sexta-feira, 31 de julho de 2009

CINE TEATRO TRIANON E O NOVO TEATRO TRIANON

O Cine Teatro Trianon foi inaugurado no dia 25 de maio de 1921. A obra de construção foi iniciada em 08 de agosto de 1919, e na primeira quinzena de outubro de 1920 foi entregue a parte de construção civil para que fosse feita a adaptação e decoração exigidas por um teatro daquela natureza. Toda obra foi custeada pelo Capitão Francisco de Paula Carneiro (ou Capitão Carneirinho, como era conhecido).
O Trianon era formado de 156 frizas, 554 cadeiras na platéia, 290 balcões, 38 camarotes e 610 gerais para comportar 1.800 espectadores. A coxia tinha 25 camarins, sendo que dois muito luxuosos, para os artistas de maior renome. O Trianon contava com um moderno sistema de coxias, onde era feito o movimento do palco. A iluminação geral era movida pela eletricidade, tendo para isto uma instalação própria, construída por um motor Fairbank-Morse de 47 HP e um dínamo de força de 217 amperes.
O Capitão Francisco de Pula Carneiro contratou os arquitetos da Meanda Curty & Companhia, do Rio de Janeiro, para idealizar seu sonho. O Trianon não era só teatro. Era Cine-Teatro. A obra foi considerada arrojada e o Trianon, na época, foi considerado um dos grandes espaços culturais do País, pelo seu tamanho e arquitetura luxuosa.
A inauguração foi marcada para às 18h30 do dia 25 de maio de 1921. E o Capitão Francisco de Paula Carneiro foi conduzido de sua residência à Rua 13 de Maio, esquina com Saldanha Marinho, por enorme massa popular, acompanhada pelas quatro bandas de música da cidade: Lira de Apolo, Lira Conspiradora, Lira Guarani e Sociedade Musical Operários Campistas.
O espetáculo de estréia aconteceu no dia 29, com a apresentação da “A Duqueza de Bal-Tabarin”, da Companhia Esperanza Iris, que era das mais conceituadas no mundo inteiro. A estrela, conhecida como a rainha da Opereta, era mexicana, dotada de grande beleza e virtuosidade. A diretoria artística era formada por 105 figurantes e mais a orquestra de 22 professores, dirigida pelo maestro Santiago Sabino. Alguns dos artistas locais e estrangeiros que pisaram o palco do Trianon: Arthur Rocckert (foi quem introduziu o cinema em Campos), Esperanza Iris, Leopoldo Fróes, Clara Weiss, Aida Arce, Guiomar Novaes, Jayme Costa, Arthur Rubistein, Procópio Ferreira, Bidu Saião, Tito Shipa, Raoul Roulien, Joanídia Sodré, Ernesto de Marco, Marilene Stuart, Mara Bueno, Henriette Morineau, Richard Júnior, Bibi Ferreira, prof. Oriethy Bey, Joracy Camargo, entre outros. No seu salão de espera constavam algumas placas em homenagem a algumas personalidades como: “A Hervé Salgado Rodrigues, pela estréia de ‘Augusta’ – 1960”; “Ao grande Osvaldo Tavares, pela interpretação de ‘Judas no Tribunal’, de Godofredo Tinoco e ‘As Mãos de Eurídice’, de Pedro Bloch – 1960”; “Emilinha Borba, homenagem de seu fã-clube de Campos – 20/04/1960”; “A Bellino Esperanza e filhos, pela reabertura do Trianon – 20/07/1968”.
No dia 27 de junho de 1975 a população campista acordou e não mais encontrou aquele imponente prédio, casa de sonho e fantasia, memória artístico-cultural de cinco décadas, pois sua demolição já havia sido consumada na calada da noite. Dias antes, no dia 17 de junho, a Associação Norte Fluminense de Engenheiros e Arquitetos tinha enviado ao Prefeito José Carlos Vieira Barbosa um veemente protesto tentando sensibilizá-lo para que ele fizesse alguma coisa para impedir que aquele patrimônio histórico caísse nas mãos de especuladores insensíveis e inescrupulosos.
Porém, foi tudo em vão. Algumas instituições se mobilizaram e começaram a cobrar da instituição Bradesco o cumprimento do Decreto-Lei nº 7.959 de setembro de 1945, que dizia: “todas as entidades que descaracterizarem, demolirem ou despersonalizarem uma casa de espetáculos teatrais estariam obrigadas a construírem uma similar”. A Fundação Bradesco não se intimidou com a legislação, se negando a cumprí-la, alegando falta de recursos, até que em 1989, o então Prefeito Anthony Garotinho, numa bem-sucedida investida, consegue uma doação no valor de US$ 1.000.000 (um milhão de dólares) para o início da obra do novo Trianon. Os engenheiros responsáveis pelo novo Trianon foram Roosevelt de Oliveira Batista e o arquiteto José Luís Maciel Púglia, (havia sido feito um projeto anterior pelo arquiteto Oscar Niemeyer, só que não dispunha de recursos para a execução da obra). Escolhido uma área de 10 mil metros quadrados na Rua Marechal Floriano, onde começou a obra com cerca de 180 homens que trabalhavam das 07:00 às 22:00 horas. A obra durou cerca de sete anos para ficar pronta e foi inaugurado no dia 31 de julho de 1998, reunindo um público de mil convidados, tendo o palco sido inaugurado pela Companhia de Dança de Deborah Colker. A primeira peça teatral apresentada foi “Brasileiro, Profissão Esperança”, tendo como atores Bibi Ferreira e Gracindo Júnior, seguido de “Artemis”, episódio lírico de Alberto Nepomuceno, com textos de Coelho Neto, produzido pelo Centro Cultura Musical de Campos. Seguem os espetáculos com: “Na Bagunça do seu Coração”, “Orquestra de Câmara de Florença”, “A Magia do Trianon”, com direção de Orávio de Campos Soares e direção musical de Dalton Freire. Destaque para a apresentação do musical de ballet “Branca de Neve”, grupo com 39 atores bailarinos, tendo no elenco Marcelo Misailidis, primeiro bailarino do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e Maria Pompeu no papel de madrasta. E para fechar a programação de inauguração do novo Teatro Trianon, “O Quadrante”, um dos maiores sucessos do ator Paulo Autran. Embora esteja completando onze anos de fundação, o novo Teatro Trianon ainda não ficou totalmente pronto, de acordo com o seu projeto original de criação, faltando algumas partes que lhe darão mais facilidade e conforto aos artistas que nele se apresentarão.

