terça-feira, 25 de novembro de 2008
Do palácio para o estacionamento
Bandas campistas se apresentam no Rio de Janeiro
PROGRAMAÇÃO:
Associação de Bandas de Música do Estado do Rio de Janeiro – ASBAM-RJ
Av. Amaral Peixoto nº 300 – sala 802 – Niterói-RJ. Às Bandas de Música do Estado do Rio de Janeiro – Prezados(as) Presidentes(as), Diretores(as), Maestros(inas) e Músicos de Banda
A Associação de Bandas de Música do Estado do Rio de Janeiro tem a satisfação de convidar V. Sª para a IV MARATONA DE BANDAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, uma realização da Sala Cecília Meireles/FUNARJ da Secretaria de Estado de Cultura, patrocínio da Petrobras e o apoio da ASBAM-RJ, nos dias 29 e 30 de novembro de 2008.
O evento este ano objetiva apresentar ao público do Rio de Janeiro as bandas centenárias e seu importante trabalho de tradição e preservação cultural, desenvolvido nos municípios fluminenses e por terem sido agraciadas com o merecido Título de Patrimônio Cultural do Estado do Rio de Janeiro conforme Lei nº 5.215 de 02/04/2008, sancionada pelo Exmo. Sr. Governador.
A Maratona caracteriza-se por um formato dinâmico, com as bandas sucedendo-se a cada hora e dirigindo-se pelo interior da Sala Cecília Meireles, tocando um dobrado de autor brasileiro, indo até o palco para sua apresentação, no Largo da Lapa, 47 – Centro – RJ, com entrada franca.
Dia 29 de novembro – sábado:
14h - Sociedade Musical Lyra de Arion (Stº A. Pádua); 15h – Sociedade Musical Deozílio Pinto (Pedra de Guaratiba – Rio); 16h – Banda do Ginásio Musical Recreativo 24 de Fevereiro (Stª Cruz – Rio); 17h – Sociedade Musical Operários Campistas (Campos dos Goytacazes – RJ); 18h – Banda de Música do Colégio Salesiano Santa Rosa (Niterói – RJ); 19h – Banda Sinfônica da Sociedade Musical Beneficente Euterpe Friburguense (Nova Friburgo); 20h – Sociedade Musical Euterpe Sebastianense (São Sebastião – Campos dos Goytacazes-RJ).
Dia 30 de novembro – domingo:
14h – Sociedade Musical Sete de Setembro (Miracema); 15h – Sociedade Euterpe Comercial (Barra do Piraí); 16h – Centro Musical e Cultural União dos Operários (São João da Barra); 17h – Sociedade Musical União dos Artistas (Barra do Piraí); 18h – Sociedade Musical Nova Aurora (Macaé); 19h – Sociedade Musical Beneficente Lyra dos Conspiradores (Macaé); 20h – Clube Musical Euterpe (Petrópolis).
Durante a apresentação de domingo, dia 30 de novembro, haverá a Cerimônia de Entrega do Título pelo Exmº Sr. Governador Sérgio Cabral e pela Exmª Srª Secretária de Estado de Cultura, Adriana S. Rattes, aos representantes das 21 bandas centenárias.
NÃO DÁ PRA PERDER ESSA OPORTUNIDADE!
domingo, 23 de novembro de 2008
Série Presidentes do Brasil
(Terceiro membro da Junta Governativa Provisória)
Nasceu no dia 06 de junho de 1873, no Rio de Janeiro, então Município Neutro. Filho de Manuel Muniz de Noronha e Zulmira Augusta Aguiar Noronha. Filho de um oficial do Exército que, na data de seu nascimento, era comandante do Forte São João, na Urca, bairro do Rio de Janeiro, Isaías cresceu em ambiente militar, vendo o pai sempre fardado e dando ordens aos homens que com ele serviam. Apesar do ambiente militar e dos soldadinhos de chumbo que sempre ganhava, o que o futuro almirante gostava mesmo era dos passeios marítimos. Dessa sua paixão, passou à regata. Aos 14 anos, convenceu o pai a lhe dar autorização para que ingressasse no curso preparatório da Marinha. Em março de 1887, matriculou-se no curso preparatório para a Escola Naval. Depois da preparação em sala de aula, teve sua primeira atividade no mar a bordo da corveta ‘Niterói’. Os enjôos dos primeiros dias quase o fizeram desistir da carreira, mas persistiu e descobriu que realmente adorava a vida de marinheiro. Há poucos detalhes sobre a educação de Isaías de Noronha, que se deu em período conturbado da vida brasileira. Em dezembro de 1889, mês seguinte à instauração da República no país, passou a aspirante de primeira classe. Em 1892, com 19 anos chegou a guarda-marinha. Nesse tempo, ainda no terceiro ano do curso superior, fez uma visita ao almirante Tamandaré. Em julho de 1894, passou a fazer parte da tripulação do cruzador ‘Andrada’ e, em novembro do mesmo ano, foi promovido a segundo-tenente. Em janeiro de 1895, transferiu-se para o brigue ‘Recife’, no qual serviu por dois anos. Em dezembro de 1896, foi promovido a primeiro-tenente e, em janeiro do ano seguinte, incorporado à tripulação do cruzador ‘15 de Novembro’. No mesmo ano, em dezembro, tornou-se ajudante da Diretoria de Hidrografia, na Repartição da Carta Marítima. Em março de 1898, recebeu o comando do ‘Lamego’, do qual se transferiu em junho para o ‘Trindade’ (duas embarcações da Marinha para transporte de pessoas). Isaías de Noronha casou-se em 1899, aos 26 anos, com Neréa Antonieta de Noronha, prima de sua mãe. O casal teve oito filhos: Armando, Fábio, Raul, Oswaldo, Roberto, Olga, Lucíola e Isaura. De janeiro de 1899 e novembro de 1902, Isaías de Noronha foi ajudante-de-ordens dos comandantes da 3ª e depois da 1ª Divisão Naval. Foi promovido a capitão-tenente em janeiro de 1906. Foi designado para servir no encouraçado ‘Riachuelo’ como instrutor de artilharia. De outubro de 1907 a abril de 1909, atuou na Inspetoria de Portos e Costas. Em maio de 1909, já como capitão-de-corveta, foi designado como imediato para o navio-escola ‘Benjamin Constant’. Mais uma transferência no ano seguinte, em março, dessa vez para o cruzador ‘Tamandaré’, no qual serviu como imediato até julho, quando se tornou comandante interino do contratorpedeiro ‘Piauí’. No final de 1910, Isaías de Noronha deixou o comando do ‘Piauí’, sendo nomeado chefe da Diretoria de Faróis da Superintendência de Navegação, na qual ficou de janeiro a outubro de 1911, quando foi designado para o comando do contratorpedeiro ‘Sergipe’. Entre 1912 e 1913, incorporou-se à terceira seção do Estado-Maior da Armada (seção que cuidava das operações), passando a trabalhar na Defesa Móvel do Rio de Janeiro. Promovido a capitão-de-fragata, assumiu o comando do cruzador ‘República’, nele permanecendo até 1915, quando passou a chefiar a segunda seção do EMA. Em 1916, voltou a comandar uma embarcação, o vapor ‘Carlos Gomes’, até julho, quando assumiu a chefia da terceira seção, na qual já trabalhara anteriormente. Pouco tempo depois, passou a comandante do cruzador ‘Barroso’, voltando em 1917 à chefia da segunda seção do EMA. No início de 1922, completou o curso da Escola de Guerra Naval, instituição para a qual foi nomeado vice-diretor em fevereiro, exercendo as funções até dezembro, quando passou a dirigir o Depósito Naval do Rio de Janeiro. Em 1923, foi promovido a contra-almirante, sendo nomeado diretor da Escola Naval, ali permanecendo até 1927, ocasião em que se tornou comandante-em-chefe da esquadra, cargo do qual foi exonerado em 1928. Logo depois, como candidato de oposição, foi eleito presidente do Clube Naval. Isaías de Noronha jamais concorreu a uma eleição político-partidária. Mas teve grande participação na vida nacional, seja pela extensa e vitoriosa carreira militar, seja pelos acontecimentos de outubro de 1930. Com o apoio de seus companheiros da Armada, Isaías de Noronha integrou a Junta Governativa Provisória em 24 de outubro, passando a acumular também o cargo de ministro da Marinha. No dia seguinte, a Junta enviava um comunicado ao Supremo Tribunal Federal sobre sua instalação. Em 03 de novembro de 1930, Getúlio Vargas tomou posse como Presidente, formando o Governo Provisório. Instalado Getúlio Vargas no poder, Isaías de Noronha foi mantido no Ministério da Marinha. Juntamente com outros membros do governo, enviou telegrama a Olegário Maciel, governador mineiro, sugerindo a formação da Legião de Outubro, visando aprofundar as medidas “revolucionárias”. Como ministro, opôs-se à reforma de vários oficiais da Marinha, conforme desejava o presidente da República, especialmente para abrir novas vagas. O ministro argumentou que, na Marinha, não houvera problemas disciplinares como os ocorridos no Exército, não existindo base legal para implementar tais aposentadorias. Além disso, a reforma atingiria de imediato o almirante Matos, que ele acabara de nomear como chefe do Estado-Maior da Armada. Ante a insistência do Presidente, José Isaías de Noronha pediu exoneração do cargo. Em janeiro de 1931, foi promovido a vice-almirante. Em junho do mesmo ano, voltou a ser eleito presidente do Clube Naval. Apesar de ter renunciado ao cargo em 1932, alegando que se transferia para a reserva, foi sucessivamente reeleito até 1937, ano em que Getúlio Vargas instaurou o regime ditatorial do Estado Novo. Passou para a reserva em 06 de julho de 1941. José Isaías de Noronha morreu no Rio de Janeiro aos 90 anos de idade, em 29 de janeiro de 1963. Foi o comentário de Amaral Peixoto, político e ex-aluno da Escola Naval: “O almirante Isaías de Noronha, um exemplo para todos nós. Impecável em seus uniformes, sereno, enérgico, sem jamais alterar a voz, ele se interessava por tudo, acompanhando a formação cultural e militar do futuro oficial. Da janela de seu gabinete, olhando o pátio da escola, assistindo às formaturas ou à chegada dos professores e dos aspirantes, ele controlava tudo, sempre com uma postura militar imperturbável”.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEgZngq2C4X5oljGpPlXuCZXlsnoMVFWHZapqIiuUxNz1Cn0cgR-oCBwPSuI94d4YGJODR_CgA8XC73a9aRU_fCFKEcTXHMkpcHAP_WQ89nQdFCxK99ya6yioH7f9iwWJg4hN8RO_V004g/s400/Isaias+de+Noronha.jpg)
Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.
sábado, 22 de novembro de 2008
Solenidade no CEJOPA
Nesse dia foi lançado e distribuído o Jornal CEJOPA, feito pelos alunos e sob a direção da professora Denisa. Houve ainda a exposição de um Mural com o seguinte tema: “Cem anos sem Machado de Assis - uma presença perene”.
A programação do evento foi à seguinte:
Local: Auditório CEJOPA
Hora: Manhã
10h00 –
Solenidade de abertura
10h10 -
Machado de Assis -
História do contador de histórias.
10h20 –
Baú de Memórias - 2° e 3° Ano Ens. Médio
10h40 -
Mulheres em Machado de Assis - 3° Ano Ens. Médio
11h00-
Sarau
11h15 -
Coletânea de vídeos
11h25 -
Momento poético
11h40 -
Machadiando... – 1006 Ens. Médio
Hora: Tarde
15h00 -
Solenidade de abertura
15h10 -
Machado de Assis -
História do contador de histórias.
