixo algumas fotos do evento.








Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar)
Fotos: Leandro Cordeiro e Ruan Manhães (membros do Instituto Historiar).



Apagaram o batizado de Jesus

Se você fosse á Catedral Diocesana do Santíssimo Salvador, (na Praça S. Salvador em Campos), até pouco tempo, veria em seu interior essa bela pintura retratando o batismo de Jesus Cristo no Rio Jordão.



No local da pintura só restou...



É possível perceber na imagem acima que rasparam toda a pintura que alí havia.

Restam duas perguntas: o que está sendo feito com a nossa história, e o que pensar disso?


Postagem: Leandro Lima Cordeiro
Fotos: Colaborador.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Parabéns a Sociadade Musical Operários Campistas


No dia 26 de maio comemorou-se em grande estilo o 117º aniversário da Sociedade Musical Operários Campistas. Foi uma noite especial. O público, que lotou o salão, em vários momentos interagiu com a banda, que apresentou vários estilos musicais, desde populares, frevos e também samba.

História
Fundada em 1892 por Antonio José Soares, a SOCIEDADE MUSICAL OPERÁRIOS CAMPISTAS mantém-se em atividades ininterruptas há 117 anos, graças aos esforços e à dedicação de seus diretores e músicos. O nome da corporação musical foi dado em homenagem aos seus componentes, na época, trabalhadores da construção civil. Atualmente, a objetiva preservar a cultura e a tradição musical do gênero. Tendo como lema alegria e descontração, a SMOC apresenta sempre em seu repertório peças vibrantes e de apelo popular.


Foto: asbamrj.com.br