segunda-feira, 30 de junho de 2008

A Luz no fim do túnel

Um dos desejos do Instituto Historiar e da comunidade campista, deverá ser realizado em breve, o de ver o prédio Solar do Visconde de Araruama (antiga sede do Museu de Campos) restaurado.
Os Blogs do Instituto Historiar e do Ricardo André, chamaram a atenção para o descaso com o prédio do museu, localizado na Praça S. Salvador, que está deteriorando com a ação do tempo. O Blog Instituto Historiar, fez uma enquete perguntando:
Qual patrimônio que você gostaria de ver recuperado primeiro? Resultado, o prédio do Museu venceu com 12,85%.
O Jornal Monitor Campista de hoje(30/06/08) trouxe a informação que o Prédio do Museu será restaurado até o fim do ano (caso se torne verdade) alegra a todos que lutam para ver a Cidade e seus prédios restaurados, assim como queremos os prédios da Lira de Apolo, Hotel Amazonas e tantos outros, restaurados e preservados.
Ficamos na torcida para que realmente seja feita essa restauração e possamos ver a luz no fim do túnel.

Interior do Museu

Frente do Museu na Praça S. Salvador

Teto do Museu, ameaça disabar.

(Texto e Fotos :Instituto Historia - Leandro Cordeiro, Hélvio Cordeiro e Enockes Cavalar).

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Neste ano, completamos meio século da Copa do Mundo de 1958.
O Instituto Historiar homenageia os 5o anos da Copa, mostrando algumas reportagens do Jornal Monitor Campista.


quinta-feira, 26 de junho de 2008

Palestra Laura Vicunha

Na Quarta-feira (dia 25/06/2008) o Instituto Historiar realizou mais uma palestra sobre a História de Campos dos Goytacazes, no Laura Vicunha. Foram duas palestras para os alunos sendo a primeira para 6º e 7º ano do Ensino Fundamental e a segunda palestra paras as turmas de 8º e 9º ano do Ensino Fundamental.
O Instituto Historiar procurou de forma clara e objetiva passar para os alunos, através de fotografias e informações, um pouco sobre a história de Campos.
O Insituto Historiar agradece a Diretora e demais professores e funcionários, pelo apoio para que o projeto tivesse sucesso. Veja abaixo algumas fotografias do evento:







Fotos: Carla Mello (Colaboradora do Instituto Historiar).
(INSTITUTO HISTORIAR: Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro, Enockes Cavalar).


quarta-feira, 25 de junho de 2008

Faculdade de Medicina de Campos dos Goytacazes

Homenagem do Instituto Historiar aos fundadores da Faculdade de Medicina de Campos.

Fonte: Instituto Historiar.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Mapa Estatístico Populacional



Este mapa mostra o numero da população campista no ano de 1858, organizado pelo escrivão geral Sr. Francisco Xavier de Souza Nery.
Apresenta-se no mapa uma população aproximada em 37.224 pessoas livres e 36.445 pessoas escravas, dando valor total de 73.669 habitantes em nossa região.
Se observarmos o mapa, veremos que o numero do sexo feminino é inferior ao do sexo masculino, principalmente a classe livre, de modo que não se dava uma mulher para cada homem.


Fonte: Jornal Monitor Campista do ano de 1858 - Pesquisa Leandro Cordeiro, Hélvio Cordeiro e Enockes Cavallar - (Instituto Historiar).

quarta-feira, 18 de junho de 2008


NILO PEÇANHA

Abolicionista precoce foi constituinte em 1891 aos 24 anos e Presidente da República aos 42 anos. Nasceu em 2 de outubro de 1867 em Morro do Coco – Campos dos Goytacazes (RJ), filho de Joaquina de Sá Freire Peçanha e Sebastião de Souza Peçanha e seus primeiros estudos foi em Campos, na Escola Primária da Rua do Sacramento nº 18, dirigida pelo Professor João Gomes de Mesquita e Souza, prosseguindo seus estudos no Liceu de Humanidades de Campos. Com apenas 12 anos de idade, publica um jornalzinho todo manuscrito, com o nome de “República”. Em 1887 tornou-se Bacharel em Direito pela Faculdade do Recife (PE) e iniciou sua vida profissional em Campos, onde fundou, no dia 29 de junho de 1888, o Clube Republicano.
Em 1890 tornou-se Deputado à Constituinte de 1891. É eleito Senador em 1903 e assume a Presidência do Estado do Rio de Janeiro (que seria hoje a função de Governador). Em 1906 assume a vice-presidência da República na chapa vitoriosa de Afonso Pena. Com a morte de Afonso Pena, Nilo Peçanha assume a Presidência da República, permanecendo no cargo até o dia 15 de novembro de 1910. Durante seu período de governo, entre outras medidas, incentivou o desenvolvimento do comércio e da indústria e, com este fim, instituiu o ensino técnico no País, com a criação simultânea, nos estados, de vinte Escolas de Aprendizes Artífices, que mais tarde viria a se tornar a Escola Técnica Federal de Campos (hoje CEFET ou IFET). Também são obras de seu governo: a ligação telegráfica Rio de Janeiro -Lisboa, a luz elétrica do Rio de Janeiro, Sanatório Naval de Friburgo...
Em 1914 é reeleito Presidente do Estado do Rio de Janeiro. Porém, em 1917 renuncia ao mandato para ocupar a Pasta das Relações Exteriores do Governo Federal. No ano de 1918 é reeleito Senador e em 1921 candidata-se à Presidência da República, mas desta vez é derrotado pela chapa de Artur Bernardes. Em 31 de março de 1924, morre o nosso ilustre Campista por um colapso cardíaco.
Trabalho de Pesquisa: Hélvio Cordeiro - Instituto Historiar.
Nilo Peçanha - (foto - Acervo do Instituto Historiar).