15h30 -
Machadiando... – 1006 Ens. Médio
16h00 -
Coletânea de vídeos
Hora: Noite
19h00 –
Solenidade de abertura
19h15 -
Machadiando... – 1006 Ens. Médio
19h30 -
Machado de Assis -
História do contador de histórias.
19h45 -
Baú de Memórias - 2° e 3° Ano Ens. Médio
20h00 -
Mulheres em Machado de Assis - 3° Ano Ens. Médio
20h15 -
Sarau
20h30 -
Coletânea de vídeos
20h45 -
Momento poético
21h00 -
Jogral
E mais...
O Instituto Historiar parabeniza a esse belíssimo evento cultural, em especial, aos professores participantes: - Robson de Souza; Mirian Serpa; Ana Teresa Caldas; Josinete Ribeiro; Maria Auxiliadora; Admilson Serpa; Marilda Barros; Denisa Abreu; Karla Barreto; Francisca Jabor; Claudia Lilia; Eliana Uhl; Maria Lúcia de Souza. Aos professores colaboradores: Judy Tinoco e Lúcia Estefan. A direção da Escola Estadual José do Patrocínio. Diretoras: Flavia Daniele R. Lima; Alexsandra Pitote da Silva; Rosália Gesualdi Alves Ferreira e Luciana Carla Sales. Aos alunos e funcionários.
Postagem: Leandro Cordeiro (membro do Historiar)
O Instituto Historiar é formado por: Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
"Café Literário" com gosto amargo
Faleceu às 21:35 horas na Clínica Prontocardio o poeta Antônio Roberto Fernandes, 63 anos de idade, que a quase um mês, estava internado na UTI por ter sofrido uma diverticulite.
Seu corpo está sendo velado no Palácio da Cultura e seu enterro está marcado para hoje (21/11/2008) às 16 horas no Cemitério Campo da Paz.
Antônio Roberto, nascido na Cidade de São Fidélis, sempre se dedicou à cultura, atuava ultimamente como Diretor do Departamento de Literatura da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima. Foi o idealizador do Café Literário que acontece todas às quintas-feiras no Palácio da Cultura. No último dia 13, recebeu uma homenagem no Café Literário.
Era formado em Medicina. Foi membro da Academia Campista de Letras (ACL) e da Academia Pedralva Letras e Artes. Publicou os livros “Os pratos da vovó”, “Substantivo Abstrato” e “Poesia, doce poesia”. Dirigiu alguns curtas-metragens dentre eles: “Barro Branco” em que também atuou e “Passageiro Alegria”.
O Instituto Historiar deseja que o grande mestre Antônio Roberto, descanse em paz ao lado do nosso Senhor Jesus Cristo!
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Antônio Roberto
Texto: Leandro Cordeiro (membro do Historiar)
Postagem: Instituto Historiar: Leandro Cordeiro, Hélvio Cordeiro e Enockes Cavalar.
Foto: Wellington Cordeiro/Monitor Campista. (colaboradores).
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Dia da Consciência Negra
O Quilombo dos Palmares(localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas.
Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.
Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.
Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.
Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."
Zumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra. É também um dos nomes mais importantes da Capoeira.
Zumbi
Instituto Historiar (Leandro Cordeiro, Hélvio Cordeiro e Enockes Cavalar).
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Poeta Antônio Roberto
terça-feira, 18 de novembro de 2008
"Patrocínio" foi ao chão
Bem, em se tratando de uma cidade como Campos, que não dá a mínima para seu patrimônio e sua História, é preciso desconfiar de ações como essa. Qualquer movimento é suspeito. Com certeza a medida não agradaria nem um pouco ao poeta Antonio Roberto Fernandes, que se empenhou ao máximo para a instalação das estátuas no local. Aliás, o mesmo poeta que por várias vezes pediu, sem sucesso, que retirassem um simples acento agudo da palavra Caju, em uma placa no interior do maior cemitério de Campos. Pois é, tiraram até as estátuas do lugar, mas o acento está lá até hoje.
Até agora, o que se tem são especulações. Dizem que as esculturas vão para a chamada “Praça do Canhão”. Outros apostam que as estátuas terão fim parecido com o índio retirado da entrada da cidade. Que as autoridades se pronunciem o quanto antes, afinal, é um direito do povo de Campos saber o que será feito com elas. Uma coisa é certa: estamos atentos e à espera de respostas... convincentes, se possível.
Foto: Juarez Fernandes (colaborador)
Texto: Colaboração para o Instituto Historiar.
Catedral Diocesana de Campos
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqXT0SvMUJ-YVpG8044IgRZtFwoc-2pInq46ex7QmJr49y3oxLZIk0X7pd0z6HChPjoWpz73tguAiUVE9w468LbfNHyODyv13k7NAX_dGD1flDBlYVv8GmV9qCpV1i_Cq_C0csYORta6WL/s280/011+-+Campos+Antiga+061.jpg)
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![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcxV8At3lo8kd_4mSQi0uqDRyKtDIPrR-Z6CAZ1CSH_B-5zzYcikBmLr46H2PTOYomjjFy5UZrJdZOVqrR4CR3lZpvg7qUNyFrNxoi22XwM408Jm_JYpDC3jiro_dT0A0erHOxjgdIKGhV/s400/Catedral+S+S.jpg)
Pesquisa: Hélvio G. Cordeiro (membro do Instituto Historiar)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Acessos ao Blog do Instituto Historiar
Só no Brasil, foram 1.817 acessos. A níveis internacionais, obtivemos 27 acessos sendo os respectivos países: Estados Unidos; Alemanha; Japão; Holanda; Itália; França; Angola; Bolivia e México.
Desde a primeira postagem no dia 26/06/2008 até o dia 16/11/2008 tivemos 1.844 acessos.
