sexta-feira, 28 de maio de 2010

QUARTAS DE DEBATES

Mostrando a importância e necessidade de sua criação, foi apresentado na última quarta-feira (dia 26/05), no Palácio da Cultura, em seu projeto Quartas de Debates, discutindo o assunto “A Vida da Capitania de São Tomé”, ministrado por Prof. Carlos Freitas (Diretor do Arquivo Público Municipal) e Profª. Sylvia Paes (Historiadora). Os presentes ficaram maravilhados com o desempenho dos palestrantes que, com o brilho de sempre, fizeram um passeio histórico desde a nossa fundação. De parabéns os organizadores de tão importante e necessário evento.





Texto: Hélvio Gomes Cordeiro
Fotos: Leandro Lima Cordeiro.

JUBILEU DE PRATA DO CIEP 057 DA LAPA

Evento marcante, que mobilizou um bairro inteiro, foi montado pelo Ciep 057 Nilo Peçanha, o Ciep da Lapa, com sua comemoração do Jubileu de Prata (25 anos de Fundação) organizando o “Bate Papo na Lapa”, realizado no último dia 26/05, contando com a presença para um lanche, bate papo e exposição de farto material fotográfico e, de ex-funcionários, representantes do comércio do bairro, moradores mais antigos e ainda do pessoal do Instituto Historiar, além da mobilização de todo o quadro de direção, professores, funcionários e alunos do Ciep Nilo Peçanha, que sempre se unem na realização de todos os eventos realizados pela escola. Além dessa maravilhosa e inesquecível comemoração, que emocionou a todos os presentes, a escola realiza sua Gincana Cultural, com o título: “Ciep Rumo à África do Sul” que será realizada no dia 15/06/2010.








Texto: Hélvio Gomes Cordeiro
Fotos: Instituto Historiar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

PALESTRA DO INSTITUTO HISTORIAR

Os componentes do Instituto Historiar sentem-se honrados pelo convite e participação no “Curso de Atualização Pedagógica: Abordando a Diversidade no Ambiente Escolar”, realizado no C.E. 29 de Maio, na Pecuária, a convite da Secretaria de Educação na figura da sua Diretora Joilza Rangel, com a Coordenação do 1º segmento do ensino fundamental tendo a direção de Maria Adélia V. Pedra, com o público-alvo de Professores do 2º ao 5º ano de escolaridade, contando com as mãos seguras das Coordenadoras Pedagógicas Nize Pedra e Cristina Gomes. Os palestrantes do Historiar apresentaram seu trabalho de palestras, que conta com a parceria da Fundação Zumbi dos Palmares, para representantes das escolas: E.M. Cláudia Almeida; E.M. Sebastião Ribeiro de Deus; E.M. Custódio Generoso Vieira; E.M. Fazenda Sertão; E.M. Guiomar Ramos Paes; E.M. Olavo Alves S. Filho; E.M. Nova Canaã; E.M. Califórnia; E.M. Salvador Benzi; E.M. Manoel Ribeiro do Nascimento; E.M. Francisco Faria Barbosa; E.M. Iniciação Agrícola; E.M. José do Patrocínio; E.M. Nossa Senhora Aparecida. O trabalho apresentado foi coroado de êxito pela integração com os Professores, que se mostraram bastante atenciosos e participativos, proporcionando ao final da palestra, uma roda de debates sobre a história de nossa cidade. O Instituto Historiar brindou a todos os professores presentes com uma cópia do CD utilizado na palestra. No próximo dia 22/06/2010, a partir das 08:00 horas, o pessoal do Historiar volta novamente ao C.E. 29 de Maio para mais uma participação neste tão importante Projeto de Capacitação dos Professores da Rede Municipal. Tivemos ainda os seguintes comentários de professores sobre o trabalho apresentado: “Iniciativa fundamental que pode ser mais divulgada, e essencial para resgatar a história local” – (Emanuele Oliveira/O.P. Iniciação Agrícola J.F.M. Vasconcelos); “Espero que muitos outros Profissionais de Educação do nosso município possam ter acesso a informações tão importantes. Parabéns ao Instituto Historiar!” – (Karla/Pedagoga da E.M. Sebastião R. de Deus”; “Eu acompanho o trabalho de Hélvio, Leandro e Enockes há cerca de 4 anos, antes do início dos projetos com o nome de Instituto Historiar, e a cada encontro observo as maravilhosas realizações, fruto de um trabalho sério, inteligente e apaixonado pela nossa cidade. Obrigada mais uma vez! Fomos a primeira escola que levou o grupo do Instituto Historiar na Escola Municipal Maria Antônia Pessanha Trindade, em Quilombo de Dôres” – (Célia Pessanha/O.P. Educação Infantil e 1º ano, E.M. José do Patrocínio).








