domingo, 5 de abril de 2009

Série Presidentes do Brasil

Terceiro Presidente da Junta Militar de 31 de agosto de 1969 a 30 de outubro de 1969
AURÉLIO DE LYRA TAVARES:
Nascido em 07 de setembro de 1905, em João Pessoa, capital da Paraíba. Filho de João de Lyra Tavares e de Rosa Amélia de Lyra Tavares. Aos 12 anos, em 1917, Lyra Tavares foi matriculado no Colégio Militar, no Rio de Janeiro, onde concluiu os estudos secundários em 1922. Ingressou na Escola Militar em 1923 e, nesse mesmo ano teve sua redação escolhida pelo Ministério das Relações Exteriores para representar as Escolas Superiores do Brasil perante a Liga das Nações. Em 1925 foi declarado aspirante a oficial da Arma de Engenharia e, em final de 1929, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, diplomando-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica no ano seguinte. Em 1926, foi promovido a segundo-tenente, chegando a primeiro-tenente dois anos depois como oficial do 1º Batalhão de Engenharia, e em 1932, foi promovido a capitão e passou a servir no 3º Batalhão de Engenharia, em Cachoeira, Rio Grande do Sul. Tornou-se instrutor da Escola de Aperfeiçoamento de oficiais em 1932, função que desempenhou até 1935. Em 1934, casou-se com Izolina Tavares, tendo duas filhas: Thaís e Ana Lúcia de Lyra Tavares. Recebeu “menção honrosa” ao ser diplomado na escola de Estado-Maior da 5ª Região Militar (Paraná e Santa Catarina). Em 1942, foi promovido a tenente-coronel e, no ano seguinte, era designado “observador militar” junto ao Exército dos Estados Unidos nas operações de invasão da África do Norte durante a segunda Guerra Mundial (1939-1945). Ainda em 1943, foi aluno do Curso de Comando de Estado-Maior do Exército Norte-Americano, no Forte Leavenworth (Kansas), e nos dois anos seguintes foi Membro do Estado-Maior Especial para a organização da Força Expedicionária Brasileira. Foi oficial de gabinete do Ministro da Guerra em 1945; subchefe da Missão Militar Brasileira na Alemanha durante a ocupação em 1945, e durante o bloqueio de Berlim, em 1948. Chefiou a Missão Militar Brasileira. Foi promovido ao posto de coronel em 1946, comandante do 3º Batalhão de Engenharia e comandante interino da 3ª Divisão de Infantaria, no Rio Grande do Sul, de 1950 a 1952. Durante um período de nove anos foi promovido a general-de-brigada, general-de-divisão, e finalmente general-de-exército. Chegou ao governo aos 64 anos, por força do Ato Institucional nº 12/69, compondo a Junta Militar que permaneceu no poder de 31 de agosto até 30 de outubro de 1969, passando depois para o general Emílio Garrastazu Médici. Depois de sair da Junta Militar, Lyra Tavares assumiu a Embaixada do Brasil na França em 1970, e a cadeira de nº 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Às 3h45 do dia 18 de novembro de 1998, na casa de Copacabana, à Rua Inhangá, onde morava com a mulher e as filhas. O general Aurélio de Lyra Tavares faleceu depois de longo período de enfermidade, após sofrer uma parada cardíaca. Ele tinha 93 anos e já se encontrava bastante debilitado devido a graves problemas cardíacos. Foi parte de seu discurso: “Meus camaradas, o que mais me está presente no espírito, ao assumir o Comando do Exército Brasileiro, são as pesadas responsabilidades e as servidões próprias de tão alta investidura. As honrarias da função pública são passageiras e, às vezes, até enganosas, ao passo que as responsabilidades do seu desempenho constituem compromissos de consciência, que contraímos com a Instituição, sujeitando-nos, em todos os tempos, à austeridade do seu julgamento. Revejo-me, agora na posição do jovem oficial, que eu também já fui, ao preocupar-se com os problemas nacionais, com os anseios legítimos da Instituição Militar, com a sua unidade e grandeza de espírito, com a sua eficiência operacional. Bem conheço os grandes problemas com que todos nos defrontamos e o dever que me cumpre de equacioná-los e resolvê-los, com imprescindível e esclarecida colaboração dos altos órgãos de assessoramento do Ministro. [...]”


Lyra Tavares


Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

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