Fachada do Cine Teatro Trianon
Portão de entrada do Cine Teatro Trianon
Interior do Cine Teatro Trianon

Construção do novo Trianon

Construção

Novo Trianon


Texto e pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fotos: Acervo fotográfico do Instituto Historiar e Internet.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

UTILIDADE PÚBLICA

GRIPE SUÍNA - PERGUNTAS E RESPOSTAS:


1.- Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa maçaneta ou superfície lisa?
Resposta: Até 10 horas.

2. - Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos?
Resposta: Torna o vírus inativo e o mata.

3.- Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?
Resposta: A via aérea não é a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais importante para que se instale o vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos) o vírus não voa e não alcança mais de um metro de distancia.

4.- É fácil contagiar-se em aviões?
Resposta: Não, é um meio pouco propício para ser contagiado.

5.- Como posso evitar contagiar-me?
Resposta: Não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca. Não estar com gente doente. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.

6.- Qual é o período de incubação do vírus?
Resposta: Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase imediatamente.

7.- Quando se deve começar a tomar o remédio?
Resposta: Dentro das 72 horas os prognósticos são muito bons, a melhora é de 100%.

8.- De que forma o vírus entra no corpo?
Resposta: Por contato ao dar a mão ou beijar-se no rosto e pelo nariz, boca e olhos.

9.- O vírus é mortal?
Resposta: Não, o que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é a pneumonia.

10.- Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?
Resposta: Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão.

11.- A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?
Resposta: Não porque contém químicos e está clorada.

12.- O que faz o vírus quando provoca a morte?
Resposta: Uma série de reações como deficiência respiratória, a pneumonia severa é o que ocasiona a morte.

13.- Quando se inicia o contagio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?
Resposta: Desde que se tem o vírus, antes dos sintomas.

14.- Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?
Resposta: De 0%, porque se fica imune ao vírus suíno.

15.- Onde encontra-se o vírus no ambiente?
Resposta: Quando uma pessoa portadora espirra ou tosse, o vírus pode ficar nas superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que houver umidade. Já que não será esterilizado o ambiente se recomenda extremar a higiene das mãos.

17.- O vírus ataca mais às pessoas asmáticas?
Resposta: Sim, são pacientes mais suscetíveis, mas ao tratar-se de um novo germe todos somos igualmente suscetíveis.

18.- Qual é a população que está atacando este vírus?
Resposta: De 20 a 50 anos de idade.