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Saturnino de Brito

Saturnino de Brito (1864 – 1929) é considerado um importante engenheiro sanitarista que participou do processo de implantação do urbanismo moderno no Brasil. Nascido em Campos dos Goytacazes, formou-se engenheiro civil, no ano de 1887, pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ressalte-se que foi o saber técnico e especializado dos engenheiros que conduziu as reformas nas cidades brasileiras, no final do século XIX e início do século XX.
Neste cenário, Saturnino de Brito teve um papel de destaque, pelo sentido de racionalidade técnica e econômica que dava aos seus projetos. Assim, tornou-se responsável por projetos urbanísticos para as principais cidades brasileiras como Santos, Vitória, Petrópolis. Ele via e analisava a cidade, interpretando os problemas e apontando soluções, planejando o espaço e prevendo as futuras expansões da cidade.
Seus trabalhos estão reunidos em sua “Obras Completas” (1943 – pós-morte) onde se pode conhecer suas idéias sobre o planejamento de cidades, saneamento, problemas de abastecimento de água, redes de esgoto, habitação proletária, etc.
O motivo que levou Saturnino de Brito a desenvolver estudos e projetos de saneamento e melhoramento para as cidades foi a sua preocupação com “as condições ambientais que propiciavam a ocorrência de surtos epidêmicos, com efeitos nefastos sobre a economia, a população e também, sobre os valores morais dos moradores”.
Em 1901, o médico Benedito Pereira Nunes assumiu a presidência da Câmara Municipal de Campos. Em sua administração, Pereira Nunes solicitou ao engenheiro Saturnino de Brito a elaboração de um projeto de saneamento geral para a cidade. O projeto para Campos foi editado, em 1903, em forma de livro intitulado “Saneamento de Campos”, sendo considerado uma obra completa, que inaugurou uma nova leitura sobre a cidade enquanto organismo em crescimento e como o meio em relação ao qual o engenheiro deveria intervir, redefinindo suas condições de salubridade.
A relevância de se divulgar este pequeno histórico está na finalidade de mostrar o quanto que Saturnino de Brito, com seu projeto de saneamento básico, nos deu uma contribuição na qual podemos fazer estudos urbanos sobre Campos e àqueles dedicados às teorias do urbanismo brasileiro. Além do fato de servir de orgulho e de exemplo para os campistas, pois este projeto de saneamento que contribuiu muito para o nosso desenvolvimento, e acabou com aquela enorme quantidade de epidemias que assolavam nossa terra, foi elaborado a mais de cem anos.
Graças a esse projeto - que mais tarde, foi quase que totalmente implantado pelo Prefeito Dr. Luiz Caetano Guimarães Sobral – que a cidade de Campos dos Goytacazes mostrou para o Brasil inteiro que “quando a capacidade se une a competência, o desenvolvimento é certo!”

Trabalho de Pesquisa: Hélvio Cordeiro - Instituto Historiar.



Postagem: Leandro Cordeiro
Saturnino de Brito (Foto acervo do Instituto Historiar).

domingo, 15 de junho de 2008

Fábrica de Tecidos da Lapa: a importância econômica da indústria têxtil em Campos dos Goytacazes

A Fábrica de Tecidos da Lapa, foi fundada em 1855, ainda funcionava a todo vapor na década de 1940, possuindo três turnos de 8 horas cada. Ela produzia principalmente tecidos populares à demanda local e nacional.
Contudo, no final da década de 1950 começa a crise econômica na fábrica, funcionários sem pagamentos e desempregados que vão para as ruas com cartazes pedir ajuda, chegando a pedir auxílio nos jornais e fazendo um apelo às usinas para que fossem ajudados por elas. A fábrica começa a fazer acordos com seus funcionários, sendo que em 1957 foi proposto aos tecelões, estipulando que abrissem mão de 70% dos salários atrasados em troca de ver novamente a fábrica funcionando. Esse acordo foi aceito, mas logo no ano seguinte, os funcionários se vêem na mesma situação, passando fome, chegando dessa forma a se propor até a venda dos maquinários, o que não é aceito pelos tecelões, pois estes maquinários seriam a única segurança em caso de falência.
Com tudo isso, se encontra uma solução, a Fábrica de Tecidos da Lapa passa apenas a produzir sacarias para as usinas locais, o que seria a salvação no momento. Logo no final dos anos sessenta, a fábrica passa por um novo processo de declínio. A energia continuava péssima, as interrupções constantes chegou a ter duração de dois meses, e a indústria campista é muito prejudicada.
Campos passa nesse período por situação difícil; sem luz, sem força, sem bondes, a água faltando sempre, os trens da Leopoldina sempre atrasados e a Fábrica cessa suas atividades.
O fechamento oficial da Fábrica de Tecidos causou de imediato, a dispensa de 1.113 trabalhadores. Considerando que cada família desses trabalhadores tivesse em média cinco pessoas, afetando diretamente, 5.556 pessoas. Levando-se em consideração que em 1968 a cidade de Campos não teria mais de 150 mil habitantes, conclui-se que a cessação da indústria da Lapa afetara, diretamente, a economia de Campos.