Texto: Hélvio Gomes Cordeiro
Fotos: Leandro Lima Cordeiro.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Debate Sobre Abolição da Escravatura

Aconteceu ontem (12/05) no Palácio da Cultura o projeto “Quartas de Debate”, cuja finalidade é a realização de palestras sobre fatos históricos da cidade de Campos e região.
Em comemoração a data de assinatura da Lei Áurea (13/05/1888), houve palestras com o tema: Abolição, pelo professor Orávio de Campos Soares e do pesquisador e escritor Hélvio Gomes Cordeiro, autor do livro “Carukango – O príncipe dos escravos”.
Nós do Instituto Historiar gostaríamos de parabenizar a organização do evento que representa uma bela iniciativa de discutir fatos tão importantes para a nossa história.
Agradecemos a atenção que nos foi dada no mesmo evento e nos colocamos a disposição para futuros debates.







Texto: Leandro Lima Cordeiro

Fotos: Enockes Cavalar.

124 anos de Abolição da Escravatura no Brasil (Lei Áurea)

A Lei Áurea foi assinada em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel e o Conselheiro Rodrigo Augusto da Silva, extingüindo a escravidão no Brasil.
Conjuntura
A assinatura da Lei Áurea foi decorrência de pressões internas e externas: o movimento abolicionista já tinha grande força no país, havendo freqüentes fugas de negros e mulatos. O Exército já se recusava a fazer o papel de capitão-do-mato, ou seja: capturar e devolver os escravos a seus donos.
Além disso, estava se tornando economicamente inviável manter o trabalho escravo, em face da concorrência com a mão-de-obra dos imigrantes, barata e abundante. Todos esses fatores conjugados e os ataques constantes dos negros, muitos deles refugiados em quilombos,e em algumas propriedades agrícolas, como mostrou Joaquim Manuel de Macedo em seu livro: As Vítimas-Algozes.
O Brasil foi o último país independente do Ocidente a erradicar a escravatura. A Constituição do Império, outorgada em 1824, embora mais liberal do que várias outras Cartas monárquicas, mantinha a escravidão, usando de um subterfúgio: declarava o respeito aos direitos de propriedade, ao mesmo tempo que empregava, em certas passagens, a expressão "homens livres", o que dava a entender que nem todos eram livres, e que era legítima a propriedade sobre os não-livres.
Algumas leis feitas no primeiro reinado e no período regencial abolindo o tráfico de escravos não foram cumpridas.
Também a Constituição da República Rio-Grandense, de 1843, redigida por representantes dos fazendeiros opositores ao Império do Brasil, preservava a escravatura.
A palavra Áurea, que vem do latim Aurum, é uma expressão de uso simbólico que significa "feito de ouro", "resplandescente", "iluminado". A palavra Áurea que tem sido usada para expressar o grau de magnitude das ações humanas, é explorada há séculos por faraós, soberanos, reis e imperadores, geralmente está associada a datas astrológicas que são escolhidas para assinatura de leis e tratados.
Embora muitos discordem, no Brasil, diz-se que o ato da assinatura da Lei Áurea assinado pela filha do Imperador Dom Pedro II, Princesa Isabel (1846-1921) adquiriu esse nome por ser o dia 13 de maio, escolhido pela princesa Isabel, uma das principais datas que acompanham a história brasileira e refere-se ao aniversário de seu falecido bisavô, Dom João VI.
O dia 13 de maio é considerado data cívica no Brasil.