19.- É útil a máscara para cobrir a boca?
Resposta: Existem alguns de maior qualidade que outros, mas se você não está doente é pior, porque os vírus pelo seu tamanho o atravessam como se este não existisse e ao usar a máscara, cria-se na zona entre o nariz e a boca um microclima úmido próprio ao desenvolvimento viral: mas se você já está infectado use-o para não infectar aos demais, apesar de que é relativamente eficaz.

20.- Posso fazer exercício ao ar livre?
Resposta: Sim, o vírus não anda no ar nem tem asas.

21.- Serve para algo tomar Vitamina C?
Resposta: Não serve para nada para prevenir o contágio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.

22.- Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível?
Resposta: A salvo não esta ninguém, o que ajuda é a higiene dentro de lar, escritórios, utensílios e não ir a lugares públicos.

23.- O vírus se move?
Resposta: Não, o vírus não tem nem patas nem asas, a pessoa é quem o coloca dentro do organismo.

24.- Os mascotes contagiam o vírus?
Resposta: Este vírus não, provavelmente contagiem outro tipo de vírus.

25.- Se vou ao velório de alguém que morreu desse vírus posso me contagiar?
Resposta: Não.

26.- Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?
Resposta: As mulheres grávidas têm o mesmo risco mas por dois, podem tomar os antivirais mas em caso de contagio e com estrito controle médico.

27.- O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com este vírus?
Resposta: Não sabemos que estrago possa fazer no processo, já que é um vírus novo.

28.- Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?
Resposta: Não é recomendável, pode ocasionar outras doenças, a menos que você tenha prescrição por problemas coronários, nesse caso siga tomado.

29.- Serve para algo tomar antivirales antes dos síntomas?
Resposta: Não serve para nada.

30.- As pessoas com AIDS, diabetes, câncer, etc., podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia se contagiam com o vírus?
Resposta: SIM.

31.- Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?
Resposta: NÃO.

32.- O que mata o vírus?
Resposta: O sol, mais de 5 dias no meio ambiente, o sabão, os antivirais, álcool em gel.

33.- O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?
Resposta: O isolamento.

34.- O álcool em gel é efetivo?
Resposta: SIM, muito efetivo.

35.- Se estou vacinado contra a influenza estacional sou inócuo a este vírus?
Resposta: Não serve para nada, ainda não existe vacina para este vírus.

36.- Este vírus está sob controle?
Resposta: Não totalmente, mas estão tomando medidas agressivas de contenção.

37.- O que significa passar de alerta 4 a alerta 5?
Resposta: A fase 4 não faz as coisas diferentes da fase 5, significa que o vírus se propagou de Pessoa a Pessoa em mais de 2 países; e fase 6 é que se propagou em mais de 3 países.

38.- Aquele que se infectou deste vírus e se curou, fica imune?
Resposta: SIM.

39.- As crianças com tosse e gripe têm influenza?
Resposta: É pouco provável, pois as crianças são pouco afetadas.

40.- Medidas que as pessoas que trabalham devam tomar?
Resposta: Lavar-se as mãos muitas vezes ao dia.

41.- Posso me contagiar ao ar livre?
Resposta: Se há pessoas infectadas e que tosam e/ou espirre perto pode acontecer, mas a via aérea é um meio de pouco contágio.

42.- Pode-se comer carne de porco?
Resposta: SIM pode e não há nenhum risco de contágio.

43.- Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?
Resposta: Ainda que se controle a epidemia agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode voltar e ainda não haverá uma vacina.


Texto enviado por: Carla Mello (colaboradora do Blog).
Postagem: Leandro Lima Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

