sábado, 7 de junho de 2008

Canal Campos a Macaé

Canal Campos - Macaé
Em 1850 a Câmara recebeu cópia da Portaria lavrada com o empresário, da abertura e conservação das obras pela qual ficou obrigado a dar começo e todo o andamento do serviço, desde a Lagoa da Piabanha (Ata de 7 de outrubro).
De outubro de 1850 a fevereiro de 1851 foi aberta a Bacia, e o Visconde de Araruama, com muita perseverança e diligência, fazia com que as obras tivessem bom andamento, sendo ele o arrematante das mesmas.
Enquanto isso, na Assembléia Provincial, alguns deputados encentaram animado debate acerca do projeto, que autorizava ao governo mandar fazer as precisas explorações sobre a possibillidade da junção da Bacia com o Rio Paraíba.
Devemos notar aqui que o Canal começava na Bacia, e só mais tarde que foi estabelecido a comunicação de suas águas com as do caudaloso Rio Paraíba do Sul.
O Canal Campos - Macaé foi construido com cerca de 2.000 contos de Réis. O Dr. Silveira da Motta na presidência da Província, muito concorreu para o serviço de comunicação do Paraíba com o Canal, para renovação das águas deste.
O trajeto do Canal era o seguinte: partindo de Campos da Lagoa do Osório (atual Mercado Municipal) ligava à Lagoa da Piabanha, Rio Ururaí, a Lagoa Feia, Lagoa de Jesus e ao Rio Macabú, passando por Quissamã e entrando no Rio Carrapato, onde atravessa a Lagoa de Carapebús, chegando até a Lagoa Jurubatiba, daí até a foz do Rio Macaé. (Segundo dados do livro 'História e Legendas de Macaé', o Canal media 24.945 braças, e era conhecido como a "Venesa brasileira").
Em 19 de fevereiro de 1872, começou a navegação do Canal partindo para Macaé o Vapor 'Visconde', rebocando uma prancha de passageiros, cujas saídas de Campos eram nos dias: 5, 9, 15, 19, 26 e 29 de cada mês.
A primeira chegada de passageiros em Campos (14 passageiros), foi no dia 04 de março.
Os passageiros que saíram de Campos para Macaé (11 passageiros) no dia 25 de fevereiro.
A ligação do Canal com o Paraíba deu-se no dia 16 de dezembro de 1872.
A Empresa que o construiu, foi a Companhia União Industrial, que nesse período utilizava a mão-de-obra escrava em suas construções.



E nos dias atuais, você navegaria no Canal Campos - Macaé?

3 comentários:

  1. ESTE CANAL SÓ TEM VALOR SE FOR NAVEGAVEL; NÃO SEI PORQUE SE APRESENTA NA MIDIA SOBRE ESTE CANAL SE ELE NÃO EXISTE?!... SERÁ QUE OS GOVERNANTES DESTA CIDADE DE MACAÉ QUEREM MOSTRAR ESTE TERRÍVEL CARTÃO POSTAL TURISTICO?; QUE É UM CANAL DE ESGOTO CONCENTRADO A CÉU ABERTO, TÃO TOXICO QUE NEM AS VEGETAÇÕES IXISTE EM SUAS MARGENS; TÃO TERRÍVEL SABER QUE BASTAVA 1(UM) MILÉSIMO DO QUE JÁ SE ARRECADOU EM ROYALTIES DO PETROLE PRA ENLARGUECER 50 VEZES MAIS PARA QUE FICASSE ÚTIL!. MAS; NUNCA SE VAI FAZER ATÉ MESMO DRAGAR.
    DOU UMA OPINIÃO; ATERRE O MAIS BREVE POSIVEL, PARA NÃO PASSAR MAIS VERGONHA!.
    MACAÉ TEM BARRO DE SOBRA PARA ATERRO.

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  2. Esse canal tem um valor imensurável. Seja pela memória, pela história do processo de construção (um exercício de poder político dos coronéis do açúcar), pela paisagem que possui hoje (sobretudo no trecho entre Quissamã e Carapebus), pelos usos atuais possíveis (turismo). É preciso evidenciar este valor - e o blog fez muito bem - para chamar a atenção dos governantes, investidores, IPHAN e INEPAC para a reconstituição e manutenção de um dos mais importantes canais do país. Parabéns pelo esforço em trazer este tema!

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    1. Lembrar dos grandes feitos de nossa gente, é valorizar o potêncial desse povo aguerrido,

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