Na década de 1940 funcionava a todo vapor, possuindo três turnos de 8 horas cada. Ela produzia principalmente tecidos populares à demanda local e nacional.
Contudo, no final da década de 1950 começa a crise econômica na fábrica, funcionários sem pagamentos e desempregados que vão para as ruas com cartazes pedir ajuda, chegando a pedir auxílio nos jornais e fazendo um apelo às usinas para que fossem ajudados por elas. A fábrica começa a fazer acordos com seus funcionários, sendo que em 1957 foi proposto aos tecelões, estipulando que abrissem mão de 70% dos salários atrasados em troca de ver novamente a fábrica funcionando. Esse acordo foi aceito, mas logo no ano seguinte, os funcionários se vêem na mesma situação, passando fome, chegando dessa forma a se propor até a venda dos maquinários, o que não é aceito pelos tecelões, pois estes maquinários seriam a única segurança em caso de falência.
Com tudo isso, se encontra uma solução, a Fábrica de Tecidos da Lapa passa apenas a produzir sacarias para as usinas locais, o que seria a salvação no momento. Logo no final dos anos sessenta, a fábrica passa por um novo processo de declínio. A energia continuava péssima, as interrupções constantes chegou a ter duração de dois meses, e a indústria campista é muito prejudicada.
Campos passa nesse período por situação difícil; sem luz, sem força, sem bondes, a água faltando sempre, os trens da Leopoldina sempre atrasados e a Fábrica cessa suas atividades.
O fechamento oficial da Fábrica de Tecidos causou de imediato, a dispensa de 1.113 trabalhadores. Considerando que cada família desses trabalhadores tivesse em média cinco pessoas, afetando diretamente, 5.556 pessoas. Levando-se em consideração que em 1968 a cidade de Campos não teria mais de 150 mil habitantes, conclui-se que a cessação da indústria da Lapa afetara, diretamente, a economia de Campos.
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Pesquisa e texto: Leandro Lima Cordeiro (Instituto Historiar)
Fotos: Acervo do Instituto Historiar.
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