O Instituto Historiar agradece as visitações em nossa página, e tem procurado postar um material histórico e cultural de qualidade.
domingo, 16 de novembro de 2008
Série Presidentes do Brasil
(segundo membro da Junta Governativa Provisória)
Nasceu no dia 30 de junho de 1874, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho de José Luiz Menna Barreto e de Rita de Cássia Menna Barreto. Único homem, dos quatro filhos de José Luiz, Menna Barreto já nasceu com expectativa da família para seguir a carreira militar. Aos cinco anos, perdeu o pai, e aos 16 assentou praça voluntária no 30º Batalhão de Infantaria, para ingresso na Escola Militar do Rio Grande do Sul. Em 1893, Menna Barreto saiu da Escola Militar e ingressou diretamente no 4º Batalhão de Infantaria. Em agosto, foi comissionado no posto de alferes. No mês seguinte, apresentou-se no comando da Divisão do Norte, para ser nomeado assistente do ajudante de ordens do general Francisco Rodrigues de Lima. Em março de 1898, pouco antes de completar 24 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para ingressar na Escola Militar, na Praia Vermelha. Menna Barreto foi aprovado em quase todas as disciplinas, com exceção de química e metalurgia, o que o impediu de cursar Engenharia Militar e o bacharelado em Ciências Físicas e Matemáticas. Com o curso geral que fez, ele pôde ingressar na Infantaria, na qual foi promovido ao posto de tenente em 1900. Em seguida, foi designado para servir como comandante de companhia do 32º Batalhão de Infantaria, na cidade de São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Casou-se em 08 de dezembro de 1900, no Rio de Janeiro, capital federal, com Ernestina Estela de Noronha, e tiveram três filhos: Waldemar, João de Deus e Paulo Emílio. Em 1904, participou das forças enviadas ao Vale do Amazonas, na chamada “Questão do Acre”, que havia sido anexada ao Brasil. Em 1910, foi promovido a major e, dias depois, seria nomeado adjunto do gabinete do Ministro da Guerra. Em 1915, Menna Barreto foi promovido ao posto de tenente-coronel, e foi designado para comandar o 4º Regimento de Infantaria, em Curitiba, no Paraná. Sendo promovido a coronel, em 1918, foi designado para comandar o 3º Regimento de Infantaria no Rio de Janeiro, onde permaneceu por três anos. Em 1921, Menna Barreto foi promovido a general de brigada, e, logo após, era nomeado inspetor de infantaria da 1ª e da 2ª Região Militar, respectivamente, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Chegou ao posto de comandante da 2ª Brigada de Infantaria em 1922 e, poucos meses depois, ao posto de general. Em 1924, assumiu o comando do Destacamento Norte, formado de tropas do Exército e da Marinha, e, por ações de tropas sob seu comando, Menna Barreto recebeu o título de “Pacificador da Amazônia”. Neste mesmo ano, foi promovido por decreto a general de divisão, e, logo depois era nomeado comandante da 1ª Região Militar e da 1ª Divisão de Infantaria, no Distrito Federal. Em 1926 e 1927 foi eleito para a presidência do Clube Militar. Em 1927, foi nomeado inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares, e passou a inspecionar regimentos e batalhões do Exército, até se envolver na organização do golpe que derrubou o presidente Washington Luís, em 1930. Não houve eleições, tendo o general Menna Barreto chegado à Presidência da República como membro da Junta Governativa Provisória que depôs o presidente em um golpe de estado. Ficando na Presidência da República por pouco tempo (período suficiente para preparar a posse de Getúlio Vargas), Menna Barreto foi convidado por Oswaldo Aranha para ocupar o Ministério da Guerra do Governo Provisório de Getúlio Vargas. Não aceitou, considerando-se impedido por ter feito parte da Junta Governativa. Sugeriu no mesmo momento que fossem mantidos nas pastas militares os mesmos generais interinos que estavam atuando. Em 1931, foi nomeado interventor no Estado do Rio de Janeiro, com sede no Palácio do Ingá, em Niterói. Preocupado com o bem público, pagava do próprio bolso as contas de luz, gás e demais despesas do palácio, sem nunca ter cobrado restituição do governo. Permaneceu como interventor até novembro de 1931, sendo nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar. João de Deus Menna Barreto morreu no dia 25 de março de 1933, pouco antes de completar 60 anos de idade, em sua residência à Rua São Francisco Xavier nº 929, no Rio de Janeiro, e a causa de sua morte não foi divulgada, sendo comentado que teria sido de câncer de fígado, porém esse fato nunca foi confirmado. Foi parte de seu discurso: “Exmo. Sr. Presidente da República – A nação em armas, de norte a sul, irmãos contra irmãos, pais contra filhos, já retalhada, ensangüentada, anseia por um sinal que faça cessar a luta inglória, que faça voltar a Paz aos espíritos, que derive para uma benéfica reconstrução urgente às energias desencadeadas para a destruição. As forças armadas, permanentes, têm sido manejadas como argumento único para resolver o problema político e só têm conseguido causar feridas, luto e ruínas. O descontentamento nacional sempre subsiste e cresce, porque o vencido não pode convencer-se de que quem teve mais força tinha mais razão, o mesmo resultado reproduzir-se-á como desfecho da guerra civil, a mais vultosa que já se viu no país. A salvação pública, a integridade da nação, o decoro do Brasil e até mesmo a glória de V. Exa. instam, urgem e imperiosamente comandam a V. Exa. que entregue os destinos do Brasil no atual momento aos cuidados dos seus generais de Terra e Mar. Tem V. Exa. o prazo de meia hora, a contar do recebimento desta, para comunicar ao portador a sua resolução e, sendo favorável, como toda Nação livre o deseja, deixará o poder com todas as honras e garantias”.
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Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
sábado, 15 de novembro de 2008
Largo João Renne
Segundo a história, na época da escravidão, os escravos eram acorrentados ao tronco de pedra (pelourinho) e eram açoitados até a morte. O Pelourinho existente, construído pela prefeitura, registra como era cruel o sofrimento dos escravos. Anos depois, foi construído um prédio com três andares que funciona até os dias de hoje para fins comerciais. Comprado pelo deputado estadual Simão Mansur, hoje administrado pelos herdeiros.