terça-feira, 28 de julho de 2009

ENTRE CINZAS UMA HISTÓRIA CENTENÁRIA

Por volta de 1870, o músico João Batista e mais alguns colegas resolveram criar a Lira de Apolo inicialmente, a lira funcionou na Rua da Quitanda, nº. 34 atual Rua Governador Thetonio Ferreira de Araújo, depois passou a funcionar na Avenida Alberto Torres e no início do século os músicos compraram na Praça São Salvador, um terreno onde hoje é a “Papelaria Festival”, e a “Padaria Rainha do Pão Quente”.
Sem dinheiro para iniciar a obra, eles resolveram vender por cinco mil réis, o terreno onde hoje é a “Festival” para começar o prédio.
A Lira de Apolo é a banda mais antiga de Campos e a terceira do Estado do Rio de Janeiro.
Os músicos de madrugada quando terminavam suas funções, iam para as margens do rio Paraíba do Sul, onde havia um porto próximo a Praça das Quatro Jornadas para pegar escondido da polícia pedras e ferros da Leopoldina, para então fazer a base da Lira de Apolo.
Até que em 1912 eles inauguraram a sede. Um prédio imponente, em estilo neoclássico, de dois pavimentos, com um portão de ferro, confeccionado exclusivamente para a Lira. Na sacada do prédio, foi colocado um mastro com um sol, que passou a ser o símbolo da lira.
Apolo na mitologia grega representa o Deus da Música.
Daí para frente os salões imponentes da Lira passaram a ser um cartão de visita para o município. Todas as terças e sextas-feiras eram abertas para ensaio e para ensino de música entre jovens. A lira foi uma banda ligada ao Tiro de Guerra, saía pelas ruas convocando o público para a Guerra do Paraguai. Os músicos da lira também foram convidados para ir ao Rio de Janeiro, tocar na volta do Presidente da República João Goulart. E em Campos, tocou na visita do Presidente Getúlio Vargas, quando esteve aqui pela última vez.
O incêndio da Lira de Apolo continua sendo um mistério, o prédio naquela época acabara de passar por uma reforma na parte elétrica. Os bombeiros teriam identificado a causa do incêndio como um curto-circuito próximo ao armário onde eram guardados os uniformes de gala.
O incêndio ocorreu por volta das 8:00 horas do dia 19 de novembro do ano de 1990 (a exatamente 19 anos). Cerca de 60 instrumentos musicais, seis uniformes de gala, e todo o arquivo de partituras foram queimados. O prejuízo com os instrumentos chegou na época a R$ 100 mil.
Atualmente a Banda Lira de Apolo ensaia no interior do prédio, que aguarda por ser restaurado e reformado.
Nós do Instituto Historiar torcemos para que esse prédio que guarda uma história centenária seja o mais breve possível restaurado.






Pesquisa e texto: Leandro Lima Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fotos: Acervo do Instituto Historiar e Wellington Cordeiro (colaborador).

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O CASSINO DE CAMPOS

O Cassino de Campos se constituiu numa grande novidade para nossa região, notadamente no seio da alta sociedade. Como acontecia nos grandes centros do mundo e mesmo no Brasil, tratava-se de uma casa dedicada ao lazer, à distração e ao bom passatempo. Jogos e festas estavam ao alcance dos seus refinados freqüentadores. No começo, apenas “Cassino”, presidido pelo Dr. Plínio N. Machado. Depois (1926), “Cassino de Campos”, que sofreu várias interrupções. Assim, o “Cassino de Campos”, era reinaugurado no dia 09 de maio de 1936, na Rua 13 de Maio, no local em que foi construído o Automóvel Clube Fluminense. Ao lado do cassino, propriamente dito, era inaugurado, também, o “Grill Room”, onde desfilariam os mais renomados artistas vindos de várias partes do País e do Mundo. Da diretoria dessa fase, constavam os seguintes nomes: Drs. Ismael Vivacqua e Sigesmundo Caldas Barreto e Srs. Tolipan e Rafael Manhães. O responsável pelo Departamento de Publicidade era o Sr. João Rodrigues de Oliveira. Um ponto de destaque na divulgação do Cassino de Campos era enfatizar que o mesmo era um “ponto de reunião familiar”. Durante evento no dia 09 de maio, às 05 horas da tarde, foi oferecido um coquetel à imprensa e convidados. No “Grill Room”, nessa noite se apresentaram os artistas The Reeve Sisters, Sílvio Caldas, Irmãs Pagãs, Nanezinho Araújo, Al Morrison e Mis Winton. Foi um sucesso absoluto. A seguir, embora com outras interrupções, o Cassino de Campos, ao lado dos jogos, ofereceu espetáculos memoráveis, onde mereceram as palmas dos freqüentadores assíduos, artistas como: Wanda Moreno, La Marystina, Diana Dória e a grande declamadora da época, Margarida Lopes de Almeida. Mais tarde, em 1937, o governo resolveu fechar todos os cassinos do País, mas o de Campos teve a permissão de continuar com o “Grill Room” dando uma oportunidade a que a sociedade campista não se privasse de bom entretenimento. E foi assim, que entre outros artistas de renome, ali se apresentaram a dupla Cecy e Marga e ainda, a sempre aplaudida Nena de Napoli.

Automóvel Clube Fluminense

Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Foto: Acervo do Instituto Historiar.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

DIA DO AMIGO E CHEGADA DO HOMEM À LUA

"Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves dentro do coração"... (Milton Nascimento).

É comemorado hoje (20/07/09) o Dia do Amigo.
Foi adotado em Buenos Aires, na Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo.
A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "Meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro".
Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo, é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras.