Princesa Isabel

Princesa Isabel, Conselheiro Rodrigo Augusto da Silva (autor da Lei Áurea) e membros do gabinete em 1888.
A lei nº 3.353, (de autoria de Rodrigo Augusto da Silva, Ministro dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e interino dos Negócios Estrangeiros, Deputado e depois Senador) de 13 de maio de 1888, que não previa nenhuma forma de indenização aos fazendeiros, dizia:
TEXTO DA LEI ÁUREA
Declara extinta a escravidão no Brasil:
A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a Lei seguinte:
Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.
Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.
O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e interino dos Negócios Estrangeiros, Bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho de sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º da Independência e do Império.
Princesa Imperial Regente.
Rodrigo Augusto da Silva
Carta de Lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o Decreto da Assembléia Geral, que houve por bem sancionar, declarando extinta a escravidão no Brasil, como nela se declara. Para Vossa Alteza Imperial ver. Chancelaria-mor do Império.- Antônio Ferreira Viana.
Transitou em 13 de Maio de 1888.- José Júlio de Albuquerque.


Consequências
Foram libertados, pela Lei Áurea, um total de escravos que não chegou a um milhão, para uma população total de quinze milhões de brasileiros. O número de escravos havia diminuido muito nas décadas anteriores à Abolição, devido à extinção do tráfico de escravos em 1850 pela Lei Eusébio de Queirós, à varíola, à Guerra do Paraguai, à Lei do Ventre Livre e à Lei dos Sexagenários.
A Lei Áurea foi precedida pela Lei do Ventre Livre de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas, e que previa indenização aos fazendeiros, o que não foi cumprido, e pela Lei do Sexagenário, que libertou em 1885 todos os negros maiores de 65 anos de idade.
Foi a formalização desse ato, a assinatura da Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888, que finalmente pôs fim a qualquer exploração da mão-de-obra escrava no Brasil. A Abolição foi amplamente apoiada pela Maçonaria do Brasil, fortemente opositora dos fazendeiros católicos. Assim, em geral, todos os políticos que tiveram seu nome ligado à leis abolicionistas foram maçons, como o membro do Supremo Conselho do Grau 33, Eusébio de Queirós, e o grão-mestre Visconde do Rio Branco, responsável pela Lei do Ventre Livre.
Ambas as leis foram aprovadas por Isabel, quando seu pai estava na Europa. Pela segunda, ela foi premiada com a comenda Rosa de Ouro, pelo Papa Leão XIII.
Logo após assinar a Lei Áurea, ao cumprimentar a Princesa Isabel, João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe, único a votar contra o projeto de abolição, profetizou: "A senhora acabou de redimir uma raça e perder o trono".
Durante o longo processo de discussão das leis abolicionistas, a opinião pública e a classe política se dividiram entre os que eram totalmente favoráveis à abolição, os que eram contrários, e um grupo intermediário que queria uma abolição gradativa para não haver uma imediata crise na lavoura, por falta de mão-de-obra, chamada, na época, de "falta de braços para a lavoura", e grandes prejuízos para os fazendeiros, esta última posição defendida, entre outros, pelo Deputado Geral e escritor José de Alencar.
A Lei foi apoiada por todos os líderes afrodescendentes da época, chamados então de "Pretos", como José do Patrocínio e André Rebouças, mas ainda não deixou de provocar polêmicas. Críticos afirmam que deu liberdade aos negros e mulatos mas não lhes garantiu alguns direitos fundamentais, como acesso à terra e à moradia, que os permitissem exercer uma cidadania de fato.
Ao contrário, a falta de uma legislação complementar que vislumbrasse tal problemática, contribuiu por condenar amplas camadas populares à exclusão social - problema que só se agravaria com o passar do tempo. E do ponto de vista dos fazendeiros, a crítica foi no sentido de que estes não foram indenizados, tendo imensos prejuízos, especiamente os pequenos proprietários de terra, que não tinham acesso a mão-de-obra de imigrantes.
Rui Barbosa, quando Ministro da Fazenda do governo Deodoro da Fonseca, ordenou a destruição de todos os livros de matrículas de escravos, pois temia ações na justiça visando indenização dos proprietários de escravos.
Além disso, se durante muito tempo a Lei Áurea foi vista como um ato generoso de uma Princesa, que seguia os propósitos abolicionistas de seu pai, a historiografia brasileira mais recente - através, por exemplo, dos trabalhos de Silvia Hunold Lara e Sidney Chalhoub - tem acentuado as rebeliões de escravos que estavam se generalizando no País, gerando quilombos por toda a parte.
Assim, cada vez mais se pensa que, em vez de uma concessão de uma generosa Família Imperial e de uma classe de senhores de escravos, que teriam feito as contas e concluído que era mais barato importar mão-de-obra assalariada européia em vez de mobilizar capitais elevados em trabalhadores negros e mulatos, especialmente os grandes plantadores de café de São Paulo.
A Abolição, por outra versão, teria sido fruto de um estado semi-insurrecional, que ameaçava a ordem imperial e escravista. Tal interpretação acentua o caráter ativo, e não passivo, das populações escravizadas.
JOSÉ CARLOS DO PATROCÍNIO: Foi um grande vulto campista, conhecido por sua luta contra a escravidão e chamado “Tigre da Abolição”. Era farmacêutico, acadêmico, jornalista, orador, romancista e membro da Academia Brasileira de Letras. Nasceu em Campos dos Goytacazes em 09 de outubro de 1853, filho do padre João Carlos Monteiro e da quitandeira da Praça das Verduras, Justina Maria do Espírito Santo. José do Patrocínio fundou, em 1880, juntamente com Joaquim Nabuco, a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão. Em maio de 1883, articula a Confederação Abolicionista, congregando todos os clubes abolicionistas do país, cujo manifesto redige e assina, juntamente com André Rebouças e Aristides Lobo. José do Patrcínio muito contribuiu para a abolição da escravatura.

José do Patrocínio


A pena dourada
Tendo sido editada em três vias, cada cópia da Lei Áurea foi assinada por uma pena dourada idêntica.
Recentemente, D. Pedro Carlos vendeu ao Museu Imperial de Petrópolis a pena dourada com a qual sua bisavó a Princesa Isabel, assinou a primeira via da Lei Áurea, pela soma de R$500 mil.
Apesar do título de Príncipe Imperial do Brasil ter sido transmitido aos primogênitos descendentes de seu tio-avô, D. Luís Maria Filipe, após a renúncia de seu avô, D. Pedro de Alcântara, a pena dourada havia sido mantida como herança entre os primogênitos do ramo de Petrópolis.
As outras duas penas utilizadas, encontram-se em poder do Museu do Grande Oriente do Brasil.


Pena (de ouro, prata e esmeralda) que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea


Pesquisa: Leandro Lima Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
O Instituto Historiar é formado por: Hélvio Cordeiro, Leandro Cordeiro e Enockes Cavalar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

PRESERVAR OS MONUMENTOS É NECESSÁRIO

Atendendo a solicitação de apoio na campanha de preservação da réplica da Hidrelétrica Franco Amaral, considerada como patrimônio público pela população bom-jesuense e, que está ameaçada de ser retirada da Praça Governador Portela pela Prefeitura. Isso aparenta ser mais um caso em que algum “inteligente”, se achando o máximo em sabedoria e conhecimento histórico, de repente acha que não é necessário se preservar os nossos monumentos. Temos que lembrar a essas pessoas que os monumentos de uma cidade são o seu Patrimônio Histórico e que eles estão ali para lembrar e contar as nossas histórias e lembranças de um passado que não volta mais. “Quando perdemos as lembranças, perdemos a história do nosso passado”. O Instituto Historiar apóia o movimento dos bom-jesuenses em prol da permanência da réplica da Hidrelétrica na Praça Governador Portela.

Texto: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).

sábado, 1 de maio de 2010

HISTÓRIA DO SURGIMENTO DO DIA DO TRABALHADOR

O Dia do Trabalhador é celebrado anualmente no dia 1º de maio, sendo feriado no Brasil, em Portugal, na Rússia e vários outros países.
Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago, nos Estados Unidos da América.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de maio houve uma pequena manifestação que acabou virando uma escaramuça com a polícia e, com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia então abriu fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de junho de 1889, a Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu por proposta de Raymond Lavigne, convocar anualmente uma manifestação com o objetivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1º de maio de 1891 uma manifestação no norte da França foi dispersada pela polícia, resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e, meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1º de maio desse ano como feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
Dia do Trabalhador no Brasil
Até o início da Era Vargas (1930-1945) certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, embora não constituísse um grupo político muito forte, dado a pouca industrialização do país. Esta movimentação operária tinha se caracterizado, em um primeiro momento, por possuir influências do anarquismo e, mais tarde, do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo.
Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalhador. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia. Até então marcado por “piquetes” e passeatas, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Atualmente, esta característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical: tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas) realiza grandes shows com nomes da música popular brasileira.
Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. Outro ponto muito importante atribuído ao Dia do Trabalhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, em 1º de maio de 1943.


Postagem: Leandro Lima Cordeiro
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.