Imponente, a construção que testemunhou algumas das principais transformações da cidade de Campos, parece ter saído vitoriosa de duros embates com o tempo, apesar da necessidade de restauração. Suas janelas um dia se abriram para acontecimentos que mudariam para sempre os destinos da cidade, como a inauguração da luz elétrica. Suas paredes emolduram um passado distante e até hoje servem de referência para várias gerações de campistas.
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Joalheria Renne
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Texto: Enockes Cavalar (membro do Instituto Historiar)
Fotos: Acervo fotográfico do Instituto Historiar.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Centenário de Machado de Assis
CAROLINA
(Soneto de 1906, feito depois da morte de sua mulher)
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que a despeito de toda a humana lida,
Fez nossa existência apetecida
E num recanto pôs o mundo inteiro.
Trago-te flores – restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.
DOM CASMURRO
(Trecho do romance de 1900)
“Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sacha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou as carícias para amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a tinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã”.
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
(Trecho do romance de 1881)
“Que me conste, ainda ninguém relatou o seu próprio delírio, faço-o eu, e a ciência me agradecerá. Se o leitor não é dado à contemplação destes fenômenos mentais, pode saltar o capítulo; vá direto à narração. Mas por menos curioso que seja, sempre lhe digo que é interessante saber o que se passou em minha cabeça durante uns vinte a trinta minutos.
Primeiramente, tomei a figura de um barbeiro chinês, bojudo, destro, escanhoando um mandarim, que me pagava o trabalho com beliscões: caprichos de mandarim.
Logo depois, senti-me transformado na (Suma Teológica) de S. Tomás, impressa num volume, e encadernada em marroquim, com fechos de prata e estampas; idéia esta que me deu ao corpo a mais completa imobilidade; e ainda agora me lembra que, sendo as minhas mãos os fechos do livro, e cruzando-as sobre o ventre, alguém as descruzava (Virgília decerto), porque a atitude lhe dava a imagem de um defunto.
Ultimamente, restituído à forma humana, vi chegar um hipopótamo, que me arrebatou. Deixei-me ir, calado, não sei se por medo ou confiança; mas, dentro em pouco, a carreira de tal modo se tornou vertiginosa, que me atrevi a interrogá-lo, e com alguma arte lhe disse que a viagem me parecia sem destino.
- Engana-se, replicou o animal, nós vamos à origem dos séculos.
Insinuei que deveria ser muitíssimo longe; mas o hipopótamo não me entendeu ou não me ouviu, se é que não fingiu uma dessas coisas; e, perguntando-lhe, visto que ele falava, se era descendente do cavalo de Aquiles ou da asna de Balaão, retorquiu-me com um gesto peculiar a estes dois quadrúpedes: abanou as orelhas. Pela minha parte fechei os olhos e deixei-me ir à aventura”.
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Machado de Assis
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Palestra do Instituto Historiar no ISEPAM
Hélvio Cordeiro e Enockes Cavalar(Historiar)
Alunos do curso de Pedagogia ISEPAM
Doação de Material didático para o ISEPAM
Instituto Historiar
Fotos: Leandro Cordeiro (Instituto Historiar) e Valdemiro Branco (colaborador).
O Instituto Historiar é formado por: Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Série Presidentes do Brasil
De 24 de outubro de 1930 a 03 de novembro de 1930 (composta por: Augusto Tasso Fragoso, João de Deus Menna Barreto, José Isaías de Noronha).
Chefe da Junta Provisória de 1930:
AUGUSTO TASSO FRAGOSO
Nasceu no dia 28 de agosto de 1869 em São Luís, Maranhão. Filho de Joaquim Coelho Fragoso e Maria Custódio de Souza Fragoso. Tasso Fragoso iniciou seus estudos primários no Colégio do Pires, assim conhecido pelo seu diretor, o Pires, ex-sargento de polícia que se tornou professor depois de reformado, terminando seu curso primário no Colégio São Paulo. A seguir, fez todo o curso ginasial no Liceu Maranhense, concluindo-o em 1883, aos 14 anos de idade. Em 18 de março de 1885, uma portaria concedeu licença a diversos jovens para estudarem na Escola Militar da Corte, foi então que o cunhado e grande amigo do pai de Tasso Fragoso, o colocou entre esses alunos. Para alcançar o intento, foi necessário “aumentar” sua idade em dois anos. É por isso que em sua Fé de Ofício aparece que Tasso Fragoso nasceu em 1867, e não em 1869. Tal fato era comum na época, já que havia pouco ou nenhuma preocupação em relação aos critérios de seleção. Era exigido apenas que os candidatos fossem praça do Exército, tivessem a idade mínima de 16 anos e máxima de 25, soubesse ler e escrever corretamente o português, conhecessem as quatro operações aritméticas e apresentassem robustez suficiente para o serviço militar – o que era avaliado em exame médico. Os candidatos deveriam, também, apresentar provas de terem sido vacinados e revacinados nos prazos que a lei determinava. O empenho nos estudos para conseguir a aprovação plena justificava-se: os que não a conseguiam eram despachados para a tropa, como sargentos, aguardando a promoção. Obter os galões com suas respectivas estrelas, juntamente com a banda vermelha, era a coroação de seus esforços. Assim, foi com orgulho que o jovem Tasso Fragoso exibiu, em janeiro de 1889, o supremo galardão de alferes-aluno. A partir de abril desse mesmo ano, passou a freqüentar os cursos Estado-Maior e de Engenharia da Escola Superior de Guerra, bacharelando-se em Matemática e Ciências Físicas e Exatas. Inclinado para as letras desde cedo, Tasso Fragoso figurou como colaborador em diversas revistas acadêmicas, entre elas a “Revista da Família Acadêmica” em 1886. Seus primeiros escritos mostram uma alma romântica dos jovens da época. Escreveu: “Os travesseiros” (1887), “O