Trabalho de Pesquisa: Leandro Cordeiro (Instituto Historiar).






Foto da Fábrica de tecidos (acervo do Instituto Historiar).

sábado, 7 de junho de 2008

Canal Campos a Macaé

Canal Campos - Macaé
Em 1850 a Câmara recebeu cópia da Portaria lavrada com o empresário, da abertura e conservação das obras pela qual ficou obrigado a dar começo e todo o andamento do serviço, desde a Lagoa da Piabanha (Ata de 7 de outrubro).
De outubro de 1850 a fevereiro de 1851 foi aberta a Bacia, e o Visconde de Araruama, com muita perseverança e diligência, fazia com que as obras tivessem bom andamento, sendo ele o arrematante das mesmas.
Enquanto isso, na Assembléia Provincial, alguns deputados encentaram animado debate acerca do projeto, que autorizava ao governo mandar fazer as precisas explorações sobre a possibillidade da junção da Bacia com o Rio Paraíba.
Devemos notar aqui que o Canal começava na Bacia, e só mais tarde que foi estabelecido a comunicação de suas águas com as do caudaloso Rio Paraíba do Sul.
O Canal Campos - Macaé foi construido com cerca de 2.000 contos de Réis. O Dr. Silveira da Motta na presidência da Província, muito concorreu para o serviço de comunicação do Paraíba com o Canal, para renovação das águas deste.
O trajeto do Canal era o seguinte: partindo de Campos da Lagoa do Osório (atual Mercado Municipal) ligava à Lagoa da Piabanha, Rio Ururaí, a Lagoa Feia, Lagoa de Jesus e ao Rio Macabú, passando por Quissamã e entrando no Rio Carrapato, onde atravessa a Lagoa de Carapebús, chegando até a Lagoa Jurubatiba, daí até a foz do Rio Macaé. (Segundo dados do livro 'História e Legendas de Macaé', o Canal media 24.945 braças, e era conhecido como a "Venesa brasileira").
Em 19 de fevereiro de 1872, começou a navegação do Canal partindo para Macaé o Vapor 'Visconde', rebocando uma prancha de passageiros, cujas saídas de Campos eram nos dias: 5, 9, 15, 19, 26 e 29 de cada mês.
A primeira chegada de passageiros em Campos (14 passageiros), foi no dia 04 de março.
Os passageiros que saíram de Campos para Macaé (11 passageiros) no dia 25 de fevereiro.
A ligação do Canal com o Paraíba deu-se no dia 16 de dezembro de 1872.
A Empresa que o construiu, foi a Companhia União Industrial, que nesse período utilizava a mão-de-obra escrava em suas construções.



E nos dias atuais, você navegaria no Canal Campos - Macaé?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Lira de Apolo

O prédio da Lira de Apolo inaugurado em 1912 está situado na Praça de São Salvador, próximo à Catedral.
A Lira que completou 96 anos de sua fundação, é a mais antiga corporação musical de Campos dos Goytacazes.
Presenciou grandes fatos de nossa história.
Atualmente esse belo prédio está fechado por um incêndio ocorrido em 1993.
Seus músicos e a população campista sonham em vê-lo restaurado, dando vida a esse marco da história de Campos.








Fotos: Instituto Historiar e Wellington Cordeiro

quarta-feira, 4 de junho de 2008

ESTE É O MUSEU DE CAMPOS!!!!


Do blog do Ricardo André

http://www.ricandrevasconcelos.blogspot.com/



O Museu de Campos está aberto ao público.


O prédio histórico onde foi o casarão do Visconde de Araruama e depois sede a Prefeitura de Campos, Câmara Municipal de Campos e Biblioteca Municipal teve a porta principal arrombada durante a madrugada.
Em plena Praça do Santíssimo Salvador, a agonia do belo prédio atravessou os governos de Anthony Garotinho, Sérgio Mendes, Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber sem sensibilizar nenhum deles.
Hoje de manhã, o pesquisador Leandro Cordeiro, do Instituto Historiar, e o jornalista Mário Neto entraram no prédio e fotografaram os escombros.
Confira abaixo: