quarta-feira, 28 de março de 2012

Campos Comemora 177 Anos de Elevação à Categoria de Cidade

Em 29 de maio de 1677, durante o período do jugo dos Assecas, Campos foi elevada à condição de Villa, sob a denominação de Villa de São Salvador dos Campos, em conseqüência da construção de uma capela em louvor ao SS. Salvador. Em 1833, foi criada a Comarca de Campos e, em 28 de março de 1835, a Villa foi elevada à categoria de Cidade com o nome de Campos dos Goytacazes, dando início ao progresso na região. Assim é que, em 1875, o número de engenhos locais alcançava a 245, com uma produção de 128.580 arrobas de cana e 3.160 fazendeiros estavam estabelecidos na planície goitacá. A história de Campos dos Goytacazes é fascinante e cheia de acontecimentos dos mais importantes, e de figuras das mais destacadas na História do Brasil. Personalidades como: José do Patrocínio, Nilo Peçanha, Saldanha da Gama, Múcio da Paixão, Saturnino de Brito, Benta Pereira, Azevedo Cruz, Bartolomeu Lizandro, Luiz Sobral, Barcelos Martins, Modestino Kanto e muitos outros, que não teríamos como nomear todos neste espaço.
Veja abaixo a transcrição da Carta de Elevação de Campos à Categoria de Cidade
A Carta de Lei elevando a Vila de São Salvador de Campos à categoria de Cidade: “Joaquim José Rodrigues Torres, Presidente da Província do Rio de Janeiro – Faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou, e Eu Sancionei a Lei seguinte: Art. 1º - A Vila Real da Praia Grande, Capital da Província do Rio de Janeiro e elevada a categoria de Cidade, com a denominação de Niterói; Art. 2º - Ficam igualmente elevadas a mesma categoria a Vila de São Salvador dos Campos, com a denominação de Cidade de Campos dos Goytacazes e a Vila da Ilha Grande com o nome de Angra dos Reis. Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteira como nela se contém. O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr. Dado no Palácio do Governo da Província do Rio de Janeiro aos vinte e oito dias do mês de março do ano de mil oitocentos e trinta e cinco, décimo quarto do Independência, e do Império. – Joaquim José Rodrigues Torres”. A então elevada CIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES, tinha aproximadamente uma dúzia de ruas estreitas e tortuosas e seis travessas, quase todas sem pavimentação, com grande quantidade de atoleiros, e praticamente sem nenhuma iluminação pública, sendo esta feita por 74 lampiões de azeite de peixe, com alguns solares espalhados pelo Centro e arredores, pertencentes aos ricaços barões e fazendeiros. A parte central da Cidade era somente na única praça, a Praça Principal da Constituição e por quatro largos. Nesta Praça da Constituição existiam, como edifícios principais a Igreja da Matriz; a Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens; a Santa Casa de Misericórdia de Campos; a Cadeia (que também era o Paço Municipal e o Fórum); em frente à praça ficava o Porto da Cadeia, e nesta época a Praça não tinha calçamento, tendo esta solicitação sido feita em dezembro de 1839, pelo Vereador José Fernandes Pereira, dizendo que havia dificuldade para o trânsito devido a grande quantidade de atoleiros. Porém este calçamento só se realizou tempos depois. Uma coisa ninguém pode negar. O orgulho de ser Campista e de defender o nome desta terra ainda persiste em várias pessoas que querem bem a esta Cidade de Campos dos Goytacazes, e lutam para preservar sua história de um passado de glórias.











Pesquisa e Texto: Hélvio Gomes Cordeiro

Fotos: Acervo do Instituto Historiar.

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