presente de Arabela” (1888), “Na província” (1888), “Uma visita à fábrica de ferro de Ipanema” (1889). Em janeiro de 1890, deixando a Escola, Fragoso foi promovido a tenente aos 21 anos de idade. Em 1890 foi eleito deputado pelo Maranhão à Assembléia Constituinte, renunciando ao cargo no ano seguinte. Iniciando um estágio no Observatório de Astronomia do Rio de Janeiro em fevereiro de 1981, interrompendo-o no mês seguinte para viajar com a Comissão Estratégica do Paraná. Assumiu a Prefeitura do Distrito Federal e, em seguida, chefiou o Departamento de Obras e Viação Geral da capital federal. Em 1885 serviu na Diretoria de Obras Militares, e logo depois, passou a ocupar o lugar de secretário da Comissão de Fortificação e Defesa do Litoral do Brasil. Em outubro de 1885, casou-se com sua prima Josefa Graça Aranha e tiveram seis filhos: Evangelina, Murilo, Beatriz, Heloísa, Marina e Maria da Glória. Foi encarregado dos trabalhos de defesa da costa sul da cidade do Rio de janeiro e o responsável pela reforma do Forte do Vigia, que depois passou a se chamar Forte do Leme. Em 1889 passou a integrar a 1ª seção do Estado-Maior do Exército. Em 1900 serviu na Comissão de Limites com a Bolívia, ficando à disposição do Ministério das Relações Exteriores. As seqüelas do ferimento na perna fez Tasso Fragoso retornar ao Rio antes do término dos trabalhos, em agosto de 1901. Em 1914 foi elevado à patente de coronel. Em 1918 foi promovido a general de brigada. Em 23 de outubro de 1930, foi persuadido pelo general Menna Barreto a chefiar o golpe que derrubaria, no dia seguinte, o presidente Washington Luís. Foi indicado o general Tasso Fragoso para dar solução rápida ao movimento contra o presidente, que desde 03 de outubro fazia vítimas e tendia a virar uma guerra civil. Tendo a promessa de apoio, através de Isaías de Noronha, da Marinha, os três chegaram à Presidência da República como membros da Junta Governativa que depôs o presidente Washington Luís. A Junta Governativa ocupou a Presidência da República por pouco tempo (mais de uma semana), período curto, porém marcante pelos ajustes políticos decorrentes da deposição do presidente, e pelo encaminhamento da posse de Getúlio Vargas. A década de 30 iniciou-se politicamente agitada no Brasil em decorrência do processo político, e da instabilidade econômica gerada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929. As eleições de 1930 haviam sido vencidas pelo candidato Júlio Prestes de Albuquerque. Alegando fraude no pleito, os correligionários dos candidatos derrotados da “Aliança Liberal” (Getúlio Vargas, candidato à Presidência, e João Pessoa, candidato a Vice), articularam um movimento para derrubar Washington Luís e impedir a posse de Júlio Prestes. Em 26 de julho de 1930, João Pessoa foi assassinado. Grupos “aliancistas” iniciaram ataques aos principais jornais politicamente identificados com o governo. Foram queimados ou depredados “O Paiz”, “A Notícia”, “A Gazeta de Notícias”, “A Crítica”, “A Vanguarda” e “A Noite”. Todos tinham suas redações no centro do Rio de Janeiro. Os generais Tasso Fragoso e Menna Barreto se dirigiram para o Palácio Guanabara com outros oficiais. Dentro do palácio, Washington Luís teimava em não renunciar. Encontraram o presidente rodeado de seus ministros e, depois de perfilar, juntar os calcanhares e bater continência, o general Tasso Fragoso declarou: “Sr. Presidente, venho mais uma vez patentear a minha lealdade, assegurando-lhe a vida, comunicar-lhe que a Junta Governativa está formada e que ela pede a V. Exa. a sua renúncia, a fim de evitar mais derramamento de sangue”. Foi convidado o cardeal Leme para tentar convencê-lo e, no final da tarde o cardeal obteve sucesso sem a necessidade de aplicação de força. O cardeal acompanhou Washinton Luís ao Forte de Copacabana, onde o presidente deposto ficou detido, mas em segurança. No dia 25 de outubro, Tasso Fragoso, Menna Barreto e Isaías de Noronha telegrafaram a Getúlio Vargas solicitando com urgência a presença dele no Rio de Janeiro. A Junta Governativa deixava claro que o movimento armado só seria desmobilizado depois de uma definitiva solução política, que estaria condicionada à aceitação integral do “programa revolucionário”. Os membros da Junta decidiram o destino do presidente deposto, que seria o exílio com toda sua família. As nomeações tinham caráter interino, com o fito de manter em funcionamento os serviços públicos indispensáveis até a chegada de Vargas, futuro chefe do governo. No dia 03 de novembro, trajando farda, Getúlio Vargas recebeu das mãos da Junta Governativa, a título provisório, o governo do País. Depois da posse de Vargas, Tasso Fragoso ficou aguardando nova indicação, o que aconteceu em 1931, quando assumiu o comando do Estado-Maior do Exército. Em 1933, foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar, cargo que ocupou por cinco anos, onde se aposentou em 1938, aos 70 anos, conforme seus documentos militares. No dia 20 de setembro de 1945, os generais recebiam a notícia da morte de Augusto Tasso Fragoso. O Presidente Getúlio Vargas determinou que lhe fossem prestadas honras de chefe de estado, dada sua participação como membro da Junta Governativa Provisória de 1930. Foi parte de seu discurso: “Manifesto à Nação, em 27 de outubro de 1930 [...] Ao povo brasileiro. A Junta Governativa, depois de se haver posto em contato com todas as forças revolucionárias triunfantes, pode fazer agora a seguinte declaração: A vitória da revolução traz como conseqüência a dissolução do Congresso Nacional e a anistia, mas a Junta aguarda a chegada do Dr. Getúlio Vargas a esta capital a fim de serem expedidos os necessários atos. As nomeações até agora feitas são estritamente indispensável ao regular o funcionamento dos serviços públicos e têm, todas elas, em caráter interino. Foram expedidas pela Junta e pelas forças revolucionárias do sul e do norte as ordens definitivas para a cessão das hostilidades e completa pacificação do País. [...]”
