quarta-feira, 15 de junho de 2011



Postagem; Leandro Lima Cordeiro

segunda-feira, 13 de junho de 2011

COLUNA SILVIA SALGADO – QUARTA-FEIRA 08.06.2011

Um Olhar Sobre a Praça
Ouço, ao longe, um canto agudo de passarinho. A combinação de sons que vêm, literalmente, do céu é a trilha sonora para o fim de tarde na Praça São Salvador. Um fim de tarde orquestrado por cenas corriqueiras, mas que, na principal praça da cidade, parecem impregnadas de poesia. Nos postes, as lâmpadas ainda estão apagadas. Concentrada, a vendedora de pipocas, melhor amiga dos pombos que se aglomeram no local, se prepara para deixar seu posto de trabalho, ao lado da imponente Catedral Diocesana.
Observo um grupo de senhores reunidos em torno de uma pequena mesa. Com as atenções voltadas para o jogo, nem percebem que são parte de uma imagem que mais lembra uma gigantesca tela, tendo ao fundo os escombros da tradicional Lira de Apolo. Coisas desta minha imaginação sem fronteiras! Posicionados em frente ao portão da Lira, ainda à espera de um ressurgimento triunfal das cinzas, parecem personagens saídos de um tempo distante, quando as relações ainda não eram tão virtuais.
No ar, um irresistível cheirinho de pão que acabou de sair do forno. Enquanto o dono da banca recolhe os jornais, já ultrapassados, a notícia mais fresca do dia é a vida que se movimenta diante dos meus olhos e que me inspira a escrever este texto. O barulho das portas de ferro se fechando, a algazarra dos passarinhos, passos apressados na volta para casa, longos bate-papos no banco da praça.
O sino da Catedral inicia sua sinfonia misteriosa, como uma prece que atravessa os séculos. Olho para o alto e contemplo a beleza da igreja matriz, testemunha da história da cidade. Existem coisas que, por estarem ali, envoltas em uma espécie de eternidade, nem sempre enxergamos. Às vezes, até mesmo as pessoas nos parecem invisíveis, sobretudo o irmão que, nesta mesma praça, padece de frio e fome, enrolado em um cobertor rasgado e sujo. Será que está mesmo ali, a macular esta minha singela fotografia da praça com palavras? Quisera fosse apenas produto de minha imaginação fértil...
As luzes dos postes já estão acesas. É noite na Praça São Salvador.





Texto: Patrícia Bueno (Jornalista)

Fotos: Acervo do Instituto Historiar
Postagem: Leandro Cordeiro.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

PESQUISADOR CRISTIANO PLUHAR E JOSÉ VICTOR NOGUEIRA BARRETO LANÇAM O LIVRO “O PRECONCEITO ESTAMPADO”, QUE PODE SER ADQUIRIDO NO ARQUIVO PÚBLICO DE CAMPOS.

O preconceito estampado: Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho lança obra sobre a discriminação racial e religiosa, em Campos dos Goytacazes


Campos dos Goytacazes, primeira metade do século XX: obras modernizadoras idealizadas por Saturnino de Brito; Nilo Peçanha, apoiador das oligarquias, recebe, por conta da morte de Afonso Pena, a Presidência da recente República; sociedade conservadora, valorizadora da elite e carregada de preconceitos econômicos e raciais.
Nesse período, as diferenças estão, perigosamente, distantes dos aspectos morais impostos por um Catolicismo estabelecido pelos colonizadores portugueses. O negro, distante do Centro, pois não consome; suas crenças, resquícios culturais de origem, relacionadas à malandragem, atrevimento, exploração e outros tantos termos depreciativos.
Contudo, a boa sociedade participa.
Assim, o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, órgão subordinado a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, através dos pesquisadores Cristiano Pluhar e José Victor Nogueira Barreto, lança a obra O preconceito estampado que salienta, através da vasta coleção de jornais campistas e processos criminais componentes do acervo da instituição, o preconceito racial a partir das crenças religiosas de origem africana. O recorde histórico frisa o período presidido por Getúlio Vargas (1930 – 1945 e 1951 – 1954) que intencionou, teoricamente, a criação de uma identidade nacional respeitadora da formação do povo brasileiro.
Os principais jornais de Campos dos Goytacazes, nessa época, estamparam reportagens de cunho desrespeitador das diferenças, apresentando claros indícios escravocratas. Assim, a lida intenciona a valorização cultural, bem como o esclarecimento da formação das religiões que carregam resquícios africanos.
Para aquisição, basta dirigir-se ao Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, localizado na Estrada Sérgio Vianna Barroso, 3060. Campos dos Goytacazes. Contato: (22) 2733-9999. Email: arquivodecampos@arquivodecampos.org.br ou cristianopluhar@hotmail.com e zevictornb@hotmail.com


Texto: Cristiano Pluhar (Pesquisador do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho)
Postagem: Leandro Lima Cordeiro (Membro do Instituto Historiar).

segunda-feira, 6 de junho de 2011

APOIO AOS BOMBEIROS



Postagem: Leandro Lima Cordeiro - Instituto Historiar.