Dia 15 de setembro de
2013 (último domingo) o Mercado Municipal de Campos dos Goytacazes comemorou os
seus 92 anos de existências, data importante para todos os campistas. No dia 15 de setembro de 1921, às 16 horas,
era inaugurado o novo Mercado Municipal (que na época ficou conhecido como
Mercado Novo) pelo Dr. César Tinoco, prefeito do Município (de acordo com
publicação do Jornal Monitor Campista do dia 16 de setembro de 1921), que
pronunciou ligeiro discurso, e deu o Mercado por inaugurado, franqueando o seu
uso ao povo. Estiveram presentes muitas autoridades, como: Juízes de Direito,
Promotor Público, Presidente da Câmara, Vereadores, Jornalistas, Médicos,
Advogados, Industriais e uma enorme massa popular.
A Estrutura Arquitetônica do prédio, conforme publicação no Jornal Monitor Campista do dia 14 de
setembro de 1921, dizia o seguinte: “Toda a estrutura do Mercado é metálica,
assentando-se sobre colunas de cimento armado e a cobertura é de telhas
francesas, sendo todo o edifício largamente iluminado por claraboias, dispostas
em posição oportuna. Divide-se a Praça do Mercado em dois amplos
compartimentos, separados por um pavilhão central onde há o grande depósito de
água para o serviço interno, no qual existe um relógio com dois mostradores. Essa
parte era no primitivo projeto destinado à instalação frigorífica, onde seriam
conservados os peixes, o leite, legumes e gêneros de fácil deterioração.
Posteriormente, porém, foi a planta da praça modificada nessa parte. Os
açougues têm o seu interior voltado para a parte central do edifício, fazendo a
venda das carnes para o lado exterior, onde existe um balcão de mármore para
poder haver toda a higiene no fornecimento dessa mercadoria. No salão central,
do lado da Rua Formosa (hoje Tenente Coronel Cardoso), está instalada a seção
destinada à venda do peixe, que será exposto em dispositivos capazes de
observar todas as prescrições da higiene. A seção dos quitandeiros,
propriamente ditos, onde se faz o mercado de legumes e hortaliças, fica situada
internamente, em compartimento divididos por tapagens artísticas. Todo o
estabelecimento é cimentado, e findo o movimento do Mercado, será feita a
lavagem geral, para o que dispõe o edifício de mangueiras colocadas em pontos
convenientes. Um perfeito sistema de esgotos permitirá que dentro de alguns
minutos, fique o interior do Mercado entregue a um estado de absoluta limpeza.
Somente a parte meridional será inaugurada, ficando a parte oposta para ser
oportunamente utilizada, e por enquanto ainda está em obras. Todo o trecho da
Rua Barão do Amazonas foi calçado a paralelepípedos, havendo duas ruas
separadas por um refúgio onde a comissão de Obras Públicas do Estado plantou
uma série de mudas de acácia. À frente da praça, pelo lado da Rua Formosa, foi
também calçada, e a Prefeitura vai mandar concluir o serviço pelo lado do
Canal. Com a inauguração da nova Praça de Mercado a nossa cidade ficará dotada
de um excelente estabelecimento, que nos honrará aos olhos dos que nos
visitarem. Geralmente os forasteiros costumam, quando aportam a uma terra
qualquer, visitar a Praça do Mercado, para examinar, ver, observar as condições
em que é servido o estômago da população. Nesse particular, até agora,
infelizmente, nada tínhamos que mostrar aos nossos hóspedes e visitantes, porque
a velha Praça do Mercado deixava muito a desejar. Felizmente, agora, uma vez
entregue ao público o Mercado Novo, haverá alguma coisa para se mostrar ao
forasteiro, quando mais não seja, um certo culto pela higiene, sem o qual não
se compreende um estabelecimento onde são expostos e vendidos os gêneros
alimentícios de primeira necessidade”.
Pesquisa e Texto: Hélvio Gomes Cordeiro
Fotos: Acervo do Instituto Historiar
Gostaria saber se tem queijo de minas seguindo
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