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Tasso Fragoso
Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
É mais fácil jogar no rio!
Vamos fazer uma breve reflexão: não seria mais viável colocar essas latas em sacos de lixo para o caminhão da coleta seletiva carregar? Assim, elas seriam recicladas ou colocadas em um lugar específico, que não seja o Rio Paraíba.
Há vários agravantes no ato de jogar latas (ou lixo) em um rio: é um dano ao meio ambiente, pois uma lata leva muito tempo para se decompor; em caso de enchente, todo esse lixo que é jogado no Paraíba, volta às ruas causando uma série de transtornos à população como, por exemplo, o entupimento de bueiros. Ainda, vale à pena lembrar que está chegando o verão, onde a Dengue prolifera com maior intensidade. Uma (ou várias) latas sem tampa, jogadas em um rio acumulam água, o que é um prato-feito para o mosquito da Dengue.
Até quando teremos de ver essas atitudes?
Latas no Rio Paraíba do Sul
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"Pintura" da ponte
Revisão ortográfica: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar)
Fotos: Juarez Fernandes (colaborador)
O Instituto Historiar é formado por: Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.
domingo, 2 de novembro de 2008
Série Presidentes do Brasil
Nasceu no dia 26 de outubro de 1869, em Macaé, cidade do litoral do Estado do Rio de Janeiro. Filho de Joaquim Luís Pereira de Souza e Florinda Sá Pinto Pereira de Souza. Assim como a maioria dos meninos de Macaé, ele foi aprender as primeiras letras na escola dirigida por dona Rosa Ferrão. Em 1884, estava matriculado no internato do Colégio Pedro II, na Tijuca, que àquela época funcionava no Largo da Segunda-Feira. Transferido para o Colégio Augusto, pagando matrícula em parcelas, e tendo freqüência livre nos cursos. Washington Luís submeteu-se no Rio de Janeiro, entre 1885 e 1887, aos exames preparatórios, conseguindo aprovação “plena” em português, aritmética, geografia, retórica e poética e história. Em inglês, geometria e francês, obteve apenas o grau de “aprovado”. Em dezembro de 1888, já em São Paulo, e às portas da Faculdade de Direito, prestou exames nas matérias que faltavam, conseguindo grau de “aprovado” em latim e filosofia. No ano seguinte, munido das respectivas certidões, assinou o requerimento para ingressar no curso superior. Em 1889, Washington já como estudante de Direito, foi residir em uma república, no bairro da Glória. Aproveitando-se das mudanças introduzidas no sistema de exames pelo novo regime republicano (aos interessados era facultado requerer inscrição de exame para uma ou mais séries, ou para uma ou mais cadeiras, e prestá-los fora da época regimental – novembro de cada ano – abreviando assim a duração do curso), Washington fez o curso de cinco anos em apenas três, tornando-se bacharel. Para fazer os exames extraordinários, transferiu-se para a Faculdade de Direito de Recife. Em outubro de 1891, ele regressou a São Paulo a fim de prestar os exames do 5º ano. Conquistado o título de bacharel, estava habilitado para o exercício profissional. Quando estudava em São Paulo, conheceu Sofia Paes de Barros. Depois de formado e já com escritório de advocacia funcionando, Washington Luís casou-se com Sofia no dia 04 de março de 1900, e tiveram quatro filhos: Florinda Maria, Rafael Luís, Caio Luís e Vítor Luís. Washington conseguiu ser nomeado promotor público em Barra Mansa, sendo depois transferido para Cabo Frio. Pedindo exoneração do cargo e rumou para Batatais, onde tornou-se sócio do escritório de advocacia de Joaquim Celidônio, sendo muito bem-sucedido nessa empresa. Algum tempo depois, desfeita a sociedade, Washington montou seu próprio escritório, passando também a colaborar como jornalista no jornal “A Penna”, e posteriormente no “A Lei”. Participando ativamente da sociedade de Batatais, em 1894 foi eleito vereador e presidente da Câmara. Fez votar uma lei que estabelecia na cidade de Batatais um calendário independente do que vigorava no resto do país para as eleições. Depois de casado, mudou-se para a capital, alugando uma residência e montando um escritório de advocacia. Sempre envolvido na política, e conquistando espaço na capital, Washington Luís, em 1904 candidatou-se a deputado estadual, elegendo-se com 33.652 votos. Logo a seguir, em 1905, foi nomeado para a recém-criada Secretaria da Justiça, anteriormente ligada à Secretaria do Interior. Criou a Secretaria da Justiça e Segurança Pública, tendo se destacado na reforma da Constituição do Estado de São Paulo. Criou a instituição da polícia de carreira, pondo fim à autoridade leiga e instituindo a obrigatoriedade do diploma de advogado para os delegados de polícia; fez inovações tanto na polícia como na Força Pública de São Paulo, introduzindo a educação física e a instrução militar. Em 1912, terminada sua gestão, decidiu descansar, indo com a família para Buenos Aires. Quando retornou, concorreu às eleições para deputado, se elegendo. Em 1917 era prefeito de São Paulo, considerado de pulso firme, pela tranqüilidade com que superou a onda de diversas greves. No final de 1917, Washington Luís reelegeu-se para prefeito de são Paulo, começando, já, a combater uma epidemia de gripe espanhola, que assolou a cidade, matando mais de oito mil pessoas. Com o prestígio que gozava no PRP, em 1919, entregou o cargo de prefeito e candidatou-se à sucessão do governo de São Paulo. Eleito como presidente de São Paulo, tomou posse em maio de 1920. No governo estadual, continuou dando especial atenção à expansão do sistema rodoviário, abrindo mais de 823 quilômetros de novas estradas de rodagem. Com a morte de Alfredo Ellis, em 1924, Washington Luís ocupou sua vaga no Senado. Por pouco tempo, já que na convenção de 1925, teve seu nome indicado para a Presidência