Em 1844, foi autorizado a construção do Canal Campos-Macaé, a fim de facilitar o escoamento da produção agrícola de Campos e regiões próximas bem como fazer viagens mais confortáveis e seguras. Construção essa, idealizada por John Henry Freese. As obras deste canal foram iniciadas de modo a ligar o Rio Paraíba ao Rio Macaé, passando pela região das restingas e utilizando-se de parte do leito das lagoas que se encontravam no traçado, como as de Jurubatiba, Carapebus, Paulista e Feia. Na época, não havendo máquinas sofisticadas, os trabalhos eram feitos quase inteiramente à mão, por escravos. Essa obra (considerada faraônica para época) só foi inaugurada definitivamente quase vinte e oito anos depois, em 1872, quando o vapor “Visconde” no dia 19 de fevereiro rebocando uma prancha com 11 passageiros saiu de Campos e levou quase dois dias completo para chegar à Macaé. O Canal Macaé-Campos tem cerca de 100 km de extensão, e é o segundo maior canal do mundo construído por mão-de-obra escrava.
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Nós do Instituto Historiar, que defendemos o Patrimônio Histórico de Campos, estamos de acordo com a maneira de pensar do jovem fotógrafo e jornalista Wellington Cordeiro, quando diz da necessidade de revitalização do Canal Campos-Macaé. Exemplo digno de ser seguido está em Quissamã, que revitalizou, (mesmo com os recursos dos Royalties do Petróleo que recebe, que não é lá essas coisas) a passagem naquela cidade, no qual hoje se pode fazer passeio eco-cultural-turístico, pelo período de uma hora e meia de lancha pelo canal. Já pensou se seguirem pelo caminho que já foi tomado com a Praça São Salvador, a Praça do Canhão, o Momento da Assinatura da Lei Áurea (que agora vive sob ameaça do canhão), o Obelisco (cadê a parte da história do Obelisco que informava sobre a modernização da Cidade, nos quatro lados, proporcionado pelo imposto do açúcar), e por aí vai. Se para livrar a Cidade dos “problemas históricos” a solução for essa, então, o único jeito será eliminar de vez a História de Campos dos Goytacazes, porque, “essa parte de nossa história está pedindo socorro há muito tempo”.
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Techo do Canal em Campos
Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Excelente a postagem, justamente quando se discute este tema no Urgente, e podemos ver opiniões retrógradas a respeito do canal. Parabéns por sua luta. Eu, que já estive a pesquisar no acervo do monitor, bravamente guardado por você, independente do Arquivo Público, por uma paixão heróica, parabenizo por esta iniciativa.
ResponderExcluirImagine só: tomara que um dia consigamos ser uma Quissamã!!!