sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Há 128 anos, nascia em Campos, o clube carnavalesco Tenentes de Plutão

No ano de 1884, foi realizado o maior carnaval de Campos com a presença dos clubes "Indiana”, “Macarroni”, “Plutão”, “Neptuno”, “Índio Negro”, “Cacetes”, “Caras Duras”, “Tenentes do Diabo” e “Progressista”. O “Club Tenentes de Plutão" surgiu em 13 de janeiro desse mesmo ano.
De todos os clubes carnavalescos campistas o mais antigo do carnaval campista é o “Club Macarroni”, que foi fundado em 1870 e atravessou inúmeras gerações de foliões até os nossos dias. Esse clube também entrou para a história do carnaval campista quando em 1875 exibiu-se pela primeira vez com carros puxados a boi.
A rivalidade entre os Clubes Macarroni e Plutão chegou a entrar para a história do carnaval campista. Bem como o fato de que, em 1891, o Plutão teve um carro apreendido pelo delegado de polícia porque continha ofensas grosseiras ao governador Francisco Portela, o homem da luz elétrica em Campos.
Já no novo século, em 1910 um grupo de garotos fundou o clube “Os Avançadores”, que logo foram precedidos pelo clube “Os Intransigentes”.
Foi no início do século XX que surgiram os primeiros cordões (de índios), os blocos e os ranchos, além de outros grandes clubes. O primeiro cordão que marcou presença no carnaval campista foi o “Estrela de Ouro”, fundado em 1917. Logo depois surgiria a “Lira Brasileira”, que viria a ser o seu ferrenho rival.
Ainda na mesma época surgiram outros cordões como os “Filhos do Sol”, o “Neto do Vulcano”, “Pena de Ouro”, o “Guerreiro Brasileiro”, etc.
Depois disso, Campos viveu a época dos ranchos e dos blocos. Para as mulheres que desejavam curtir o carnaval só lhes restava os ranchos, pois nos blocos elas não entravam. Entre os blocos mais famosos que existiram em Campos, podemos destacar o “Corbeille”, o “Recreio das Flores”, o “Prazer das Morenas”, o “Felisminda Minha Nega”, o “Flor de Abacate” e “As Magnólias”, cujo ritmo iria enxotar de uma vez o compasso binário dos blocos e ranchos. E por último o mais famoso de todos os blocos campistas, o “Pega Veado”.
Para Hervê Salgado Rodrigues, autor do livro “Campos – Na Taba dos Goytacazes”, a fase áurea do carnaval campista ocorreu entre os anos de 1920 e 1950.
“Com tudo isso ainda surgiram outros blocos esportivos como o “Mana na Burra”, do Goytacaz”; o “Mosqueteiros da Baixada”, do Americano; o “Pé no Fundo”, do Rio Branco e o “Pendura a Saia”, de estudantes campistas.
Não se sabe em que ano, mas a verdade é que o livro “Campos – Na Taba dos Goytacazes” de Hervê Salgado Rodrigues informa que nas tardes de carnaval, os mascarados começavam o desfile por volta das 14 horas. Eram figuras humorísticas, belos dominós com guizos e arminho nos punhos e nas golas ursos e bois pintadinhos. Depois quase à tardinha, vinham os corsos. A população então vinha pra o centro para assistir ao desfile e participar dos desfiles e das guerras com os populares limões de cheiro.
Vale ressaltar que na história do carnaval campista houve diversos clubes carnavalescos.
Clubes de carnaval e seus anos de fundação
Sociedade Congresso Carnavalesco (1869), Clube Zenith Carnavalesco (1869), Sociedade Incógnita X (1869), Sociedade Az de Copas (1870), Clube Macarroni (1870), Sociedade Commercial e Artística (1870), Club Carnavalesco Bamboche (1871), Club Estréa Campista (1872), Club Indiano Goytacaz (6/agosto/1876), Club Conspiradores Progressistas (1877), Club Netuno (março/1877), Os Democráticos (1882), Club da Concha (1882), Caboclos Negros (1882), Clube Tenentes de Plutão (13/janeiro/1884), Índio Negro (1884), Cacetes (1884), Caras Duras (1884), Tenentes do Diabo (1884), Progressistas (1884), Os Avançadores (1910) e Os Intransigentes (1910).


Texto: Site Ururau (http://www.ururau.com.br).

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho pesquisa o Hipódromo Linneo de Paula Machado

No intuito de resgatar e preservar a memória campista, o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, através da bolsista Alba Vieira e do pesquisador Cristiano Pluhar, pesquisa atualmente, a bela História do Hipódromo Linneo de Paula Machado.
Em Maio do presente ano, após leilão federal, amplamente divulgado pela imprensa local, a sede social e o Hipódromo Linneo de Paula Machado foram adquiridos por empresários do setor imobiliário.
O projeto trata, inicialmente, da importância do cavalo à cultura e economia local, mencionado documentalmente pela primeira vez no ano de 1545, em carta de Pero de Góis da Silveira, Donatário da Capitania de São Thomé, passando pelos Sete Capitães, as Cavalhadas, Manoel Martinz do Couto Reys, na figura de Benta Pereira, adentrando o século XIX, onde inicia o processo de criação de diversos prados até o século XX onde, no ano de 1938, a ideia da criação de um Hipódromo se oficializa, tendo sede estabelecida em 1957.
A lida valorizará a metodologia da História Oral, dando vozes aos integrantes que participaram da vida do Hipódromo. Apostadores, criadores de cavalos e antigos trabalhadores, inclusive jockeys, integram o trabalho que, em 2012, comporá um livro.

Texto: Cristiano Pluhar (Colaborador)
Postagem: Leandro Lima Cordeiro (Instituto Historiar).

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Jornal Monitor Campista

O Jornal “Monitor Campista” comemorou ontem (04/01/2012) 178 anos de fundação. Por motivo de tão nobre e histórico aniversário, o Instituto Historiar, trás para os leitores do Blog, capas históricas incluindo a primeira edição de 4 de janeiro de 1834, Intitulada “O Campista” fundado por dois médicos: Francisco José Alypio e José Gomes da Fonseca Parahíba, quando a cidade de Campos dos Goytacazes ainda era uma vila (Villa de São Salvador), mostrando várias fusões pela qual o jornal passou até tornar-se “Monitor Campista”, o velho órgão mesmo não estando mais em circulação, é sempre lembrado por ser o terceiro jornal mais antigo do País.






Texto e Postagem: Leandro Lima Cordeiro

Imagens: Acervo do Instituto Historiar.