O Cassino de Campos se constituiu numa grande novidade para nossa região, notadamente no seio da alta sociedade. Como acontecia nos grandes centros do mundo e mesmo no Brasil, tratava-se de uma casa dedicada ao lazer, à distração e ao bom passatempo. Jogos e festas estavam ao alcance dos seus refinados freqüentadores. No começo, apenas “Cassino”, presidido pelo Dr. Plínio N. Machado. Depois (1926), “Cassino de Campos”, que sofreu várias interrupções. Assim, o “Cassino de Campos”, era reinaugurado no dia 09 de maio de 1936, na Rua 13 de Maio, no local em que foi construído o Automóvel Clube Fluminense. Ao lado do cassino, propriamente dito, era inaugurado, também, o “Grill Room”, onde desfilariam os mais renomados artistas vindos de várias partes do País e do Mundo. Da diretoria dessa fase, constavam os seguintes nomes: Drs. Ismael Vivacqua e Sigesmundo Caldas Barreto e Srs. Tolipan e Rafael Manhães. O responsável pelo Departamento de Publicidade era o Sr. João Rodrigues de Oliveira. Um ponto de destaque na divulgação do Cassino de Campos era enfatizar que o mesmo era um “ponto de reunião familiar”. Durante evento no dia 09 de maio, às 05 horas da tarde, foi oferecido um coquetel à imprensa e convidados. No “Grill Room”, nessa noite se apresentaram os artistas The Reeve Sisters, Sílvio Caldas, Irmãs Pagãs, Nanezinho Araújo, Al Morrison e Mis Winton. Foi um sucesso absoluto. A seguir, embora com outras interrupções, o Cassino de Campos, ao lado dos jogos, ofereceu espetáculos memoráveis, onde mereceram as palmas dos freqüentadores assíduos, artistas como: Wanda Moreno, La Marystina, Diana Dória e a grande declamadora da época, Margarida Lopes de Almeida. Mais tarde, em 1937, o governo resolveu fechar todos os cassinos do País, mas o de Campos teve a permissão de continuar com o “Grill Room” dando uma oportunidade a que a sociedade campista não se privasse de bom entretenimento. E foi assim, que entre outros artistas de renome, ali se apresentaram a dupla Cecy e Marga e ainda, a sempre aplaudida Nena de Napoli.
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Automóvel Clube Fluminense
Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Foto: Acervo do Instituto Historiar.
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