A CHEGADA DO HOMEM À LUA

Completa hoje (20/07/2009) 40 anos da chegada do homem à lua.
A missão Apollo 11 pousou na superfície lunar em 20 de Julho de 1969, em um local chamado "Sea of Tranquility" (Mar da Tranquilidade). Neil Armstrong e Edwin Aldrin tornaram-se os primeiros homens a caminhar no solo lunar. Depois da Apollo 11, outras seis missões Apollo foram lançadas, sendo que cinco delas pousaram na Lua (no total de doze astronautas que caminharam na Lua). Ficou famosa a frase do primeiro astronauta a pisar na Lua, Neil Armstrong: "Um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade". Os astronautas da Apollo 11 colocaram uma placa na Lua, onde se lê: Here Men From Planet Earth First Set Foot Upon The Moon. July 1969 A.D. We Came In Peace For All Mankind. (Aqui os homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua. Julho de 1969. Viemos em paz, em nome de toda a humanidade). A corrida espacial e a conquista da Lua foram um épico moderno recheado de aventura, perigo e emoção. Milhões acompanharam pela televisão os passos desta aventura e vibraram com a chegada do homem na Lua, uma das maiores realizações da humanidade.

Mais sobre esses assuntos no blog "A Cidade Luz": http://camposnf.blogspot.com/.

Postagem: Leandro Lima Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

CASA DO PEQUENO JORNALEIRO

Instituição sem fins lucrativos, fundada em 25 de abril de 1961, com sede própria na Rua Riachuelo nº 438, a Casa do Pequeno Jornaleiro sempre se destinou a uma obra de solidariedade humana para o resgate da cidadania da criança e do adolescente, com riscos sociais, promovendo-o através do ensino formal e profissionalizante, objetivando o seu bem-estar físico, mental e social.
A Casa do Pequeno Jornaleiro sempre abrigou, educou e encaminhou os vendedores de jornais e outras crianças e adolescentes, não portadores de distúrbios neurológicos, psiquiátricos ou dependentes químicos até a idade máxima de dezoito anos de idade, proporcionando aos mesmos a assistência integral à saúde, educação cívica, de letras, profissionalizante e esportiva.
Durante muitos anos, era costume se ver pela Cidade de Campos dos Goytacazes, os famosos vendedores de jornais da instituição, com seu uniforme azul, composto de uma bermuda ou calção, e uma blusa, tudo azul, com a inscrição ‘Pequeno Jornaleiro’, na cor vermelha, no bolso da blusa. Eles aprendiam, entre outras coisas, a ética e o respeito, quando se tratava da maneira do vender jornais, fazia a concorrência com os vendedores, sem passar próximo das bancas. A Cidade de Campos dos Goytacazes, sendo grande como é, sempre teve espaço para todos os vendedores, tanto os fixos como os ambulantes.
Os jovens do Pequeno Jornaleiro sempre foram bons vendedores, talvez porque todos sabiam o que era feito com o dinheiro que rendia das vendas dos jornais, sendo revertidos na criação e educação dos jovens. A instituição sempre teve muitos beneméritos, que contribuíam para que essas crianças pudessem ter um futuro melhor e mais seguro, em condição de competir na busca do trabalho com qualquer outra pessoa.
O pensamento de sua direção sempre foi focado na transformação do jovem em homens de bem. Esta Entidade vem se mantendo ativa nesses 48 anos de vida, mostrando que pode ir muito além do que já fez até hoje, se modernizando para estar atualizado nesses tempos difíceis, onde tudo gira em torno da globalização.
Quantas pessoas ainda se lembram das festas de final de ano, quando a Entidade, pelo menos por dois anos seguidos, comemorou o Natal junto com uma benemérita da Cidade, cujo nome se destacava em tudo que fazia. Estamos falando de Dona Maria Queiroz de Oliveira, conhecida como Finazinha de Queiroz, ou ainda a Dama da Caridade, que em duas oportunidades, brindou as crianças da Casa do Pequeno Jornaleiro com um churrasco e com presentes de Natal. São lembranças que temos de uma Entidade que merece ser homenageada por todos, não só pelo trabalho que faz, mas por tudo o que já realizou, transformando muitos jovens sem muita visão de futuro, em verdadeiros homens, íntegros, dignos e honrados. Agora, tivemos o prazer de ver que essa Entidade, que sempre cuidou dos pequenos jornaleiros se expandiu, e fez surgir uma Escola, que tem até o Curso Supletivo, dando aos seus alunos uma educação com qualidade, para que esses jovens possam ter um futuro melhor. De parabéns a todos que fazem dessa Entidade “jovem” uma mola-mestra para um grande salto no futuro.

Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).