da República. Legítimo representante do PRP, e tendo o apoio mineiro e pelos demais Estados da Federação, foi eleito com 688.528 votos, tornando-se Presidente quase que por aclamação geral, pois, foi candidato único. Para seu vice, foi indicado o nome do então presidente de Minas Gerais, Mello Vianna. No dia 15 de novembro de 1926, tomou posse com aclamação e uma chuva de pétalas de flores, da população do Rio de Janeiro, satisfeitos por se livrarem de Arthur Bernardes. Não querendo morar no Palácio do Catete, preferindo morar no Palácio Guanabara. O primeiro impacto causado, foi quando convidou Getúlio Vargas (que dizia sempre não entender nada de finanças) para comandar a pasta da Fazenda. Criou uma nova moeda (o cruzeiro), criando também a Caixa de Estabilização; extinguiu a censura à imprensa; mandou libertar todos os presos políticos sem processo formado e desativou alguns presídios, como o da ilha de Trindade e o de Clevelândia. Suspendeu o estado de sítio em que se encontrava o país e permitiu a legalização do Partido Comunista, na época PCB. Com o crescimento da oposição, Washington Luís endureceu: conseguiu aprovação de projeto de lei que criava rigorosa censura à imprensa e à liberdade de expressão, mandando para a prisão vários jornalistas e operários, e recolocou o PCB e seus membros na ilegalidade. Construiu a estrada que ligava o Rio de Janeiro a Petrópolis e à cidade de São Paulo, que na época tinha início no Engenho de Dentro. Em janeiro de 1930, Getúlio Vargas chegou ao Rio de Janeiro para apresentar-se aos eleitores como candidato à Presidência. Diante de uma multidão aglomerada na recém-aberta Esplanada do Castelo, Vargas inovou, lendo sua plataforma política para o povo, coisa que até então era apresentado em banquetes para convidados especiais. Nas eleições de 1º de março de 1930, o candidato oficial de Washington Luís, Julio Prestes venceu folgadamente, recebendo 1.115.377 votos contra 782.663 computados para Getúlio Vargas. Os ânimos parecia apaziguado, quando, em um acidente aéreo no Uruguai, revelou a existência de um complô para derrubar o presidente. O vôo tinha dois brasileiros viajando com passaporte falso: eram o rebelde da Coluna Prestes Antônio de Siqueira Campos, e João Alberto Lins de Barros. Ambos tinham ido à Argentina para procurar o apoio de Luiz Carlos Prestes para depor Washington Luís. Em 03 de outubro de 1930, numa ação conjunta, levantaram-se quase todas as guarnições militares do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba. As forças rebeldes, lenço vermelho no pescoço, marchavam em direção ao Rio de Janeiro. No dia 24 de outubro uma Junta Militar, formada pelos generais Augusto Tasso Fragoso, João Menna Barreto e pelo almirante Isaías de Noronha, procurou Washington Luís, garantindo sua integridade física e de seu secretariado e familiares, sendo que Washington seria encarcerado no Forte Copacabana, para onde foi transferido, e onde completou seus 61 anos. Em 21 de novembro de 1930, embarcou para a Europa, para um longo exílio. Em 1934, sua esposa morreu na Suíça, e ele só retornou ao Brasil em 1945, depois de Getúlio Vargas deixar o poder. Fixou residência em São Paulo e nunca mais se envolveu em política. Washington Luís Pereira de Souza faleceu em São Paulo, no dia 04 de agosto de 1957, em sua residência na Rua Haddock Lobo, 1.307. O que parecia uma simples gripe passou a um colapso periférico, falecendo às 22h15. Foi seu discurso: “Todo esse bracejar para o progresso, todo esse movimento de brio e de honra, todo esse trabalhar pela estabilidade da República federativa, tudo isso [...] foi assim, tem sido e continuará a ser, obra comum, composta de esforços ignorados de vontades desconhecidas, de energias que não se revelam, de abnegações que não querem ter nomes, de heroísmos que não visam à popularidade, de todos aqueles que, vivendo na amorável terra paulista, amam e a estremecem; forças dispersas, impessoais, imponderáveis, que se corporificam e vão viver no partido republicano de São Paulo, que sabe escolher e eleger os seus Governos, síntese da vida social e administrativa do Estado. [...]”
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WASHINGTON LUÍS
Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.
sábado, 1 de novembro de 2008
MAQUIAGEM DA HISTÓRIA
Pelo lado de Guarus, a inauguração foi benzida pelo vigário da Matriz de São Salvador, Cônego João Carlos Monteiro, sendo o discurso feito pelo Dr. Miguel Herédia.
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Depois de levar muitos anos cobrando pedágio e tendo dificuldades pra se manter uma ponte com qualidade, (porém, com o piso todo de madeira), chegamos ao governo do prefeito Barcellos Martins, que colocou um piso de cimento, e acabou com os antigos acidentes, passando, a partir daí, a ser mantido pela municipalidade o trabalho de reforma e pintura.
Hoje, com tristeza, vejo com que tamanho descaso é tratado esta obra que, à época, foi considerada de primeira necessidade e motivo de orgulho para os campistas, agora sendo feito uma obra de pintura mais parecida com uma “meia-sola”, onde vários ferros e a maior parte das colunas de sustentação do guarda-corpo da ponte foram pintadas (maquiadas), sem ao menos procurar fazer um arremate com cimento para as colunas permanecerem inteiras.
O que vemos é uma quantidade enorme de colunas caindo aos pedaços.
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Mas também, o que esperar de apenas dois trabalhadores, se esforçando para fazer o melhor, tendo apenas os mínimos recursos que lhes foram oferecidos? (A que firma será que eles pertencem?)
Fica a pergunta e a nossa demonstração de indignação com mais esse descaso. Mais um patrimônio público-histórico que é apenas maquiado.
Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar)